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Sífilis e Herpes Genital

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1 Bruna Prado Zabini 
SÍFILIS 
 Causada pela bactéria Treponema pallidum (espiroqueta gram -), sua forma de transmissão é por contato 
sexual (penetra na pele ou mucosa) e tambem de mãe para filho (vertical) 
 
SÍFILIS PRIMÁRIA (CANCRO DURO) 
 O seu período de incubação varia de 10 a 90 dias (com média de 3 semanas), é uma ferida única, com borda 
bem delimitada, base endurecida com fundo limpo, é indolor e a cor é rosa avermelhada; podendo apresentar 
linfonodomegalia na virilha (geralmente regional, unilateral, múltipla, indolor e não supurativa/sem flogismo). O local 
de entrada pode ser pênis, vulva, colo uterino anus, boca e outros locais da pele (que podem aparecer após o período 
de incubação). 
 É uma lesão rica em treponema, que dura de 2 a 6 semanas e depois desaparece espontaneamente. Essa lesão 
se torna uma porta de entrada para outra infecção, como HIV. 
 
 
SÍFILIS SECUNDÁRIA 
 Os sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial 
(cancro duro), podendo ocorrer manchas no corpo (que não coçam), nas palmas das mãos e plantas dos pés. São 
lesões múltiplas e ricas em bactérias. Podem levar a sintomas gerais: febre, mal estar, dor de cabeça e ínguas pelo 
corpo. 
 
SÍFILIS LATENTE 
 Assintomática. Ela é considerada recente se for menos de 2 anos de infecção e tardia se for mais de 2 anos de 
infecção. A duração da latência é variável e é interrompida quando começa a apresentar qualquer sinal ou sintoma. 
 
SÍFILIS TERCIÁRIA 
 Se não cuidou da primária/secundária, pode evoluir para terciaria. Esta pode se manifestas entre 2 até 40 anos 
após a infecção, com lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. 
 
 
DIAGNÓSTICO: o padrão ouro da sífilis primária é microscopia de campo escuro, pois faz a pesquisa direta da 
bactéria (raspa a lesão e olho no microscópio) ou sorologias: 
o Teste não treponêmico: VDRL (não é específico, é sensível e demora de 2 a 3 semanas após 
o cancro para positivar. Ele pode positivar em outras doenças, visto que não é específico) 
o Teste treponêmico: FTA-Abs (demora 1 a 2 semanas após a infecção para positivar, é bem 
sensível e específico. O problema é que uma vez positivo, sempre positivo, mesmo que tenha 
feito o tratamento correto = isso não significa que tem imunidade, ela pode sim se reinfectar) 
 
➔ O teste rápido (feito em 30min) se for positivo na gestação, é tratado como sífilis terciaria e, se não for uma 
gravida, faz teste não treponêmico para confirmar diagnóstico. Vítimas de violência sexual fazem o tratamento 
direto, sem o diagnóstico, bem como pacientes que provavelmente não voltarão ao serviço de saúde. 
 
 
 
 
2 Bruna Prado Zabini 
TRATAMENTO: em gestantes, 
sempre é tratado como terciaria e deve ser 
iniciado o tratamento o quanto antes mas, 
no máx com 30 dias antes do parto ) é feito 
com PENICILINA BENZATINA. Tratamentos 
alternativos podem ser ceftriaxone IM ou 
doxiciclina VO 
 
➔ O parceiro sexual da paciente deve 
ser avaliado e corretamente 
tratados! 
 
HERPES GENITAL 
 É a IST ulcerativa mais comum, crônica, causada pelo vírus Herpes simplex vírus (tipo 2 – genital, que possuí 
neurotropismo e tendência de se alojar permanentemente em gânglios do sistema nervoso periférico (SNP). A 
transmissão é por contato sexual (não só na vigência de lesões) e fômites. 
Ocorre linfadenopatia em 50% dos casos, geralmente inguinal, bilateral e doloroso (não supurativo). 
PRIMEIRA INFECÇÃO: 
 O tempo de incubação é de 6 dias e costuma ter bastante sintoma sistêmico: febre, mialgia, mal estar. 
 
RECORRÊNCIA/RECIDIVA: 
 Quadro mais brando, com pródromo, paciente pode começar primeiro com ardência e depois uma lesão, 
geralmente mais branda do que uma primeira infecção. O vírus fica em latência viral após a primeira infecção e por 
alguns desencadeantes (estresse, dormiu mal, uso de antibiótico, quadro imunossupressor) pode reativar a lesão. 
 
