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Visão: Sensação e Percepção

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• A visão é o resultado de um intricado sistema que 
envolve: 
✓ Sensação visual: capacidade de detectar 
estímulos luminosos convertendo-os em impulsos 
nervosos; 
✓ Percepção visual: sua interpretação. 
• Cada parte da via óptica é responsável por uma parte 
específica do campo visual. Assim, sabendo a parte 
do campo visual que está comprometida é possível 
inferir qual a parte da via óptica que está lesionada, e 
vice-versa; 
• O campo temporal é responsabilidade da retina nasal. 
Enquanto, o campo nasal é responsabilidade da 
retina temporal; 
• A retina superior responde pelo campo visual inferior 
e a retina inferior responde pelo campo visual 
superior; 
• A parte temporal do nervo é responsável pela parte do 
campo visual nasal, e essa parte segue 
ipsilateralmente até o lobo occipital para que a gente 
interprete o campo de visão nasal ipsilateralmente; 
• A retina nasal que é responsável pelo campo de visão 
temporal decursa para ser interpreta no lobo occipital 
contralateral; 
 
• Se houver lesão no quiasma óptico compromete a via 
óptica que vem da retina nasal, ou seja, compromete 
o campo visual temporal. → Hemianopsia bitemporal 
 
 
• Definição: Refere-se à inflamação, infecção ou 
desmielinização no nervo óptico e suas bainhas; 
• Na prática médica, utiliza-se esse termo relacionando 
às doenças desmielinizantes, doenças inflamatórias; 
• Formas: 
✓ Idiopática/Sínd. clínica isolada (mais comum); 
✓ Associada à esclerose múltipla (>50); 
Esclerose Múltipla 
• É uma doença desmielinizante idiopática envolvendo a 
substância branca do sistema nervoso central. É mais 
comum nas mulheres do que nos homens; 
• A apresentação é normalmente na terceira e na quarta 
décadas, geralmente com episódios de surto/remissão de 
desmielinização, podendo modificar-se mais tarde para um 
padrão sem remissões, e menos comumente com doença 
progressiva desde o início; 
• Aspectos oftálmicos 
✓ Comum: Neurite óptica (usualmente retrobulbar), 
oftalmoplegia internuclear, nistagmo; 
✓ Incomum: Desvio enviesado (skew deviation), paralisia de 
nervos oculomotores, hemianopsia; 
✓ Raro: Uveíte intermédia e periflebite retiniana. 
 
✓ Associada à neuromielite óptica. 
 
• Epidemiologia: 
✓ Mulheres; 
✓ Pele branca; 
✓ 20-50 anos. 
• Incidência: 1 a 5 casos/ano/100.000 hab; 
• Alterações fundoscópicas: 
 
Obs.: A maioria dos pacientes apresentam neurite 
retrobulbar. 
Obs.: Procurar outros sinais de esclerose múltipla e 
neuromielite óptica para auxiliar o diagnóstico. 
Obs.: Às vezes a baixa acuidade da neurite é o primeiro 
sinal da esclerose múltipla. 
• Ressonância: 
 
Somente nervo 
óptico 
acometido → 
neurite óptica 
idiopática 
 
 
 
 
• Estudo ONTT: Para a neurite óptica em si basta 
somente 3 dias de tratamento. Para a esclerose 
múltipla é feito 5 dias de tratamento de pulsoterapia; 
• Orientações: protetor gástrico, albendazol, RX 
tórax/PPD, hemograma, glicemia. 
Obs.: É importante ver essas comorbidades, como, por 
exemplo, a sífilis, pois a pulsoterapia poderia piorar essa 
condição, sendo necessário estabelecer primeiro 
tratamento para sífilis. 
 
