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- Anamnese- Visão holística (ampla) - Avaliação: estado mental, reflexos, tônus muscular e força - Exame Físico + Exame Complementar - Equilíbrio, marcha e postura - Nível da lesão: supratentorial, medular, periférico ou cordão posterior - Tipo de lesão: focal (órgão/membro específico) ou difusa (atinge vários locai) - Efeito de massa - Caráter da lesão: agudo (AVC), subagudo, crônico, progressivo (começou de uma forma e foi evoluindo) ou não - Origem da lesão: vascular (AVC), degenerativa (Parkinson/ Alzheimer), inflamatória, infecciosa, neoplásica, metabólica, traumática ou congênita - Sistema comprometido: vascular, liquórico, sensitivo, da consciência, motor, visceral (autônomo), funções cognitivas ou coordenação e equilíbrio. - SNC: cérebro e medula espinhal . Cérebro: encéfelo, diencéfalo, tronco cerebral e cerebelo - SNP: nervos cranianos e nervos periféricos - Vias motoras: trato corticoespinhal (piramidal), gânglios da base e sistema cerebelar - Vias sensoriais: trato espinotalâmico e colunas posteriores - Coordenação – Cerebelo - Sistema Nervoso Central (SNC) . Cérebro: encéfalo, diencéfalo, tronco cerebral e cerebelo. . Substância cinzenta- corpos celulares neuronais = córtex . Substância branca- axônios + bainha de mielina . Gânglios da base- controle dos movimentos . Tálamo- processamento de impulsos sensoriais . Hipotálamo- homeostase e sistema reticular ativador (despertar) . Cápsula Interna . Tronco Cerebral= mesencéfalo + ponte + bulbo . Medula Espinhal- 5 segmentos * Cervical (C1 a C8) * Torácico (T1 a T12) * Lombar (L1 a L5) * Sacral (S1 a S2) * Coccígeo - Sistema Nervoso Periférico (SNP) . Nervos cranianos . Nervos periféricos: 31 pares - Vias Motoras . Trato corticoespinhal ou piramidal . Sistema dos gânglios da base . Sistema cerebelar . Originam-se no córtex motor cerebral . Mediação de movimentos voluntários e integração de movimentos mais especializados, complicados ou delicados. . Condução de impulsos que inibem o tônus muscular . Inclui vias motoras do córtex, gânglios da base, tronco cerebral e medula (muito complexo) . Ajuda a manter o tônus muscular e controlar os movimentos corporais, especialmente o deambular . Cerebelo recebe estímulos motores e sensoriais, coordena a atividade motora, mantém o equilíbrio e ajuda a controlar a postura. - Vias Sensoriais . Trato espinotalâmico . Colunas posteriores Neurônio motor superior Neurônio motor inferior - Reflexos Espinhais . Resposta involuntária estereotipada que envolve 2 neurônios; aferente (sensorial) e eferente (motor), que fazem uma única sinapse. . Percussão brusca do tendão de um músculo parcialmente estirado . Cada reflexo tendinoso profundo envolve um segmento espinhal específico . ARREFLEXIA ou HIPORREFLEXIA * Lesões que interrompem o arco reflexo * Poliomielite, Polineuropatia Periférica e Miopatia . HIPERREFLEXIA * Lesões da via piramidal * AVC, Neoplasia, Doenças desmielinizantes e Traumatismos - História da Doença Atual . Data do início da doença: estabelecer a duração da doença * Doenças Agudas: não podem ter iniciado há muito tempo/ Ex: hemorragia cerebral * Doenças degenerativas: história não se limita a um período de dias ou horas/ Ex: esclerose lateral amiotrófica . Modo de instalação da doença . Evolução cronológica dos sintomas . Exames e tratamentos realizados . Estado atual do enfermo - Interrogatório Sintomatológico: sinais e sintomas comuns ou preocupantes . Convulsões . Ambliopia/ Amaurose . Diplopia . Hipoacusia/ Anacusia . Vertigem . Náuseas/ Vômitos . Disfagia/ Disfonia . Disfasia . Dor/ Parestesia . Paralisia/ Paresia . Cefaleia . Astenia . Perda de consciência . Tremores . Síncope (desmaios) - Cefaleia . Localização, intensidade, duração, condições de aparecimento, periodicidade, sintomas associados (ex: alterações visuais, fraqueza ou perda de sensibilidade), características, fatores agravantes ou de alívio (ex: se piora com tosse, espirro ou movimento súbito da cabeça) . Hemorragia Subaracnóidea (HSA) ou Hipertensão Intracraniana . Tumores, Abcessos cerebrais ou Meningite . Enxaqueca = Cefaleia Vascular . Cefaleia tensional- estresse sono inadequado e má postura - Tonturas/ Vertigem . Tontura: sensação de instabilidade do equilíbrio e insegurança