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RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Conceitos básicos de farmacologia → Estudo da interação da droga com o organismo vivo e seus efeitos. OBJETIVOS: Profilático: Ação preventiva contra doenças. Ex: Vacinas. Terapêutico: Ação curativa de patologias Ex: Antibióticos. Paliativa: Diminuindo os sinais e sintomas de determinadas patologias, mas não promove a cura. Ex: Analgésicos, anti-hipertensivos. Diagnóstico: auxiliam no processo do diagnóstico e na elucidação de exames. Ex: Contrastes. MEDICAMENTO: → Elaborado com a finalidade profilática (medida de impedir), curativa, paliativa (aliviar) ou diagnóstico. EFICÁCIA-> SEGURANÇA -> QUALIDADE REMÉDIO: → Qualquer processo com finalidade de cura, prevenção, alivio de doenças e bem-estar. Pode ser o uso de ervas, banhos, massagens, afeto, carinho e orações. Fármaco: Qualquer substancia que tenha por finalidade alterar a função de organismos vivos. Tratamento de doenças sintomáticas ou assintomáticas. FARMACOCINÉTICA: → O que o organismo faz com o fármaco. → Rapidez e tempo em que o fármaco chega ao órgão alvo. ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO METABOLIZAÇÃO ELIMINAÇÃO → ABSORÇÃO: Passagem das moléculas do fármaco para a corrente sanguínea. → DISTRIBUIÇÃO: Após ser absorvido, o fármaco é distribuído para os tecidos e órgãos até chegar ao seu local de ação específico. → METABOLIZAÇÃO: Transformação de molécula + ativas ou inativas. → EXCREÇÃO: Eliminação do fármaco através dos rins, fígado, intestino, glândulas exócrinas Potência x efeito Potência: quantidade de droga necessária para induzir um efeito. Concentração-> efeito. Efeito: eficácia ou efetividade. Capacidade de produzir o efeito máximo desejado, é o mais importante para a escolha da droga. AGONISTA: → Mimetizam ou simulam um efeito do Neurotransmissor na fenda sináptica. Ex: Efeito da endorfina no exercício físico que gera um efeito de bem-estar e diminuindo o processo doloroso. Tem agonistas que vão simular o efeito da endorfina, vai se ligar ao receptor e trazer a mesma sensação, reduzindo a percepção dolorosa. • AGONISTA INTEGRAL: Ativa o receptor com eficácia máxima.100% RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 • AGONISTA PARCIAL: ativa o receptor, mas não com eficácia máxima.50%. ANTAGONISTA: → Inibem a ação do Neurotransmissor na fenda sináptica. → Ocupam o receptor impedindo que um neurotransmissor ocupe o espaço, parando a ação. Ex: No caso da endorfina, ele irá ocupar o meu receptor impedindo que os neurotransmissores a ocupem parando a ação da endorfina no meu exercício físico. • ANTAGONISTA COMPETITIVO: Compete com a ligação do agonista ao sítio do receptor. • ANTAGONISTA NÃO COMPETITIVO: Liga- se a qualquer sítio de ligação impedindo que o agonista mesmo em grande número se ligue aos receptores. Concentração de um fármaco X tempo • DOSE: Quantidade de um fármaco capaz de provocar alterações no organismo. • JANELA TERAPÊUTICA: Faixa entre a dose mínima eficaz e a dose máxima eficaz. BIODISPONIBILIDADE: COMO A VIA DE ADMINISTRAÇÃO AFETA NA ABSORÇÃO? → Ira depender das barreiras pelos quais o fármaco vai passar desde a administração da droga até chegar na circulação sistêmica. → As drogas administradas via endovenosa são absorvidas 100%, por que ela não vai passar pelo efeito de 1º passagem hepática caindo diretamente na circulação sistêmica, no sangue, já sendo distribuída. → Os fármacos são distribuídos em diferentes tempos conforme os tecidos. Ex: coração, cérebro tem alto fluxo sanguíneo, neste caso, o fármaco ali é distribuído mais rapidamente, já a pele, músculos e tecido adiposo são mais lentos e não precisam de tanta irrigação sanguínea, portanto, a distribuição será mais lenta. ONDE OS FÁRMACOS PODEM AGIR? → A partir do momento em que ele se liga a um receptor, ele irá ter uma ação. → Ele vai ser agonista ou antagonista. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 → Podem ter vários efeitos e atuar nas etapas de biossíntese e degradação enzimáticas de neurotransmissores, → Posso ter um fármaco que vá impedir a ação do transportador de acetilcolina, impedindo que ocorra a fusão da vesícula com os neurotransmissores na fenda sináptica, liberando meus neurotransmissores. → Pode ter também, fármacos que vão agir nos receptores pós-sinápticos, impedindo que o neurotransmissor se ligue ao receptor. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Ação dos fármacos nos processos dolorosos O que é a dor? → A dor é uma qualidade sensorial subjetiva, difícil de ser descrita ou interpretada → Experiencia multidimensional que envolve questões afetivas, cognitivas, emocionais e a nocicepção. → Dor é pessoal e intransferível. → Mecanismos fisiológico que permite a sobrevivência. → Tem um sistema neuronal próprio- sistema nociceptivo. NOCICEPÇÃO Transmissão e reconhecimentos de impulsos em resposta ao estimulo. Rede que vai ser capaz de fazer a transmissão e o reconhecimento do estimulo doloroso. Conjunto de eventos neurais através do qual os estímulos nocivos são detectados, convertidos e impulsos nervosos e transmitidos da periferia para o SNC. No encéfalo, particularmente no cérebro, os estímulos associados á lesão real ou potencial são interpretadas como dor. CLASSIFICAÇÃO DA DOR → SOMÁTICA: • Cutânea ou em tecidos profundos • Dor rápida e bem localizada • Lenta e difusa → VICERAL: • Lenta e difusa → DOR AGUDA: • Dor pontual, em agulhadas → DOR CRÔNICA: • Dor em queimação, pulsátil, nauseante. Que se prolonga por muito tempo. → DOR RÁPIDA: • Estímulos cutâneos nociceptivos causam reações motoras inatas denominadas reflexos de retirada • que afastam rapidamente o membro afetado do estimulo nocivo. REAÇÕES EVOCADAS PELA DOR → EXPERIÊNCIA SENSORIAL: -Dor rápida (objetiva) -Dor lenta (subjetiva) → RESPOSTA MOTORA: Somática: Reflexos de retirada Vocalização Expressão facial Posição antálgica Choro Viscerais: Sudorese Vasoconstrição periférica Náuseas Vômitos → EXPERINCIA PSICOLÓGICA: -Ansiedade, depressão (dor crônica) -Sofrimento -Alteração de comportamentos Transdução sensorial Estimulo que chega ao SNC e é transformado em uma resposta no cérebro. Transformação do estimulo nociceptivo em linguagem ou sinal neuronal. 