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Caso Clínico do dia Marta, uma garçonete de 24 anos é encaminhada com urgência pelo oftalmologista para avaliação neurológica ambulatorial. Ela estava tendo cefaleias nos últimos meses e pensou que poderia ser por problemas visuais, tendo então procurado um oftalmologista. O profissional, após ter visto seu fundo de olho, à encaminhou para avaliação neurológica com urgência. Quais são os achados-chave da história? A maioria das cefaleias pode ser diagnosticada com base na história, portanto é essencial ter uma abordagem cuidadosa e metódica. O médico deve ser capaz de distinguir as cefaleias secundárias (cefaleias que resultam de uma doença cerebral ou sistêmica subjacente) das cefaleias primárias (sem uma doença cerebral subjacente – enxaqueca, tipo tensão, cefaleia em salvas). 1. Qual a duração das cefaleias e com que frequência elas ocorrem? 2. Qual a localização e as características das cefaleias. - Uni ou bilateral? - Latejante, em aperto, em facada? 3. Há fatores de piora das cefaleias? - Tosse, Valsalva, espirro? - Deitar ou ficar em pé? - Movimento dos olhos? 4. Há qualquer sintomas associado? - náuseas, vômitos - obscurecimento visual transitório - borramento visual, diplopia, perda visual - zumbido, perda auditiva - fotofobia, fonofobia, osmofobia - ptose, olho vermelho, lacrimejamento ou coriza ipsilaterais - convulsões - alterações da personalidade - fraqueza motora ou perda sensitiva focal 5. Há sintomas sistêmicos, particularmente sintomas de alarme que podem sugerir uma malignidade? 6. Foi iniciado algum medicamento recentemente? Ela desenvolveu as cefaleias aproximadamente 3 meses antes e foi piorando neste período. Não havia história prévia de cefaleias. Elas estavam presentes diariamente, localizadas na região frontal e atrás dos olhos, sendo piores pela manhã. No momento em que ela levantava e tomava banho a dor ficava mais leve. Ela se sentia nauseada com as cefaleias e vomitou em uma ou duas ocasiões. Ela notou que a cefaleia piorava quando se inclinava para frente. Ela também teve problemas com a visão, com episódios de escurecimento visual repentino durante poucos segundos (obscurecimentos visuais transitórios). Um zumbido que acompanha os batimentos cardíacos também vem lhe incomodando bastante. Algumas vezes ela notou diplopia, particularmente quando olhando para os lados. Cerca de 6 meses antes, ela tinha quebrado o tornozelo jogando voleibol, e desde então ganhou cerca de 13 kg de peso. Ela não tomava nenhuma medicação. Bandeiras Vermelhas (Red Flags) do Caso Há várias características desse caso que chamam atenção para uma possível causa secundária, neste caso hipertensão intracraniana: 1. Piora pela manhã e melhora durante o dia. 2. Piora com inclinação do tronco para frente. 3. Associada com náuseas e vômitos (isso também ocorre na enxaqueca). 4. Obscurecimentos visuais transitórios. 5. Visão dupla. 6. Zumbido pulsátil. Quais são os achados-chave do exame físico? Em pacientes com suspeita de hipertensão intracraniana (HIC), o exame físico deve incluir os seguintes aspectos: 1. Nível de consciência 2. Pulso e pressão arterial (HIC pode causar hipertensão e bradicardia – resposta de Cushing). 3. Exame físico geral para identificar malignidade primária 4. Exame do campo visual para procurar déficits periféricos que possam identificar uma lesão intracerebral ou aumento do ponto cego que pode ocorrer na HIC). 5. Movimentos oculares extrínsecos para identificar paralisia do sexto par que pode ser um sinal de falsa localização refletindo HIC (o sexto par craniano tem um longo trajeto intracraniano, sendo susceptível a compressão ao longo de sua via). 6. Fundoscopia procurando por papiledema ou perda do pulso venoso, outro quadro de HIC. 7. Documentar a acuidade visual e a visão de cores. 8. Exame neurológico geral procurando por sinais focais que possam ajudar a localizar uma possível lesão estrutural. Marta estava obesa com IMC de 32. Sua frequência cardíaca foi de 70 bpm e sua PA estava 130/90 mmHg. Ela estava completamente alerta e orientada. No exame dos nervos cranianos, ela tinha diplopia horizontal na mirada lateral bilateralmente, com abdução incompleta de ambos os olhos. A fundoscopia mostrou papiledema bilateral com perda do pulso venoso retiniano. Não havia outras anormalidades no exame neurológico. Papiledema bilateral na paciente do caso clínico Qual o diagnóstico diferencial desta paciente? O exame neurológico mostra evidencia de paralisia de VI par bilateral, aumento do ponto cego fisiológico e papiledema bilateral, todos sugestivos de aumento da pressão intracraniana. Entretanto, não há sinais ou sintomas que sugiram uma lesão focal, como fraqueza localizada, perda sensitiva ou ataxia, além de não haver história de crises convulsivas (que são relativamente comuns com lesões cerebrais estruturais). Não há sinais ou sintomas sistêmicos que apontem para uma malignidade. HIC pode ser primária (também chamada hipertensão intracraniana idiopática) ou secundária a uma variedade de causas como tumores cerebrais, hematomas cerebrais, trombose venosa cerebral, hidrocefalia ou meningite. Em qualquer caso, os pacientes necessitam neuroimagem de urgência para excluir uma lesão em massa ocupando espaço. Idealmente a neuroimagem deve ser uma ressonância magnética com venografia, para examinar os seios venosos cerebrais para descartar trombose venosa cerebral, o principal diagnóstico diferencial da hipertensão intracraniana idiopática. Se esse exame não estiver disponível na emergência, uma TC com contraste deve ser feita inicialmente. Se esses exames forem normais, uma punção lombar deve ser realizada para excluir meningites e medir a pressão de abertura liquórica. Nunca a punção lombar deve ser realizada antes da neuroimagem em pacientes com suspeita de hipertensão intracraniana, pois se houver uma lesão ocupando espaço, pode haver risco de herniação cerebral através do tentório ou do forame magno, com compressão de estruturas vitais e consequente coma ou morte. A tomografia com contraste foi normal e a ressonância magnética com venografia mostrou sela vazia e estenose do seio transverso esquerdo, sem evidências de trombose venosa cerebral. Uma punção lombar foi realizada e mostrou pressão de abertura de 35 cmH2O (normal de 8-20), uma contagem de leucócitos normais e proteínas e glicose normais. Após a punção lombar, ela relatou que suas cefaleias ficaram mais leves. Esses resultados excluíram causas secundárias de HIC como lesões ocupando espaço ou trombose venosa cerebral e meningites crônicas e confirmaram o diagnóstico de hipertensão intracraniana idiopática. O que é hipertensão intracraniana idiopática? Previamente chamada de síndrome do pseudotumor cerebral ou hipertensão intracraniana benigna, esses termos foram abandonados, pois pseudotumor dá uma conotação de câncer ao paciente e benigna dá uma falsa noção de ausência de complicações. É um transtorno associado com hipertensão intracraniana, sem evidência de lesões expansivas (tumores, hemorragias), bloqueio do sistema ventricular (hidrocefalia obstrutiva), bloqueio da absorção do líquor (hidrocefalia comunicante causada por hemorragia subaracnoide ou meningites), obstrução da saída de sangue venoso cerebral (trombose venosa cerebral), edema cerebral difuso (TCE) ou aumento da secreção liquórica (tumores do plexo coroide). Como é um diagnóstico de exclusão, outras etiologias de hipertensão intracraniana devem ser descartadas antes de se fechar o diagnóstico de hipertensão intracraniana idiopática. Qual a epidemiologia da hipertensão intracraniana idiopática? É uma doença que acomete preferencialmente mulheres jovens (< 45 anos) e obesas, embora possa afetar ambos os sexos em qualquer faixa etária e indivíduos não obesos. A incidência anual para a população geral é de2/100.000 hab, mas nas mulheres entre 14 e 44 anos a incidência sobe para 22/100.000 hab. A hipertensão intracraniana idiopática também pode ocorrer, embora muito menos frequentemente, em homens, crianças e idosos. Qual é a causa da hipertensão intracraniana idiopática? A causa não é conhecida. Uma teoria é de que há uma obstrução do fluxo liquórico, tanto nas vilosidades aracnóides como nos seios venosos durais (estenoses). Tendo em vista o aumento significativo dos casos em mulheres obesas, os hormônios sexuais (andrógenos) e o tecido adiposo podem ter algum papel na fisiopatologia. Em algumas ocasiões, a hipertensão intracraniana idiopática pode ser secundária à anemia, apneia obstrutiva do sono, endocrinopatias (hipotireoidismo, síndrome de Cushing ou doença de Addison) e medicamentos (tetraciclina, minociclina, doxiciclina, corticosteroides, nitrofurantoína, tamoxifeno, sulfonamidas, ciclosporina, levofloxacino, lítio, medroxiprogesterona, vitamina A e isotretinoína). Nesses casos, o termo idiopática é inapropriado, sendo proposto o uso de hipertensão intracraniana secundária. Como se manifesta a doença? A cefaleia holocraniana é a manifestação mais comum (85% dos pacientes), com caráter pulsátil, fotofobia, fonofobia, náuseas e vômitos. Há piora da cefaleia pela manhã e com manobras que elevam a pressão intracraniana (ex. manobra de Valsalva), além de piorar com a posição deitada e melhorar com a ortostase. Zumbido pulsátil pode acompanhar os sintomas em 60% dos pacientes, sendo um sinal característico como pista diagnóstica. Ele pode ser uni ou bilateral, intermitente ou contínuo. Nem todos os pacientes o relatam espontaneamente, sendo importante que o médico pergunte se o paciente está tendo essa experiência. Desde que ele pode frequentemente ser diminuído pela compressão da veia jugular ipsilateral, e frequentemente se resolve após a colocação de stent no seio transverso estenosado, acredita-se que provavelmente se origine do fluxo venoso turbulento através da estenose do seio