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1 Bruna Prado Zabini É assegurar o bem estar materno fetal e o nascimento de um RN nascido saudável e a termo. Sendo a gestação um evento fisiológico, que, em mais de 90% dos casos corre sem complicações. Número mínimo de consultar numa Atenção básica com risco habitual são 6 consultas, divididas como: 1 no primeiro trimestre, 2 no segundo e 3 no terceiro. Com intervalos mensais até 28 semanas, depois quinzenal entre 28 e 36 semanas e semanal das 36 a 41 semanas. 10 PASSOS PARA O PNBR NA ATENÇÃO BÁSICA: 1. Iniciar o PN até a 12º semana (exames, vitaminas, enfermeira já passa, ela ganha o kit pré natal, e isso precisa ser iniciado até a 12º semana, mas o quanto antes, melhor) 2. Garantir recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários 3. Realizar os exames preconizados 4. Escuta ativa da gestante e dos acompanhantes 5. Garantir transporte gratuito da gestante ao pré natal quando necessário (dar vale transporte quando paciente não tem condição) 6. Direto do parceiro ser cuidado (paciente faz 4 testes rápidos e o paciente deve ser tratado também se der VDRL +) 7. Acesso à unidade especializada se necessário 8. Estimular e informas sobre os benefícios do parto fisiológico incluindo a elaboração do plano de parto 9. Direito de conhecer e visitar a maternidade 10. Conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico puerperal (lei da janaina pascal em vigor, paciente com 39 semanas ou mais, em trabalho de parto, se ela quiser pedir cesárea, ela pode. A menos que o bebe esteja já coroando, quase nascendo) AVALIAÇÃO DO RISCO Deve se realizado em TODAS as consultas pois inicialmente pode ter sido BR e durante o pré natal evoluir para uma gestaçõ de alto risco (AR) sendo preciso ir para uma unidade secundária ou terciaria. A triagem é feita com anamnese (idade, paridade, intervalo interpartal, história ginecológica detalhada) exame físico e exames complementares QUANDO ENCAMINHAR PARA O PRÉ NATAL DE ALTO RISCO? Há diversos fatores que podem fazer com que isso ocorra, como: hiperemese gravídica; anemias; ectópica; RCIU ou macrossomia; TPP; alteração líquido amniótico; RPMO; DPP/rotura uterina; quando tem uma doença prévia sistêmica (DRC, colagenose, DMG; LES; hipotireoidismo; TVP); pacientes classificadas como abortamento habitual (>= 3x); mal passado obstétrico; gemelaridade; acometimento fetal; nic 3 e ITU de repetição. VACINAÇÃO Para proteção da gestante e do feto! Não há risco e é uma recomendação do Ministério da Saúde. Se o calendário vacinal é desconhecido, inicia-se outro esquema de vacinação e se já foi vacinada, faz-se o esforço. ➔ Todas as mulheres em idade fértil devem ser imunizadas contra sarampo, rubéola, caxumba, tétano, difteria, poliomielite, varicela, hepatite A e B, papilomavírus humano (HPV) e meningite, por meio da vacinação realizada na infância, adolescência ou na fase adulta. GESTANTE NÃO DEVE RECEBER A VACINA TRÍPLICE VIRAL (RUBÉOLA/CAXUMBA/SARAMPO) E NEM CONTRA FEBRE AMARELA 2 Bruna Prado Zabini o Durante a gestação, deve ser administrada uma dose da vacina tríplice bacteriana (DTPa) (difteria, tétano e coqueluche) acelular adulto após a 20ª semana, preferencialmente entre 27 e 36 semanas o Gestantes com Rh negativo não imunizadas (Coombs indireto negativo) devem receber a imunoglobulina anti- RhD na 28ª semana de gestação o Vacina da gripe (conforme campanha sazonal) o Vacina contra hepatite B (recombinante) (após o primeiro trimestre/12ª semana) (se vacinada completa de 3 doses, não precisa) o Gestante em contato com varicela (catapora) deve receber a imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHVAZ) CALCULO DA IDADE GESTACIONAL Deve ser realizado em toda consulta, com base na DUM e no USG (de preferência do primeiro