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Metabolismo das lipoproteinas

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Bioquímica 
Metabolismo das Lipoproteínas 
Ana Victoria Soares 
MEDICINA -FTC- TUT 3- 1 SEMESTRE 
 
90% do que a gente absorve da dieta são triglicerídeos, 90% da gordura então que a gente ingere 
dos animais e vegetais são triglicerídeos. 
A gente tem em torno de 10% só de colesterol e fosfolipídios e a maior parte deles vem da 
síntese endógena. 
Triglicerídeo: são três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol, é uma gordura neutra, 
é a forma que nós, animais ou os vegetais armazenam o seu conteúdo de gordura. 
A gente ingere a dieta, no nosso trato intestinal (lúmen). Vai haver uma dissociação porque não 
da pra passar do lúmen pro enterócito. Vai haver a emulsificação dessa gordura porque pelos 
enterócitos não vai passar triglicerídeos, por eles só vão passar ácidos graxos livres. A gente tem 
as vilosidades de um lado e o sangue de outro. 
O que acontece? Os ácidos graxos e o glicerol durante o processo de emulsificação dessa gordura 
(aumentar a superfície de contato para que haja a ação das enzimas que vai fazer a quebra). A 
lipase então vai fazer a quebra, hidrolise, esses ácidos graxos vão ser absorvidos. Na hora que 
eles passarem pro outro lado, tem um ambiente que é aquoso, esse ambiente não é favorável 
para a circulação dos ácidos graxos livres. Eles são conjugados novamente no enterócito a 
triglicerídeos e associados a um tipo de proteína que é chamada apo proteínas. Essas apo 
proteínas são identificadas por letras, (Apo A, apo B, Apo C e Apo E) cada uma vai ter uma 
atividade distinta relacionada a conjugação com os ácidos graxos. 
A atividade principal delas é ser carreadora de lipídeos, algumas delas são capazes de ativar 
enzimas e outra vão funcionar como receptoras. 
RESUMINDO: a gente come triglicerídeo, o tamanho do triglicerídeo é grande pra passar pelo 
enterócito, então ele precisa ser degradado, liberar os ácidos graxos pra passar pelo enterócito. 
Só que do outro lado é aquoso também, então ele é conjugado de novo pra passar para o 
plasma. Só que na hora de conjugar de novo, ele vai ser associado a uma apo proteína especifica 
que é a APO B 48 e vai formar uma estrutura formada de lipoproteínas (associação de lipídeos 
mais proteínas) 
Esse triglicerídeo que foi ingerido é exógeno, ele veio de uma fonte animal ou vegetal que eu 
ingeri, a gente não ingere acido graxo livre, a gente ingere triglicerídeos. 
Essa primeira lipoproteína é chamada QUILOMICRON. O quilomícron possui triglicerídeos 
exógenos + Apo B 48 – pra sair da célula tem que ter essa conjugação. Acontece que essa 
molécula (lipoproteína) é muito leve, ela não consegue cair na grande circulação. A gente 
precisa lembrar que no endotélio existe uma pressão arterial, como ela é muito leve, ela 
flutuaria no endotélio, mas é preciso levar gordura para o sangue para que chegue aos tecidos. 
Então o quilomícron vai circular pelo sistema linfático e aí chega pelos capilares que estão 
próximos aos tecidos. Se a gordura vem pelo linfático ela consegue chegar mais próximo aos 
tecidos. É muito leve pra circular pelos grandes vasos, por isso que o linfático vai trazer essa 
gordura até próximo aos capilares e tecidos. 
Agora a gente precisa utilizar os ácidos graxos que estão complexados dentro desses 
triglicerídeos. Pra utiliza-los, eu preciso de uma enzima para hidrolisar novamente esses ácidos 
graxos. 
De novo: a gente ingere a gordura, ela é emulsificada, depois a gente vai ter as enzimas que vão 
agir depois da bile, depois as enzimas pancreáticas vão fazer a hidrolise, os ácidos graxos passam 
pelas vilosidades e aí a gente tem a formação do quilomícron que vai circular pelo linfático até 
chegar próximo aos tecidos. 
Lá do estomago vem a gordura da dieta que a gente ingeriu, a vesícula vai jorrar bile no intestino 
que vai haver a emulsificação pelos sais e ácidos biliares; vai ativar as enzimas pancreáticas, a 
lipase vai degradar o triglicerídeo e vai liberar os ácidos graxos. O acido graxo passa pelo 
enterócito, a Apo B 48 vai se conjugar com triglicerídeos que formou de novo e dará origem ao 
QUILOMICRON que é a primeira lipoproteína. Quilomícron é muito leve então vai circular pela 
corrente linfática até chegar próximo aos tecidos. 
A lipoproteína não é uma célula, é um aglomerado molecular e na parte central dela a gente vai 
ter a parte de gordura neutra ou apolar como triglicerídeo e o colesterol esterificado. Na parte 
superior vai ter fosfolipídio, colesterol livre e as apo proteínas. 
É como se a gente tivesse encapsulando a gordura (apolar) pra que ela consiga circular no meio 
aquoso. 
 