transverso. Alguns pacientes com hipertensão intracraniana podem ter paralisia do VI par (nervo abducente), uni ou bilateralmente, com diplopia e oftalmoplegia. Isso ocorre porque o trajeto intracraniano desse nervo é longo, podendo ser comprimido devido ao aumento da pressão intracraniana. Pacientes ocasionais podem ter paralisia do VII par na apresentação, embora isso não seja comum e sempre deve motivar a pesquisa por causas alternativas. Complicações visuais são frequentes (> 70% dos pacientes) e temidas, principalmente obscurecimentos visuais transitórios, que são descritos como perda parcial ou total da visão, uni ou bilateralmente, durando segundos, geralmente quando o paciente está em pé. Podem ocorrer muitas vezes ao dia. O papiledema (edema do disco óptico secundário à hipertensão intracraniana) é o sinal mais comum e importante da hipertensão intracraniana. Ele geralmente é bilateral e simétrico, embora possa ser assimétrico em alguns pacientes. A ameaça à visão é correlacionada com a gravidade do papiledema. Portanto, uma forma de classificar a severidade do papiledema é importante para ajudar na escolha da agressividade do tratamento, a fim de se salvar a visão. A figura abaixo mostra os diferentes graus de severidade do papiledema, segundo classificação modificada de Frisén. Fundo de olho mostrando papila normal (0), papiledema grau 1 caracterizado por halo em forma de C, com preservação da margem temporal do disco óptico (I), papiledema grau 2 caracterizado por halo circunferencial (II), papiledema grau 3 caracterizado pelo desaparecimento de pelo menos um segmento de um vaso principal deixando o nervo óptico (III), papiledema grau 4 caracterizado por desaparecimento total de um segmento de um vaso sanguíneo principal no disco óptico (IV) e papiledema grau 5 caracterizado pelo desaparecimento total de todos os vasos sanguíneos do disco óptico. Quando o papiledema é recente, geralmente não causa diminuição da acuidade visual e não altera a visão de cores. Entretanto, pode aumentar a mancha cega fisiológica. As alterações visuais geralmente são graduais, mas podem ser abruptas em casos fulminantes. Acredita-se que ela ocorra devido à estase axoplasmática e isquemia do nervo óptico, decorrentes do aumento da PIC. Hemorragias peripapilares comumente ocorrem em associação com papiledema e se correlacionam com a gravidade do mesmo. Hemorragias subrretinianas também podem ocorrer junto com o papiledema, e como elas também podem ocorrer no pseudopapiledema, não servem para diferenciar um do outro. distinguished from optic disc drusen, which are larger yellow refractile bodies arising from the substance of the optic disc. If untreated, papilledema can result in progressive and irreversible vision loss with optic atrophy.17,19 Since the vision loss is typically slow and insidious, it may not be appreciated by the patient. However, it can be rapidly progressive in patients with a fulminant presentation, resulting in early and sometimes irreversible central vision loss.35 Visual field defects are often difficult to exclude with confrontation visual field testing. Consequently, formal perimetry (visual field testing) is mandatory in the evaluation and monitoring of patients with IIH.17,19 Automated perimetry (eg, Humphrey visual field testing using the 24-2 or 30-2 SITA [Swedish Interactive Threshold Algorithm]-standard protocols) is usually adequate for patients who haveminimal tomoderate visual field loss. Automated perimetry is quantitative and compares the patient’s responses to those of age-matched controls. The sensitivities at each test location are expressed in decibels. The total deviation plot shows the difference (in decibels) between the patient’s sensitivities and those of age-matched controls at each test location, whereas the pattern deviation plot shows the patient’s sensitivities adjusted for generalized depression of the entire visual field (eg, due to refractive error or media opacities, such as cataract). The mean deviation is a measure (in decibels) of the FIGURE 5-1 Appearance of papilledema of increasing severity, graded using the modified Frisén scale, from grade 0 (no papilledema) through to grade V (severe papilledema). The major features of each grade are described in the text. CONTINUUMJOURNAL.COM 1293 Copyright © American Academy of Neurology. Unauthorized reproduction of this article is prohibited. Hemorragias peripapilares ocorrendo em associação com papiledema (A) e hemorragias subretinianas (B). Até 25% dos pacientes com hipertensão intracraniana idiopática são assintomáticos, com seu papiledema sendo descoberto durante o exame ocular de rotina. Outras etiologias de edema do disco óptico ou que a mimetizam (drusas de papila) devem ser consideradas no diagnóstico diferencial. A diferenciação entre papiledema e pseudopapiledema pode ser desafiadora. O quadro abaixo mostra os principais aspectos diferenciais entre eles: Quadro clínico Papiledema Pseudopapiledema Obscurecimento visual transitório Sim Às vezes Defeitos de campo visual Sim Ãs vezes Pulso venoso espontâneo Não Sim Alteração da aparência do disco óptico Sim Não Desaparecimento dos vasos da papila Sim Não Ramificação vascular anômalo Não Às vezes Hemorragia perirretiniana Sim Não Escavação fisiológica preservada Sim Não Sintomas de hipertensão intracraniana Frequentemente Não Nos casos difíceis, a opinião de um neuro-oftalmologista é recomendada. Raros pacientes podem ter discos ópticos normais (sem papiledema), porém têm sintomas e achados radiológicos sugestivos de hipertensão intracraniana idiopática, além de pressão de abertura aumentada na punção lombar. Talvez o diagnóstico diferencial mais importante da hipertensão intracraniana idiopática em pacientes sem lesões em massa e com líquor normal, porém com pressão de abertura aumentada é a trombose venosacerebral. Abaixo listamos as principais “red flags” para a suspeita de trombose venosa cerebral nesse grupo de pacientes: - não obeso - gestação ou puerpério - apresentação aguda ou fulminante - história de trombofilia ou outras tromboses (ex. TVP, TEP) - história de doenças do tecido conjuntivo (LES, Behcet) - história de infecção recente em seios paranasais, mastoide ou ouvido average deviation of all test locations compared to age-matched controls. Patients with a normal visual field will usually have a mean deviation greater than –2 dB. Patients with mild papilledema (less than grade II) might have no visual field defects on automated perimetry (FIGURE 5-5A). An enlarged physiologic blind spot is the first visual field defect to develop, producing a slight decrease in mean deviation (FIGURE 5-5B). The enlarged blind spot is a refractive scotoma resulting from peripapillary hyperopia.36With increasing severity and duration of papilledema, arcuate visual field defects can develop, initially in the inferonasal portion of the visual field (FIGURE 5-5C).37 With more severe or FIGURE 5-2 Peripapillary hemorrhages occurring in association with papilledema include flame-shaped retinal nerve fiber layer hemorrhages (A) and subretinal hemorrhages (B). Occasionally, extensive subretinal hemorrhage may be seen secondary to peripapillary choroidal neovascularization (C). TABLE 5-2 Differentiation of Papilledema From Pseudopapilledemaa Clinical Feature Papilledema Pseudopapilledema Transient visual obscurations Yes Sometimes Visual field defects Yes Sometimes Spontaneous venous pulsations No Yes Changing optic disc appearance Yes No Obscuration of vessels Yes No Anomalous vascular branching No Sometimes Hemorrhages Yes (usually retinal nerve fiber layer, but occasionally subretinal) Occasionally (subretinal) Preserved physiologic cup Yes (until late) No Retinal folds Often No Leakage on fluorescein angiogram Yes (if moderate-severe) No Symptoms of increased intracranial pressure Often No a Modified with permission from Thurtell MJ, & Tomsak RL.1 © 2019 Oxford University Press. IDIOPATHIC INTRACRANIAL HYPERTENSION 1294 OCTOBER 2019 Copyright © American Academy of Neurology. Unauthorized reproduction of this article is prohibited. - história recente de trauma ou cirurgia de crânio ou pescoço Quais os exames complementares para a confirmação diagnóstica? A neuroimagem é o primeiro passo na avaliação de pacientes com pressão intracraniana aumentada. Muitas causas estruturais de HIC podem ser identificadas na RM com contraste. A angioressonância magnética com venografia também deve ser realizada para descartar trombose venosa cerebral. Algumas anormalidades podem ser vistas na RM de pacientes com hipertensão intracraniana idiopática, como achatamento da parede posterior da órbita, sela túrcia vazia, distensão da bainha do nervo óptico, captação de contraste nos discos ópticos, descenso das amigdalas cerebelares pelo forâmen magno (simulando malforção de Chiari) e estenose dos seios venosos cerebrais, principalmente dos seios transversos. RM em corte sagital em T1 mostrando sela túrcica vazia e leve descenso pelo forâmen magno das amígdalas cerebelares (A); imagem axial em T2 mostrando bainha do nervo óptico dilatada e tortuosa e achatamento da parede posterior do globo ocular (B); imagem axial em T1 pós- contraste mostrando captação dos discos ópticos na ponta das setas. Venografia por RM em visão lateral (A) e frontal (B) mostrando estenose bilateral do seio transverso em paciente com hipertensão intracraniana idiopática. is higher than in adults; less than 28 cmH2O is considered normal in children.51 The CSF opening pressure can be influenced by a number of factors, such as incorrect positioning of the patient or manometer during the opening pressure measurement and use of sedation during the procedure; in children who receive minimal or no sedation, less than 25 cm H2O is considered normal.51 The CSF constituents should be normal (ie, normal