1. Estimulo periférico, este estimulo vai ser transduzido. 2. É conduzido até a medula espinal onde ele vai ser transmitido até a compreensão da dor. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 3. Esta via que saí do estimulo periférico e vai até a percepção central é uma via ascendente. 4. A partir disto gera uma resposta, no tálamo começamos a fazer uma transmissão e modulação descendente. 5. Reflexo de retirada, liberação de mediadores e neurotransmissores. Os fármacos atuam diretamente aonde tem uma ação, interrompendo esta transmissão e modulação da dor descendente, fazendo que pare de sentir o efeito doloroso. Os neurônios de projeção secundaria transmitem a informação ao tronco encefálico e ao tálamo que, transmitem sinais ao córtex, hipotálamo e sistema límbico. A transmissão vai ser modulada em todos os níveis do sistema nervoso por interneurônios inibitórios e excitatórios remotos e de circuito local. Estes estímulos são reconhecidos por canais e receptores específicos que irá ter uma perturbação da membrana tendo influxo de sódio e cálcio, gerando um potencial de ação. Com isso, a frequência e a duração do potencial de ação irão transferir ao SNC as informações sobre o início, intensidade e duração do estimulo da dor e que resposta preciso para aquele estimulo. Este estimulo tem que ser suficiente para atingir meu limiar de dor e desencadear uma resposta, que irá promover uma abertura de canais de cálcio ou de sódiosuficiente para atingir o limiar. Estes Potenciais de ação vão passar pelos neurônios aferentes primários ate encontrar um canal de cálcio, quando ele chega, vai promover uma abertura desde canal resultando no influxo de cálcio. Este influxo, vai permitir que eu tenha liberação de neurotransmissores, tendo a fusão da vesícula contendo esses neurotransmissores na fenda sináptica. Estes neurotransmissores vão se ligar aos receptores de membrana pós-sinápticas e irão desencadear uma resposta, propagando esta informação. As norepinefrinas, GABAS e os opioides liberados por neurônios inibitórios descendentes ou de circuito local, atuam em níveis pré e pós-sinápticos inibindo os neurotransmissores. Pré sinápticos: Atividade reduzida dos canais de cálcio (Ca+). Sem o influxo de cálcio não irá ter a fusão da vesícula, reduzindo a quantidade de nts na fenda, não havendo a ligação com os receptores, com isso, evitando a propagação da dor. Pós-sináptico: Aumento do influxo de cloreto (Cl) e potássio (K+). Quando a à alteração deste influxo de potássio, também impeço a condutância da dor, reduzindo a ação do potencial de ação. O que um fármaco opioide vai fazer: impedir a compreensão do cérebro referente a dor. Temos o estimulo da dor chegando, porém os fármacos que estou usando são agonistas e simulam as encefálinas e endorfinas que tem a ação de reduzir a resposta da dor. Os opioides vão se ligar no mesmo lugar onde as encefálinas e endorfinas se ligam. Temos componentes endógenos que regulam o controle a dor, os fármacos vão se ligar nos mesmos lugares dos meus receptores endógenos, trazendo um efeito prolongado, colocando uma concentração suficiente para ficar ligado por muito tempo ligado aos meus receptores. Morfina: agonista, simula o efeito endógeno natural. Quando tenho um processo doloroso, tenho que fazer a produção destes neurotransmissores, temos uma quantidade fisiológica que vai ser suportada até um certo ponto, por exemplo, quando passamos por uma cirurgia e não tomamos nenhum analgésico, vamos sentir dor por vários dias e gradativamente ele vai se resolvendo e a dor diminuindo, quando tomamos um analgésico, interrompemos o processo doloroso na hora. Temos componentes endógenos que regulam o controle da dor. Os fármacos vão se ligar nos mesmos locais que os meus Nts endógenos se ligam promovendo uma resposta. O que acontece quando eu faço o uso de um fármaco que se liga no mesmo local que a minha endorfina e encefálinas se liga? Ele vai trazer um efeito prolongado de analgesia por que estou colocando uma concentração suficiente para ficar ali nos meus receptores por muito tempo. Quando eu tenho endorfinas sendo liberadas, ela não fica por tanto tempo na fenda sináptica. Ela é RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 liberada e uma parte vai ser recaptada e outra parte vai ser degradada, meu organismo vai ficar sempre trabalhando com essa situação, eu libero a endorfina, mas ela não fica ligada pra sempre, libero, recapto e degrado, ... e assim sucessivamente. Quando eu coloco algo exógeno, um opioide que se liga aos receptores de endorfina e que vão simular este efeito. Pela quantidade que eu tenho e que eu coloco do fármaco, uma dose que dura várias horas, este fármaco ira ficar disponível muito mais tempo na minha fenda sináptica para se ligar aos receptores, e a partir do momento que este fármaco vai sendo degradado, excretado e metabolizado, a percepção da dor começa a voltar, por que a quantidade de fármaco que estava na minha fenda ocupando os meus receptores diminuiu. Analgésicos opioides RECEPTORES OPIÓIDES A maioria dos fármacos se ligam em: receptores Mi, KAPA, DELTA, mas a grande maioria se liga a Mi opioide. Classificação dos opioides: • Análogos da morfina: Agonistas: Morfina, heroína, codeína. Se ligas ao mesmo local das endorfinas. Agonistas parciais: Nalorfina e Levalorfan. Não tem um efeito total. Antagonistas: Nalaxona. Bloqueia o efeito das endorfinas. MECANISMO DE AÇÃO DOS OPIÓDES Diminuem a liberação de neurotransmissores. Se não tenho o influxo de cálcio, não tenho a liberação do conteúdo da minha vesícula ,com isso, preciso que abra os canais de cálcio, e tenha o influxo de cálcio para que ocorra a fusão da vesícula, se não tenho isso, não tenho a liberação dos meus neurotransmissores. Os