Inicialmente a lesão é caracterizada por vesículas agrupadas sobre uma base 
hiperemiada e depois se transformam em úlceras arredondadas, com bordas lisas e bem 
dolorosas. Após isso, seria o aparecimento de crostas cerematicas (Até terminar o 
processo de cicatrização 
➔ Pode aparecer herpes no colo uterino, com sintomas gerais, corrimento 
diferente e um sangramento genital 
 
 
DIAGNÓSTICO: é bem clínico, porém também podemos solicitar esfregaço de trzanck (raspado da lesão olhado 
no microscópio, podendo encontrar celulas epiteliais gigantes multinucleados com inclusões intranucleares), 
sorologias (demora um pouco para positivar) (HSV-1 e HSV 2), cultura viral. Pesquisa de PCR é mais sensível porém 
pouco utilizada no Brasil. 
TRATAMENTO: quando é o primeiro episódio se faz com ACICLOVIR (400mg 8/8hrs por 7 dias) em quandros de 
recidiva usa-se também o ACICLOVIR (400mg 8/8hrs por 5 dias). Se há mais de 6 episódios durante o ano, pode 
tentar suprimir o vírus dando ACICLOVIR (400mg 8/8hrs por 5 MESES). Em paciente imunossuprimidos ou com lesões 
extensas, pode internar a paciente e usar aciclovir por via endovenosa. Na gestação faz uso de aciclovir por VO 
(independente do trimestre) 
➔ Gestantes com lesões de herpes = PARTO CESÁREA 
 
 
 
 
3 Bruna Prado Zabini 
CORRIMENTOS 
 
CANDIDÍASE 
Causada pela Candida albicans causa prurido vulvovaginal, associada a corrimento 
branco, grumoso e com aspecto de “leite coalhado”, causa hiperemia e edema vulvar. 
Ao medir o pH vaginal, geralmente ele esta acido (< 4,5) e há presença de peudo-hifas. 
 
VAGUINOSA BACTERIANA 
 Causada pela Gardnerella vaginalis, é um corrimento branco acinzentado, de aspecto 
fluido ou cremose, as vezes bolhoso e fétido (odor de peixe podre). Pode ocorrer após a relação 
sexual desprotegida e menstruação. 
 
TRICOMONIASE 
Causada pelo Trichomonas vaginalis que gera um corrimento abundante, amarelo esverdeado, bolhoso, com mau 
cheiro (peixe). Pode ocorrer prurido e/ou irritação vulvar, podendo estar relacionado a sintomas urinários (disúria, 
placiúria) e dor pélvica (dispaurenia). Pode ocorrer hiperemia da mucosa (colpite difusa “aspecto de framboesa”) 
➔ Quando não tratada na gestação, é causa de amniorrexe prematura! 
DIAGNÓSTICO: é clínico e laboratorial, podendo fazer cultura de secreção vaginal, PCR e também pode aparece 
no Papanicolau. 
TRATAMENTO: associar VO e vaginal, podendo ser feito com METRONIDAZOL, TINIDAZOL e SECNIDAZOL 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERRUGAS 
 
HPV 
 É causada pelo Papilomavírus humano (HPV), caracterizado por 
lesões arredondadas, prurido que infecta pele, mucosa (oral, genital ou 
anal), levando a lesões exofíticas ou verrugas anogenitias e até o câncer. A 
transmissão se da por contato direto com a pele ou mucosa infectada, via 
sexual (oral-genital; genital-genital; manutal-genital; anal) ou durante o 
parto. Fases da apresentação: 
1. Subclínica: áreas brancas após a aplicação de ácido acético, são 
lesões não visíveis a olho nu 
2. Latente: fases assintomáticas (porém portadora e transmissora!) 
3. Clínica: manifestações das verrugas, algumas podem ser lesões pré malignas (subtipos 16, 18, 33 e 45) 
 
➔ Crianças contaminadas no parto, frequentemente tem papilomatose respiratória recorrente. 
 
 VACINÇÃO HPV: normalmente outros sorotipos no serviço público, geralmente: 6, 11 (cepas não oncogênicas, 
geram verrugas) e 16, 18 e 33 (e 45, mais no serviço privado). 
o Quadrivalente: cobre 9,11, 16 e 18) 
o Bivalente: cobre 16 e 18 
HÁ SINAIS DE CERVICITE? 
HÁ FATOR DE RISCO PARA IST? 
SIM = tratar como DIP, ou seja, ciprofloxacino + azitromicina 
NÃO = tratar como vaginite 
o Hifas? Tratar candidíase comfluconazol 
o Tricomonas? Tratar tricomoníase com metronidazol 
o Clue cells: tratar vaginite com metronidazol 
 
NÃO 
SÃO 
CONSIDERA
DAS 
ISTs 
 
4 Bruna Prado Zabini 
Além disso, prevenção pode ser feita com preservativo (porém não é 100%) e parceiro(a) sexual fixo. 
 