white cell count with normal protein and glucose concentrations) in patients with IIH. The presence of an increased white cell count or protein concentration should raise concern for another etiology of increased intracranial pressure. Ophthalmic Investigations Formal perimetry is mandatory for evaluation and monitoring of patients with IIH (as discussed earlier). Other investigations, such as fundus autofluorescence and ultrasonography, can be helpful in the evaluation of suspected pseudopapilledema. OCT may have a role in quantifying the severity of papilledema (FIGURE 5-9); the retinal nerve fiber layer thickness correlates well with papilledema severity based on themodified Frisén scale, especially for lower grades of papilledema.29 However, OCT measures of retinal nerve fiber layer thickness must be interpreted with caution, since combined retinal nerve fiber layer edema and atrophy might give a retinal nerve fiber layer thickness that appears to be close to normal despite significant visual field loss from optic nerve damage. In such cases, OCTmight show thinning of the retinal ganglion cell and inner plexiform layer complex (containing the cell bodies for retinal nerve fibers), which correlates well with the severity of vision loss secondary to optic nerve damage.20 Finally, high-resolution raster scans obtained through the optic FIGURE 5-7 MRI findings suggesting increased intracranial pressure. A, Sagittal T1-weighted MRI showing an empty sella turcica with mild inferior cerebellar tonsillar descent. B, Axial T2-weighted MRI showing dilated and tortuous optic nerve sheaths with posterior globe flattening. C, Axial T1-weighted postcontrast MRI showing enhancing optic discs (arrowheads). IDIOPATHIC INTRACRANIAL HYPERTENSION 1300 OCTOBER 2019 Copyright © American Academy of Neurology. Unauthorized reproduction of this article is prohibited. nerve head using OCT can demonstrate biomechanical changes that correlate well with increased intracranial pressure; an inward deflection of the peripapillary retinal pigment epithelium and Bruch membrane complex toward the vitreous of the eye (FIGURE 5-10) appears to reverse with a decrease in intracranial pressure.52,53 DIFFERENTIAL DIAGNOSIS Several etiologies of increased intracranial pressure can mimic IIH and, therefore, must be specifically considered. Several medications are associated with a clinical syndrome that mimics IIH, although they might also precipitate or worsen preexisting IIH. These medications include the tetracycline antibiotics (eg, minocycline), retinoids (eg, vitamin A derivatives and all-trans retinoic acid), and lithium. Corticosteroid withdrawal has also been reported to cause rebound intracranial hypertension. Thus, a thorough review of medication use is mandatory in the evaluation of a patient with suspected IIH (CASE 5-2). Cerebral venous hypertension due to cerebral venous sinus thrombosis, extrinsic venous sinus compression (eg, by a meningioma), or arterialization of the sinus by a dural arteriovenous fistula can cause a clinical syndrome that mimics IIH.44,54,55 Features suggesting cerebral venous sinus thrombosis are listed in TABLE 5-3.When cerebral venous sinus thrombosis is suspected,MRV of the head with contrast should be obtained (CASE 5-1). MANAGEMENT The two main goals of treatment are to preserve visual function and alleviate symptoms. Many treatment approaches have been proposed for IIH, including lifestyle interventions (weight loss), medical therapies, and surgical interventions. FIGURE 5-8 Lateral (A) and frontal (B) reconstructions of magnetic resonance venography (MRV) of the head with contrast demonstrating bilateral transverse venous sinus stenoses (arrowheads). KEY POINTS ● Retinal nerve fiber layer thickness from optical coherence tomography correlates with papilledema severity. However, retinal nerve fiber layer thickness measurements must be interpreted with caution in patients who could havecombined optic disc edema and atrophy. ● Raster scans obtained through the optic nerve head with optical coherence tomography may show biomechanical changes that correlate with increased intracranial pressure and might be useful for monitoring response to treatment. ● Several medications (eg, tetracycline antibiotics, retinoids, and lithium) and cerebral venous outflow obstruction (eg, due to cerebral venous sinus thrombosis) can cause a clinical syndrome that mimics idiopathic intracranial hypertension. CONTINUUMJOURNAL.COM 1301 Copyright © American Academy of Neurology. Unauthorized reproduction of this article is prohibited. Após uma lesão em massa ou uma trombose venosa cerebral serem descartadas, a punção lombar é mandatória, para descartar meningites crônicas (infecciosas, inflamatórias ou neoplásicas) e para medir a pressão de abertura do líquor. Idealmente, a punção lombar deve ser feita com o paciente em decúbito lateral esquerdo e, no momento da medida da pressão de abertura, a perna deve ser estendida, a cabeça em posição neutra e com o paciente respirando normalmente. A pressão de abertura normal fica entre 10 e 20 cmH2O. A pressão intracraniana é considerada elevada quando maior ou igual a 25 cmH2O em adultos e 28 cmH2O em crianças. A rotina do líquor também deve ser normal. O aumento de leucócitos ou de proteína deve levantar a possibilidade de um diagnóstico alternativo, como meningite infecciosa ou neoplásica. Como defeitos sutis de campo visual são difíceis de excluir com o exame clínico de confrontação, a campimetria computadorizada é mandatória na avaliação e acompanhamento de pacientes com hipertensão intracraniana idiopática. A campimetria computadorizada é quantitativa e compara as respostas do paciente com a população de controle da mesma idade. Os valores de cada local do campo visual são expressos em (dB). Os valores apontados mostram a diferença em dB entre o paciente estudado e os controles para a idade e também corrigem para defeitos visuais do próprio paciente, como erros de refração ou catarata. Pacientes com campo visual normal geralmente terão um desvio médio maior que – 2 dB. O aumento do ponto cego fisiológico é o primeiro defeito perceptível na hipertensão intracraniana, mas com o aumento do gravidade e duração do papiledema, se desenvolvem defeitos arqueados do campo visual, geralmente na porção ínfero-nasal do campo visual. Campimetria computadorizada normal em paciente com papiledema leve (A), porém com o aumento progressivo da hipertensão intracraniana, ocorre aumento do ponto cego fisiológico (B), déficit de campo visual arqueado (C) e perda generalizada da visão com preservação da visão central (D). FIGURE 5-5 Formal perimetry, obtained using the Humphrey 24-2 SITA-standard protocol in these examples, is mandatory in the evaluation and monitoring of patients with idiopathic intracranial hypertension. Patients with mild papilledema can have a normal visual field (A). However, with increasing severity and duration of papilledema, patients will develop an enlarged physiologic blind spot (B), arcuate visual field defects (C), and ultimately generalized constriction with sparing of central vision. Patients who struggle with perimetry testing (eg, difficulty concentrating or staying awake during the test) often have a cloverleaf pattern of constriction on automated perimetry (D). IDIOPATHIC INTRACRANIAL HYPERTENSION 1296 OCTOBER 2019 Copyright © American Academy of Neurology. Unauthorized reproduction of this article is prohibited. Na suspeita de pseudopapiledema, como por exemplo drusas de papila, a realização de outros exames, como ultrassonografia ocular, tomografia de coerência óptica e angiofluoresceinografia podem ser realizados. Quais os critérios diagnósticos de hipertensão intracraniana idiopática? Os critérios diagnósticos de Dandy modificados são os mais utilizados: 1. Sinais ou sintomas de aumento da pressão intracraniana em um paciente alerta e orientado. 2. Ausência de anormalidades focais no exame neurológico, exceto pela possibilidade de paralisia do VI par e, menos frequentemente do VII par. 3. PIC elevada, documentada pela presença de papiledema e pela pressão de abertura aumentada na punção lombar. 4. Líquor de rotina normal. 5. Neuroimagem descartou hidrocefalia, massas intracranianas ou trombose venosa cerebral. Alguns pacientes podem ter hipertensão intracraniana idiopática sem a presença de papiledema. Nesses casos é necessário que a pressão de abertura seja elevada e haja paresia do VI par craniano associada. Alternativamente, pode não haver paresia do VI par, mas pelo menos 3 dos quatro sinais sugestivos da doença na RM devem estar presentes (sela vazia, achatamento da parede posterior da órbita, distensão da bainha do nervo óptico e estenose do seio transverso). Se não há papiledema nem paresia do VI par, mas a pressão de abertura está elevada associada com as anormalidades radiológicas, o diagnóstico de hipertensão intracraniana idiopática é considerado provável. Como a hipertensão intracraniana deve ser tratada nestes casos? A hipertensão intracraniana idiopática foi previamente conhecida como hipertensão intracraniana benigna, porque não é causada por um tumor cerebral (isto é, não é causada por uma doença maligna). Entretanto, isso pode levar frequentemente a algum grau de complacência com o tratamento, algumas vezes resultando em perda visual irreversível. Os objetivos do tratamento são tratar os sintomas de elevação da PIC e preservar a função visual. Há várias estratégias potenciais de tratamento, embora não haja evidência de alta qualidade para apoiá-las. Elas incluem: 1. Perda de peso (10% do peso corporal) por mudanças do estilo de vida. 2. Uso de analgésicos e anti-eméticos 3. Uso de acetazolamida, topiramato ou diuréticos de alça 4. Quando há deterioração visual, uso de corticosteroides endovenosos 5. Punção lombar de repetição para diminuir a pressão intracraniana. 