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Câncer de esôfago 1 Câncer de esôfago Epidemiologia É o 6° câncer mais comum no mundo e o 3° mais comum do aparelho digestivo. É um câncer que predomina no sexo masculino (escamoso = 3:1; adenocarcinoma = 15:1), e geralmente se apresenta a partir dos 40 anos de idade (a maior taxa de mortalidade é vista entre 60-70 anos). Mais comum: carcinoma de células escamosas Tipos histológicos Carcinoma escamocelular - historicamente é o mais frequente no mundo oriental, sendo que sua incidência vem caindo, pois seus fatores de risco vem diminuindo. Adenocarcinoma - mais comum no ocidente, sua incidência vem aumentando, pois seus fatores de risco vem aumentando. Ambos têm clínica semelhantes, embora ocorram em pacientes com perfis diferentes. Quadro clínico Principais sintomas: disfagia e emagrecimento. Disfagia: é mecânica, é de condução, é uma disfagia baixa e progressiva (o paciente passa a não tolerar alimentos sólidos, depois não tolera alimentos pastosos e por fim não tolera alimentos líquidos, devido ao crescimento do tumor). Emagrecimento : é patológico, o paciente perde mais de 5% do seu peso corporal em 1 mês ou mais de 10% do seu peso corporal em 6 meses. Outros sintomas incluem: sialorreia, regurgitação, disfonia e rouquidão (pois pode atingir o nervo laríngeo recorrente) e sangramento digestivo (pois se trata de uma lesão ulcerada atingindo o esôfago), odinofagia, dor retroesternal. Nos pacientes que chega com disfagia ou outro sintoma de alarme, deve-se fazer a EDA. Infelizmente, os sintomas aparecem de forma mais tardia, o que torna o diagnóstico também tardio e tais cânceres costumam ter mau prognóstico após o diagnóstico. Câncer de esôfago 2 Não há estratégia de rastreio para a população geral. Patogênese do câncer de esôfago Agressão crônica ao epitélio, causa inflamação e reparo, as agressões repetidas vão causando alterações ao tecido que primeiros evolui para uma displasia e depois para neoplasia. Carcinoma escamocelular ou espinocelular ou de células escamosas (CEC) Mais frequente mundialmente Incidência vem caindo, devido aos fatores de risco que vem caindo → Fatores de risco do CEC: Principal fator de risco é o álcool (vem havendo diminuição do consumo e com isso impactando em menos CEC) Tabagismo (tbm vem reduzindo o consumo) Baixo nível socioeconômico (o consumo de alimentos processados) Câncer de esôfago 3 Fatores dietéticos: (1) alimentos ricos em compostos N-nitrosos, como os nitratos (metabolizados em nitritos) e as nitrosaminas (ex.: produtos defumados); (2) contaminação com fungos produtores de toxina; (3) deficiência de selênio, zinco, molibdênio e vitaminas (principalmente vitamina A). Doenças esofágicas: (1) acalásia; (2) síndrome de Plummer-Vinson; (3) estenose cáustica. "A incidência de carcinoma de esôfago pode aumentar em até 3.000 vezes em relação à população geral, em pacientes com história de ingestão de cáusticos". O intervalo observado entre a injúria cáustica e o surgimento do carcinoma escamoso pode chegar a 40 anos!!! Genética: a principal doença hereditária que predispõe ao Ca escamoso é a tilose palmar e plantar, um raro distúrbio genético autossômico dominante, caracterizado por hiperceratose na palma das mãos e planta dos pés. O risco de Ca de esôfago nesses pacientes se aproxima a 95%, apresentando-se, geralmente, após os 65 anos de idade. Outros fatores: bulimia, infecções fúngicas crônicas, HPV, exposição à radiação, história pessoal de câncer no trato aerodigestivo (cabeça, pescoço e pulmão), presença de divertículos no esôfago e doença celíaca. Outros fatores de risco: Negros Dietas peculiares (como no sul do Brasil em que toma-se bebidas muito quentes, que agridem o epitélio esofágico) Bifosfinados ( utilizados no tto da osteoporose) Esofagopatias: acalasia com megaesôfago e estenose cáustica. Fatores que favorecem à lesão da mucosa esofágica → Localização: O CEC localiza-se no esôfago médio Está a 20-30 cm da arcada dentária superior Tem relação anatômica com a via respiratória. Câncer de esôfago 4 Adenocarcinoma Incidência vem aumentando devido ao aumento dos fatores de risco Predomina no ocidente → Fatores de risco Esôfago de Barret → é a presença do epitélio de Barrett (metaplasia intestinal), secundário à forma erosiva da esofagite de refluxo. As células do epitélio de Barrett evoluem para câncer através de um processo de displasia progressiva (com aneuploidia, mutações no gene p53, etc.)