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Dorso - segundo resumo

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Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
Dorso 
• Estratimeria da coluna 
o Pele 
o Tela subcutânea 
o Fáscia muscular 
o Músculos (uma camada superficial, relacionada com o posicionamento e o movimento dos membros 
superiores, e camadas profundas, que estão relacionadas com a postura, o movimento ou a 
manutenção da posição do esqueleto axial) 
o Ligamentos 
o Coluna vertebral 
o Costelas (na região torácica) 
o Medula espinal e meninges (membranas que recobrem a medula espinal) 
o Vários nervos segmentares e vasos. 
o A coluna vertebral vai do crânio até o ápice do cóccix 
• Função da coluna vertebral: 
o Protege a medula espinal e os nervos espinais 
o Sustenta o peso do corpo superior ao nível da pelve 
o Garante um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e uma base alargada sobre a qual a cabeça 
está posicionada e gira 
o Tem participação importante na postura e na locomoção (o movimento de um local para outro). 
• Vértebras 
o A coluna vertebral normalmente possui 33 vértebras, sendo organizada em 5 regiões: 
▪ Cervical: 7 vertebras 
▪ Torácica: 12 vertebras 
▪ Lombar: 5 vertebras 
▪ Sacro: 5 vertebras fundidas 
▪ Cóccix: 4 vertebras fundidas – resquício da cauda humana 
o 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Estrutura básica das vertebras 
o São estruturas presentes em qualquer vértebra de qualquer região – com excessão das vertebras 
fundidas 
o São elas: 
▪ Corpo vertebral: estrutura arredondada e grande, que tem a epífise anular e o osso esponjoso 
(com medula óssea vermelha). A articulação entre os corpos é do tipo sínfise (os discos 
intervertebrais são fibrocartilaginosos, caracterizando uma sínfise) 
▪ Pedículo: estrutura que liga o corpo – anterior – com a porção posterior da vértebra 
▪ Lâmina do arco vertebral: se projetam e formam o processo espinhoso 
▪ Incisuras vertebrais: localizada na transição entre o pedículo para a lâmina. Quando se junta 
a superior com a inferior eles foram o forame intervertebral, onde sai o nervo espinal. 
▪ Processo espinhoso: é a parte da vertebra que a gente consegue palpar sobre a pele. Os mais 
famosos são da C VII e T I (ponto de dor com estudo ou quando troca o travesseiro), pois são 
os mais salientes. Local de fixação de ligamentos e músculos 
▪ Processo transverso: local de fixação de ligamentos e músculos 
▪ Processo articular superior e inferior: eles são a articulação de uma vértebra com as 
adjacentes (superior e inferior). Essa articulação é a zigapofisária, uma articulação sinovial, 
plana que permite movimentos de deslizamento. Cada articulação faz pouco movimento, mas 
o conjunto de articulações nos permite a mobilidade da coluna. Esses processos também são 
responsáveis por ajudar a manter as vertebras adjacentes alinhadas. Ele sustenta o peso 
quando a pessoa se mexe, troca de posição (é uma sustentação temporária) – com exceção 
da L V que sustenta peso mesmo na posição ortostática. Elas que dão a mobilidade da coluna 
vertebral. 
▪ Forame vertebral: conjunto de forames que formam o canal vertebral 
 