6. Procedimentos cirúrgicos: shunt lomboperitoneal, shunt ventriculoperitoneal, fenestração da bainha do nervo óptico e tratamento endovascular com colocação de stents nos seios venosos ocluídos. Pacientes sem perda visual ou com perda visual mínima (campimetria computadorizada com desvio médio > - 3 dB) podem frequentemente ser tratados clinicamente, com recomendação de perda de peso (dieta de baixa caloria e com restrição de sódio, associada com atividade física). Pacientes com perda visual leve (desvio médio > -3 dB a – 7dB) podem ser manejados com perda de peso associada com tratamento medicamentoso. Pacientes com perda visual moderada (desvio médio > - 7 dB a – 15 dB) podem ser tratados com perda de peso associada com tratamento médico agressivo, embora intervenção cirúrgica possa ser considerada, dependendo da resposta clínica. Pacientes com perda visual grave (desvio médio > -15 dB) frequentemente requerem uma combinação de perda de peso, tratamento médico agressivo e intervenção cirúrgica ou endovascular, embora o momento da indicação cirúrgica e qual procedimento escolher, ainda são fontes de controvérsia na literatura. A acetazolamida geralmente é a droga de escolha inicial para o tratamento da hipertensão intracraniana idiopática. É um inibidor da anidrase carbônica, que atua diminuindo a produção de líquor. É capaz de controlar os sintomas na metade dos pacientes, prevenindo recaídas se continuado cronicamente. A maioria dos pacientes respondem a doses de 1 a 2 g ao dia, mas doses mais altas, até 4 gramas ao dia, podem ser necessárias. Em doses altas apresenta muitos efeitos indesejáveis que dificultam a aderência ao tratamento. Parestesias periorais e de extremidades, disgeusia, náuseas, vômitos, diarreia e formação de cálculos urinários são os efeitos adversos mais comuns. Os principais fatores de alarme para que esse tratamento possa não ter benefício são sexo masculino, papiledema de alto grau (3-5), diminuiçãoda acuidade visual antes do início do tratamento e hemorragia retiniana peripapilar. Nesses pacientes, deve-se considerar tratamentos mais agressivos mais precocemente. Pacientes que não toleram a acetazolamida podem tentar o uso de furosemida 20 mg 12/12 h, aumentando a dose até 40 mg 12/12 h. Monitorização e reposição de potássio são necessários quando se utiliza a furosemida. Outra opção é o uso de topiramato, que também inibe a anidrase carbônica, em doses entre 50 e 200 mg ao dia. Acredita-se que tenha eficácia semelhante à da acetazolamida, além de ajudar no controle do peso corporal. O topiramato parece ser melhor tolerado que a acetazolamida, embora efeitos colaterais comuns como parestesias e lentificação cognitiva sejam relatados. O topiramato também está associado com litíase urinária e pode, em casos raros, causar glaucoma de ângulo estreito. Nos casos fulminantes (início agudo dos sinais e sintomas, perda visual em menos de 4 semanas do início dos sintomas, rápida piora da perda visual durante alguns dias), o uso de pulso de metilprednisolona na dose de 1 g EV ao dia por 5 dias pode ser tentado, enquanto se aguarda o tratamento cirúrgico definitivo para salvar a visão. Não se usa mais corticosteroides orais para o tratamento da HII, principalmente pelos seus efeitos adversos como ganho de peso (indesejado nesse grupo de pacientes) e a possibilidade de rebote da HIC durante a sua retirada. O tratamento cirúrgico deve ser considerado para os pacientes com perda rápida da visão (apresentação fulminante) ou com cefaleia refratária ao tratamento anteriormente citado. Há duas alternativas possíveis, as derivações liquóricas (ventriculoperitoneal ou lomboperitoneal) e a fenestração da bainha do nervo óptico. As derivações liquóricas reduzem rapidamente a pressão intracraniana e não trazem riscos diretos à visão. Já a fenestração da bainha do nervo óptico é bem menos invasiva e trata diretamente o papiledema, aliviando a pressão sobre os nervos ópticos, entretanto, oferece menos alívio da cefaleia. Infelizmente não existem estudos comparativos entre os procedimentos. As derivações liquóricas são eficazes, porém metade dos pacientes necessitam revisões do sistema, por falha da válvula, por migração do dreno, por obstrução do sistema, por infecções ou por cefaleia de hipotensão intracraniana. A derivação ventriculoperitoneal é preferida em relação à derivação lomboperitoneal devido à menor taxa de complicações. A colocação de válvulas de pressão ajustável permite que o fluxo de líquor seja ajustado de acordo com os sinais e sintomas. Elas melhoram os sintomas visuais em 50% dos pacientes e a cefaleia melhora inicialmente, mas tem recorrência em quase 50% dos casos nos primeiros 2 anos. A fenestração da bainha do nervo óptico é a intervenção mais utilizada quando a visão está sob risco. Ela melhora ou estabiliza a visão em 70 a 90% dos pacientes, mas não reduz a PIC, com a cefaleia melhorando em apenas 30% dos pacientes. Em alguns pacientes, a fenestração unilateral melhora o papiledema e a função visual do outro olho, mas a maioria dos pacientes vai necessitar o procedimento contralateral na sequência. As principais complicações incluem oftalmoplegias temporárias com diplopia, disfunção pupilar (pupila tônica devido à lesão do gânglio ciliar ou das fibras pós-ganglionares parassimpáticas), perda da visão por oclusão da artéria central da retina ou de seus ramos, trauma do nervo óptico ou hematoma compressivo do nervo. Complicações que levam à limitação da acuidade visual ocorrem em menos de 1% dos casos. Uma abordagem mais recente para o tratamento da HII é a colocação de stents nos seios transversos estenosados, principalmente se o gradiente de pressão da estenose (antes e após a estenose) for > 8 mmHg. O procedimento alivia a hipertensão intracraniana, mas os resultados de longo prazo ainda são desconhecidos. Melhora da cefaleia ocorre em 88% dos casos, melhora da visão em 87% e melhora do papiledema em 97% dos pacientes. Parece ser o procedimento mais completo, pois é capaz de aliviar a cefaleia, os zumbidos e as alterações visuais em elevada percentagem de pacientes. Além disso, são menos invasivas que as derivações liquóricas e a fenestração da bainha do nervo óptico. Complicações são raras e incluem hematomas subdurais, sangramento, trombose do stent, infecções do ponto de entrada do cateter na virilha e ruptura de vasos. Entretanto, devido à falta de estudos randomizados, a colocação de stents no seio transverso deve ser reservada para pacientes com estenose confirmada por angiografia e quando seja demonstrado um gradiente de pressão através da estenose e cujos sintomas sejam incapacitantes para justificar o procedimento. O prognóstico da HII não fulminante é variável. Como a doença é crônica e sujeita a recorrências, necessita acompanhamento de longo prazo. Alguns pacientes melhoram sustentadamente, outros têm recaídas após períodos de melhora e outros são refratários ao tratamento. A incapacidade de perder peso é um fator de mal prognóstico. Nos casos fulminantes, com perda visual significativa, o tratamento ajuda a melhorar a cefaleia e o zumbido, entretanto a perda visual permanece incapacitante na maioria dos casos, apesar do tratamento. Como a obesidade é um dos principais fatores de risco para a HII, o tratamento cirúrgico da obesidade é uma alternativa, principalmente nos casos refratários ao tratamento discutido acima. Uma revisão sistemática de 17 estudos mostrou que houve melhora sintomática em 92% dos pacientes, com diminuição significativa da pressão intracraniana. Uma limitação dessa intervenção é a elevada taxa de complicações, em comparação com as abordagens tradicionais. Marta foi tratada com acetazolamida 1 grama 12/12 h e foi encaminhada para a nutricionista para perda de peso, além de recomendada atividade física. Ela achou a punção lombar tão desconfortável que recusou novos procedimentos. Ela conseguiu perder 13 Kg e suas cefaleias melhoraram, com manutenção da função visual. Após 6 meses de tratamento ela foi capaz de parar o diurético e manteve a modificação do estilo de vida. O que é trombose venosa cerebral? A trombose venosa cerebral é uma causa importante de AVC em adultos jovens, causado por oclusão trombótica parcial ou total de um dos principais seios venosos da dura máter, ou de pequenas veias corticais que se dirigem para os seios venosos. É uma doença de difícil diagnóstico precoce, pois nas fases iniciais os sintomas são semelhantes a outras condições neurológicas comuns, e os exames neuroradiológicos sem contraste podem ser normais. Entretanto, o diagnóstico precoce é fundamental para que o prognóstico seja favorável. A trombose venosa cerebral é três vezes mais comum em mulheres do que em homens, provavelmente devido à sua íntima relação com gestação, puerpério e uso de anticoncepcionais contendo estrógenos. Qual a fisiopatologia da trombose venosa cerebral? O sangue venoso do cérebro drena através de pequenas veias cerebrais para veias maiores do sistema venoso profundo (como as veias cerebrais internas, as veias basais de Rosenthal, a veia de Trolard, a veia de Labbé e a veia de Galeno) que então desembocam nos grandes seios durais (seios sagital superior, seio sagital inferior, seio reto, seio transverso, seio sigmoide), que por sua vez, drenam para as veias jugulares internas Alterações da estase sanguínea, anormalidades da parede dos vasos e distúrbios da composição sanguínea (conhecidos como tríade de Virchow) levam a uma alteração do balanço entre fatores pró-trombóticos e fibrinolíticos, predispondo à trombose venosa progressiva. tissue injury), typically in association with superior sagittal sinus obstruction. These pathophysiological changes can cause the typi- cal focal neurological symptoms and signs of CVT, which depend on the territory of the brain that