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Anatomia B Sistema Respiratório 1- Pleuras: Cada pulmão é revestido e fechado por um saco pleural seroso que consiste em duas membranas contínuas — as pleuras. A pleura visceral reveste os pulmões e é aderente a todas as suas superfícies, incluindo as superfícies dentro das fissuras horizontal e oblíqua; não pode ser separada dos pulmões. A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. A cavidade pleural — o espaço potencial entre as pleuras visceral e parietal — contém uma camada capilar de líquido pleural seroso, que lubrifica as faces pleurais e permite às camadas da pleura deslizar suavemente uma contra a outra durante a respiração. Sua tensão superficial também fornece a coesão que mantém a face do pulmão em contato com a parede torácica. A pleura parietal consiste em quatro partes: Costal Mediastinal Diafragmática Cúpula As linhas relativamente abruptas ao longo das quais a pleura parietal muda de direção de uma parede da cavidade pleural para outra são as linhas de reflexão pleural. A linha esternal de reflexão pleural A linha costal de reflexão pleural A linha vertebral de reflexão pleural Os pulmões não ocupam completamente as cavidades pulmonares durante a expiração; portanto, a parte diafragmática periférica está em contato com a parte mais inferior da parte costal da pleura parietal. Os espaços pleurais potenciais aqui são os recessos costodiafragmáticos — as “fossas” revestidas por pleura — que revestem a convexidade superior do diafragma dentro da parede torácica. 2- Pulmões: Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua função principal é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado em contato com o sangue venoso nos capilares pulmonares. Pulmões saudáveis nas pessoas vivas normalmente são leves, macios e esponjosos. Além disso, são elásticos e retraem- se até aproximadamente um terço de seu tamanho quando a cavidade torácica é aberta. As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos. O pulmão direito possui três lobos; o esquerdo possui dois. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, mas é mais curto e mais largo porque a cúpula direita do diafragma é mais alta, e o coração e o pericárdio estão mais voltados para a esquerda. Um ápice: a extremidade superior arredondada do pulmão, sendo revestida pela cúpula da pleura. Três faces: a face costal, adjacente ao esterno, cartilagens costais e costelas; a face mediastinal, incluindo o hilo do pulmão e relacionada medialmente com o mediastino e posteriormente com os lados das vértebras; e a face diafragmática, repousando sobre a cúpula convexa do diafragma. Três margens: margem anterior, na qual as faces costal e mediastinal se encontram anteriormente e encobrem o coração (a incisura cardíaca endenta essa margem do pulmão esquerdo); a margem inferior, que circunscreve a face diafragmática do pulmão e separa a face diafragmática das faces costal e mediastinal; a margem posterior, na qual as faces costal e mediastinal se encontram posteriormente (é grande e arredondada, e situase adjacente à região torácica da coluna vertebral). A raiz do pulmão é formada por estruturas que entram e emergem do pulmão no seu hilo. A raiz do pulmão conecta o pulmão com o coração e a traqueia. Artéria pulmonar, mais superior à esquerda (o brônquio lobar superior pode ser mais superior à direita). Veias pulmonares superior e inferior, mais anteriores e inferiores, respectivamente. Brônquio, contra e aproximadamente no meio do limite posterior, com os vasos bronquiais imediatamente adjacentes 3- Traqueia e Brônquios: Os dois brônquios principais, um em cada pulmão, seguem inferolateralmente a partir da bifurcação da traqueia, no nível do ângulo do esterno, para os hilos dos pulmões. As paredes da traqueia e os brônquios são suportados por anéis de cartilagem hialina em forma de C. O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e tem trajeto mais vertical do que o brônquio principal esquerdo à medida que passa diretamente