trimestre) GANHO DE PESO Deve variar de acordo com a idade gestacional, sendo menor no inicio da gestação e maior no fim da gestação. Sendo o “normal” o ganho de 12kg em pacientes eutróficas ALTURA UTERINA Forma de triar alterações do liquido amniótico, restrição de crescimento intrauterino ou macrossomia. Entre 20 e 32 semanas a AU corresponde a IG em semanas, caso aja discrepância de 3 para mais ou para menos, reliazar USG visto que é um exame de triagem Sempre checar mamas (observar mamilos) aferir PA da paciente, batimentos cardiofetais (a partir de 10- 12 semanais com sonar e com pinar a partir das 20 semanas), pesquisa de edema; checar exames; manobra de leopold. Sexualidade na gestação: ocorre diminuição da libido, mudanças psicológicas e emocionais e corporais, participação do marido. Numa gestante de baixo risco não tem limite de data Polivitamínicos: • Sulfato ferroso (40mg) • Ácido fólico (dose máx. de 400micro gramas)/metilfolato (imprescindível no primeiro trimestre para prevenção de má formação do tubo neural) o Pacientes que pertencem ao grupo de alto risco deverão receber doses 10 vezes maiores (4 mg por dia) por período superior a 90 dias na pré-concepção TESTE DE COOMBS São realizados para detectar a presença de anticorpos que atuam contra os eritrócitos no organismo. No teste de Coombs direto, é adicionado o reagente de Coombs ao sangue do paciente, permitindo a visualização de anticorpos que possam estar ligados às hemácias. Já no teste de Coombs indireto, o sangue é coletado e centrifugado, separando as hemácias do plasma, que contém os anticorpos 3 Bruna Prado Zabini • Ômega 3 (neuroproteção do bebê) • Cálcio (formação dos ossos) • Vitamina D Iodo QUESTÃO: Durante consulta de pré-natal, primigesta apresenta resultado de hemoglobina de 11 g/dl. Está usando 40mg de ferro elementar ao dia. O médico deverá: a) Aumentar a dose para 400mg de ferro elementar ao dia para corrigir a anemia. b) Concluir que se trata de hemodiluição normal da gestação, mantendo a dose de suplementação de ferro. c) Introduzir ácido fólico em dose supra-fisiológica (15µg ao dia)D d) Orientar alimentação e a tomada do ferro com derivados lácteos para aumento da absorção. Gestante com suplementação adequada de ferro (ideal entre 40 a 60 mg de ferro elementar) e hemoglobina de 11 g/dL, a qual é considerada normal durante a gestação devido o estado de hemodiluição materna. Portanto, a dose de ferro deve ser mantida. Consideramos anemia valores de hemoglobina inferiores a 11 g/dL. Resposta: Alternativa B EXAMES COMPLEMENTARES De acordo com o Ministério da Saúde, os exames essenciais: 1. Hemograma 2. Grupo sanguíneo e Fator RH (GSRH) 3. Coombs indireto 4. Glicemia/TOTG 5. Urocultura e urina 1 6. Sorologias (toxoplasmose, sífilis, rubéola, hepatite B e C, HIV) 7. AgHBS 8. TSH 9. USG primeiro trimestre (peso estimado, situação e apresentação, ILA, maturidade placentária) Exames de controle: 1. TOTG 2. Rotina DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez) I. O teste para diagnosticar a sífilis deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, idealmente no primeiro trimestre da gravidez, no início do 3º trimestre (28ª semana) e no momento do parto, independentemente de exames anteriores. II. Caso o exame para diagnosticar a sífilis dê positivo, é muito importante que o tratamento seja feito com penicilina, pois esse é um medicamento capaz de tratar a mãe e a criança. A parceria sexual também deverá comparecer ao serviço de saúde para ser orientada e tratada, a fim de evitar a reinfecção da gestante. III. A testagem para o HIV é recomendada na 1ª consulta do pré-natal ou 1º trimestre e 3º trimestre da gestação. Mas, no caso de gestantes que não tiveramacesso ao pré- natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade, por