durante a marcha (secundária a palpitações, pré sincope por estímulo vasovagal e hipotensão) . Vertigem: tontura com nítida sensação de rotação (girar em torno do ambiente ou vice-versa). *Aguda e acompanhada de náuseas, vômitos, palidez e sudorese. *Independe da posição e persiste com olhos fechados *Vertigem = síndrome vestibular * Infecções, intoxicações, neoplasias e edema do labirinto - Movimentos Involuntários/ Hipercinesia . Convulsões: Movimentos musculares súbitos, incoordenados, involuntários e paroxísticos, generalizados ou não. * Tônicas, Clônicas ou Tônico-clônicas . Tetania: movimentos involuntários tônicos das extremidades = hipocalcemia . Tremores * Sinal de Trousseau- espasmos caspais provocados ao se ocluir a artéria braquial * Sinal de Chvostek- espasmos dos músculos faciais em resposta à percussão do nervo facial na zona zigomática. - Fraqueza . Generalizada ou Localizada . Progressiva ou Abrupta . Presença de paralisia/ Unilateral ou Bilateral . Movimentos comprometidos . Proximal ou Distal * Fraqueza distal bilateral * Fraqueza proximal bilateral * Fraqueza que piora com o esforço = Miastenia Gravis * Fraqueza com paralisia no AVCi e no Ataque Isquêmico Transitório (AIT) - Perda de sensibilidade . Parestesias = perda da sensibilidade em algum segmento do corpo (dormência), formigamentos, sensação de agulhadas . Disestesias = sensações distorcidas desencadeadas por algum estímulo, porém superam a duração e o incomodo do estímulo. . Ocorrem nas lesões do SNC e de raízes nervosas sensoriais periféricas. - Antecedentes Pessoais . Condições pré-natais . Condições do nascimento . Condições do desenvolvimento psicomotor . Vacinações . Doenças maternas - Antecedentes Familiares . Enfatizar doenças musculares e heredodegenerativas do sistema nervoso que tenham acometido pessoas da família. - Hábitos de Vida . Registram-se dados sobre alimentação, habitação, vícios e ocupação do paciente. - INSTRUMENTOS . Oftalmoscópio . Estetoscópio . Lanterna . Café/ Tabaco . Martelo . Diapasão . Algodão . Agulha . Tubos de ensaio (quente/ frio) . Doce/ Sal/ Amargo/ Ácido - Craniocaudal 1. Carótidas: palpação e ausculta das aa. Carótidas, separadamente, comparando-se a amplitude e averiguando se há frêmito ou sopro. Exame realizado ao longo da borda do músculo esternocleidomastóideo. 2. Região Supraclavicular: ausculta, ponto em que a artéria vertebral tem origem na subclávia. 3. Movimentos da Cabeça: pede-se ao paciente que execute movimentos de extensão, flexão, rotação e lateralização da cabeça. . Limitação: doenças osteoarticulares, musculares, meningite, radiculopatias e hemorragia subaracnóidea. 4. Rigidez da Nuca: Coloca-se uma das mãos na região occipital do paciente em decúbito dorsal e tenta-se fletir a cabeça dele. . Nuca livre: movimento amplo e ausência de rigidez . Rigidez: resistência ou defesa, encontrada em casos de Meningite ou Hemorragia Subaracnóidea. 5. Transição Craniovertebral: observar se existe o pescoço curto, o qual pode denunciardeformações ósseas. - SINAIS MENIGORADICULARES . Prova de Brundzinski: examinador repousa uma das mãos sob o tórax do paciente e decúbito dorsal e membros estendidos e a outra colocada na região occipital, executa uma flexão forçada da cabeça. * Positiva: quando há flexão de MMII. . Prova de Kerning: paciente em decúbito dorsal com a coxa fletida sobre a bacia e a perna fletida sobre a coxa, ambas a 90 graus, seguido de extensão da perna. A extensão passiva do joelho é acompanhada por dor e limitação da extensão da perna. * Positiva: dor ao longo do trajeto do nervo ciático e o paciente tenta impedir o movimento. . Prova de Laségue: paciente em decúbito dorsal e MMII estendidos, examinador faz flexão passiva da coxa sobre a bacia. * Positivo: dor na face posterior do membro examinado. Pode referir parestesias (sensação de frio, calor ou formigamento). * Teste utilizado para avaliação de radiculopatia- estiramento de raiz nervosa. - Distasia: distúrbio de marcha, podendo ser uni ou bilateral. - HELICÓPODE, CEIFANTE ou HEMIPLÉGICA . Membro superior fletido e em adução, mão fechada em leve pronação. . Membro inferior do mesmo lado é espástico e joelho não flexionado. A perna arrasta pelo chão descrevendo um semicírculo. . Causas: AVC e Lesão Piramidal. - ANSERINA