opioides apresentam efeitos analgésicos para dores agudas e crônicas, sendo menos eficazes para dores neuropáticas. Estes efeitos são medidos por receptores Mi, KAPA e DELTA em diferentes partes do organismo. Eles têm uma ação direta sobre os tecidos periféricos conseguindo inibir a propagação. Todo lugar que tiver receptores Mi opioides, os fármacos irão ter uma ação, vão se ligar. Efeito colateral de quem usa morfina e codeína de forma crônica: constipação intestinal. PRINCIPAIS USOS DO OPIÓIDE • Dores agudas severas de origem traumática (fentanil, morfina) • Dores médias de origem inflamatória (codeína, pentazocina, propoxifeno) • Dores severas crônicas (morfina) • Dores crônicas neuropáticas não respondem (amitriptilina) Fármacos analgésicos Ação central: • Opioides • Amitriptilina (antidepressivos, na dor crônica) • Carbamazepina • Ergotamina (enxaqueca) • Sumatriptano (enxaqueca) Ação periférica: • Anti-inflamatórios • Anti-inflamatórios não esteroides • Anestésicos locais GERAÇÃO DA DOR 1. Evento inicial: estímulo nocivo – destruição ou lesão tecidual. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 2. Liberação ou síntese de mediadores bioquímicos envolvidos no processo álgico (histamina, prostaglandinas e bradiciclinas). 3. Interação com nociceptores periféricos e terminações nervosas livres. 4. Deflagração de sinais de dor a partir da área de lesão tecidual. 5. Ativação de mediadores inflamatórios que vão interagir com os nociceptores, tendo a sinalização dolorosa. Sinais cardinais da inflamação: → Rubor, calor → Tumor (edema) → Dor → Perda da função (em processos inflamatórios crônicos). Como que ocorre o processo da inflamação? 1. Aumento do fluxo sanguíneo (vasodilatação) e aumento da permeabilidade vascular. 2. Exsudação de fluidos (edema) 3. Compressão das terminações nervosas (dor) 4. Migração dos leucócitos, granuloma e reparo (perda da função) O proposito básico da resposta inflamatória é um mecanismo de defesa importante para o organismo, afim de eliminar a lesão patogênica, remover os componentes patogênicos do tecido lesado e promover a regeneração da arquitetura tecidual. Temos a bradicinina, prostaglandinas nos locais da inflamação. A partir do momento que a lesão está ocorrendo, estimulo da lesão, vai ocorrer a liberação de prostaglandinas, histamina, bradicininas pelos mastócitos que são estímulos nociceptivos que vão ser reconhecidos e irão enviar informações ao SNC. Estes componentes presentem causam a ativação dos nociceptores ou reduzem seu limiar de excitabilidade, dor, deixando a região sensível e trazendo a percepção da dor. SISTEMA NERVOSO E O PROCESSO INFLAMATÓRIO Febre e o processo inflamatório Temos dor no processo inflamatório e febre, e os analgésicos vão funcionar para ambos. Temos bactérias que entram em contato com o nosso organismo, com isso ativamos uma resposta endógena pirógena, que são cininas que vão entrar na microcirculação e ser distribuído levando ate o meu SNC e ser sinalizado no hipotálamo para que haja a liberação de prostaglandinas para a indução do processo infamatório: vasoconstrição, tremor muscular, febre. Quando tenho a presença de microrganismos nocivos e ele é reconhecido, este microrganismo faz com que comece a produção de pirógenos endógenos, fazendo com que ocorra a febre pela liberação da prostaglandina. No hipotálamo quem faze este reconhecimentoé o centro de termorregulação, vai ocorrer este reconhecimento que irá mandar informações para os efetuadores que irão tentar fazer o controle da temperatura corporal. Temos também receptores de temperatura cutâneos que também vão ativar esses centros termorreguladores. SISTEMA DE TERMORREGULAÇÃO → Reações do frio: Vasoconstrição Aumento da atividade voluntaria Diminuição da ingesta de água Enrolamento, piloereção Aumento da secreção do hormônio estimulante da tireoide (TSH) → Reações de calor Vasodilatação Apatia, inercia, anorexia Aumento da ingesta de água Maior exposição ao ambiente Diminuição do hormônio estimulante da tireoide (TSH) Ocorre a ativação de respostas ao ambiente em relação a temperatura, e também a reação a bactérias ou qualquer coisa que faça a liberação de prostaglandinas Mediadores plasmáticos da inflamação: histamina e bracinina -> vaso dilatação das arteríolas -> RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 aumento do fluxo sanguíneo (calor e rubor) –> aumento da permeabilidade microvascular -> extravasamento de liquido e leucócitos (edema). ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTI- INFLAMATÓRIOS Temos anti-inflamatórios não esteroidais que tem ação como analgésicos, antitérmicos e anti- inflamatórios. → Mecanismo de ação: Inibição periférica e central da atividade enzimática da ciclooxigenase e consequentemente a diminuição da biossíntese dos mediadores da dor, inflamação e febre (prostaglandinas). → O que ocorre? Vamos ter fármacos analgésicos, antipiréticos e fármacos não esteroidais que vão inibir a ação da COX (ciclooxigenase). Sem a COX não vai ter a liberação da prostaglandina, e consequentemente não irá ocorrer varias reações. Lesão -> ativação de mediadores inflamatórios (citocinas) -> fagocitose -> produção de eicosanoides (produtos dos metabolismos do Ácido Araquidônico) -> a partir do Ácido Araquidônico temos a produção de leucotrienos, lipoxinas e prostaglandinas. Leucotrienos: degranulação, quimiotaxia e aumento da permeabilidade. Lipoxinas: Vasodilatação, inibem a quimiotaxia. Na membrana plasmática, a partir do momento que há um estimulo chegando, seja uma lesão tecidual, presença de alguma citocina ou a presença da bradicinina, vai ocorrer a estimulação da ação da fosfolípase A, que vai fazer com que ocorra a hidrolise de ácidos graxos, transformando lipídeos em Ácido Araquidônico. Com a presença do Ácido Araquidônico e pela ação da COX vai fazer a transformação do Ácido Araquidônico em prostaglandinas de diferentes classes, que vai ser convertida para cada tecido especifico. → O que os anti-inflamatórios não esteroidais fazem? Fazem o bloqueio da formação dessas prostaglandinas por inibição da COX. Inibem a liberação de histamina que causa a vasodilatação, aumento da permeabilidade da membrana, exsudado, edema, ele para a cascata sem a liberação da histamina, Diminuem também a liberação de leucócitos e monócitos → Mecanismo de ação analgésica: Bloqueio da formação de prostaglandinas por inibição da COX. Excreção dos fenamatos que possuem ação antagonista sobre os receptores das prostaglandinas. → Mecanismo de ação antitérmica: Bloqueio da formação das prostaglandinas por inibição da COX, prostaglandina como moduladora na regulação da temperatura e ação antipirética. CICLOOXIGENASES COX -1: Enzima essencial construtiva, encontrada na maioria das células e tecidos, faz a produção de prostaglandinas para a manutenção das funções fisiológicas. 