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Fisiologia Reprodutiva de Fêmeas Bovinas e Bubalinas

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Biotecnologia e Reprodução Animal – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
Ciclo Estral 
O ciclo estral é o período que compreende 
dois estros, ou seja, duas ovulações. Nesse 
período ocorre a dinâmica folicular que é o 
crescimento dos folículos ovarianos em 
padrões de ondas denominadas “ondas 
foliculares”. – Para saber o que são ondas 
foliculares acesse o resumo “Gametogênese 
nas fêmeas” clicando AQUI. 
 
O ciclo estral é dividido nas seguintes fases: 
 
Proestro: ocorre o desenvolvimento folicular 
da onda ovulatória – há produção de 
estrógeno. A fêmea começa a dar sinais 
característicos do cio porém ainda não 
aceita a monta; 
 
Estro: momento de receptividade em que a 
fêmea aceita a monta. Há intensa produção 
de estrógeno pelo folículo dominante que 
está bem desenvolvido e, por conta disso, há 
feedback positivo para para liberação de LH 
que alcança seu pico permitindo que haja 
ovulação; 
 
Metaestro: ocorre a ovulação e organização 
das células para a formação do corpo lúteo. 
Nessa fase haverá queda do estrógeno 
 
 
prevalecendo a concentração de 
progesterona; 
 
Diestro: fase em que há o corpo lúteo 
funcional produzindo progesterona que irá 
realizar feedback negativo na liberação de 
LH impedindo uma nova ovulação. No fim 
do diestro haverá a luteólise que será 
realizada pela prostaglandina PRF2α para 
que se inicie o ciclo novamente; - Para saber 
como ocorre a luteólise e a liberação dos 
hormônios acesse o resumo “Fisiologia da 
Reprodução Animal – Eixo hipotálamo 
hipófise gonadal” clicando AQUI. 
 
Essas 4 fases se repetem rotineiramente a 
cada 21 dias nas vacas podendo variar nas 
demais espécies. 
 
Anestro: é a quiescência reprodutiva, ou seja, 
é o momento em que nenhuma das 4 fases 
ocorre havendo uma estase ovariana. Isso 
ocorre em diversos momentos e um deles é 
o pós parto. 
https://www.passeidireto.com/arquivo/96171195/gametogenese-nas-femeas
https://www.passeidireto.com/arquivo/96149784/fisiologia-da-reproducao-animal-ehhg
 
Biotecnologia e Reprodução Animal – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
 
Como podemos ver nas ilustrações acima, o 
ciclo estral e as ondas foliculares ocorrem 
simultaneamente. É possivel notar que nas 
fases proestro e estro há predominancia do 
hormônio estrogênio, logo a fase é chamada 
estrogênica. Ocorre o recrutamento, seleção 
e dominância folicular até que o óvulo 
dominante passa a produzir inibina que 
acaba fazendo com que haja feedback 
negativo para a produção de FSH impedindo 
o crescimento dos outros folículos que 
entram em atresia. O folículo dominante 
continua se desenvolvendo e acaba ovulando 
havendo a formação do corpo lúteo (fase de 
metaestro). O corpo lúteo se torna funcional 
havendo produção de progesterona tanto 
nessa fase que é o Diestro quanto na anterior 
sendo chamadas de fases progesterônicas. 
 
 
 
 
As Vacas 
As vacas são consideradas poliestricas não 
estacionais/anuais, ou seja, apresentam 
vários ciclos estrais, que duram, em média, 
21 dias durante um ano, logo, esses animais 
não apresentam estação de monta como as 
éguas e búfalas. 
 
A puberdade (primeira ovulação) varia de 
acordo com alguns fatores como: 
 Nutrição dos animais e a manutenção 
equilibrada para que haja início das 
atividades reprodutivas. 
 Raças também têm impacto na idade de 
reprodução, vemos isso com a raça 
Nelore que tem sua puberdade mais 
tardia (18 a 24 meses) enquanto as 
taurinas de corte iniciam de 11 a 15 
meses e, ainda mais precoces, temos as 
taurinas de leite que iniciam a puberdade 
de 10 a 12 meses. 
 Estação do ano já que a oferta de 
pastagem muda em razão da qualidade 
do solo. – Para saber mais sobre a 
relação da nutrição dos animais e as 
estações do ano acesse o resumo “Manejo 
Alimentar de Fêmeas Leiteiras” clicando 
AQUI. 
 
Como citado anteriormente, o ciclo estral 
das vacas dura, em média 21 dias, podendo 
variar de 17 a 25 dias. Esses animais 
possuem ovulação espontânea, ou seja, não 
https://www.passeidireto.com/arquivo/93174664/manejo-alimentar-de-femeas-leiteiras
 
Biotecnologia e Reprodução Animal – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
precisa da cópula para que haja ovulação 
como ocorre em gatas, por exemplo. Em 
90% das vezes a ovulação é única tendendo 
a ser 60% pelo ovário direito. 
O estro (cio) dura cerca de 18 horas (pode 
variar de 12 a 30 horas), o que é 
considerado pouco tempo, e a ovulação 
(metaestro) ocorre 30 horas após o início do 
estro. 
 