ou DE PATO . Acentuada lordose lombar, vê-se obrigado a caminhar inclinando o tronco para a direita e esquerda alternadamente, com a cabeça e o tórax meio inclinados para trás, assemelhando-se ao pato quando anda. . Causas: doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos músculos pélvicos. - PARKINSONIANA . Doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. Cabeça permanece inclinada para frente e os passos são miúdos e rápidos. . Causa: Síndrome Parkinsoniana - CEREBELAR ou DE ÉBRIO . Doente é titubeante quando caminha, com os braços afastados do tronco e pernas bem abertas, andando em zigue- zague, tal qual o bêbado. . Causas: Lesões no cerebelo e Intoxicação Etílica - TABÉTICA . Paciente mantém o olhar fixo no chão, os MMII são levantados abrupta e explosivamente e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo intenso. . Indica perda de sensibilidade proprioceptiva, por lesão do cordão posterior da medula. . Causas: Neurossífilis (Tabes Dorsalis) - PEQUENOS PASSOS . Andar vagaroso, reduzido levantamento dos pés, passos pequenos e rápidos e as pernas parecem travadas. . Causas: Paralisia Pseudobulbar e Doenças extrapiramidais - VESTIBULAR . Falta de equilíbrio e quedas frequentes. . Paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda. . Prova da marcha em estrela: pede-se ao paciente que dê dez passos para frente e 10 passos para trás, para frente ocorre um desvio para o lado, para trás o desvio ocorre para o lado oposto. - ESCARVANTE . Paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar toca com a ponta do pé o solo e tropeça. . Fraqueza ou paralisia dos dorsiflexores . Paciente eleva o joelho além do normal . Lesão dos músculos, da inervação periférica ou de raízes nervosas. - ESPÁSTICA ou EM TESOURA . MMII enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos. . Pés se arrastam e pernas se cruza uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. . Causa: Paralisia cerebral - CLAUDICANTE . Paciente manca para um dos lados ao andar. . Causas: lesão arterial periférica (DAOP) e lesões do aparelho locomotor. - DO IDOSO ou SENIL . Alargamento da base de sustentação, diminuição do comprimento dos passos, redução da altura do passo, redução da extensão dos joelhos e quadril e diminuição do impulso. . Aumento do risco de quedas - EQUILÍBRIO ESTÁTICO . Prova de Romberg: posição vertical, com os pés juntos e permanecer nessa postura por alguns segundos. * Positiva: vigência de determinadas alterações neurológicas, ao cerrar as pálpebras o paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência a queda. . Atasia: não consegue ficar em pé . Distasia: fica em pé com dificuldades - Tipos de atos motores: voluntário, involuntário e reflexo - Voluntário atua sobre os demais no sentido de inibição, controle e moderação. - MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA . Comanda os movimentos de vários segmentos do corpo e é representada pelos neurônios centrais ou superiores que se situam no córtex frontal (giro pré-central) . Espontânea: força muscular e coordenação . Involuntária: tônus muscular . Reflexa . Movimentos ativos: cabeça e pescoço, membros superiores, tronco e membros inferiores. - MOTRICIDADE ESPONTÂNEA . Solicita-se ao paciente que execute uma série de movimentos ativos: abrir e fechar as mãos, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé. . As causas neurológicas de redução ou abolição de movimentos são representadas por lesões dos neurônios motores ou de suas vias. - FORÇA MUSCULAR . Paciente faz os mesmos movimentos referidos na motricidade espontânea, porém com oposição aplica pelo examinador. Deve-se avaliar a simetria dos membros. . Provas Deficitárias: em casos de discreta ou duvidosa deficiência motora 1- Prova de Mingazini * MMSS- membros superiores estendidos para frente, em ângulo de 90⁰ com o tronco, com as mãos supinadas e os dedos abduzidos e estendidos. *MMII- membros inferiores elevados com flexão da coxa sobre a bacia e da perna sobre a coxa em ângulo reto. 2- Prova de Barré: paciente em decúbito ventral, fletir a perna sobre a coxa, mantendo o ângulo reto entre os segmentos. 