pelo hilo do pulmão direito. O brônquio principal esquerdo passa inferolateralmente, abaixo do arco da aorta e anterior ao esôfago e à parte torácica da aorta, para alcançar o hilo do pulmão. Os brônquios principais entram nos hilos dos pulmões e ramificamse de maneira constante nos pulmões para formarem a árvore bronquial. Cada brônquio principal divide- se em brônquios lobares, dois no lado esquerdo e três no direito, cada um dos quais supre um lobo do pulmão. Cada brônquio lobar divide- se em diversos brônquios segmentares que suprem os segmentos broncopulmonares. Cada segmento broncopulmonar é piramidal, com seu ápice voltado para a raiz do pulmão e sua base na superfície pleural. Cada segmento é nomeado de acordo com o brônquio segmentar que o supre. 4- Vascularização e inervação do pulmão: Irrigação: artéria pulmonar Drenagem: veia pulmonar As artérias pulmonares direita e esquerda originam- se do tronco pulmonar, e conduzem sangue desoxigenado aos pulmões para oxigenação. No pulmão, cada artéria desce posterolateralmente ao brônquio principal e se divide em artérias lobar e intersegmentar. As veias pulmonares, duas de cada lado, conduzem sangue rico em oxigênio (“arterial”) dos pulmões para o átrio esquerdo do coração. Começando nos capilares pulmonares, as veias se unem em vasos cada vez maiores. As veias intrassegmentares drenam o sangue dos segmentos broncopulmonares adjacentes para as veias intersegmentares nos septos, que separam os segmentos. As veias da pleura parietal unem- se às veias sistêmicas nas partes adjacentes da parede torácica. As veias da pleura visceral drenam para as veias pulmonares. Sistema Linfático: Os plexos linfáticos nos pulmões comunicamse livremente. O plexo linfático superficial situa- se profundamente à pleura visceral e drena o parênquima do pulmão e da pleura visceral. Vasos linfáticos provenientes do plexo drenam para os linfonodos broncopulmonares (linfonodos hilares) no hilo do pulmão. O plexo linfático profundo está localizado na túnica submucosa dos brônquios e no tecido conjuntivo peribronquial. O plexo participa amplamente da drenagem das estruturas que formam a raiz do pulmão. Os vasos linfáticos provenientes desse plexo drenam para os linfonodos intrapulmonares, localizados ao longo dos brônquios lobares. No hilo do pulmão, drenam para os linfonodos broncopulmonares. Inervação: Os nervos dos pulmões e da pleura visceral derivam dos plexos pulmonares anteriores e (principalmente) posteriores às raízes dos pulmões (Figura 1.22D). Essas redes nervosas contêm fibras parassimpáticas provenientes do nervo vago (NC X) e fibras simpáticas provenientes dos troncos simpáticos. As células ganglionares parassimpáticas — corpos das células dos neurônios parassimpáticos pósganglionares — estão situadas nos plexos pulmonares e ao longo dos ramos da árvore bronquial. As fibras parassimpáticas provenientes do NC X são motoras para o músculo liso da árvore bronquial (broncoconstritoras), inibidoras para os vasos pulmonares (vasodilatadoras) e secretoras para as glândulas da árvore bronquial (secretomotoras). As células ganglionares simpáticas — corpos celulares dos neurônios simpáticos pós- ganglionares — estão nos gânglios simpáticos paravertebrais dos troncos simpáticos. As fibras simpáticas são inibidoras para o músculo bronquial (broncodilatadoras), motoras para os vasos pulmonares (vasoconstritoras) e inibidoras para as glândulas alveolares da árvore bronquial. 5- Broncospia: Quando os brônquios são examinados com um broncoscópio — um endoscópio para inspeção do interior da árvore traqueobronquial com propósitos diagnósticos —, observa-seuma crista, a carina, entre os orifícios dos brônquios principais. A carina é uma projeção cartilagínea do último anel da traqueia. Se os linfonodos traqueobronquiais no ângulo entre os brônquios principais aumentam por causa da metástase de um carcinoma broncogênico, por exemplo, a carina é distorcida, alargada posteriormente e imóvel.
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