Aspectos clínicos da neurite óptica desmielinizante 
• Sintomas: 
✓ Deficiência visual monocular subaguda; 
✓ Faixa etária usual de 20 a 50 anos (média por volta 
dos 30); 
✓ Alguns pacientes experimentam pequenos flashes ou 
faíscas brancas ou coloridas (fosfenas); 
✓ Está presente desconforto ou dor no olho ou à sua 
volta em mais de 90% dos casos, normalmente 
exacerbados pelos movimentos oculares; podem 
preceder ou acompanhar a perda visual e usualmente 
duram alguns dias; 
✓ Podem também estar presentes cefaleia frontal e 
sensibilidade do globo. 
• Sinais: 
✓ A acuidade visual (AV) é usualmente 0,33 a 0,1, mas 
pode, raramente, ser pior; 
✓ Outros sinais de disfunção do nervo óptico, em 
particular comprometimento da visão de cores e um 
defeito pupilar aferente relativo; 
✓ O disco óptico é normal na maioria dos casos (neurite 
retrobulbar); os restantes mostram papilite; 
✓ Pode ser observada palidez temporal do disco no olho 
contralateral, indicativo de neurite óptica prévia; 
• Defeitos do campo visual: 
✓ Diminuição difusa da sensibilidade nos 30° centrais 
é o mais comum; 
✓ São também frequentes defeitos 
altitudinais/arqueados e escotomas 
centrais/centrocecais; 
✓ Defeitos focais estão frequentemente acompanhados 
por um elemento sobreposto de diminuição 
generalizada da sensibilidade. 
• Curso: A visão piora durante vários dias a três 
semanas e depois começa a melhorar. A recuperação 
inicial é bastante rápida e depois mais lenta num 
período de 6 a 12 meses. 
• Prognóstico: 
✓ Mais de 90% dos pacientes recuperam a acuidade 
visual para 0,67 ou mais; 
✓ Parâmetros sutis da função visual, tais como a visão 
de cores, podem permanecer anormais; 
✓ Pode persistir um ligeiro defeito pupilar aferente 
relativo; 
✓ Podem-se seguir palidez temporal do disco óptico ou 
atrofia óptica mais acentuada; 
✓ Cerca de 10% dos casos desenvolvem neurite óptica 
crônica com perda da visão lentamente progressiva 
ou em etapas. 
• Definição: Edema de papila caracteristicamente 
bilateral causado por hipertensão intracraniana; 
 
Obs.: Se há edema de papila bilateral que não tenha como 
causa a hipertensão intracraniana, dá-se o nome de 
edema de papila bilateral apenas. 
• Hipertensão intracraniana: 
✓ Primária: idiopática; → Cefaleia é a queixa 
comum. Epidemiologia: mulher, pele clara, acima 
do peso. 
✓ Secundária: secundária a alguma condição, como 
tumor ou TCE, por exemplo. 
 
 
Nervo óptico acometido 
+ acometido do sistema 
nervoso central 
fechando critério 
diagnóstico para 
esclerose múltipla → 
Esclerose múltipla com 
neurite óptica 
 
Nervo óptico 
comprometido + coluna 
com doença 
desmielinizante → 
neuromielite óptica 
 
• Tratar a causa base da hipertensão intracraniana 
(neurocirurgião); 
• Pode usar diurético para tratar a hipertensão 
intracraniana idiopática: Diamox. Vai diminuindo à 
medida que houver melhorar dos sintomas, até a 
melhora total e retira o medicamento. Podendo fazer 
novo ciclo caso seja necessário em eventual nova 
crise; → Pode associar o Slow-K para controle do 
equilíbrio do potássio. Mas o Slow-K não é para 
tratamento da hipertensão intracraniana. 
Obs.: Se o inchaço não for restrito ao nervo e acometer a 
retina, e particularmente acometer a mácula, o paciente 
pode ter baixa acuidade visual. Se acometer somente o 
nervo, o paciente pode vir com uma queixa de 
obscurecimento visual, como se acendesse ou apagasse 
uma luz, como se piscasse o olho sem piscar de fato. 
• Se o paciente não responder bem ao tratamento 
clínico e houver confirmação de diagnóstico com 
punção do líquor, tendo sido realizada também 
anteriormente a ressonância para verificar possíveis 
lesões ou causas, pode haver sinais sugestivos de 
hipertensão intracraniana na ressonância, como sela 
túrcica vazia, pode ser feita a derivação peritoneal ou 
lomboperitoneal (mais comum). 
Obs.: DVP – Derivação ventrículo-peritoneal.

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