RESENHA DO FILME: ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
GUSTAVO MUSSI
HIST CONTEMP: ATE 2.GUERRA MUNDIAL
RESENHA: ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO
SÃO PAULO
2020
ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO
Arquitetura da destruição é um documentário de 1:58:24 de duração contando a fundo sobre a Alemanha no período aonde o partido nazista de Hitler, o documentário contem bastante informação sobre a Alemanha e sobre o partido nazista.
O documentário mostra que muitos do partido nazista e ate o próprio Hitler admiravam muito arte, e muitos deles praticavam a arte, como a pintura ou poesia. Hitler era pintor, mas não foi aceito na academia de arte. Hitler tinha um ídolo Richard Wagner, que era um maestro, compositor e diretor de teatro nascido em Leipzig na Alemanha em 1813, eram dito pelo próprio Hitler que quem não conhece Wagner não entende o nazismo. Hitler por ser muito apaixonado por arte ele que cria todo o design do uniforme nazista e das bandeiras. A arte era muito importante para os nazistas e muito presente na vida de todos, mas eles não gostavam da arte moderna, achavam que a arte moderna trazia sensação de doença, por serem pintadas de certa forma deformadas ou tortas, era de maior gosto deles a arte antiga. O documentário deixa bastante registrado todos os pintores e quadros que Hitler compra e a quantidade de quadro que ele adquire em sua vida, e o museu que ele abre para por obras de seu gosto, que sempre representava seu pensamento e forma de ver o mundo. 
 A beleza para Hitler é muito importante, isso ele mesmo declara, já começando a demonstrar seus pensamentos de ‘’pessoa perfeita’’. A maioria dos nazistas eram formados em medicinar tinham como objetivo criar o homem perfeito, o alemão perfeito, no documentário é mostrado muitos discursos de Hitler, o que acaba deixando muito mais interessante de assistir, e em um desses discursos Hitler diz:
 ‘’precisamos criar um novo homem alemão antes que nossa raça sucumba’’
E muitos do partido nazista diziam que as leis de Nuremberg iam salvar o sangue alemão, e a partir desse momento começa a vigorar leis como do tipo, casamento entre alemão e judeu foram proibidos, O documentário além de conter os discursos feito pelo próprio Hitler contem também filmes criados pelo partido nazista exibido em todo o país, um dos filmes passados no documentário, pessoas não era alemã eram chamadas de doentes e o alemão era saudável, o filme é tentando trazer a ideia de que pessoas não alemãs acaba com a nação, se passava a ideia de ‘’misturar as raças não faz bem para a nação’’.
 O ideal de Hitler era ter uma sociedade perfeita sem sujeira e pura, com trabalhadores e ruas limpos. Tinha também a ideia do ‘’corpo perfeito’’ para sua sociedade e todos devem alcançar o objetivo desse corpo perfeito para uma sociedade ‘’saudável’’ e ‘’bonita’’, usava como exemplo duas estatuas, uma de mulher e outra de um homem, para objetivo de corpo a ser alcançado. E por esse pensamento começar a surgir veio com ele a morte de deficientes, crianças nascidas com deficiência eram mortas com a utilização da eutanásia, que no governo nazista ganha um novo significado. Mas Hitler só fez essa lei valer de fato assim que se inicia a guerra, porque assim geraria menos revolta na sociedade, usando como desculpa que durante a guerra deficientes iam acabar sofrendo mais.
 Um papel é criado para os cidadãos preencherem, e eram analisado por um medico do partido nazista que decidia se a pessoa era saudável para a sociedade alemã, e todos os judeus não passavam na analise e eram levados em transportes com o vidro preto para que ninguém vissem eles ali dentro e eram exterminados.
 Hitler junto com seu arquiteto Speer, tinha planos e planta de uma capital mundial após acabar a guerra, Hitler por ser apaixonado por antiguidades chegava a falar que a Roma antiga era a republica mais poderosa que já existiu, tendo muito como modelo para seu pensamento sobre sociedade.
 Judeus eram mortos por serem considerados ‘’parasitas’’ que estavam destruindo 1000 anos de cultura segundo Hitler, existia filmes – que inclusive aparece no documentário – dizendo que judeus eram o mesmo que vermes e bactérias. E os extermínios acabaram ficando cada vez mais oculto da população, utilizando da desculpa que era tratamento de tuberculose, eram levados judeus aos campos de concentração.
 Assistindo o documentário todo, foi inevitável pra mim pensar sobre o conceito que Hannah Arendt cria após acompanhar de perto o caso Eichmann, o conceito banalidade do mau. Adolf Eichmann estava sendo julgado por levar judeus ate os campos de concentração, e questionado sobre os assassinatos ele diz:
 ‘’eu não matei ninguém, estava apenas cumprindo as leis do meu país’’
Hannah Arendt traz esse conceito como se o mau estivesse banalizado, na qual são dadas ordem e ela é cumprida, sem pensar em qual ordem foi dada a você. Membros do partido nazistas eram boas pessoas para suas famílias, sua esposa e filhos, mas seguiam apenas ordens de seus superiores, alemães que acreditavam no partido nazista, não tinham escolha aquela era a sociedade deles. Assistindo o documentário o conceito de banalidade do mau vem na cabeça, não pensado em Hitler, mas sim na sociedade, nos cidadãos da Alemanha que acabaram por fim banalizando o mau que era posto por uma ideologia dominante, a ideologia de Hitler.