1. É estimulada continuamente no organismo 2. Sua concentração se mante estável 3. Gera as prostaglandinas usadas na manutenção dos processos básicos do organismo. 4. Prostaglandinas estimulam a produção de muco na parede do estomago, regulação do ácido gástrico e excreção de água pelos rins. COX-2: Formação induzida no processo inflamatório e interleucinas tipo 1 e 2 e também produzem prostaglandinas que mediam a inflamação, dor e febre. 1. Induzida (normalmente não está presente nas células). 2. Gerada somente em células especiais como o pulmão. 3. Usada como sinalização da dor e da inflamação. 4. Produzem prostaglandinas para a resposta inflamatória. 5. Estimulada somente como parte da resposta imune. 6. Produção é estimulada pelas citocinas inflamatórias e pelos fatores de crescimento. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Os principais efeitos dos anti-inflamatórios vão ser a dor gástrica, justamente pela ação da COX. FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS Estimulação ou inibição da agregação plaquetária. Relaxamento ou contração vascular. Contração ou relaxamento brônquico. Proteção da mucosa gástrica. Manutenção do fluxo renal e regulação do metabolismo de Na+ e K+ Indução da contração uterina Produção da febre Hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor. Sensibilização das terminações nociceptivas periféricas. → Aplicações terapêuticas das prostaglandinas: Estimulação uterina: aborto entre a 12º e 20º semana. Trato gastrointestinal: anti-ulceroso. Agregação plaquetária: substitui a heparina. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Antidepressivos tricíclicos São bem estabelecidos como medicações analgésicas, exercendo seus efeitos em nível central, através da inibição da recaptação da noradrenalina e serotonina e da ativação das vias descendentes inibitórias da dor. O efeito analgésico periférico dos antidepressivos tricíclicos tem sido atribuídos á diminuição do AMP cíclico, via ativação de receptores da adenosina e a inibição dos canais de sódio de voltagens dependentes. Efeitos colaterais sistêmicos: Sedação Hipotensão postural Respostas anticolinérgicas Indicações: → Artrite → Neuropatia diabética → Dor facial → Fibromialgia → Dor nas costas → Enxaqueca → Esclerose múltipla → Dor pélvica → Neuropatia periférica → Ferimento da medula espinhal Sinapse química- produção de neurotransmissores Produção e liberação dos NTS pelo potencial de ação. Os fármacos que atuam neste local, aumentam o nível de neurotransmissores na fenda sináptica e aumentam a recaptação dos neurotransmissores. Sistema nervoso central O sistema nervoso central funciona como o processador de informações, mantendo a hemostasia de vários sistemas, regulando funções vegetativas e possibilitando o raciocínio logico, julgamento e comunicação. Ele recebe sinais detectados por receptores periféricos e conduzidos por vias aferentes sensitivas. Analisa, filtra, armazena e relembra essas informações, programando reações motoras, comunicadas por nervos eferentes a órgão executores. Vai funcionar no sistema de checagem e verificação, deflagrando respostas para as ações de homeostasia do organismo. Transtornos afetivos Depressão Mais comum dos distúrbios afetivos- distúrbio do humor. Há dois tipos: 1. Depressão unipolar: alterações de humor são sempre na mesma direção. Pacientes só apresentam o estado depressivo. Está ligado a vida estressante, incidência maior em mulheres. 2. Depressão bipolar: doença maníaco depressiva. A depressão se altera com a mania. Os pacientes apresentam diferentes momentos, o estado depressivo ou o maníaco. Geralmente aparece no início da vida adulta. Os sintomas emocionais da depressão incluem: Humor depressivo Excesso de pensamentos negativos Infelicidade, apatia e pessimismo Autoestima baixa: sentimentos de culpa, inadequação e feiura. Indecisão e perda de motivação Perda da sensação de recompensa Ideias suicidas Os sintomas biológicos incluem: Retardo do pensamento e da ação Perda delibido Distúrbios do sono Perda do apetite Sintomas da mania: Exuberância excessiva Entusiasmo Autoconfiança Ações impulsivas Irritabilidade, impaciência e agressividade Delírios de grandeza. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Como ocorre a depressão? A teoria das monoaminas sugere que a depressão resulta de transmissão monoaminergica deficiente (falta de noradrenalina ou serotonina) no SNC, enquanto a mania resulta o excesso de noradrenalina e serotonina. Impirimina: (bloqueia recaptação de Noradrenalina e serotonina) causando efeito antidepressivo. Reserpina: (esgota monoaminas das terminações) causando o efeito depressivo. Evidencias recentes sugerem que a depressão pode associar-se a neurodegeneração e a redução da neurogênise no hipocampo. Antidepressivos Todos os tipos de antidepressivos levam pelo menos duas semanas para produzir efeitos benéfico, embora seus efeitos farmacológicos ocorram imediatamente. A partir do momento em que começo a usar o antidepressivo, já coma a modulação dos meus neurotransmissores, mas o efeito comportamental tende a demorar semanas. Classes dos antidepressivos: Tricíclicos Inibidores da