O ciclo de metabolização dos lipídeos é um ciclo endógeno e exógeno misturado por dois ciclos. 
O ciclo ENDÓGENO se inicia quando o quilomícron é absorvido e cai na circulação linfática. 
 
 O que acontece: o triglicerídeo não pode ser usado como fonte de energia pelas nossas células, 
os ácidos graxos que são essa fonte de energia. Então, a gente precisa hidrolisar esse 
triglicerídeo, pra isso, a gente tem uma enzima que vai agir sobre ele chamada de LIPASE 
GLICOPROTEICA ENDOTELIAL. Ela ta na parede do endotélio inativa. Ela precisa ser ativada pra 
promover a hidrolise desses triglicerídeos e que os ácidos graxos sejam absorvidos pelo nosso 
tecido muscular ou adiposo. 
 A gente tem três lipases, elas são diferentes. 
Lipase pancreática que ta no lúmen, lipase glicoproteica endotelial (LPL, que ta inativa no 
endotélio, e a gente tem a lipase que ta no tecido adiposo que é a lipase hormônio sensível, que 
é ativada pelo glucagon ou GH. 
 
AS LIPASES DO LUMEN E ENDOTELIO SÃO AS QUE ESTIMULAM A LIPOGÊNESE! E A LIPASE QUE 
O GH E O CLUCAGON ESTIMULAM SÃO AS QUE FAZEM LIPÓLISE. 
 
Se eu to quebrando a gordura que tava armazenada, eu tô fazendo LIPOLISE. Mas se eu tô 
ajudando as minhas células a absorverem a gordura que eu to comendo, é LIPOGENESE. 
 
O ciclo EXOGENO vem da formação do quilomícron e ao encontrar e ativar a lipase 
glicoproteica endotelial forma o que a gente chama de REMANESCENTE DE QUILOMICRON. 
Isso é o que sobra, então uma parte do que passou pela ação da lipase vai ser absorvido pelos 
nossos tecidos, a outra parte forma remanescentes, restos, e esses restos são captados pelo 
fígado que vai dar origem ao inicio do ciclo endógeno dos lipídeos. 
O que eu to querendo dizer com isso? Até agora eu só falei de triglicerídeos, ne? Mas a gente 
também tem colesterol no nosso organismo. Então é a chegada de triglicerídeos no fígado que 
vai ser o principal agente estimulante do nosso próprio colesterol. 
Então, a gordura que a gente come em triglicerídeos estimula o nosso corpo a sintetizar 
colesterol. 
 
Aluno pergunta/ ela responde: 
- O ciclo exógeno se da pela absorção da gordura no enterócito, a formação do quilomícron 
ainda no enterócito e a chegada dos remanescentes de quilomícrons nos hepatócitos. 
 
O metabolismo de lipídeos no nosso organismo é dúbio, o que a gente come estimula a síntese 
do que a gente vai ter no nosso organismo. 
 
Ex: uma pessoa come muito triglicerídeo e ela passa a ter colesterol alto, colesterol é outra 
molécula. Mas é porque há um estimulo da síntese de colesterol pelos triglicerídeos. 
 
