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MEDICINA IX DE JULHO - SÃO BERNARDO DO CAMPO MALU DROSGHIC MARIADROSGHIC@UNI9.EDU.BR A composição de uma população é reflexo de uma dinâmica que ocorre ao longo do tempo; Os efeitos da transição demográfica ocorrem a partir das taxas de: Fecundidade; Natalidade; Mortalidade; Os estágios da transição demográfica são: Estágio I - queda da mortalidade infantil; Estágio II - queda da fertilidade; Estágio III - a mortalidade cai e a fertilidade se torna estável; Estágio IV - a população se torna estável TransiçõesTransiçõesTransiçõesTransições 04-18.03.2021 - quinta-feira TIPOS DE TRANSIÇÃO Transição demográfica: refere-se ao estudo das populações, como elas se comportam ao longo dos anos; Transição epidemiológica: refere-se ao processo saúde-doença; Transição nutricional: transformações ocorridas no padrão nutricional das populações. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA A partir disso, pode-se dizer que a transição demográfica consiste na mudança de um cenário de altas taxas de mortalidade e natalidade para outro com baixas taxas de mortalidade e natalidade; Como resultado, ocorre aumento da expectativa de vida e incremento do número absoluto e proporcional de pessoas idosas. Transição espacial: ocorre com a modernização do campo, o que faz com que as pessoas deixem a área rural em direção aos grandes centros urbanos; Redução de fecundidade: ocorre com maior nível de escolaridade e oportunidades para as mulheres. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL Primeiro estágio (1903 - 1950): Grande número de nascimentos e de mortes; Início da urbanização; Maior desenvolvimento tecnológico; Implementação de medidas de controle de doenças; 1940: aumento da população em 2,3%; 1950: aumento da população em 3%, a mortalidade reduziu em 25%, decorrente de medidas sanitárias que ocasionariam no controle de doenças infecciosas; Segunda estágio (1950 - 1980): Início da redução da mortalidade e elevação da expectativa de vida; A taxa de fecundidade continua elevada, o que favorece o crescimento da população; Terceiro estágio (1980 - 2000): Redução da mortalidade se intensifica junto a redução da natalidade; Aumento de pessoas idosas; Diminuição da taxa de crescimento populacional; Quarto estágio (2000 - atualmente): Estabilização do crescimento populacional; Em 2000, a fecundidade foi de 2,4 filhos por mulher e, em 2006, de 2,0 filhos por mulher, valor inferior ao nível de reposição, que é de 2,1 filhos por mulher. CONSEQUEÊNCIAS DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Envelhecimento da população; Na primeira fase a taxa de mortalidade cai, o que acarreta crescimento população porém na terceira fase, ocorre diminuição da taxa de natalidade. O que faz com que a renovação populacional não ocorra, aumentando a porcentagem de pessoas idosas; No Brasil o aumento da população geriátrica vem se processando em meio a pobreza e a desigualdade social. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Consiste em mudanças em como uma população se alimenta; A transição nutricional no brasil ocorreu da seguinte forma: 1970: surtos epidêmicos de fome, geográfico e socialmente localizados, ocorrendo formas graves de Desnutrição Energética Proteica (DEP); 1980: deficiência global de nutrientes em todo país; 1990: manutenção de DEP (norte e nordeste), acrescido de obesidade, debate e dislipidemias; Transição nutricional: O século XX foi marcado por mudanças nos padrões nutricionais; Surgimento de uma dieta rica em gorduras (principal de origem animal), açúcares e alimentos processado a reduzidos a carboidratos, menos grão e cereais e frutas; É uma dieta desequilibrada, com predomínio de alimentos calóricos e de fácil acesso; O predomínio dessa dieta tem contribuído, juntamente com o declínio progressivo de atividade física, para o aumento da obesidade; Ela também tem trazido doenças como câncer, doenças cardiovasculares e prevalência de obesidade nos estratos de renda e escolaridade mais baixos; Mudanças no padrão de consumo: Aumento no consumo de gorduras, carnes e açúcares; Diminuição no consumo de cereais, frutas e vegetais; Fatores que contribuíram para a mudança na alimentação: Mudanças nas relações familiares: mulher assume papel na sociedade como força de trabalho, se tornando chefe de família; Ausência na preparação de alimentos no lar: perda de identidade cultural; Modificação dos espaços físicos para o compartilhamento das refeições e as práticas para o preparo das refeições, o que ocasionou individualização do ritual alimentar; Consumo crescente de alimentos prontos, industrializados ou pré-preparados; Estilo de vida majoritariamente sedentário. É a transição das doenças que caracterizam o perfil epidemiológico de um país, cidade ou região; Períodos da transição epidemiológica: Período das pragas e da fome: níveis de mortalidade e fertilidade elevados, predomínio das doenças infecciosas e parasitárias, desnutrição, problemas de saúde reprodutiva; Período do desaparecimento das pandemias; Período das doenças degenerativas e das doenças provocadas pelo homem; Período do declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares, envelhecimento populacional, modificações no estilo de vida, doenças emergentes e surgimento de doenças; Período da longevidade paradoxal, emergência de doenças enigmáticas e capacitação tecnológica para a sobrevivência do inapto. a. b. c. d. e. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL Ocorreu sobreposição de modelos, fazendo com que ela tenha ocorrido de maneira distinta de outros países; Reaparecimento de doenças seculares (dengue, febre amarela, leishmaniose, tuberculose, hanseníase, dentre outras); Houve aumento expressivo de causas externas, como a violência urbana ou violência no trânsito; Aumento na prevalência das doenças cardiovasculares; No país, a transição demográfica ocorreu de uma forma muito mais acelerada do que a transição epidemiológica; A desigualdade no acesso à saúde também tem um papel importante, tanto sendo causa quanto sendo causada pelo padrão epidemiológico do território brasileiro.
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