MAO Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Atípicos Os antidepressivos agem inibindo a recaptação da noradrenalina e da serotonina na fenda sináptica, os neurotransmissores não ficam pra sempre na fenda sináptica e por isso precisam ser receptados. Os antidepressivos atuam justamente ali, reduzindo a recaptação, com isso, mais neurotransmissores ficam disponíveis para se ligarem aos receptores pós-sinápticos causando um efeito esperado. Eles não aumentam a produção dos neurotransmissores, apenas impedem que seja recaptado. Antidepressivos tricíclicos Os antidepressivos tricíclicos não são usados como fármacos de primeira linha para o tratamento da depressão, apresentam baixo índice terapêutico, ou seja, tem uma janela terapêutica muito próxima a janela que pode causar efeitos colaterais graves, e justamente por isso é muito utilizado em casos de suicídio. Os antidepressivos tricíclicos bloqueiam alguns receptores como os muscarínicos, histamínicos e os adrenérgicos. Pela inibição dos receptores muscarínico, eles causam os seguintes efeitos: → Boca seca → Visão embaçada → Constipação intestinal → Retenção urinaria Pela toxicidade aguda pode causar: → Excitação e delírio → Convulsões → Ressecamento da boca e pele → Depressão respiratória → Arritmias cardíacas Os antidepressivos tricíclicos são perigosos em superdosagem e eram comummente usados em tentativas de suicídio, o que foi um fator importante que levou a introdução de fármacos mais seguros, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina. Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina são o grupo de antidepressivos mais prescritos, como a Fluoxetina, Citalopram, Sertralina, entre outros. Além de serem seletivos para a recaptação de serotonina, eles são menos propensos em causar efeitos adversos anticolinérgicos como os antidepressivos tricíclicos, sendo mais perigoso na superdosagem. São mais seguros. Eles são utilizados para uma variedade de outros distúrbios psiquiátricos, assim como para a depressão, incluindo ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo. Agem inibindo a recaptação de serotonina na fenda sináptica aumentando a concentração desse neurotransmissor, RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 consequentemente, potencializam a transmissão realizada pela serotonina. Se ele fica mais tempo na fenda, ele consegue fazer a transmissão realizada pela serotonina de uma forma mais potente. Os antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina causam menos efeitos colaterais relacionados as ações colinérgicas e são menos perigosos na super dosagem, tem a mesma eficácia que os tricíclicos no caso da depressão moderada, mas não na grave. É usado também para transtornos de ansiedade. Efeitos colaterais: → Náuseas → Insônia → Anorexia → Perda da libido → Falta de orgasmo Antidepressivos inibidores da monoaminoxidase (IMAO) Monoaminoxidade (MAO) é uma enzima responsável pela degradação de aminas, como a noradrenalina, dopamina e a serotonina. Duas isoformas da MAO: MAO- A: atua sobre as noradrenalinas e serotoninas e também sobre a dopaminas e tiramina. MAO-B: atua principalmente sobre dopamina e tiramina. O que este antidepressivo irá fazer é a diminuição e a degradação das noradrenalinas, serotoninas e dopaminas, inibindo a degradação. Efeitos colaterais: → Hipotensão (bloqueio simpático) → Aumento de peso → Boca seca, visão turva e retenção urinaria (atividade colinérgica) → Hepatoxicidade grave → Tremores, excitação, insônia, convulsões (estimulação central excessiva) Se descobriu que a IMAO pode interagir com alguns alimentos, e tem sido utilizado com mais cautela, justamente pela interação com a tiramina que é encontrada em muitos alimentos. A tiramina normalmente é metabolizada pela MAO na parede do intestino e fígado fazendo com que uma quantidade muito pequena de tiramina das dietas chegue à circulação sistêmica. Quando ocorre a inibição da MAO permite que a tiramina seja absorvida, pois não vai ter nada a metabolizando e consequentemente causa crises hipertensivas. O excesso de tiramina desloca a noradrenalina que está armazenada dentro das vesículas, assim causando a crise hipertensiva, cefaleia e ocasionalmente até uma hemorragia. A inibição da MAO faz com que aumente a tiramina aumentando o efeito simpático, causando os efeitos colaterais e a hipertensão sistêmica. Alimentos que contem tiramina: Abacate Banana Atum, carnes defumadas, bacon Coalhadas, iogurte, creme de leite Passas Feijão Cerveja Queijos Vinhos Antidepressivos atípicos Tem mecanismo de ação heterogêneas e com menos efeitos colaterais (sedação e efeitos anticolinérgicos), possuem uma menor toxicidade aguda em casos de superdosagem e latência do efeito terapêutico. Uso clinico dos antidepressivos São utilizados: Depressão Transtornos de ansiedade (ataques de pânicos e ansiedade generalizada) Transtornos obsessivos- compulsivos (inibidores seletivos da captação de serotonina) Enurese (tricíclicos) Dor crônica (tricíclicos) Transtornos de alimentação (inibidores seletivos de recaptação de serotonina). Fármacos estabilizadores do humor Mania: excesso funcional dos transmissores monoaminérgicos em certos locais no cérebro. Sintomas: → Exuberância excessiva RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 → Entusiasmo → Autoconfiança → Ações impulsivas → Irritabilidade, impaciência e agressividade → Delírios de grandeza São utilizados o Carbonato de lítio que trata os episódios maníacos, previne decorrência das crises maníacas ou depressivas em pacientes bipolares, algumas formas esquizofrênicas, alcoolismo e agressividade. Efeitos adversos: poliúria, ganho de peso, problemas cognitivos (dificuldade de concentração e memoria), distúrbios gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia), tremores, sedação, perda de cabelos, acne, entre outros. Fármacos ansiolíticos e hipnóticos Classificação dos transtornos de ansiedade: Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): estado de ansiedade ou