has impairedvenous drainage, the acuity of the occlusion (sudden or gradual), the degree of collateralisation and the degree of associated tissue injury (see the section on ‘Clinical presentation’ and table 1). The slow growth of the thrombus and collateralisation of venous vessels probably accounts for the often gradual onset of symp- toms, frequently over days, weeks or even months. This review aims to provide general neurologists, stroke physicians, general physicians, emergency phy- sicians and neurosurgeons with advice on diagnosis and treatment of patients with CVT. Our management sug- gestions are in part based on guidelines from the American Heart Association and American Stroke Association11 and the more recent European Stroke Organization and European Academy of Neurology (ESO-EAN) guidelines.13However, where data are lim- ited, we have offered suggestions based on expert opi- nion or clinical experience. SEARCH STRATEGY AND SELECTION CRITERIA We searched PubMed, Medline and Cochrane Library, from 1995 to May 2020 using the search (((sinus*[TI] AND thrombosis[TI]) OR (thrombosis[TI] AND cere- bral [TI] AND (venous[TI] OR vein*[TI] OR sinus* [TI])) OR (‘Sinus Thrombosis, Intracranial’[MESH]) OR (intracranial[TI] AND thrombosis[TI]))) and other relevant terms including ‘aetiology’, ‘pathogen- esis’, ‘risk factors’, ‘diagnosis’, ‘therapy’, ‘treatment’, ‘therapeutics’, ‘management’, ‘anticoagulant’, ‘endo- vascular’, ‘decompressive craniectomy’, ‘prognosis’. We limited the search to human studies and those pub- lished in English. This search was supplemented by reviewing additional references from included studies. RISK FACTORS Important risk factors for CVT (most likely first) are oestrogen-containing oral contraceptives, prothrombotic (hypercoagulable) conditions (genetic or acquired throm- bophilias), pregnancy and the puerperium, infections, malignancy,14 head injury (causing direct trauma to venous structures) and inflammatory diseases7 (table 2). The International Study on Cerebral Vein and Dural Sinus Thrombosis8 found that up to 85%of adult patients have at least one risk factor; the most commonwas use of oral contraceptives, followed by a prothrombotic condi- tion (more often genetic than acquired) (table 2). Table 1 Clinical manifestations of cerebral venous thrombosis according to occlusion site Occluded sinus/ vein Clinical presentation Transverse sinus (44–73%) If isolated without infarction: asymptomatic or headache Seizures Contralateral pyramidal symptoms and signs If left transverse sinus with venous infarction and vein of Labbé occlusion: aphasia If extending into the contiguous sinuses: intracranial hypertension, consciousness disturbance, focal cerebral signs and cranial nerve palsies (IX-XXI) If extending into the cerebellar veins: headache, vomiting, and limb or gait ataxia. Superior sagittal sinus (39–62%) Isolated intracranial hypertension Focal symptoms due to venous infarction (see below) Isolated psychiatric symptoms (rare) ► Headache ► Blurred vision ► Visual loss ► Nausea, vomiting ► Cranial nerve palsy (differential diagnosis of pseudotumor cerebri) ► Aphasia ► Hemianopia ► Hemisensory loss and/or hemiparesis ► Seizures Sigmoid sinus (40–47%) Pain in the mastoid region Combinations of VI-VII-VIII cranial nerve palsies Deep venous system (10.9%) Mental status disturbances—reduced arousal Diffuse encephalopathy or coma Motor deficits (bilateral or fluctuating alternating paresis) Cortical veins (3.7–17.1%) Focal neurological symptoms and signs according to location Seizures Cavernous sinus (1.3–1.7%) Headache, ocular pain, chemosis, proptosis, ocular nerve palsy (III, IV, VI and the ophthalmic division of V) Fever (when there is an infective cause) Figure 1 Time of-flight MR venogram of the normal major cerebral veins and venous sinuses. (Image courtesy of Assoc Prof Frank Gaillard, Radiopaedia.org, rID: 51 158). Ulivi L, et al. Pract Neurol 2020;20:356–367. doi:10.1136/practneurol-2019-002415 357 REVIEW on January 21, 2021 by guest. Protected by copyright. http://pn.bm j.com / Pract N eurol: first published as 10.1136/practneurol-2019-002415 on 21 Septem ber 2020. D ow nloaded from A obstrução das veias e seios venosos produz um aumento da pressão venosa e redução da perfusão capilar, produzindo um aumento do volume de sangue intracraniano. Embora inicialmente compensado pela dilatação das veias cerebrais e pelo recrutamento de colaterais, a persistência da pressão venosa elevada pode causar edema cerebral vasogênico (devido à quebra da barreira hemato-encefálica), com diminuição da pressão de perfusão cerebral e do fluxo sanguíneo cerebral, com consequente infarto tecidual e edema citotóxico. A trombose venosa cerebral também pode bloquear a absorção de líquor pelas vilosidades aracnoides da parede dos seios venosos, tipicamente do seio sagital superior, também levando a aumento da pressão intracraniana, com ou sem lesão tecidual. As alterações fisiopatológicas que causam os sintomas e sinais neurológicos focais da trombose venosa cerebral dependem do território do cérebro que tem sua drenagem venosa alterada, do tempo de evolução da oclusão (aguda ou gradual), do grau de circulação colateral e do grau de injúria tecidual associada. O crescimento lento do trombo e a presença de boa circulação colateral provavelmente são responsáveis pelo início gradual dos sintomas ao longo de dias, semanas, ou mesmo meses, em alguns casos. Quais são os fatores de risco para trombose venosa cerebral? Os principais fatores de risco para TVC são: - uso de contraceptivos orais contendo estrógenos (principal fator de risco). Particularmente problemático em mulheres obesas, tabagistas e mais velhas. - trombofilias (genéticas mais comuns que adquiridas) - gestação e puerpério - neoplasias malignas - TCE com trauma direto sobre os seios venosos - anemia intensa - desidratação - doenças inflamatórias intestinais - doença de Behcet - lúpus eritematoso sistêmico - infecções paranasais e mastoideas, meningites - neurocirurgia recente - fistulas arteriovenosas durais. Quais as manifestações clínicas da trombose venosa cerebral? Os sintomas de trombose venosa cerebral variam de leves a graves, com ameaça à vida, e dependem dos seios ou veias envolvidos, da extensão da lesão ao parênquima cerebral, da cronicidade da doença e da gravidade da hipertensão intracraniana. No início da doença, o único sintoma pode ser cefaleia, que pode ser indistinguível da migrânea ou da cefaleia tipo tensão, assim como de outras causas de hipertensão intracraniana. Cefaleia ocorre em 90% dos casos, sendo a única manifestação em 25%. Muito menos frequente é a cefaleia em trovoada como primeiro sintoma, provavelmente relacionada à hemorragia subaracnóide. Papiledema e diminuição da acuidade visual ocorrem em um número elevado de pacientes. De uma forma geral, sempre suspeitar de trombose venosa cerebral em pacientes com cefaleia com as seguintes características: • presença de fatores de risco (contraceptivos, gestação, puerpério, câncer, anemia, etc.) • cefaleia nova (sem história prévia) ou cefaleia com padrão diferente da usual, nos pacientes com história prévia de cefaleias primárias • sinais de hipertensão intracraniana elevada (papiledema) • rebaixamento da consciência • convulsões Sintomas neurológicos focais simulando AVC ocorrem em 40% dos pacientes, embora de instalação menos súbita. Os sintomas motores são os mais frequentes, seguidos por distúrbios visuais e afasia. Em uma grande coorte multicêntrica, houve infarto cerebral venoso em 35% dos pacientes, com transformação hemorrágica em 17% e hemorragia intraparenquimatosa em 4%. Em pacientes com sintomas sugestivos de AVC, fatores que apontam para uma origem venosa e não arterial incluem a presença de cefaleia com papiledema e a ocorrência de crises convulsivas. Na neuroimagem, o infarto não obedece um território arterial definido e geralmente temum componente hemorrágico importante. O seio sagital superior é o seio mais frequentemente afetado (60% dos casos) e sua oclusão causa cefaleia (pela hipertensão intracraniana), déficit neurológico focal (hemiparesia, déficit hemissensitivo, hemianopsia homônima e crises convulsivas). A trombose do seio transverso (ocorre em 45% dos casos) tipicamente causa infarto hemorrágico temporoparietal, devido à oclusão da veia de Labbé. Provoca cefaleia e algumas vezes crises convulsivas. Quando no lado esquerdo também pode causar afasia. TC mostrando infarto hemorrágico em região temporoparietal D, afetando o território das artérias cerebrais média e posterior (ou seja, não respeitando um território vascular com nos infartos arteriais. visual impairment. Finally, cavernous sinus thrombosis is much rarer but easy to recognise due to its characteristic presentation with eye pain, chemosis, proptosis and ocu- lomotor palsy, usually associated with infection.7 Headache is the most common symptom of CVT, reported in about 90% of cases; indeed, it is the only manifestation in about 25% of patients.11 Unfortunately, CVT-related headache does not have specific diagnostic features, though is usually progres- sive in onset (hours or days); much less often, thun- derclap headache can be the first symptom, presumably related to subarachnoid bleeding.23 Headache from CVT can be localised or diffused, sometimes with migrainous headache or aura features.23–25 We suggest that neuroimaging should be performed in the presence of red flags for CVT, which include a headache that is new-onset and per- sistent; worse with the Valsalva manoeuvre; not improved with regular analgesia; or in a person with typical CVTrisk factors or papilloedema (table 3).26 Stroke-like focal neurological symptoms occur in up to 40%of patients with CVT,8 18 though are often not as sudden in onset as arterial ischaemic stroke or intracra- nial