Ciclo Estral nas Vacas 
 
PROESTRO 
Dura no máximo 24 horas e não há tantas 
alterações evidentes. Nessa fase já há maior 
produção de estrógeno, já que houve 
luteólise no ciclo anterior fazendo com que 
caia a concentração de progesterona. 
 
ESTRO 
Dura, em média, 18 horas e é a fase em que 
há predomínio de estrógeno fazendo com 
que o LH alcance seu pico para que então 
ocorra a ovulação. O comportamento do 
animal é receptivo e a fêmea aceita a cópula. 
 
METAESTRO 
Além da ovulação, que ocorre após 30 horas 
do início do estro, há formação do corpo 
lúteo funcional que dura de 3 a 5 dias. 
 
DIESTRO 
Dura, em média, 15 dias e é a fase em que 
o corpo lúteo funcional produz progesterona. 
Esse é o momento em que o organismo está 
esperando a presença do embrião e, se não 
há fecundação, inicia-se o ciclo novamente. 
 É importante lembrar que as ondas 
foliculares ocorrem durante as fases do 
ciclo estral. 
 
Como vemos acima, há uma onda folicular 
ocorrendo no dia 1, porém no dia 1 ainda 
há produção de progesterona que inibe o LH, 
logo não há ovulação fazendo com que o 
folículo entre em atresia. 
Inicia-se então uma nova onda folicular no 
8º dia, porém ainda há altas concentrações 
de progesterona fazendo com que o folículo 
também entre em atresia. 
Já na 3ª onda folicular que ocorre no 15º 
dia do ciclo já houve lise do corpo lúteo, logo, 
os níveis de progesterona estão baixos 
enquanto os de estrógeno estão altos 
fazendo com que haja o pico de LH 
permitindo a ovulação e é nesse momento 
em que há o sincronismo entre a onda 
ovulatória e o ciclo estral. 
Normalmente, as vacas apresentam de 2 a 
3 ondas foliculares num ciclo de 21 dias. 
Logo, cada onda folicular dura em torno de 
7 dias e a última ovula. 
 Vacas que possuem 2 ondas foliculares 
não são menos férteis 
 
 
 
 
 
Biotecnologia e Reprodução Animal – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
ANESTRO PÓS PARTO 
É o período em que o útero involui, voltando 
a posição normal e dura em média 45 dias. 
Após 30 dias pode haver uma nova 
ovulação, dependendo do escore corporal, se 
a vaca é multípara (que teve mais de um 
parto – mais precoces) ou ainda é novilha 
que acabam demorando mais para ovular já 
precisam demandar energia para a 
gestação, produção de leite e seu próprio 
crescimento fazendo com que o período de 
quiescência seja maior. 
 
Comportamento de Cio 
 
 
O cio é o momento em que a ação do 
estrógeno é potencializada pela pré 
exposição à progesterona do ciclo anterior. 
 
 Para que haja a primeira ovulação, o 
animal apresenta características de cio, 
justamente porque não houve pré 
exposição a progesterona por não ter 
ocorrido a formação de um corpo lúteo 
anteriormente. 
 
Ao entrar no estro, as vacas ficam muito 
agitadas, apresentando mugidos e micção 
frequentes, vulva edemaciada, menor 
produção de leite (vacas leiteiras), presença 
do tampão mucoso - semelhante a clara de 
ovo podendo ser visualizado ou liberado após 
a massagem retal que é realizada antes da 
inseminação – e, por último podemos citar 
o comportamento homossexual que as vacas 
apresentam quando estão no cio que é 
caracterizado quando uma vaca aceita ser 
montada por outra.Métodos de Detecção de Cio 
Em grandes propriedades, somente a 
inspeção acaba sendo falha já que os 
funcionários podem não detectar o cio de 
todas as vacas, ainda mais as vacas de leite 
que acabam sofrendo muito por estresse 
térmico e apresentam cio nas horas mais 
frescas do dia (noite ou no começo do dia) 
dificultando ainda mais a observação sendo 
necessário o uso de ferramentas para que 
haja a correta detecção do cio. 
 
BUÇAL MARCADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
É que é um cabresto que pode ser colocado 
em um rufião (touro submetido a cirurgia 
de desvio de pênis lateralmente impedindo 
a penetração) ou uma fêmea androgenizada 
(fêmea em que há aplicação de LH e 
testosterona para que desenvolva 
comportamentos típicos de machos). Esse 
cabresto acaba liberando uma tinta que 
marca a fêmea montada e, como sabemos, 
a receptividade à monta é um sinal de cio. 
 