preocupação excessiva que não possui razão ou foco. Transtorno do pânico: estado de apreensão intensa, medo ou terror com início repentino e período de tempo definido (15-30 min). Falta de ar, palpitações, dor ou desconforto torácico, asfixia, taquicardia, tremores, sudorese, medo de ficar louco ou perder o controle. Transtorno de estresse pós-traumático: revivência de acontecimentos extremamente traumáticos (acidentes,agressões). Transtorno de estresse agudo: ansiedade ocorre imediatamente após o trauma. Fobias simples: medo intenso provocado pela exposição a objetos ou situação definida. Ex. acrofobia (medo de altura), claustrofobia (medo de lugares fechados), eritrofobia (medo de sangue ou ferimentos). Fobia social: ansiedade provocada pela exposição a certos tipos de situação social. Ex. falar em público. Agorafobia: medo de lugares e situações que possam causar pânico, impotência ou constrangimento. Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): caracterizado por obsessões (pensamentos recorrentes) e/ou compulsões (comportamentos estereotipados ou rituais que servem para aliviar a ansiedade). Ansiolíticos Estes transtornos de ansiedade são tratados com vários tipos de ansiolíticos: Benzodiazepinicos Zasoironas Antagonistas de receptores beta Os benzodiazepínicos possuem o mesmo mecanismo de ação, porem devido as diferenças moleculares e farmacocinéticas, a potência, o início, duração dos efeitos e efeitos colaterais são diferentes. Os benzodiazepínicos atuam em receptores GABA causando a hiperpolarização da membrana, parando a passagens dos íons, parando a ação de estimulação desses receptores. São rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal e possuem um tempo de meia vida variável. Sua metabolização em idoso é mais lenta e podem causar sonolência e confusão mental. Podem ser secretados no leite materno. Os efeitos farmacológicos dos BZD: → Redução da agressão e da ansiedade. → Sedação e indução ao sono → Redução do tônus muscular e coordenação. → Anticonvulsivantes. Os efeitos colaterais dos BZD: → Sonolência → Confusão mental → Amnésia → Comprometimento da coordenação motora Ocorre uma tolerância com todos os BZDs sobre seus efeitos sedativos e hipnóticos, no caso da dependência, a interrupção do tratamento de varias semanas pode levar a ansiedade, tremores, agitação, insônia. As Zaspironas são agonistas dos receptores de serotonina e seu mecanismo de ação ainda é desconhecido. Sua principal representante é a Buspirona e seu efeito ansiolítico aparece após 1-2 semanas. É utilizado em pacientes com ansiedade crônica e persistente. Quando absorvida via oral, sofre extensa metabolização de primeira passagem hepática. Buspirona: • Não causa sedação • Não afeta a coordenação motora • Não causa abstinência RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 • Não potencializa o efeito depressor do álcool Efeitos colaterais: • Náuseas • Vertigens • Cefaleia • Inquietação Os antidepressivos também são utilizados como ansiolíticos, principalmente a Fluoxetina que é um inibidor seletivos da recaptação de serotonina. São utilizados no tratamento do transtorno do pânico (efeito terapêutico de 2-4 semanas) e do TOC (6-8 semanas). É um medicamento de primeira escolha no tratamento da ansiedade crônica e não levam a dependência como os BZDs. Os antagonistas de receptores beta adrenérgicos são usados para reduzir os sintomas da ansiedade em situações estressantes (propranolol) bloqueando as respostar periféricas simpáticas. Diminuem as palpitações, tremores, taquicardia e sudoreses palmar. Hipnóticos Temos duas fases do sono: 1. Não REM: Estagio 1: sonolência Estagio 2: sono superficial Estagio 3: sono profundo Estagio 4: sono de ondas lentas. 2. REM (MOR): Movimentos oculares rápidos Diminuição do tônus muscular Sonhos que podem ser recordados. O ciclo do sono REM repete-se de 4-5 vezes durante a noite e tem uma duração de +/- 90 min. O sono tem um funções de restauração física (sono profundo) e o sono REM promove o desenvolvimento neuronal e facilita a consolidação da memoria adquirida durante a vigília. A privação do sono REM aumenta a ansiedade, dificulta a concentração, causa irritabilidade e o aumento do apetite. Os fármacos hipnóticos induzem e mantem o sono por certa duração, seja, em indivíduos normais, ou em pacientes com insônia. Os hipnóticos são as drogas maus utilizadas no mundo. Os hipnóticos ideais são aqueles que apresentam uma ação especifica, um efeito rápido, que não cause sonolência e que tenha uma duração de efeito. Alguns BZDs também são utilizados como hipnóticos, como o Midazolan que é muito comum, eles causam a diminuição da latência do sono, o tempo total do sono é aumentado e há uma diminuição da duração do sono REM e do sono estagio 4 (sono de ondas lentas). Ocorre uma tolerância ao efeito hipnótico e pode causar um efeito rebote. Efeitos adversos do uso: → Sonolência durante o dia → Prejuízo no desempenho intelectual e psicomotor → Disartria: incapacidade de articular palavras da maneira correta → Ataxia: perda da coordenação dos movimentos musculares voluntários → Depressão do humor → Amnesia Alguns compostos não-benzodiazepínicos que também são utilizados no tratamento da insônia são rapidamente absorvidos via oral, interagem com os receptores GABA, são desprovidos de atividades anticonvulsivantes e não causam o relaxamento muscular. Não são utilizados no tratamento da ansiedade. Estes compostos diminuem a latência para o inicio do sono, provocam menos alterações na arquitetura do sono que os BZDs e não prejudicam a memoria e a capacidade psicomotora. Não há indicações que provoque dependência e a sua tolerância ao efeito hipnótico é pequena. Eles auxiliam no inicio do sono, não ajudam a manter, apenas na promoção do início do sono. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Antiparkinsonianos Doença de Parkinson Esta doença age sobre a catecolamina dopaminérgica, a dopamina. A doença de Parkinson sintomas: Tremor em repouso Rigidez muscular Bradicinesia Desequilibro postural- distúrbios de marcha Diminuição da expectativa de vida A morte é consequência da complicação da imobilidade (embolismo pulmonar e pneumonia por aspiração) Ela é um distúrbio neurodegenerativo, perda de neurônios da substancia negra que são produtores de dopamina, perda de 70-80% tendo uma deficiência a produção da dopamina. Com isso, há o comprometimento da ativação de neurônios gabaérgico e colinérgicos desencadeando os sintomas. No paciente normal, a dopamina é liberada pelos neurônios em quantidades normais na fenda sináptica e faz com que tenha movimentos normais, flexão dos braços, expressões faciais, inclinar a postura, ... No paciente com a doença de Parkinson, o neurônio não secreta quantidades suficientes de dopamina, fazendo que que tenha a falta dela na fenda sináptica, causando uma desordem na sinalização, fazendo com que o paciente apresente os seguintes sintomas: Sintomas motores: Rigidez motora Tremores em repouso Bradicinesia Perda dos reflexos posturais Períodos em que apresentam mais ou menos sintomas Sintomas não motores: Constipação Depressão Perturbação do sono Hiposmia Farmacologia antiparkinsónicas Os objetivos desta farmacologia é repor os efeitos dopaminérgicos na fenda sináptica. Um dos fármacos mais utilizados é a Levodopa, esses fármacos fazem a reposição dos níveis de dopamina na fenda sináptica, podendo ter ação agonista para os receptores dopaminérgicos ou fármacos que tem ações antagonistas para os muscarínicos. os fármacos vão inibir que a dopamina seja degradada, diminuindo a conversão da dopamina em outros compostos químicos, aumentando a disponibilidade da mesma na fenda sináptica. Metabolismo da dopamina: enzimas cruciais: → Tirosina hidroxilase (TH) → Monoaminooxidade (MAO) → Catelol-O-metiltransferase (COMT) → DOPA-descarboxilase (DD) Os fármacos tentam para as conversões da dopamina nestas enzimas, impedindo que ela saia da forma de dopamina. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Tratamento Os fármacos irão aumentara síntese de dopamina, estimulando seus receptores e diminuindo a metabolização da mesma. Os fármacos irão também antagonizar os receptores de acetilcolina, aumentando a liberação da dopamina e antagonizam os receptores de glutamato. Classe dos fármacos: Esses fármacos são utilizados para tratar a doença de Parkinson nas fases iniciais da doença, tendo como objetivo atrasar a evolução da doença. É medida por scores das escalas de avaliação da DP afim de ver a evolução do paciente. Nas fases avançadas da doença, o tratamento visa reduzir as complicações da doença avançada ligada ou não á terapêuticas farmacológicas. Ainda não existe um fármaco que vá curar o Parkinson, ela é uma doença neurodegenerativa, a ação farmacológica vai tentar retardar ao máximo esta degeneração e a evolução dos sinais motores. Levodopa A Levodopa é a mais utilizada por que ela consegue sintetizar sua forma de levodopa para a forma de dopamina, e com isso traz várias ações benéficas ao paciente. Precursora da dopamina No SNC é convertida em dopamina por descarboxilação nas terminações pré- sinápticas Rapidamente absorvida pela via oral Seu tempo de absorção depende do esvaziamento gástrico. Atravessa a barreira hematoencefálica por difusão facilitada Tempo de meia vida curta Geralmente pode ser associada a Carbidopa, outro tipo de fármaco inibidor de ação periférica da DOPA descarboxilase. A Carbidopa inibe a ação da DOPA mantendo a ação da dopamina por mias tempo. A Levodopa traz inicialmente a melhora do tremor, rigidez muscular e a bradicinesia (lentidão dos movimentos), no seu uso prolongado pode ser percebido um efeito de exaustão onde após um tempo de melhora, a rigidez e a lentidão reaparecem novamente, fenômeno liga e desliga. Efeitos colaterais da Levodopa: → Alucinações e confusão mental, onde são utilizados alguns antipsicóticos como a clozapina. → Náuseas e vômitos → Hipotensão ortostática → Arritmias cardíacas → Quando associados a alguns inibidores da MAO, o paciente pode apresentar crises hipertensivas. Agonistas de receptores de dopamina Esses fármacos não requerem a conversão enzimática para um metabolito, não dependem da capacidade funcional dos neurônios dopaminérgicos, não competem com outras substancias pelo transporte ativo para o sangue e na barreira hematoencefálica e menos incidência do fenômeno liga e desliga, A Bromocriptina e o Pergolida são fármacos utilizados nesta ação por que são bem absorvidos por via oral, são eficazes em pacientes que desenvolvem o fenômeno liga e desliga. Podem causar alucinações, confusões e ataques do sono e no inicio do tratamento o paciente pode apresentar hipotensão grave, náuseas e fadiga. Inibidores de COMT A levodopa e a dopamina pela ação da COMT vai sofrer um catabolismo e vão bloquear o catabolismo periférico da Levodopa, aumentando a quantidade de dopamina que chega ao SNC e promovem uma preservação da dopamina que já foi formada. Um desses fármacos é a Tolcapona que reduz os sintomas de exaustão, tem uma ação prolongada, RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 inibe ação central e periférica da COMT porem causa uma hepatoxicidade grave. Seus efeitos adversos são: → Náuseas → Hipotensão ortostática → Sonhos vívidos, confusões a alucinações. Inibidores seletivos da MAO-B A MAO-B é a forma mais predominante no estriado de metabolização da dopamina. A Selegilina é um inibidor irreversível da MAO-B, em doses baixas não inibe o metabolismo periférico das catecolaminas, ela também reduz a dose de Levodopa administrada e em situação avançadas, pode acentuar os efeitos adversos motores e cognitivos da Levodopa. Deve se tomar cuidado com a dose e com as suas associações. Amantadina Apresenta diferentes ações farmacologias: Aumentam a liberação da dopamina no tecido estriado Bloqueia o receptor colinérgico Inibe o receptor de glutamato Ela é utilizada no tratamento inicial para paciente com doenças brandas e como coadjuvante em pacientes tratados com