3- Prova dos braços estendidos . Exame dos MMII . Resultado do Exame de Força * Literalmente: graduação e sede -> Força normal nos quatro membros -> Força discretamente diminuída na extensão do antebraço direito -> Força moderadamente diminuída na flexão da perna esquerda -> Força muito reduzida na extensão do pé direito -> Força abolida na flexão da coxa esquerda * Convencionalmente 5 Força Normal 4+ Movimento submáximo contra resistência 4 Movimento moderado contra resistência 4- Movimento discreto contra a resistência 3 Movimento contra gravidade, mas não contra resistência 2 Movimento quando a gravidade é eliminada 1 Contração muscular sem deslocamento articular 0 Sem contração muscular Grau V Força normal Grau IV Movimentação normal, mas com força muscular diminuída Grau III Consegue vencer a força da gravidade Grau II Não vence a gravidade, movimentos de lateralização Grau I Esboço de contração muscular Grau 0 Paralisia total Obs: a força muscular deve ser graduada de acordo com a força máxima obtida, não importando o tempo de manutenção. Obs: Com a senilidade ocorrem, progressivamente, diminuição do trofismo e da força muscular difusamente. - Conceito: estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em repouso (tônus de postura), como em movimento (tônus de ação). - Exame é efetuado com o paciente deitado e em completo relaxamento muscular. - EXAME DO TÔNUS . Inspeção: verifica-se se há ou não achatamento (hipotonia) das massas musculares de encontro ao plano do leito. . Palpação: averígua-se o grau de consistência muscular, que se mostra aumentado em lesões centrais (AVC) e diminuído em lesões periféricas (placa motora). . Movimentos Passivos: movimentos naturais de flexão e extensão nos membros, observa-se: * Passividade e Resistência: se há resistência (tônus aumentado) ou se a passividade está além do normal (tônus diminuído). * Extensibilidade: se existe ou não exagero no grau de extensibilidade da fibramuscular. - Hipotonia: achatamento das massas musculares no plano do leito, consistência muscular diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada e prova de balanço com exageradas oscilações. . Causas: lesões no cerebelo, coma profundo, lesões das vias da sensibilidade proprioceptiva consciente, lesão no corno anterior da medula, coreia aguda e encefalopatias. - Hipertonia: consistência muscular e extensibilidade aumentadas, passividade diminuída e prova do balanço com reduzidas oscilações. . Causas: lesões das vias motoras piramidal e extrapiramidal. . Hipertonia Piramidal-> espasticidade * Eletiva: atinge globalmente os músculos, com predomínio dos extensores de MMII e flexores de MMSS, determinando a postura de Wernicke-Mann. * Elástica: retorno à posição inicial de um segmento do corpo, no qual se interrompeu o movimento passivo de extensão. *Causas: Hemiplegia, Diplegia Cerebral Infantil, Esclerose Lateral Amiotrófica e Mielopatia Compressiva. . Hipertonia Extrapiramidal-> rigidez * Não eletiva: acomete globalmente a musculatura agonista, sinergista e antagonista. * Plástica: resistência a movimentação passiva. Associada ao sinal da roda denteada, caracterizado por interrupções sucessivas ao movimento, lembrando os dentes de uma cremalheira. * Causas: Parkinson, Degeneração hepatolenticular, Síndromes meníngeas, Tétano e Intoxicação por estricnina. - Outras alterações do tônus * Miotonia: relaxamento alentecido após contração muscular. Solicita-se ao paciente que cerre o punho e, em seguida, abra a mão rapidamente. Se houver fenômeno miotônico, a mão se abrirá lentamente. * Distonia: contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, ocasionando posturas anômalas intermitentes ou persistentes, como ocorre em torcicolos espasmódicos, cãibra do escrivão e distonia muscular deformante. * Paratonia: paciente aparentemente se opõe à tentativa do examinador em movimentar seu membro, como ocorre nas lesões frontais bilaterais. - Coordenação adequada traduz o bom funcionamento do cerebelo (centro coordenador) e da sensibilidade proprioceptiva (informar ao centro coordenador as modificações de posição dos segmentos do corpo). - ATAXIA: perda da coordenação . Cerebelar, Sensitiva ou Mista. . Cerradas as pálpebras, acentua-se a ataxia, pois nas lesões da sensibilidade proprioceptiva o paciente utiliza a visão para fiscalizar o movimento incorreto. - DISMETRIA: distúrbio na medida do movimento, não se consegue alcançar