haemorrhage; motor symptoms are most frequent, followed by visual impairment and aphasia (especially if the left transverse sinus and vein of Labbé are involved), whereas sensory symptoms are less common.18 In a large multicentre cohort, there was brain infarction in 36.4% of patients, haemorrhagic transformation in 17.3% and intraparenchymal haemorrhage in 3.8%.18 In a patient with a stroke syndrome, factors that point towards CVT rather than arterial ischaemic stroke include headache and seizures27(reported in up to 40%cases),8 and infarc- tion on neuroimaging that does not fit a single arterial territory and usually has a prominent haemorrhagic Figure 2 Sagittal sinus thrombosis. (A) MR venogram showing absent venous flow signal in themiddle third of the superior sagittal sinus (white arrows); (B) axial gadolinium-enhanced T1-weighted MR scan showing an irregular filling defect of the superior sagittal sinus (white arrow); (C) sagittal gadolinium-enhanced T1-weighted MR scan also showing a focal filling defect indicating thrombus (white arrow); (D) axial susceptibility-weighted imaging showing low signal indicating blood products (thrombus) in the superior sagittal sinus (white arrow). Figure 3 Transverse venous sinus thrombosis. (A) Area of haemorrhagic infarction of the right temporoparietal region not respecting arterial boundaries with swelling and oedema (white arrows); (B) CT venogram showing absent contrast filling of the right transverse sinus (white arrow); (C) severe haemorrhagic infarction with worsening mass effect that was treated with hemicraniectomy (white arrows). Ulivi L, et al. Pract Neurol 2020;20:356–367. doi:10.1136/practneurol-2019-002415 359 REVIEW on January 21, 2021 by guest. Protected by copyright. http://pn.bmj.com/ Pract Neurol: first published as 10.1136/practneurol-2019-002415 on 21 September 2020. Downloaded from A trombose isolada do seio sigmoide é rara, mas quando ocorre, pode provocar dor na região mastoide, e muito raramente, paralisia dos nervos cranianos VI, VII e VIII. Trombose das veias profundas (veias cerebrais internas, veia basal de Rosenthal, veia de Galeno e seio reto) ocorre em 18% dos pacientes, e frequentemente causa edema dos tálamos bilateralmente, o que é desafiador para o médico, pois tipicamente causa rebaixamento da consciência, algumas vezes com déficit motor bilateral ou flutuante entre os lados. RM axial T2 mostrando hipersinal talâmico bilateral (A), SWI mostrando sangue (hipointenso) dentro do infarto talâmico (B), e do seio reto (D – seta preta). TC sem contraste mostrando trombo agudo hiperdenso no seio reto e na veia de Galeno (C - seta branca). Trombose isolada das pequenas veias corticais pode ocorrer raramente, e se apresenta com déficit neurológico focal e crises convulsivas. Cefaleia com hipertensão intracraniana é raramente vista, pois as pequenas veias corticais não são capazes de obstruir o fluxo de saída do sangue cerebral. Trombose do seio cavernoso é muito mais rara, porém fácil de reconhecer, devido ao quadro característico de dor ocular, perda visual, quemose, proptose e paralisia oculomotora afetando os nervos cranianos que passam por dentro do seio cavernoso (III, IV, VI), além de hipoestesia em território dos ramos oftálmico e maxilar do nervo trigêmeo. Geralmente é causada por infecção paranasal, orbital ou facial, quando pode ocorrer febre. Raramente é causada por estado hipercoagulável. A trombose do seio cavernoso está associada com elevadas taxas de morbidade e mortalidade, se não for tratada precoce e agressivamente. O prognóstico é baseado na causa da trombose. Quando secundária a infecções component (figure 3). Reduced consciousness, ranging from drowsiness to coma, can result from raised intracra- nial pressure, deep venous infarction (figure 4) or both.28 Thrombosis of small cortical veins is usually asso- ciated with CVT, but can rarely occur in isolation. The typical symptoms of isolated cortical vein throm- bosis are focal neurological deficits (usually anatomi- cally limited due to the smaller territory of cerebral injury) and seizures; raised intracranial pressure is less common than in CVT. The clinical presentation of CVT varies with age. Most affected children are aged younger than 6months; in neonates, nonspecific symptoms of lethargy, bulging fontanel or seizures can occur.29 30 Compared with younger patients, those older than 65 years less com- monly develop intracranial hypertension, while mental status and alertness disturbances are common; the prog- nosis of CVT (for dependency, death and recurrent thrombotic events) is worse in elderly patients.21 DIAGNOSIS Patients with suspected CVT require urgent neuroima- ging to confirm the diagnosis, using either CT or MR to visualise the thrombus directly, show impaired Figure 4 Deep cerebral venous thrombosis. (A) Axial T2- weighted image showing bilateral thalamic high signal (white arrows) in a 21-year-old woman (taking the oral contraceptive pill) who presentedwith headache, drowsiness and confusion; (B) SWI in the same patient showing petechial haeomorrhage within the areas of thalamic infarction (white arrows), and low signal in the deep cerebral and internal veins consistent with thrombosis (white dashed arrow); (C) unenhanced CT scan of head showing hyperdense acute thrombus in the straight sinus and vein of Galen (white arrow); (D) SWI showing low signal in the internal cerebral veins consistent with venous thrombosis (black arrow); (E) axial diffusion-weighted MR scan showing restricted diffusion in the right thalamus (indicating venous ischaemia; white arrow) in an 18-year-old woman who presented with headache and drowsiness, andwhowas taking the oral contraceptive pill; (F)MR venogram showing loss of flow signal in the deep venous system (straight sinus, vein of Galen, and internal and basal veins; approximateexpected position shown by the dashed small white arrows). SWI, susceptibility-weighted imaging. Table 3 When to suspect CVT in a patient with headache Presence of CVT risk factors (eg, oral contraceptive, pregnancy or puerperium, malignancy, anaemia) New headache or head pain with different features in patients with previous primary headache Symptoms or signs of raised intracranial pressure (eg, papilloedema) New focal neurological signs Altered consciousness Seizures CVT, cerebral venous thrombosis. Table 4 Neuroradiological features of CVT CT + CT venography MR + MR venography Typical findings Sinus or vein hyperdensity Dense triangle sign Empty delta sign Cord sign Absence of flow in thrombosed sinuses 1 week: isointense on T1 and hypointense in T2W images 2 weeks: hyperintense on T1 and T2W images >2 weeks: variable on T1 and T2, hypointense in GRE and SWI DWI hyperintensity Venous wall enhancement Absence of flow in thrombosed sinuses Advantages Easily available Fast Reduced motion artefact No ionising radiation exposure No contrast medium required Good visualisation of brain parenchyma Good for detection of cortical and deep cerebral vein thrombosis Disadvantages Ionising radiation Use of contrast medium Poor detection of small parenchymal abnormalities Low sensitivity in small cortical and deep thrombosis Time consuming Motion artefact can degrade images Reduced availability Contraindicated in some patients (eg, cardiac devices, medically unstable) CVT, cerebral venous thrombosis; DWI, diffusion-weighted imaging; GRE, gradient recalled echo; SWI, susceptibility-weighted imaging; T2W, T2- weighted. 360 Ulivi L, et al. Pract Neurol 2020;20:356–367. doi:10.1136/practneurol-2019-002415 REVIEW on January 21, 2021 by guest. Protected by copyright. http://pn.bmj.com/ Pract Neurol: first published as 10.1136/practneurol-2019-002415 on 21 September 2020. Downloaded from paranasais ou faciais, podem ser complicadas por abscessos, meningites infecciosas e disseminação para o lado oposto. Edema periorbital esquerdo, ptose, proptose e oftalmoplegia em paciente com cefaleia secundária à trombose do seio cavernoso esquerdo. A RM em imagem coronal T1 com contraste mostra aumento do tamanho e captação do seio cavernoso esquerdo secundário à trombose (seta). A imagem esquemática ao lado mostra a passagem de estruturas importantes por dentro do seio cavernoso, que vão se comprometidas em lesões desse seio. Artéria carótida (C), nervo abducente (A), nervo troclear (T), nervo oculomotor (A superior), ramo oftálmico do nervo trigêmeo (O inferior) e ramo maxilar do nervo trigêmeo (M). Como confirmar o diagnóstico de trombose venosa cerebral? Nenhum exame laboratorial é capaz de confirmar ou descartar trombose venosa cerebral. Os níveis de dímero D tem elevado valor preditivo negativo (99%) em pacientes com cefaleia isolada, podendo ser utilizado como um escore de probabilidade que incluem dados do exame neurológico e da tomografia de crânio, para evitar neuroimagem mais avançada. Entretanto, o dímero D pode ser normal em casos muito leves, ou em casos crônicos. Exames de rotina como hemograma, VHS, proteína C reativa, função renal, enzimas hepáticas e coagulograma devem ser feitos antes do início do tratamento. Pacientes com suspeita de trombose venosa cerebral necessitam neuroimagem urgente para confirmar o diagnóstico. A tomografia de crânio sem contraste geralmente é o primeiro exame realizado nas salas de emergência para pacientes com suspeita de AVC ou cefaleia aguda, mas tem baixa sensibilidade para o diagnóstico de trombose venosa cerebral. Em 1/3 dos pacientes ela é normal e em 1/3 mostra achados inespecíficos. Em 1/3 dos pacientes a TC sem contraste pode mostrar sinais específicos como hiperdensidade de seio venoso ou de veias profundas, algumas vezes chamada de sinal do triângulo denso ou pseudodelta (hiperdensidade em forma de triângulo), ou o sinal de corda (hiperdensidade devido à trombose do seio transverso). A tomografia também pode detectar isquemia que não respeita territórios arteriais, e frequentemente com transformação hemorrágica. 