Levodopa. É eficaz para a rigidez muscular e a lentidão. Efeitos adversos: → Lentidão → Efeito anticolinérgico → Distúrbios do sono → Náuseas e vômitos RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Anestésicos gerais Os anestésicos gerais são usados como adjuvantes em procedimentos cirúrgicos de modo a tornar o paciente inconsciente a estímulos dolorosos e não responder a eles. Diferem dos anestésicos locais por serem administrados sistematicamente, e assim exercendo seus efeitos diretamente sobre o SNC. Os anestésicos locais agem apenas bloqueando a condução dos impulsos nos nervos sensitivos periféricos, no bloqueio dos canais de sódio. A anestesia envolve 3 principais alterações neurofisiológicas: 1. Inconsciência 2. Perda de resposta a estimulo doloroso 3. Perda dos reflexos. Os anestésicos em superdosagem podem causar morte pela perda dos reflexos cardiovasculares e paralisia respiratória. A maioria dos anestésicos vão estimular os efeitos do GABA (receptores inibitórios) e inibem os receptores excitatórios Classificação das fases das anestesias Composto por 4 estadiamentos de Guedell: I. Fase de analgesia II. Fase de excitação III. Fase de anestesia cirúrgica IV. Fase de paralisia respiratória (superdosagem) O paciente sai do estado de vigília e vai caminhando nestes estadiamentos e após a conclusão da cirurgia, ocorre o reparo deste estagio e o paciente volta ao seu estágio normal. Os parâmetros que são observados são: Característica da respiração Atividade do globo ocular Alterações pupilares Reflexos palpebrais (presença ou ausência) Deglutição ou vomito Resposta respiratória a incisão da pele Secreção de lagrimas Valorização dos reflexos faríngeos e laríngeos. Dependendo do fármaco, irá ter uma reação maior ou menor de analgesia: Estagio I: Analgesia Analgesia (dependente do agente) Amnesia Euforia Estagio II: Excitação Excitação Delírios Comportamento combativo Estagio III: Anestesia Cirúrgica Inconsciência Respiração regular Diminuição do movimento ocular Estagio IV: Depressão Bulbar Parada respiratória Depressão e parada cardíaca Ausência de movimentos oculares Os anestésicos são divididos em duas classes gerais: → Inalatórios: éter, halotano, óxido nitroso, enflurano, isoflurano, desflurano, sevoflurano. → Intravenosos: tiopental, etomidato, propofol, cetamina, midazolan. Os anestésicos inalatórios tem rápida indução e recuperação dos estados de anestesia, que dependem da sua solubilidade no sangue (sangue- gás inalado) e de gordura. Ele chega ao nível III de forma rápida e também tem uma melhor recuperação pós anestésico. Estágios da anestesia inalatória: Indução: intervalo de tempo entre a administração e o desenvolvimento de anestesia cirúrgica. Manutenção da anestesia: monitoramento. Recuperação: intervalo entre o termino da administração e a recuperação. Efeitos gerais da anestesia inalatória: No SNC: redução do metabolismo central e o aumento do fluxo sanguíneo cerebral. Sistema cardiovascular: diminuição da pressão arterial por analgésicos halogenados. RESUMOS DE ENFERMAGEM -n1 Sistema respiratório: depressão da função respiratória. Sistema neuromuscular: relaxam a musculatura esquelética, musculatura uterina (parto). Função termorreguladora: indução da hipertermia maligna- hipermetabolismo sistêmico, taquicardia, hiperventilação, rigidez muscular, cianose, arritmias, sudorese profunda e hipertermia. Os analgésicos intravenosos tem indução rápida da anestesia, com recuperação mais lenta comparados aos gases inalatórios.O principal efeito indesejado é o risco da depressão respiratória e cardiovascular (no caso da cetamina), náuseas no pós-operatório. São utilizados para indução, manutenção e analgesia, com objetivos em quadros de hipnose, miorrelaxamento, estabilidade hemodinâmica e pulmonar e recuperação rápida e tranquila. Agem inibindo os receptores excitatórios de NMDA e os nicotínicos de acetilcolina, potencializando os receptores inibitórios de GABA e glicina. As vantagens dos anestésicos injetáveis é que são de baixo custo, dispensam equipamentos sofisticados e não poluem o ambiente pelos gases, porém, a desvantagem é que o controle do plano anestésico tem que ser seguido à risca, a eliminação do anestésico do organismo é mais complicada e a recuperação é mais prolongada. Barbitúricos Induzem o aumento da condutância aos íons de cloreto, causando a hiperpolarização da membrana e a redução da atividade elétrica do SNC. Se a membrana se apresenta hiperpolarizada, mesmo que chegue um estimulo na membrana ele não ira ser propagado, ou seja, diminuem a ligação e seletividade da acetilcolina na membrana pós sináptica causando o relaxamento muscular. As vantagens do seu uso é o custo, aparelhagem e plano anestésico simples. Sua desvantagem é a biotransformação lenta, alto risco e deve ser utilizado com cuidado em idosos e neonatos, deve ser usado com cautela por seus efeitos serem lentos ao sair do organismo e não há um antagonista para ele, para as suas ações. Propofol Mecanismo de ação ainda não esclarecido, mas é semelhante aos dos barbitúricos e benzodiazepínicos potencializando GABA. Os propofol tem um baixo poder analgésico e de relaxamento muscular moderado, causam efeitos mínimos nas funções hepáticas e renais. Pacientes que apresentam problemas cardíacos tem que se atentar a este tipo de anestésico. É contraindicado em casos de choque. Etomidato É um derivado da Imidazólico Carboxilado, tem um rápido período de latência e é de curta duração. Possui também uma pouca ação analgésica, porem é muito indicado para cardiopatas, traumatismos e traumas neurológicos. Mesmo com baixos índices analgésicos é muito indicado para cardiopatas por não causar arritmias. Fármacos adjuvantes na anestesia Benzodiazepinicos Ansiedade Barbitúricos sedação Anti-histamínicos Evitar reações alérgicas Antieméticos prevenir náuseas e vômitos Opioides promover analgesias Relaxantes musculares (facilitar a intubação e relaxamento muscular
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