com precisão o alvo, errando para mais ou para menos. - PROVA INDICADOR-NARIZ/ ÍNDEX-NARIZ: com o membro superior estendido lateralmente, toca-se a ponta do nariz com o indicador. Deve ser realizada várias vezes, com os olhos abertos e fechados. - PROVA CALCANHAR-JOELHO: posição de decúbito dorsal e MMII estendidos, o paciente deve tocar o joelho com a ponta do calcanhar do lado oposto (analisado). Deslizar o calcanhar pela crista da tíbia. - PROVA DOS MEMMBROS ALTERNADOS: realizar movimentos rápidos (abrir e fechar as mãos, movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos pés). * Diadocinesia: movimentos alternados * Eudiadocinesia: capacidade de realizar os movimentos * Disdiadocinesia: dificuldade em realizar os movimentos * Adiadocinesia: incapacidade de realizar os movimentos - Resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza feito na pele ou na mucosa. - Reação pode ser motora ou secretora, na dependência da modalidade e do órgão estimulado. - ARCO REFLEXO: base anatomofuncional dos reflexos motores, constituído por via aferente (receptor e fibras sensitivas), centro reflexógeno (substância cinzenta), via eferente (fibras motoras) e órgão efetor (músculo). - EXTEROCEPTIVOS ou SUPERFICIAIS . Estímulo é feito na pele ou na mucosa por meio de um estilete rombo. . Cutâneo-plantar: paciente em decúbito dorsal, com MMII estendido, estimula-se superficialmente a borda lateral da planta do pé no sentido póstero-anterior, indo em direção ao 2º e 3º pododáctilos. * Resposta Normal: flexão dos dedos. * Sinal de Babinski: extensão do hálux, lesão da via piramidal córtico-espinhal. * Abolido (indiferente): fase inicial de lesão da via piramidal. . Cutâneo-abdominal: paciente em decúbito dorsal e com s parede abdominal em completo relaxamento, estimular o abdome no sentido da linha mediana nos níveis superior, médio e inferior. Testa raízes T6 a T12. * Resposta Normal: contração dos músculos abdominais (oblíquos), determinando um leve deslocamento da cicatriz umbilical para o lado estimulado. * Abolidos: interrupção do arco reflexo, na lesão da via piramidal, e em alterações extraneurológicas (obesidade, pessoas idosas, multíparas). - MIOTÁTICOS ou PROFUNDOS . Tipos: fásicos ou clônicos e tônicos ou posturais . Fásicos ou Clônicos: estímulo feito pela percussão com o martelo de reflexos do tendão do músculo. Lesões que interrompem o arco reflexo . Nasopalpebral: estuda a ponte – Aterosclerose e Doença de Parkinson . Mandibular: estuda a ponte – Lesões supranucleares bilaterais . Bicipital * Centro- C5/ C6 * Nervo músculo-cutâneo * Músculo Bíceps * Antebraço apoiado em semirreflexão, mão em supinação. * Percute-se o tendão do bíceps na dobra do cotovelo com interposição do polegar do examinador. * Resposta: contração do bíceps e consequente flexão e supinação do antebraço. . Tricipital * Centro- C7/ C8 * Nervo Radial * Músculo Tríceps * Braço em abdução e sustentado pela mão do examinador, deixa-se cair o antebraço em ângulo reto com o braço, percussão do tendão distal do tríceps. * Resposta: contração do tríceps com extensão do antebraço . Estilorradial * Centro: C5 a C6 * Nervo radial * Músculos flexores da mão e dedo * Antebraço em flexão sobre o braço e o punho sobre a mão do examinador, percussão sobre a apófise estilóide do rádio. * Resposta: contração do músculo braquiorradial com flexão e supinação do antebraço. . Cubitopronador ou Ulnar * Centro: C6- T1 * Percussão do processo estiloide da ulna * Antebraço em semiflexão e apoiado sobre a mão do examinador. * Resposta: contração dos pronadores, com consequente pronação da mão. . Patelar * Centro: L2-L4 * Músculo quadríceps femoral * Paciente sentado com as pernas pendentes ou com uma das pernas cruzadas sobre o joelho oposto. * Paciente deitado em decúbito dorsal com joelho semifletido e apoiado na mão do examinador. * Percussão do tendão da patela junto à articulação do joelho. * Resposta: contração do músculo quadríceps femoral com extensão da perna. . Aquileu * Centro reflexógeno: L5-S2 * Nervo tibial * Músculo tríceps sural * Paciente de joelhos sobre uma cadeira e com os pés para fora do assento. * Paciente sentado e as pernas pendentes, o tendão do tríceps sural é ligeiramente distendido pela dorsiflexão discreta do pé. * Percussão