DE NOVO!!! Triglicerídeos foram ingeridos da nossa dieta, sais biliares, enzimas pancreáticas 
fizeram a hidrolise. FA é ácidos graxos livres. Liberou ácidos graxos livres, vao entrar no 
enterócito, la no enterócito vão se conjugar com a apo proteína B 48 e formar o quilomícron. 
Quilomícron vai subir pelos vasos linfáticos ate os nossos tecidos. Esse quilomícron agora é 
chamado de quilomícron nascente. Ele só tem a APO B 48 e o triglicerídeo exógeno, mas ele vai 
precisar da ação de uma enzima que ta inativa. Essa lipase lipoproteica endotelial tem dois 
ativadores no nosso metabolismo, duas moléculas são capazes de ativar elas: APO C2 e a 
INSULINA. 
No quilomícron tem insulina, se eu comi glicose junto com gordura eu vou favorecer a absorção 
da gordura. A Apo C 2 é uma outra apo proteína mas que tem a função de ativar a enzima,ela é 
encontrada em uma única glicoproteína: HDL, que é conhecido como o “bom colesterol”. O HDL 
tem na sua composição APO A1, APO A2, APO C2 E APO E. 
O HDL sai do fígado vazio, ele tem uma síntese que é estimulada pela síntese proteica, diferente 
das outras lipoproteínas. Ele tem muita lipoproteína e pouca gordura, por isso que ele tem 
uma densidade alta. A função do HDL é interagir com as lipoproteínas que tão trazendo a 
gordura da dieta pra favorecer a metabolização dessa gordura. 
A primeira interação que acontece é: quilomícron nascente interage com HDL, o HDL vai 
transferir pro quilomícron as APO C2 e APO E. Quando o quilomícron se transforma de 
quilomícron nascente pra quilomícron maduro que é o que tem a APO C2 e APO E, ele agora é 
capaz de ativar a lipoproteína lipase e a APO E vai dar a capacidade dele ser reconhecido pelos 
hepatócitos. 
 
Deixa eu colocar aqui pra ficar mais fácil: 
Apo A1 e APO A 2 -> são constituintes 
Apo B48 e Apo B 100 -> são carreadoras 
Apo C2 -> é ativador enzimático 
Apo E -> receptor 
FA -> ácidos graxos livres 
 
 REPETINDO MAIS UMA VEZ (ELA NÃO CANSA): O quilomícron quando é recém-formado é 
chamado de quilomícron nascente, ele só tem triglicerídeo exógeno e Apo B 48. Pra gente 
conseguir absorver esse triglicerídeo que ta aqui no nosso tecido muscular se a gente tiver 
gastando energia ou no nosso tecido adiposo se a gente não tiver gastando energia, é uma ou 
outra. E aí a gente vai hidrolisar através da lipase lipoproteica endotelial que é uma enzima que 
ta inativa e que tem dois ativadores: Apo C2 ou a insulina. 
Se a lipase lipoproteica endotelial estiver envolvida na lipogênese então a insulina é um 
hormônio que ESTIMULA a lipogênese. Aqui eu to promovendo a absorção da gordura que eu 
comi, então eu tô estimulando os meus adipócitos, é lipogênese. 
 
ALUNO PERGUNTA PRA QUE SERVE O HDL/ PROF RESPONDE: (NÃO ENTENDI NADA DESSA 
CONVERSA) 
O HDL entra doando APO C2 e APO E pro quilomícron, pois é a APO C2 do HDL que vai servir 
para ativar a LDL. 
O quilomícron fica temporariamente só com a APO A, A APO A é constituinte, ela nunca vai sair 
do HDL. Se a APO A sair do HDL ele se desestrutura, depois ele recebe de novo essas outras 
proteínas. 
Existem duas teorias: 
Uma diz que a APO C2 e a APO E são transferidas e outra teoria diz que é só por aproximação. 
Elas se aproximam, a Apo C2 e a Apo E fazem atividade pelo quilomícron e depois se dissocia e 
devolve depois essas moléculas, essa ligação é temporária. 
 
MAIS CONVERSA COM ALUNOS (NÃO DA PRA OUVIR) PROF RESPONDE: 
Isso está acontecendo no endotélio, no sangue. Ele chega próximo aos tecidos pelo sistema 
linfático, mas perto dos tecidos eles precisam ir pro endotélio. 
 