meio do teste rápido para HIV. ➔ Terceiro trimestre (35-37 sem) colhe cultura para Strepto B com prevalência de 10-30% e é preciso colher na vagina e no reto. Não deve colher quando tem urocultura positiva e história de sepse neonatal. Na datação clínica, o sonar Doppler permite a detecção dos batimentos cardíacos fetais com 11 a 12 semanas de gestação e os movimentos fetais são observados aproximadamente com 19 a 20 semanas, sendo notados pela mãe aproximadamente nesse período na primeira gravidez e duas semanas mais cedo em gestações seguintes (Russell et al., 2012) 4 Bruna Prado Zabini Se eu tiver uma cultura desconhecida (ou seja, não colheu), só faz a profilaxia se a paciente apresentar fatores de risco: febre intra parto, trabalho de parto prematuro, amniorrexe por mais de 18hrs. E se tiver uma cultura positiva , assim que ela entrar em trabalho de parto, faz a profilaxia em caso de RPMO assim que romper a bolsa e em caso de cesariana com bolsa integra eletiva não precisa fazer a profilaxia (mesmo com cultura +) PROFILAXIA SRTEPTO B De ataque: • Penicilina cristalina: 5.000.000 ui IV de ataque, seguidos de 2.500.00 ui IV 4/4h até parir • Ampicilina: 2g IV de ataque seguidos de 1g IV 4/4h até parir • Cefazolina: 2g IV de ataque seguidos de 1g IV 6/6hrs Não faz ataque: • Clindamicina: 900mg IV 8/8hrs ou 600mg IV 6/6hrs • Eritromicina: 500mg IV 6/6hrs FATORES DE RISCO: Idade menor que 17 e maior que 40 anos; tipo de ocupação (esforço físico, carga horário, rotatividade de trabalho, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos e estresse, situação conjugal insegura, baixa escolaridade, altura menor que 1,45cm, peso abaixo de 45kg e acima de 80kg (dependendo da altura), dependência de drogas lícitas ou ilícitas, história prévia (estupro, abortamento, OFIU, esterilidade, parto mal conduzido). CASO Paciente de 23 anos, hígida, G2P1A0, idade gestacional de 33 semanas de gestação é admitida em um trabalho de parto prematuro em uma maternidade. Relata pré-natal irregular, tendo realizados apenas os exames de primeiro trimestre de gravidez. Ao exame obstétrico, observa-se: presença de três contrações com duração de 30 segundos em 10 minutos; batimentos cardíacos fetais de 140bpm e dilatação cervical de 3cm, com apagamento de 80%, bolsa íntegra e polo cefálico no plano -1 de De Lee. Exame físico da gestante sem outras alterações. Para reduzir o impacto de prematuridade nesse caso, deve-se prescrever: ➔ Nifedipina para tocólise, betametasona para induzir a maturação pulmonar do feto e penicilina G cristalina para profilaxia da sepse neonatal precoce. Secundigesta, primípara, 25 anos, idade gestacional de 16 semanas, comparece em consulta de pré-natal com os seguintes exames laboratoriais: tipagem sanguínea A, Rh negativo e exame de Coombs indireto negativo. Tipagem sanguínea do marido: A e Rh positivo. As orientações a serem oferecidas à gestante sobre o seguimento laboratorial e a profilaxia da sensibilização ao fator Rh, RESPECTIVAMENTE, são: ➔ Exames seriados do Coombs indireto / imunoglobulina anti-D na 28ª semana e no pós-parto, se o recém- nascido apresentar Rh positivo e Coombs direto negativo. REFERÊNCIA o Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré- natal de baixo risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013, capitulo 3 (Importância da assistência ao pré natal) o Zugaib obstetríàa / editor Marcelo Zugaib; editora associada Rossana Pulàneli Vieira Francisco; 3. ed.; 2016; seção 3 (Pré-Natal), capítulo 10 a 14 o HOFFMAN, Barbara L. et al. - Ginecologia de WILLIAMS. 2 ed.; 2014; capitulo 11 (Assistência Pré Natal). o OMS, Organização Mundial da Saúde. Recomendações sobre atendimento pré-natal para uma experiência gestacional positiva, 2016.
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