do tendão calcâneo * Resposta: contração do tríceps sural com extensão do pé sobre a perna. . Arreflexia: reflexo abolido (0) . Hiporreflexia: reflexo diminuído (-) . Hiperreflexia: reflexo exaltado (+++)- aumento da área reflexógena (policinético, amplo e brusco) 0 Arreflexia - Hiporreflexia + Normorreflexia ++ Reflexo vivo +++ Hiperreflexia - Diz respeito aos receptores, às vis condutoras e aos centros localizados no encéfalo. - Vias sensitivas estão em estreita e contínua ligação com as vias motoras, configurando em seu conjunto o arco reflexo que representa a unidade anatomofuncional do sistema nervoso. - Fibras mais calibrosas transmitem as sensações relacionadas com a vibração, com as modificações posturais e com o tato discriminativo. - Fibras mais finas estão encarregadas da transmissão das sensações de frio, de calor, dedor e de trato grosseiro. - Sensibilidade Subjetiva: compreende as queixas sensitivas que o paciente relata durante a anamnese (dor e parestesias). - Sensibilidade Objetiva: presença de um estímulo aplicado pelo examinador. - Sensibilidade Especial: corresponde aos sensórios e é relativa aos nervos cranianos. - Materiais: . Pedaço de algodão ou pincel pequeno e macio . Estilete rombo que provoque dor sem ferir . Dois tubos de ensaio, um com água quente e outro com água fria . Diapasão de 128 vibrações/min. - Estereognosia: capacidade de se reconhecer um objeto com a mão sem auxílio da visão = função tátil discriminativa ou epicrítica com componente proprioceptivo . Agnosia Tátil- perda dessa função= indicativa de lesão no lobo parietal contralateral . Anestesia: abolição . Hipoestesia: diminuição da sensibilidade . Hiperestesa: aumento da sensibilidade - Dor: analgesia (ausência), hipoalgesia (diminuição) e hiperalgesia (aumento). - Grafestesia: capacidade de perceber a escrita de palavras ou números escrita sobre a pele estando de olhos fechados. Falha = indicativa de lesão no lobo parietal. - 12 pares de nervos cranianos - Originam-se no tronco encefálico ou dirigem-se para ele. Excessão: nervo olfatório (I), nervo óptico (II) e ramo externo do nervo acessório (XI). - NERVO OLFATÓRIO (I) . Impressões olfatórias são recolhidas pelos receptores da mucosa pituitária na cavidade nasal e conduzidas aos centros corticais da olfação situados nos hipocampos, após atravessarem os dois lobos frontais. Os centros corticais, por sua vez, intercomunicam-se pelas fibras associativas comissurais. . Realizar o teste com o paciente de olhos fechados. O paciente deve reconhecer o aroma que o examinador coloca diante da narina. . Café, canela, cravo, tabaco, alcool, outros. . Alterações do olfato por lesões corticais: * Parosmia: perversão do olfato * Alucinações olfativas: psicopatias * Cacosmia: sensação olfatória desagradável na ausência de qualquer substância capaz de gerar odor = crises epilépticas por lesão do uncus hipocampal - NERVO ÓPTICO (II) . Imagens são recolhidas por meio dos cones e bastonetes e conduzidas ao centro de visão no lobo occipital, atravessando o nervo, o quiasma e o trato óptico, o corpo geniculado lateral e as radiações ópticas. . Acuidade visual: pede-se ao paciente para dizer o que vê na sala de exame ou para ler algo. Examina-se cada olho separadamente. * Ambliopia: diminuição da acuidade * Amaurose: acuidade abolida * Causa: neurite retrobulbar, Neoplasia e Hipertensão Intracraniana (HIC). . Campo Visual (Campimetria): sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O examinador coloca suas mãos na periferia do seu campo visual e as move enquanto pergunta ao paciente se ele está vendo os movimentos. * Essa conduta deve ser realizada em cada olho separadamente e, depois, com os dois olhos abertos simultaneamente. * Causas: tumores, infecções e desmielinização * Hemianopsia heterônima bitemporal/ direita/ esquerda- perda da metade direita, esquerda ou de ambas dos campos visuais. . Fundoscopia: uso do oftalmoscópio para vizualizar o fundo dos olhos. * Reconhecimento do tecido nervoso (retina e papila óptica) e dos vasos (artérias, veias e capilares) * Palidez da papila: significa atrofia do nervo óptico, o edema uni ou bilateral da papila, que traduz hipertensão intracraniana. * Modificações das arteríolas que surgem na hipertensão arterial. - NERVOS OCULOMOTOR (I), TROCLEAR (IV) E ABDUCENTE (VI) . São examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que têm por função a motilidade dos globos oculares . Posição primária dos olhos e representação esquemática da ação dos músculos oculares extrínsecos (RM: reto medial; RL: reto lateral; RS: reto superior; RI: reto inferior; OI: oblíquo inferior; OS: oblíquo superior). Para a execução dos movimentos horizontais, entram em ação os retos medial e lateral (movimentação primária) ; para os movimentos verticais, inferiores ou superiores, acionam-se os retos superior e inferior e os oblíquos superior e inferior. . Motilidade Extrínseca: pesquisa/ ocorrência de estrabismo vertical ou horizontal (diplopia- visão duplicada) * Posição do globo ocular= funcionamento harmônico de vários músculos * Estrabismo: desvio do olho do seu eixo normal * Exame: com a cabeça imóvel, o paciente é solicitado pelo examinador que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, acrescenta-se a prova da convergência ocular, que se faz aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente. * Causas de Lesão: traumatismos, diabetes melito, aneurisma intracraniano, HIT e tumores na região selar. . Motilidade Intrínseca: exame da pupila- reflexo fotomotor direto e consensual * A íris é formada por fibras musculares lisas e contém uma camada externa, radiada, inervada pelo simpático cervical, e uma camada interna, circular, que recebe a inervação parassimpática. Esta tem origem no mesencéfalo, no núcleo de Edinger-Westphal, e suas raízes alcançam o olho por intermédio do III nervo, que constitui a sua via eferente. A via aferente corresponde às fibras pupilo motoras que se originam na retina e transitam na intimidade do nervo óptico. * Ocorre uma restrição na amplitude dos movimentos oculares extrínsecos + diminuição de acuidade visual + limitação da mobilidade = idosos apresentam capacidade reduzida para visualizar sinalizações em locais altos ou no chão. * A pupila é examinada por meio de um feixe luminoso (lanterna de bolso) e pela convergência ocular, diâmetro pupilar é resultado do funcionamento harmônico entre simpático e parassimpático. * Exame: examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo fotomotor direto a contração da pupila na qual se fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a contração da pupila oposta. Em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto e as pupilas se contrairão normalmente – é o reflexo da acomodação. * Discoria: forma ou dimensão anômala das pupilas * Midríase: dilatação/ predomínio do simpático * Miose: contração/ predomínio do parassimpático * Aniscoria: diâmetro desigual das pupilas * Isocoria: estado normal * Formas das pulipas * Exotropia e esotropia: trantorno do desenvolvimento-tônus * Transtornos - NERVO TRIGÊMEO (V) . Nervo misto- possui raiz motora e sensitiva . Raiz motora- nervo mastigador, que inerva os músculos destinados à mastigação (temporal, masseter e pterigóideos). . Raizes sensitivas- nervos oftálmicos, maxilar e mandibular. Responsabilizam-se pela sensibilidade geral da metade anterior do segmento cefálico. . Exame da sensibilidade corneana: feito com uma mecha de algodão que toca suavemente a região entre a esclrótica e a córnea. Paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto, a fim de perceber o menos possível a prova. * Resposta normal: contração do orbicular das pálpebras -> reflexo corneopalpebral * Comprometimento da raiz sensitiva gera dor no paciete, limitada à área correspondente à sua distribuição. - NERVO FACIAL (VII) . Parte motora: ramos temporofacial e cervicofacial = se distribuem para a musculatura da mímica facial. . Exame: solicita-se que o paciente enrugue a testa, franza os supercílios, cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a boca e contraia o platisma (músculo cutilar do pescoço). . Prosopoplegia: paralisia da face . Diplegia facial: paralisia bilateral da face. . Paralisia Periférica (Infranuclear) X Paralisia Central (Supranuclear) * Periférica: lesão do nervo facial- toda a hemiface homolateralé acometida * Central: lesão da via corticonuclear- somente a metade inferior da face contralateral se mostra alterada (AVC e tumores cerebrais). . Paralisia de Bell . Paralisia do AVC . Exame da gustação: empregam-se soluções saturadas com os sabores doce, amargo, salgado e ácido, as quais são colocadas na língua para serem identificadas pelo paciente. Não se deve esquecer de que, entre uma e outra prova, a boca deve ser lavada convenientemente. - NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII) . Raiz coclear (audição) e raiz vestibular (equilíbrio) . Avaliação da Raiz Coclear: Teste da acuidade auditiva * Diminuição gradativa da intensidade da voz natural * Voz cochichada * Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido * Audiometria * Prova de Rinne: diapasão na região do mastóide. Quando o paciente deixa de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (Rinne positivo). Transmissão óssea mais prolongada que a aérea (Rinne negativo) significa deficiência auditiva de condução nervosa. CAxCO (normal= CA>CO) Na perda condutiva: CO= ou > CA Na perda sensorineural: CA>CO . Teste de lateralização (Weber): na perda condutiva unilateral=som percebido na orelha alterada (melhor detecção de vibração). Na perda sonsorineural= som percebido na orelha íntegra. . Avaliação da Raiz Vestibular: reconhecível pela anamnese quando há queixas de vertigens, náuseas, vômitos e desequilíbrio. * Vertigem- incômoda e ilusória sensação de deslocamento do corpo ou dos objetos, geralmente no sentido giratório, sem alteração de consciência. * Nistagmo: movimentos oculares ritmados, com um componente rápido e um lento. Pode ser espontâneo ou provocado. * Sinal de Romberg: desvio postural durante a marcha, observa-se lateropulsão para o lado da lesão. Estando o paciente de pé ou sentado com os olhos fechados, os membros superiores estendidos para frente e elevados em ângulo reto com o corpo, os braços desviam-se para o lado do labirinto lesionado, e o corpo tende a pender para este mesmo lado. * Prova Calórica e Rotatória: estimulo dos labirintos com água quente e fria (prova calórica0 e uma cadeira giratória (prova rotatória). - NERVOS GLOSSOFARÍNGEO (IX) E VAGO (X) . São examinados em conjunto pelas estreitas ligações quanto à origem, ao trajeto e à distribuição. . Lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar-se por distúrbios da gustação do terço posterior da língua (hipogeusia e ageusia), porém este exame não é habitualmente realizado. Pode aparecer disfagia e dor. . Lesão unilateral dos nervos IX e X, observam-se desvio do véu palatino para o lado normal (não lesionado), quando o paciente pronuncia as vogais “a” ou “e”, desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina) por meio de cuidadosa estimulação, disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz e diminuição ou abolição do reflexo velopalatino. . Lesão isolada do X nervo e que envolve apenas o ramo laríngeo determina disfonia. . Causas de lesão: neuropatia dftérica, tumor do mediastino, esclerose lateral amiotrófica, siringobulbia e traumatismo. - NERVO ACESSÓRIO (XI) . Essencialmente motor . Exame do ramo externo (origem mdeular cervical de trajeto ascendente) . Inerva os músuculos esternocleidomastoideo e a porção superior do trapézio. . Lesão: tem como consequência atrofia dos músculos, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto. - NERVO HIPOGLOSSO (XII) . Exclusivamente motor, origina-se no bulbo e dirige-se para os múculos da língua. . Inspeção da língua: deve ser movimentada para todos os lados, no interior da boca ou exteriorizada, forçando-a de encontro à bochecha e palpando-a para avaliação da consistência. . Lesões unilaterais: atrofia e fasciculação na metade comprometida e, ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia para o lado da lesão. . Lesões bilaterais: manifestações compreendem atrofia, fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar e deglutir. - NERVOS PERIFÉRICOS . Cubital: nível do cotovelo, na epitróclea . Radial: goteira de torção no terço inferior da face externa do braço . Fibular: parte posterior da cabeça da fíbula . Auricular: face lateral da região cervical - Nível de consciência: vigilância ou consciência em relação ao ambiente. - Reflete a capacidade de despertar ou de vigília - Determinada pelo nível de atividade que se obtém do paciente ao ser despertado. - Escala de Glasglow - Mini Exame do Estado Mental
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