22/01/21 09:39Neuro-ophthalmology questions of the week: NOI15-Cavernous Sinus and Orbital Vascular Disorders 3 — Neuro-Ophthalmology Página 2 de 4https://neuro-ophthalmology.stanford.edu/2018/07/neuro-ophthalmol…the-week-noi15-cavernous-sinus-and-orbital-vascular-disorders-3/ 1. Cerebral abscess 2. Infectious meningitis 3. Spread of infection to the contralateral cavernous sinus and fellow orbit. 17. What is the mnemonic for the structures and their position in the cavernous sinus? O TOM CAT – OTOM is for the items going down the lateral wall O: Oculomotor nerve T: Trochlear nerve O: Ophthalmic branch of the Trigeminal nerve M: Maxillary branch of the Trigeminal nerve – CAT from medial to lateral C: Internal carotid artery A: Abducens nerve T: Trochlear nerve 1 The information below is from Neuro-ophthalmology Illustrated-2nd Edition. Biousse V and Newman NJ. 2012. Theme2 15.4 Carotid-Cavernous Thrombosis 15.4.1 Features and Causes Thrombosis of the cavernous sinus produces an acute or subacute orbital syndrome( Fig. 15.15), which includes the following: March 2020 (4) February 2020 (4) January 2020 (4) December 2019 (3) November 2019 (4) October 2019 (5) September 2019 (4) August 2019 (4) July 2019 (4) June 2019 (4) May 2019 (5) April 2019 (4) March 2019 (4) February 2019 (7) January 2019 (7) December 2018 (6) November 2018 (6) October 2018 (9) September 2018 (9) August 2018 (10) July 2018 (7) June 2018 (8) May 2018 (10) April 2018 (8) March 2018 (6) February 2018 (4) January 2018 (4) December 2017 (4) November 2017 (4) October 2017 (4) September 2017 (4) August 2017 (5) July 2017 (5) June 2017 (4) May 2017 (5) April 2017 (4) March 2017 (5) February 2017 (3) 22/01/21 09:39Neuro-ophthalmology questions of the week: NOI15-Cavernous Sinus and Orbital Vascular Disorders 3 — Neuro-Ophthalmology Página 2 de 4https://neuro-ophthalmology.stanford.edu/2018/07/neuro-ophthalmol…the-week-noi15-cavernous-sinus-and-orbital-vascular-disorders-3/ 1. Cerebral abscess 2. Infectious meningitis 3. Spread of infection to the contralateral cavernous sinus and fellow orbit. 17. What is the mnemonic for the structures and their position in the cavernous sinus? O TOM CAT – OTOM is for the items going down the lateral wall O: Oculomotor nerve T: Trochlear nerve O: Ophthalmic branch of the Trigeminal nerve M: Maxillary branch of the Trigeminal nerve – CAT from medial to lateral C: Internal carotid artery A: Abducens nerve T: Trochlear nerve 1 The information below is from Neuro-ophthalmology Illustrated-2nd Edition. Biousse V and Newman NJ. 2012. Theme2 15.4 Carotid-Cavernous Thrombosis 15.4.1 Features and Causes Thrombosis of the cavernous sinus produces an acute or subacute orbital syndrome( Fig. 15.15), which includes the following: March 2020 (4) February 2020 (4) January 2020 (4) December 2019 (3) November 2019 (4) October 2019 (5) September 2019 (4) August 2019 (4) July 2019 (4) June 2019 (4) May 2019 (5) April 2019 (4) March 2019 (4) February 2019 (7) January 2019 (7) December 2018 (6) November 2018 (6) October 2018 (9) September 2018 (9) August 2018 (10) July 2018 (7) June 2018 (8) May 2018 (10) April 2018 (8) March 2018 (6) February 2018 (4) January 2018 (4) December 2017 (4) November 2017 (4) October 2017 (4) September 2017 (4) August 2017 (5) July 2017 (5) June 2017 (4) May 2017 (5) April 2017 (4) March 2017 (5) February 2017 (3) TC de crânio sem contraste mostrando trombo agudo hiperdenso no seio reto e na veia de Galeno (A) além de sinal do triângulo denso do ou pseudodelta (B). TC de crânio sem contraste mostrando o sinal da corda (A e B). A tomografia com contraste pode mostrar o típico sinal do delta vazio, onde ocontraste circunda um defeito de enchimento do seio sagital devido à trombose, com a forma da letra grega Delta (abaixo). Entretanto, esse sinal pode ser falso- positivo devido à hipoplasia do seio ou pela presença de granulações aracnoides. TC com contraste mostrando o sinal do delta vazio na trombose do seio sagital. component (figure 3). Reduced consciousness, ranging from drowsiness to coma, can result from raised intracra- nial pressure, deep venous infarction (figure 4) or both.28 Thrombosis of small cortical veins is usually asso- ciated with CVT, but can rarely occur in isolation. The typical symptoms of isolated cortical vein throm- bosis are focal neurological deficits (usually anatomi- cally limited due to the smaller territory of cerebral injury) and seizures; raised intracranial pressure is less common than in CVT. The clinical presentation of CVT varies with age. Most affected children are aged younger than 6months; in neonates, nonspecific symptoms of lethargy, bulging fontanel or seizures can occur.29 30 Compared with younger patients, those older than 65 years less com- monly develop intracranial hypertension, while mental status and alertness disturbances are common; the prog- nosis of CVT (for dependency, death and recurrent thrombotic events) is worse in elderly patients.21 DIAGNOSIS Patients with suspected CVT require urgent neuroima- ging to confirm the diagnosis, using either CT or MR to visualise the thrombus directly, show impaired Figure 4 Deep cerebral venous thrombosis. (A) Axial T2- weighted image showing bilateral thalamic high signal (white arrows) in a 21-year-old woman (taking the oral contraceptive pill) who presentedwith headache, drowsiness and confusion; (B) SWI in the same patient showing petechial haeomorrhage within the areas of thalamic infarction (white arrows), and low signal in the deep cerebral and internal veins consistent with thrombosis (white dashed arrow); (C) unenhanced CT scan of head showing hyperdense acute thrombus in the straight sinus and vein of Galen (white arrow); (D) SWI showing low signal in the internal cerebral veins consistent with venous thrombosis (black arrow); (E) axial diffusion-weighted MR scan showing restricted diffusion in the right thalamus (indicating venous ischaemia; white arrow) in an 18-year-old woman who presented with headache and drowsiness, andwhowas taking the oral contraceptive pill; (F)MR venogram showing loss of flow signal in the deep venous system (straight sinus, vein of Galen, and internal and basal veins; approximate expected position shown by the dashed small white arrows). SWI, susceptibility-weighted imaging. Table 3 When to suspect CVT in a patient with headache Presence of CVT risk factors (eg, oral contraceptive, pregnancy or puerperium, malignancy, anaemia) New headache or head pain with different features in patients with previous primary headache Symptoms or signs of raised intracranial pressure (eg, papilloedema) New focal neurological signs Altered consciousness Seizures CVT, cerebral venous thrombosis. Table 4 Neuroradiological features of CVT CT + CT venography MR + MR venography Typical findings Sinus or vein hyperdensity Dense triangle sign Empty delta sign Cord sign Absence of flow in thrombosed sinuses 1 week: isointense on T1 and hypointense in T2W images 2 weeks: hyperintense on T1 and T2W images >2 weeks: variable on T1 and T2, hypointense in GRE and SWI DWI hyperintensity Venous wall enhancement Absence of flow in thrombosed sinuses Advantages Easily available Fast Reduced motion artefact No ionising radiation exposure No contrast medium required Good visualisation of brain parenchyma Good for detection of cortical and deep cerebral vein thrombosis Disadvantages Ionising radiation Use of contrast medium Poor detection of small parenchymal abnormalities Low sensitivity in small cortical and deep thrombosis Time consuming Motion artefact can degrade images Reduced availability Contraindicated in some patients (eg, cardiac devices, medically unstable) CVT, cerebral venous thrombosis; DWI, diffusion-weighted imaging; GRE, gradient recalled echo; SWI, susceptibility-weighted imaging; T2W, T2- weighted. 360 Ulivi L, et al. Pract Neurol 2020;20:356–367. doi:10.1136/practneurol-2019-002415 REVIEW on January 21, 2021 by guest. Protected by copyright. http://pn.bmj.com/ Pract Neurol: first published as 10.1136/practneurol-2019-002415 on 21 September 2020. Downloaded from venous flow or both (table 4).13 No laboratory test can rule out CVT. The D-dimer level can be normal, espe- cially in mild or chronic cases,31 32 but it has a high negative predictive value for excluding CVT in the specific situation of patients with isolated headache,31 and therefore has been suggested as a component of a preimaging probability score, along with a normal neurological examination and CT scan of head, to avoid unnecessary neuroimaging.33 Routine blood stu- dies (erythrocyte sedimentation rate, blood count, chemistry panel, prothrombin time and activated par- tial thromboplastin time) should ideally be done before starting anticoagulation treatment (although where there is clinical urgency anticoagulation is started before receiving these results, relying on initial clinical evaluation for evidence of a bleeding diathesis or renal or liver disease).13 Neuroimaging Non-contrast CTscan of head is a useful first test (and the first brain imaging in suspected stroke or acute headache in many hospitals): in about one-third of patients, it shows specific signs including venous sinus or deep vein hyperdensity,34 (figure 4C) sometimes termed the dense triangle sign (high attenuation in the sagittal sinus or deep cerebral veins in a triangle shape)35 or the cord sign (high attenuation due to thrombus in the transverse sinus).36 CTcan also detect ischaemia (typically not respecting arterial boundaries, often with some haemorrhagic transformation), par- enchymal or subarachnoid haemorrhages, or signs of oedema (figure 3). However, plain CT is normal in up to 30% of patients and, even if