Quilomícron que foi formado na célula epitelial intestinal, circulou pelo linfático e caiu no 
endotélio. O linfático poupou essa molécula de cair na grande circulação, em artéria, ela é muito 
leve, quando viesse o sangue levaria ela embora. Então foi pelos pequenos vasos e na parede 
dos endotélios encontrou a LPL, que tava inativa e precisa da APO C2 pra ativar. A Apo C2 veio 
do HDL. Ela ativa a lipoproteína lipase endotelial, liberou acido graxo livre e glicerol. Só tem duas 
opções aqui: se eu tô gastando energia vai pro meu musculo (prioritário), se eu não to, vai pro 
tecido adiposo. 
 
A atividade catalítica da lipoproteína lipase é limitada. Por que é limitada sobre os quilomícrons? 
Porque os quilomícrons estão no endotélio mas não circulam muito bem por eles, então é 
limitada essa ação catalítica, sobra quilomícrons remanescentes. O que é um quilomícron 
remanescente? É aquele que não tem mais APO C2, ele só tem a APO B 48 e APO E. Essa APO E 
é quem faz o reconhecimento desse quilomícron nos receptores hepáticos, no fígado, e é esse 
reconhecimento que FINALIZA o ciclo exógeno. Esse reconhecimento pelos receptores de LPLP 
é quem encerra o ciclo. 
Até aí ta tudo bem... se ta chegando pouca gordura no meu fígado, o fígado vai ter mecanismos 
(que nos vamos ver agora) de encapsular de novo essa gordura e libera-las de novo nos tecidos. 
O problema é quando passa a chegar muitos remanescentes de quilomícrons no fígado e o 
fígado não da conta de encapsular de novo, de formar uma nova lipoproteína. 
A gente tem a lipase lipoproteica que ta presente nas células endoteliais dos capilares, ela é 
ativada pela insulina, pode ser ativada pela heparina (anticoagulante fisiológico) também, mas 
ela é ativada principalmente pela APO C2. Ela tem uma enzima que tem um Km aumentado pros 
tecidos adiposos, essa é a nossa sorte, e um Km diminuído no musculo. Então ela favorece que 
os ácidos graxos que a gente ingeriu va logo pros músculos, a do tecido adiposo tem o Km mais 
alto. Então a gente pode comer gordura porque quem vai pegar primeiro a gordura é o tecido 
muscular. LEMBRANDO QUE QUANATO MAIOR O KM, MANOR AFINIDADE. Então a alta 
concentração de gordura é que faz com que os ácidos graxos migrem pro tecido adiposo 
Quilomícron vai agir sobre a proteína lipase endotelial e depois vai formar o quilomícron 
remanescente. O que acontece? Eu depositei ácidos graxos no meu tecido adiposo, mas eles 
não podem ficar lá. O acido graxo precisa agora ser encapsulado lá no fígado. Então aquele 
triglicerídeo que foi degradado e liberou o glicerol e ácidos graxos chegaram la no fígado e vão 
estimular a síntese dos nossos triglicerídeos agora, então o resto, o remanescente de 
quilomícron que chegou no fígado e liberou os ácidos graxos e esses ácidos graxos + glicerol vão 
estimular as enzimas a dar início a síntese dos nossos próprios triglicerídeos. Quem pode 
contribuir com essa síntese é a própria glicose porque ou o glicerol ou a glicose podem ser 
fosforilados no fígado e iniciar a formação dos nossos triglicerídeos com um intermediário que 
é o acido fosfatidico, depois um segundo intermediário que é o diacilglicerol e, por fim, o 
triglicerídeo. Por sorte, quando essa via de síntese é ativada nos nossos hepatócitos, ativa 
também a síntese e a expressão genica de uma Apo proteína que é a APO B 100. 
DE NOVO, NOVAMENTE, MAIS UMA VEZ: 
Os quilomícrons remanescentes depositaram os excessos de ácidos graxos que não foram 
absorvidos nem pelo tecido muscular nem pelo adiposo no fígado, encerrando aqui o que a 
gente chama de ciclo exógeno. A chegada desses remanescentes ativa a via de síntese dos 
nossos triglicerídeos. A gente vai pegar o glicerol que veio do animal ou vegetal que a gente 
comeu, vai pegar os ácidos graxos que vieram do triglicerídeo exógeno e vamos formar o nosso 
próprio triglicerídeo. Como mecanismo protetivo, no fígado quando forma a molécula de 
triglicerídeo estimula a expressão gênica de uma proteína que é a APO B 100 que encapsula esse 
triglicerídeo que foi formado. Agora eu tenho uma nova proteína que é o VLDL. 
• Diferença do VLDL pro QUILOMICRON: 
O VLDL tem APO B 100 e triglicerídeos endógenos porque foi sintetizado no fígado, mas é tao 
baixo quanto o outro. Vai formar vesículas, ser exocitado do fígado e vai circular só pela 
circulação entérica. 
 