... Cerca de 10-15% dos pacientes com DRGE sintomática desenvolvem esôfago de Barrett. Desses, cerca de 1 a cada 200 pacientes-ano desenvolve adenocarcinoma de esôfago (incidência de 0,5% ao ano). DRGE Obesidade Câncer de esôfago 5 Tabagismo Maior uso de medicamentos de supressão ácida Dieta ocidental Acredita-se também que o uso de bisfosfonados orais (ex.: alendronato) esteja implicado no risco de câncer de esôfago (tanto escamoso quanto adenocarcinoma). O FDA recomenda que esta classe de drogas seja contraindicada nos portadores de esôfago de Barrett! Outros fatores de risco: Brancos Sexo masculino → Localização O adenocarcinoma acomete o esôfago distal 30-40 cm da arcada dentária superior Próximo à transição esôfago-gastrica Duas biópsias indicando displasia de alto grau já confirma o diagnóstico. Histologicamente, surge de: Glândulas submucosas do esôfago Ilhas heterotópicas do epitélio colunar Degeneração maligna do epitélio colunar metaplásico Câncer de esôfago 6 Câncer de esôfago 7 Diagnóstico Esofagograma: indicado para a investigação de disfagia → Achado clássico: lesão em ''maçã mordida'' Endoscopia + biópsia: melhor exame para o diagnóstico → avalia a localização, natureza, extensão e relação da lesão com músculo cricofaríngeo , JEG e cárdia gástrica. Em relação à localização do tumor, cerca de 50% encontram-se no terço médio, 25% no terço superior e 25% no terço inferior. Pelo aspecto endoscópico, o Ca de esôfago pode ser classificado em três tipos: (1) polipoide exofítico (60% dos casos); (2) escavado ou ulcerado (25% dos casos); (3) plano ou infiltrativo (15% dos casos). Câncer de esôfago 8 TC de tórax e abdome → Indicado para estadiamento. Acurácia de 57% para T, 74% para N e 83% para M. PET - FDG → Indicado para estadiamento → Sua sensibilidade e especificidade excedem um pouco às da TC. US endoscópico: importante componente para avaliação do estadiamento. Permite identificar a profundidade e extensão do tumor, grau de comprometimento luminal e biopsiar linfonodos. Estadiamento O câncer de esôfago se caracteriza por ter um comportamento extremamente agressivo, disseminando-se localmente e à distância. A rica rede linfática presente na lâmina própria e na submucosa (intramural) facilita a disseminação linfonodal precoce mesmo para tumores superficiais e pequenos. A ausência de serosa facilita a disseminação do tumor para órgãos adjacentes (por contiguidade)!!! Os tumores do terço superior e médio invadem a árvore traqueobrônquica, a aorta e o nervo laríngeo recorrente, enquanto os tumores do terço distal avançam sobre o diafragma, pericárdio e estômago. Cerca de 75% dos pacientes diagnosticados com Ca de esôfago já apresentam invasão linfática no momento do diagnóstico. Os tumores do terço superior ou médio drenam para os linfonodos cervicais profundos (supraclaviculares), paraesofágicos, mediastínicos posteriores e traqueobrônquicos. Os do terço distal, para os linfonodos paraesofágicos, celíacos e do hilo esplênico. As metástases à distância mais importantes são: fígado e pulmão, ocorrendo também para ossos e rins. O estadiamento do Ca de esôfago se baseia na escala TNM (T = tumor, N = linfonodos, M = metástase à distância). O chamado câncer de esôfago precoce é aquele que invade até a submucosa (T1 ou Estágio I). Infelizmente, esta é uma apresentação rara deste câncer. Exames para estadiamento: Câncer de esôfago 9 Câncer de esôfago 10 Câncer de esôfago11 Câncer de esôfago 12 Sequência dos exames de estadiamento: 1. Diagnóstico de Ca de esôfago por biópsia endoscópica (precedida ou não pela realização de esofagografia); 2. TC toracoabdominal para determinar a presença de metástases à distância – cuja existência já classifica o doente no Estágio IV, independentemente de