Biotecnologia e Reprodução Animal – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
Quando um funcionário faz uma inspeção 
rápida na fazenda e observa a tinta, já 
seleciona a vaca para inseminação. Esse 
método é utilizado em produção extensiva. 
 
MARCAÇÃO COM TINTA OU COM GIZ MARCADOR 
É realizada uma marcação com tinta ou 
com um bastão de giz marcador nas vacas e 
essa marcação vai sumindo conforme a vaca 
aceita a monta de outras, evidenciando o 
cio. 
 
Há também outras técnicas como 
RADIOTELEMETRIA ou COLEIRA que avalia os 
passos ou ruminação mostrando se a fêmea 
está mais agitada mostrando o cio. Os dados 
coletados são enviados para um computador 
e então as vacas são destinadas a 
inseminação. Esses métodos acabam sendo 
mais caros que os anteriores pois demandam 
de uma tecnologia mais avançada. 
 
É extremamente importante destacar que 
quando há erros na detecção do cio acaba 
aumento no intervalo entre partos, 
diminuição na produção leiteira, aumento 
nos gastos com alimentação e diminuição da 
pressão de seleção em razão da espera de 
um novo estro. Logo, é crucial detectar o cio 
dos animais no momento certo. 
Por conta desses fatores, há a realização da 
manipulação do ciclo estral dos animais 
para que haja um melhor controle evitando 
erros. 
 
 
 
As Búfalas 
 
Diferente das vacas, as búfalas são 
poliéstricas estacionais/sazonais, ou seja, 
elas são sensíveis a luminosidade, logo, 
ciclam quando o número de horas de luz por 
dia diminui que é justamente de março a 
junho sendo chamadas de poliéstricas de 
ciclo curto. Na primavera esses animais 
apresentam anestro. 
A puberdade das búfalas varia mais, quando 
comparadas as vacas, costuma ser mais 
tardia (15 a 36 meses) e ocorre quando o 
animal possui 60% do PV adulto. 
 
Como funciona o fotoperíodo? 
 
21 de dezembro há o solstício de verão em 
que temos a maior quantidade de luz já que 
é o dia mais longo do ano. A partir desse dia 
começa a diminuir a quantidade de horas de 
luz por dia, mas os dias continuam sendo 
mais longos do que a noite. 
No dia 21 de março se inicia o equinócio de 
outono em que a quantidade de luz é igual a 
 
Biotecnologia e Reprodução Animal – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
quantidade de escuridão e, a partir disso, a 
noite fica mais longa. É justamente nessa 
fase que as búfalas, poliéstricas estacionais 
de ciclo curto começam a ciclar. 
A luz é captada pela retina e essa 
informação é levada via nervosa e 
transformada em sinal endócrino pela 
glândula pineal que produz e secreta 
melatonina havendo a estimulação e 
secreção de GnRH pelo hipotálamo dando 
início a atividade ovariana cíclica. 
 
Ciclo Estral nas Búfalas 
O ciclo estral das búfalas é semelhante ao 
das vacas, apresentando 21 dias de 
duração, porém as fases são mais variáveis 
(16 a 33 dias). 
 
PROESTRO 
Dura de 12 a 24 horas e, nessa fase, a 
fêmea não é receptiva, mas apresenta a 
cauda erguida, edema vulvar e mugidos 
intensos. 
 
ESTRO 
Dura 12 horas, podendo variar de 20 a 27 
horas. A fêmea é receptiva, porém, diferente 
das vacas, as búfalas não apresentam 
comportamento homossexual, logo, a 
detecção de cio é mais difícil. 
 
METAESTRO 
É a ovulação que ocorre de 3 a 5 dias e o 
início da formação do corpo lúteo. 
 
 
 
DIESTRO 
Ocorre cerca de 16 dias e é a fase em que o 
corpo lúteo está funcionante produzindo 
progesterona na espera de um embrião. 
 
Período de Gestação em Búfalas 
O período de gestação das búfalas varia 
conforme a subespécie que pode ser: 
 
“MEDITERRÂNEO/ DO RIO” 
 
É uma subespécie com potencial leiteiro. 
Apresenta 50 cromossomos e sua gestação 
dura de 305 a 320 dias. 
 
“DO PÂNTANO” 
 
É uma subespécie de dupla aptidão. 
Apresenta 48 cromossomos e sua gestação 
dura de 320 a 340 dias. 
 
 
Biotecnologia e Reprodução Animal – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
O anestro pós parto também ocorre (28 a 
45 dias), porém o intervalo até a primeira 
ovulação é mais longo do que o das vacas, 
ocorrendo de 59 a 96 dia e o primeiro cio 
é detectado de 75 a 90 dias variando 
conforme nutrição e escore corporal, baixa 
produção, parto normal, parto durante 
inverno e início de primavera. 
O intervalo entre partos ideal é 18 meses e 
a concepção é de 125 a 180 dias.

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