ALUNO PEDIU PRA PROF EXPLICAR DE NOVO: 
Os restos de triglicerídeo chegaram ao fígado, a chegada desses restos estimula a via bioquímica 
endógena nos hepatócitos que vai sintetizar o VLDL e exocitar essa nova proteína. 
 
A EXOCITOSE DA VLDL DO FIGADO É QUE VAI INICIAR O CICLO ENDOGENO. 
 
O quilomícron nascente tem triglicerídeo endógeno e APO B 100, APO B 100 é carreadora, vai 
precisar dar um destino pra essa gordura. Essa gordura precisa ser metabolizada ple LPL que é 
ativada pela insulina, heparita ou APO C2. Ele precisa interagir com quem tem essa enzima que 
é o HDL. 
VLDL nascente interage com HDL e forma VLDL maduro, só que agora, o resultado é um pouco 
diferente porque o VLDL tem densidade baixa mas não vai atravessar, ele vai e volta pro fígado. 
 
DE NOVO: os ácidos graxos que chegaram do quilomícron encerrando o ciclo exógeno se 
juntaram e formaram o nosso próprio triglicerídeo que foi encapsulado pelaAPO B 100 que 
formou o VLDL que foi exocitado pelo fígado. VLDL na circulação, nos capilares porque ainda é 
uma proteína de baixa intensidade, não consegue ir pra artéria. Vai interagir com o HLD e 
receber a APO C2. Recebe a APO C2, hidrolisa e de novo vai pro musculo ou tecido adiposo. Uma 
parte dessa hidrolise vai formar uma partícula intermediaria chamada de IDL, que na pratica 
clínica não se usa a dosagem dessa partícula, mas se sabe a existência dela. Uma parte dessa 
partícula volta pro fígado e a outra parte permanece na corrente sanguínea. 
O que ficou com a APO E vai ser reconhecido no fígado, e o que não ficou com a APO E vai ser 
transformado na circulação em LDL, que é conhecido como o “colesterol ruim.” 
 
Quando existe essa troca de APO proteínas, existe também a ativação na superfície do HDL de 
algumas enzimas. Temos duas enzimas na superfície do HDL: uma é a CEPT (olhar no slide como 
se escreve) e a LCAT (olhar no slide). A LCAT é também chamada de lecitil acil colesterol 
transferase, ela vai então transferir ácidos graxos para o colesterol. Se ta sobrando acido graxo 
o HDL pega esse colesterol que ta sobrando e pendura ele no colesterol, transformando o 
colesterol livre em éster de colesterol. Só que a CEPT é uma transferase, ela empurra esse esterol 
esterificado de volta pras proteínas. 
 
O HDL é vazio, tem as apo proteínas que estão sendo trocadas. Na hora que ele ta trocando, o 
VLDL que tem muito triglicerídeo começa a tentar empurrar esse triglicerídeos pro HDL. O HDL 
ativa suas enzimas e empurra de volta. A transformação do VLDL e IDL não depende só das Apo 
proteínas, depende também do conteúdo de gordura que vai mudando. NO IDL a gente já tem 
50% de triglicerídeos e 50% de éster de colesterol. Continua interagindo com o HDL, empurra 
mais triglicerídeos e devolve em forma de ester de colesterol, até que o LDL tem 90% de ester 
de colesterol e só 10% de triglicerídeos. Aí eu tenho uma lipoproteína de densidade mais alta 
que pode cair nas nossas artérias e chegar ate a adrenal, vasos e coração. Para que haja a 
síntese dos nossos hormônios. Por isso que na síntese dos hormônios da adrenais a gente 
usa o LDL, ele que tem colesterol esterificado.

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