outros fatores. O PET-scan tem sido cada vez mais utilizado em associação à TC. Todavia, como se trata de exame menos específico (uma área de captação anormal pode corresponder, por exemplo, a uma infecção ou outro processo inflamatório), recomenda-se que qualquer suspeita de metástase pelo PET seja confirmada por biópsia antes de se excluir o paciente da possibilidade de tratamento cirúrgico; 3. Na ausência de metástase à distância, um Ultrassom Endoscópico (USE) é realizado para avaliar a penetração do tumor na parede esofagiana, bem como avaliar a extensão da doença para os Câncer de esôfago 13 linfonodos locorregionais. Devido à excelente sensibilidade do USE, a mediastinoscopia tem sido pouco indicada; 4. A laparoscopia é considerada "opcional", sendo, contudo, fortemente recomendada em pacientes com adenocarcinomas localizados na porção intra-abdominal do esôfago ou próximos à junção esofagogástrica, bem como nos pacientes com suspeita de disseminação intraperitoneal. Câncer de esôfago 14 Prognóstico e tratamento A sobrevida em cinco anos do Ca de esôfago, de acordo com o estadiamento final (clínico + cirúrgico) é a seguinte: ● Estágio I: 60%; ● Estágio II: 30%; ● Estágio III: 20%; ● Estágio IV: 4%. Em pacientes com razoável estado geral (nutridos, com albumina próximo ao normal) e sem comorbidades preocupantes (cardiopatia, pneumopatia, hepatopatia, nefropatia), a cirurgia curativa pode ser tentada na ausência de metástases à distância (incluindo linfonodos à distância) e de um T4 irressecável. Em pacientes com tumores T1 sem metástases (Ca de esôfago precoce), inclusive, pode-se optar pela ressecção endoscópica da lesão... Cerca de 40-50% dos pacientes com Ca de esôfago encontram-se no grupo "ressecável". Mesmo assim, a cura só é alcançada em 10-35% dos casos. A estratégia cirúrgica curativa proposta pela maioria dos autores envolve a realização de esofagectomia + linfadenectomia regional, com margens de segurança de pelo menos 8 cm. OBS: Vale ressaltar que a reconstrução do trânsito deve ser, sempre que possível, com o estômago! Um estômago normal bem dissecado alcança prontamente o pescoço em todos os pacientes. OBS: A interposição do cólon tem a desvantagem de requerer três anastomoses (coloesofagostomia, colojejunostomia e colocolostomia), sendo uma cirurgia de maior morbimortalidade. Só é indicada em pacientes com gastrectomia total ou parcial prévia, ou quando o tumor avança sobre o estômago. Câncer de esôfago 15 OBS: Deve ser realizada rotineiramente uma jejunostomia para alimentação enteral no pós-operatório. No pré-operatório, em pacientes desnutridos por disfagia, sempre que possível deve-se dilatar a estenose com a implantação endoscópica de um stent esofagiano, e inserir um cateter de Dobbhoff para garantir aporte nutricional de pelo menos 2.000 kcal/dia, postergando a cirurgia até a melhora nutricional. Indivíduos com perda ponderal > 10% do peso habitual, bem como aqueles com níveis séricos de albumina < 3,4 g/dl, encontram-se com risco muito aumentado de complicações pós-cirúrgicas (ex.: deiscência de anastomose). As duas técnicas mais utilizadas para esofagectomia pelos cirurgiões torácicos são: (1) esofagectomia transtorácica; e (2) esofagectomia trans-hiatal. Cada uma possui vantagens e desvantagens sobre a outra. Esofagectomia transtorácica: uma toracotomia látero-posterior é realizada, bem como uma laparotomia mediana superior; o mediastino é examinado quanto à presença de metástases irressecáveis; se possível, o esôfago é ressecado com a margem tumoral adequada, juntamente com os linfáticos periesofágicos, linfonodos paratraqueais, pleura adjacente, veia ázigos e ducto torácico. O estômago é dissecado (juntamente com seus vasos) e "suspenso" para a cavidade torácica, para ser anastomosado no espaço paravertebral do mediastino posterior. A anastomose é realizada com grampeador. Para evitar uma obstrução gástrica pós-vagotomia, uma piloroplastia ou pilorotomia deve sempre ser confeccionada. O principal risco desta cirurgia é a deiscência da anastomose intratorácica (abaixo da clavícula), que leva à mediastinite