abnormal, is not specific.7 37 Thus, all patients with suspected CVT require further imaging beyond a plain CTscan. The ESO guidelines suggest MR venography or CT venography for confirming the diagnosis.13 We prefer CT venography as a ‘lumen-based’ rather than ‘flow- based’ method: compared to the gold standard of digi- tal subtraction angiography (DSA), it has very good diagnostic accuracy (sensitivity of 95% and specificity of 91%).38 CT venography can show absent flow in thrombosed veins or sinuses and partial circumferential enhancement of thrombosed venous sinuses (eg, the empty delta sign39; figure 5). However, false positives can be due to normal sinus hypoplasia or arachnoid granulations.40 MR venography, performed with time- of-flight sequences, also allows assessment of the absence of flow in thrombosed sinuses (figure 2A), without the need for contrast medium41 but with a higher risk of false positives (eg, in the frequent case of a non-dominant (hypoplastic) transverse sinus). MRI is themost sensitive technique for demonstrating the presence of the thrombus material, using sequences sensitive to the magnetic susceptibility effects of para- magnetic iron-containing blood components (T2*- weighted gradient echo or susceptibility-weighted imaging; SWI) (figure 2D and figure 4D); the appear- ance of the clot on different MRI sequences varies depending on its age42 so can also help to date likely CVT onset (table 4). MRI is also the best technique to assess parenchymal involvement fully (ischaemia, hae- morrhages, oedema, swelling); furthermore, diffusion- weighted imaging-hyperintense thrombosed sinuses have been reported to have a reduced rate of recanalisation.43 Catheter intra-arterial DSA should be used to con- firm the diagnosis only when CT venography or MR venography is inconclusive orthere is a suspicion of a dural arteriovenous fistula.11 13 The relationship between dural arteriovenous fistulae and CVT is com- plex and not fully understood. A dural arteriovenous fistula can rarely complicate CVT, a phenomenon pre- sumed due to the opening of arteriovenous pathways in the wall of the sinus during occlusion or recanalisation. It is important to detect the fistula early (requiring intra-arterial DSA) to allow treatment, for example, with embolisation. Conversely, CVT can occur during the development of an arteriovenous fistula. Whatever the relationship, clinicians need to be aware that these pathologies can co-exist and that they require specific treatments. Isolated cortical vein thrombosis is usually well seen on susceptibility-weighted sequences but can Figure 5 The ‘empty delta’ sign. Axial contrast-enhanced CT scan, where the contrast outlines a filling defect of the sagittal sinus (due to thrombosis), creating the shape of the Greek letter delta (Δ; white arrows) (image courtesy of Dr Bruno Di Muzio, Radiopaedia.org, rID: 57 576). Ulivi L, et al. Pract Neurol 2020;20:356–367. doi:10.1136/practneurol-2019-002415 361 REVIEW on January 21, 2021 by guest. Protected by copyright. http://pn.bmj.com/ Pract Neurol: first published as 10.1136/practneurol-2019-002415 on 21 September 2020. Downloaded from Portanto, todos os pacientes com suspeita de trombose venosa cerebral necessitam um exame de imagem adicional para confirmar o diagnóstico. Tanto a venografia por tomografia computadorizada, como a venografia por ressonância magnética podem ser realizadas. A venografia por tomografia tem a vantagem de verificar o lúmen real do vaso, ao invés do fluxo do vaso como na venografia por ressonância. Além disso ela é de realização mais rápida que a ressonância. Quando comparada com o método padrão-ouro que é a angiografia cerebral por subtração digital, ela tem acurácia diagnóstica muito alta, com sensibilidade de 95% e especificidade de 91%. As principais desvantagens são a exposição à radiação e a possibilidade de reações ao agente de contraste iodado, como alergias e nefrotoxicidade. Venografia por TC em projeção lateral, posterior e caudocranial mostrando aparência normal dos seios sagittal superior (cabeça de seta), seios transversos (setas), sistema venoso profundo e as veias corticais superficiais. Venografia por TC mostrando oclusão do seio sagittal superior (cabeças de seta) e de ambos os seios transversos (setas) em paciente com trombose venosa cerebral. As veias corticais superficiais e o sistema venoso profundo estão patentes. dure, no bone remnants were present in the CTA data set. The axial sections and the MIP images demonstrated patent dural sinuses (Fig 1). No thrombus was seen. The dural sinuses, cortical veins, and deep venous system were demonstrated with exquisite detail. Case 2 A 27-year-old man presented with fever, headache, and some weakness of the right arm. Neurologic examination re- vealed bilateral papilledema. To exclude dural sinus thrombo- sis, CT venography was performed. After the MMBE proce- dure, no bone remnants were present on the MIP images obtained from the CTA data set. The axial sections and the MIP images of the CT venography data set demonstrated a filling defect in the superior sagittal and bilateral transverse dural sinuses, consistent with thrombosis (Fig 2). Some en- hancement of the dural sinus wall was present. The superficial cortical veins and deep venous system were patent. The sub- ependymal and transmedullary veins were dilated. Discussion Previous reports have noted that CT venography has a high sensitivity for depicting the intracerebral venous circulation as compared with digital subtrac- tion angiography (5). CT venography is superior to MR venography in the identification of cerebral veins and dural sinuses and is at least equivalent in estab- lishing the diagnosis of dural sinus thrombosis (6). Advantages of CT venography as compared with MR angiography are that it is less expensive and that the time to diagnosis in the initial workup of a patient is shorter (5). It can be instantly performed as an ad- junct to an unenhanced CT scan in patients undergo- ing the initial workup. Because the procedure dura- tion is less than 1 minute, the image quality is hardly impaired by patient motion, and patient monitoring is easier in critically ill patients as compared with MR imaging (5). Although the diagnosis of dural sinus thrombosis can be made by evaluation of the axial thin-section contrast-enhanced source images of a helical CT scan, 3D MIP images free from over- projecting bone clearly have additional value. These reconstructions are valuable as a communication tool with clinicians, have the ability to be viewed in a limitless number of views, and reduce the likelihood FIG 1. CT scan of a 45-year-old woman with clinical suspicion of dural sinus thrombosis. Lateral (A), anteroposterior (B), caudocranial (C), and oblique sagittal (D) MIP of CTA data set after MMBE. The projections demonstrate normal appearance of the superior sagittal sinus (arrowheads), the transverse sinuses (arrows), the deep venous system, and the superficial cortical veins without any overlying bone structures. 788 MAJOIE AJNR: 25, May 2004 dure, no bone remnants were present in the CTA data set. The axial sections and the MIP images demonstrated patent dural sinuses (Fig 1). No thrombus was seen. The dural sinuses, cortical veins, and deep venous system were demonstrated with exquisite detail. Case 2 A 27-year-old man presented with fever, headache, and some weakness of the right arm. Neurologic examination re- vealed bilateral papilledema. To exclude dural sinus thrombo- sis, CT venography was performed. After the MMBE proce- dure, no bone remnants were present on the MIP images obtained from the CTA data set. The axial sections and the MIP images of the CT venography data set demonstrated a filling defect in the superior sagittal and bilateral transverse dural sinuses, consistent with thrombosis (Fig 2). Some en- hancement of the dural sinus wall was present. The superficial cortical veins and deep venous system were patent. The sub- ependymal and transmedullary veins were dilated. Discussion Previous reports have noted that CT venography has a high sensitivity for depicting the intracerebral venous circulation as compared with digital subtrac- tion angiography (5). CT venography is superior to MR venography in the identification of cerebral veins and dural sinuses and is at least equivalent in estab- lishing the diagnosis of dural sinus thrombosis (6). Advantages of CT venography as compared with MR angiography are that it is less expensive and that the time to diagnosis in the initial workup of a patient is shorter (5). It can be instantly performed as an ad- junct to an unenhanced CT scan in patients undergo- ing the initial workup. Because the procedure dura- tion is less than 1 minute, the image quality is hardly impaired by patient motion, and patient monitoring is easier in critically ill patients as compared with MR imaging (5). Although the diagnosis of dural sinus thrombosis can be made by evaluation of the axial thin-section contrast-enhanced source images of a helical CT scan, 3D MIP images free from over- projecting bone clearly have additional value. These reconstructions are valuable as a communication tool with clinicians, have the ability to be viewed in a limitless number of views, and reduce the likelihood FIG 1. CT scan of a 45-year-old woman with clinical suspicion of dural sinus thrombosis. Lateral (A), anteroposterior (B), caudocranial (C), and oblique sagittal (D) MIP of CTA data set after MMBE. The projections demonstrate normal appearance of the superior sagittal sinus (arrowheads), the transverse sinuses (arrows), the deep venous system, and the superficial cortical veins without any overlying bone structures. 788 MAJOIE AJNR: 25, May 2004 dure, no bone remnants were
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