DIAGNÓSTICO: geralmente clínico, porém pode ser feito biópsia da lesão, colposcopia, vaginoscopia, etc. 
 
TRATAMENTO: não tem como eliminar o vírus, porém vamos fazer a exérese da verruga e pode ser feito: acido 
tricloroacético (resseca a verruga e cai); crioterapia; podofilina; eletrocauterização ou exérese cirúrgica. Com uma 
conduta expectante, pode haver cura espontânea de 12-24 meses. 
 
 
LINFOGRANULOMA VENÉREO 
 Crônico, causado pelo C. trachomatis (sorotipos L1, L2 e L3), com 
período de incubação de 3 dias a 2 semanas. O quadro clínico é caracterizado 
por uma evolução em 3 fases: 
1. Inoculação: começa por pápula, pústula ou exulceração indolor e que 
desaparece sem deixar sequela, mais frequentemente em parede 
vaginal posterior, colo uterino ou fúrcula 
2. Disseminação linfática regional: aumento progressivo dos 
linfonodos inguinal e femoral, que se tornam dolorosos e podem 
fundir-se criando um bubão característico ou romper completamente 
a pele (resultando em drenagem crônica por fistulas). Comum 
manifestações sistêmicas como mal estar e febre. 
3. Sequelas: há supuração e fistulização por orifícios múltiplos do 
sistema linfático (a lesão anal pode levar a proctite ou proctocolite hemorrágica). Podem ter sintomas gerais 
(febre, mal estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo). Pode ocorrer 
elefantíase genital devido a obstrução linfática crônica (denominada estiomene na mulher) 
 
 
TRATAMENTO: é feito com TIANFENICOL (1,5g/dia, 
VO por 14 dias); SULFAMETOXAZOL (800mg + 
TRIMETOPRIM 160mg 2x/dia, VO, 14 dias); DOXICICLINA 
(100mg, VO, 12/12hrs no mín por 14 dias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Bruna Prado Zabini 
DONOVANOSE 
 
É uma IST crônica causada pela Kebisiella 
granulomatis que acomete preferencialmente a 
pele e mucosas das regiões da genitálias, da 
virilha e do ânus e com evolução lenta e 
progressiva, podendo se tornar vegetante. 
 Quadro clínico são lesões (geralmente 
múltiplas) ulceradas, que destrói a pele 
infectada, bem delimitada, com fundo granuloso 
de aspecto vermelho vivo e que sangra 
facilmente. 
 
 
 
 
 
GONORRÉIA E INFECÇÃO POR CLAMÍDIA 
 Causadas por bactérias Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis (pode ocorrer po bactérias menos 
frequentes: Ureaplasma e Mycoplasma), na maioria das vezes elas estão associadas e atingem órgãos genitais, 
garganta e olhos. 
 Os sintomas incluem corrimento vaginal com dor em baixo ventre na mulher e corrimento peniano purulento 
e disúria no homem, além da dor nos testículos. É assintomático em muitos casos! 
 
Por essas bactérias, o indivíduo pode apresentar: DIP; infertilidade (por estenose tubaria); dispaurenia; gravidez 
ectópica e sinossoragia (sangramento durante relação sexual) 
 
TRATAMENTO 
o Ciprofloxacina, 500mg VO, dose única 
o Ofloxacino, 400mg VO, dose única 
o Ceftriaxona, 250mg IM, dose única 
o Penicilina benzatina, 1200000 ui IM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
o MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas 
com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), capitulo 5 (sífilis adquirida) 
o MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas 
com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), capitulo 11 (Infecção pelo HPV) 
o MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas 
com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), capitulo 7 (Infecções que causam corrimento vaginal e 
cervicite) 
 
6 Bruna Prado Zabini 
o MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas 
com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), capitulo 9.1.4 (Infecções que causam Úlcera Genital - 
Linfogranuloma venero (LGV) 
o MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas 
com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), capitulo 9.1.5 (Infecções que causam Úlcera Genital – 
Donovanose) 
o HOFFMAN, Barbara L. et al. - Ginecologia de WILLIAMS. 2 ed.; 2014; capitulo 3 (Infecção Ginecológica).

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