grave, sepse e óbito em 50% dos casos. Muitos pacientes evoluem com problemas pulmonares pós-operatórios, decorrentes da toracotomia prolongada. Outra complicação comum é a esofagite de refluxo (do remanescente esofágico). A mortalidade operatória varia entre 7-20%. Esofagectomia trans-hiatal: nesta cirurgia, não há incisão torácica: ela é executada através de uma incisão abdominal e outra cervical. Pelo abdome, o estômago é mobilizado pela secção dos vasos gastroepiploico esquerdo e gástrico esquerdo, preservando as arcadas gastroepiploica direita e gástrica direita. A piloroplastia é realizada. O esôfago torácico inteiro (independentemente do nível do tumor), desde as clavículas até a cárdia, é dissecado pelo dedo do cirurgião, utilizando- se os acessos cervical e trans-hiatal (pelo hiato diafragmático). A monitoração da pressão arterial deve ser cuidadosa nesse momento, devido ao deslocamento Câncer de esôfago 16 cardíaco. O estômago, então, é transposto para o mediastino posterior e anastomosado com o esôfago cervical. As vantagens deste procedimento são: (1) evita-se uma toracotomia; (2) evita-se uma anastomose intratorácica, bem como o risco de uma mediastinite – a deiscência da anastomose cervical é de mais fácil controle; (3) reduz bastante a chance de refluxo gastroesofágico; e (4) mortalidade operatória de 4- 8%. As desvantagens da cirurgia são o risco de hemorragia mediastinal incontrolável no peroperatório e a incapacidade de realizar a dissecção completa dos linfonodos mediastínicos, para fins de estadiamento e cura. Não permite linfadectomia adequada, com isso o paciente pode ter mais recidivas. Terapia Clínica e Neoadjuvante TERAPIA CLÍNICA E NEOADJUVANTE A radioterapia não costuma ser feita de forma isolada na abordagem neoadjuvante (pré-operatória). Sua principal utilidade é o controle local do tumor, mas por si só não Câncer de esôfago 17 confere aumento na sobrevida. A quimioterapia também não costuma ser feita de forma isolada, e sua principal utilidade é o controle da disseminação linfática do tumor. Já a radioquimioterapia neoadjuvante tem fornecido resultados mais favoráveis nos pacientes com Ca de esôfago, sendo indicada principalmente nos estágios II e III. A combinação de radio e quimioterapia tem o potencial de aumentar o tempo de sobrevida! O tipo de tumor que responde melhor à radioquimioterapia é o carcinoma de células escamosas. Pacientes não candidatos à cirurgia, simplesmente pelo alto risco cirúrgico, ou por possuírem doença avançada, também podem se beneficiar da radioquimioterapia. O esquema é semelhante ao da "radioquimio" neoadjuvante, contendo 5-fluorouracil + cisplatina +paclitaxel, acompanhado de irradiação externa durante seis a sete semanas, cinco dias por semana. A principal diferença está na dose total de radioterapia, que no tratamento neoadjuvante não deve ultrapassar 4.500 cGy, enquanto no tratamento definitivo vai até 6.000-6.400 cGy. A dose total de radioterapia deve ser menor quando o tratamento for neoadjuvante, de modo a reduzir a incidência de complicações pós-operatórias num leito tecidual previamente irradiado (ex.: maior taxa de deiscência de anastomose). A resposta clínica é observada em 30-70% dos casos, e há relatos de sobrevida em cinco anos em 10% dos casos. Câncer de esôfago 18 Câncer de esôfago 19 Cuidados paliativos Ocorre quando a doença torna-se incurável. O câncer é incurável quando: Irressecável : tem invasão adjacentes ou comprometimentovascular → é estagiado com T4 . Metastático: tem metástase para linfonodo não regional, fígado, pulmões, peritonio, pleura → é estagiado com M1. OBS: O CA de Esôfago é um tumor com FÁCIL DISSEMINAÇÃO, pois NÃO HÁ SEROSA no órgão impedindo seu crescimento. POR ISSO, muitas vezes o diagnóstico é feito sem possibilidade de cura. O câncer de esôfago se caracteriza por ter um comportamento extremamente agressivo, disseminando-se localmente e a distância. A disseminação estende-se do epitélio para a submucosa, muscular e linfonodos regionais. A AUSÊNCIA DE SEROSA facilita a disseminação para os linfonodos regionais e para os órgãos adjacentes! Os tumores do terço superior e médio invadem a árvore traqueobrônquica, a aorta e o nervo laríngeo recorrente, enquanto os tumores do terço distal avançam sobre o diafragma, pericárdio e estômago. Cerca de 75% dos pacientes diagnosticados com Ca de esôfago já apresentam invasão linfática no momento do diagnóstico. Os tumores do terço superior ou médio drenam para linfonodos cervicais profundos (supraclaviculares), paraesofágicos, mediastínicos posteriores e traqueobrônquicos. Os do terço distal, para os linfonodos paraesofágicos, Câncer de esôfago 20 celíacos e do hilo esplênico. As metástases à distância mais importantes são: fígado e pulmão, ocorrendo também para ossos e rins. → O que paliar? Paliação do tumor: pode-se fazer quimioterapia paliativa associada ou não à radioterapia paliativa. O adenocarcinoma não responde à quimio paliativa, já o CEC responde. NÃO é realizando esofagectomia paliativa. Disfagia →quando o paciente não tolerar mais dieta vo, deve-se propor outra via alimentar (gastrostomia, prótese esofagica endoscópica ou jejunostomia, sendo que nesta última a refeição deve ser industrial, estéril, já que se perde a barreira ácida do estômago. ) Sangramento → pode se tentar a EDA, mas mtas vezes não funciona. Pode se tentar tbm a radioterapia hemostática em casos seletos Fístula esôfago-traqueal → o paciente pode fazer pneumonia de aspiração. Com isso , deve-se fazer prótese endoscopia revestida, tanto no esôfago, como na traquéia. → Deve-se obter anatomopatológico Necessária para fazer o diagnóstico correto Importante para orientar e liberar a quimioterapia. → A obtenção do anatomopatológico se dá pela biópsia que pode ser: Endoscópica no tumor primário Percutânea nas metástases Partes moles como linfonodo. TERAPIA PALIATIVA Para os pacientes com tumor irressecável, devemos prover conforto e qualidade de vida. O uso de dilatadores esofágicos ou stents permite a reconstituição do trânsito alimentar por um período curto. A terapia fotodinâmica utiliza uma substância sensibilizadora por via venosa seguida pela aplicação do laser. A obstrução é cedida após necrose do tumor, com os fragmentos retirados na endoscopia. A radioterapia é um Câncer de esôfago 21 excelente método paliativo, aliviando a disfagia em diversos pacientes durante alguns meses. A fístula esofagotraqueal ou esofagobrônquica contraindica a radioterapia, e deve ser paliada com a colocação de stents no esôfago e na árvore traqueobrônquica (melhor do que colocar o stent em apenas um local). Nos casos mais difíceis ou refratários, uma gastrostomia ou jejunostomia pode ser necessária. Classificação de Siewert Tumor da transição esôfago-gastrica Deve se identificar de onde é o adenocarcinoma, se ele é do estômago que está mais pra cima, ou do esôfago que está mais para baixo. Câncer de esôfago 22 Siewert I → significa que o tumor que era mais alto no esôfago, desceu. Câncer de esôfago 23 Siewert II → Significa que l câncer é do esôfago mesmo. Siewert III → Significa que provavelmente um adenocarcinoma gástrico está subindo e pegando parte do esôfago distal. Tratamento Câncer de esôfago 24 Câncer de esôfago 25 O tratamento com quimioterapia e radioterapia seguido de ressecção cirúrgica está indicado em pacientes com evidência radiológica de doença localmente avançada, pois a terapia clínica neoadjuvantecombinada (quimiorradioterapia), tem o potencial de conferir aumento no tempo de sobrevida do paciente. A radioterapia controla localmente o tumor, e a quimioterapia controla sua disseminação linfática. Avaliação nutricional A avaliação subjetiva global (ASG) é um método simples de avaliação nutricional, que consiste em um questionário sobre a história clínica e exame físico do paciente. É Câncer de esôfago 26 principalmente utilizado em pacientes cirúrgicos em período pré-operatório, com boa relação prognóstica para complicações pós-operatórias. Ao final do questionário, o paciente pode ser classificado em Bem nutrido (A), Moderadamente desnutrido ou suspeito de desnutrição (B) ou Gravemente desnutrido (C). Alternativa
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