• Doenças que acometem a coluna: 
o Espondilite anquilosante 
▪ Doença reumática em que o corpo produz anticorpos contra a membrana sinovial da 
articulação das vértebras (art. dos processos articulares), gerando perda do movimento e, 
com o tempo, o disco degenera. Outras doenças acometem a coluna nas zigapofisárias como 
a artrite reumatóide e lúpus 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o Hérnia de disco 
▪ Hérnia: estrutura que está fora da sua região anatômica e que não deveria estar onde ela está 
▪ Hérnia de disco: é quando o núcleo pulposo rompe o anel fibroso e extravasa, indo em direção 
ao nervo espinal começando a comprimir a medula ou o nervo. 
▪ 90% dos casos são tratados com fisioterapia e medicamento. Em casos de cirurgia é feito uma 
Laminectomia (corta-se a lâmina da vertebra para retirar o núcleo pulposo que está 
comprimindo o nervo espinal). 
• Vértebras cervicais 
o Sua característica mais marcante é a presença do forame transversário oval no seu processo 
transverso → passagem à artéria vertebral (menos na C VII, que possui o forame, mas a artéria não 
passa por ele = forame menor ou ocluso). 
o Possuem a estrutura básica e C III a C VII são vertebras cervicais típicas e possuem grandes forames 
vertebrais, pois precisam acomodar a intumescência cervical da medula espinal (inervação dos 
MMSS) 
o As suas vértebras de transição podem ter características especificas como: 
▪ Processo espinhoso bífido (pela inserção dos mm. interespinais do pescoço), mas que não 
estão em todas as cervicais, apesar de se ter em grande parte dessas vértebras. 
▪ C7 tem processo espinhoso mais longo que os demais e conseguimos palpar 
▪ O forame vertebral é triangular e grande 
▪ Seus processos articulares superiores são inclinados, não estão no plano vertical, são 
horizontalizados. 
▪ Unco: elevação no corpo vertebral (processo uncinado). Pode estar presente em T I, ou estar 
ausente em C VII – vertebras de transição – o que pode gerar confusão 
▪ Tubérculo anterior e posterior (fixação aos músculos cervicais laterais) 
o Atlas – C I 
▪ Atlas = Titã que carregou o mundo nas costas ~ associação pelo fato dela segurar o crânio 
▪ Características especiais: 
• 2 massas laterais 
• Arco anterior 
• Arco posterior 
• Processo transverso 
• Forame transversário 
• Faces articulares 
• Sulco da artéria vertebral (voltado para superior, no arco posterior) 
o 
o Áxis – C II 
▪ Áxis = eixo (possui um dente que se 
articula com o arco anterior do atlas, o 
que permite o movimento de rotação 
da cabeça – como no movimento de 
“não” que a cabeça faz) 
▪ É a mais forte das vertebras cervicais; 
C I, que sustenta o crânio, gira sobre C II 
▪ Ela possui: 
• Corpo 
• Pedículo 
• Lâmina 
• Processo espinhoso 
• Processo transverso 
• Forame transversário 
• Dente do Áxis 
Iignorar o nome atlas que ta na imagem → era da 
imagem de cima 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o Correlações clínicas 
▪ Fratura do enforcado: fratura da C II que atinge o bulbo (controle visceral) → pessoa morre 
de lesão medular alta e não por asfixia. 
▪ Instabilidade atlanto axial na síndrome de Down: esses indivíduos podem possuir instabilidade 
entre a C I e a C II, o que pode gerar afastamento entre essas vértebras, o que é um risco de 
lesão medular. 
 
• Vértebras torácicas 
o Fóveas costais: exclusividade delas, pois é onde as cabeças da costela se articulam com a vértebra. 
São articulações sinoviais planas e são elas a fóvea costal superior, a fóvea costal inferior e a fóvea 
costal do processo transverso. Nem sempre teremos 3 fóveas costais: TX, TXI e TXII não possuem a 
fóvea costal inferior, a TX possui só superior e do processo transverso e TXI e TXII apenas a superior. 
Isso ocorre, pois as duas últimas costelas são as flutuantes e antes delas tem as falsas. 
o A vertebra de transição são muito parecidas, então para se concluir se a vertebra é a TXII ou a LI 
devemos observar se há a presença da fóvea costal superior nela para ser a TXII. 
o T V a T VIII possuem todos os elementos típicos das vertebras torácicas 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o As primeiras vertebras torácicas possuem características em comum com as cervicais (T I a T IV). T I 
possui um processo espinhoso longo, semelhante ao da vertebra saliente, além de possuir uma fóvea 
costal completa na margem superior do seu corpo para a 1ª costela e uma hemifóveas em sua margem 
inferior, o que contribui para formar a face articular para a costela II 
o T IX a T XII possuem características semelhantes as vertebras lombares, como possuir os tubérculos 
semelhantes aos processos acessórios 
o A maior parte da transição nas características da região torácica para a região lombar ocorre ao longo 
da extensão de uma única vértebra: T XII. Em geral, sua metade superior tem caráter torácico, 
apresentando fóveas costais e processosarticulares que permitem movimento basicamente giratório, 
enquanto sua metade inferior tem caráter lombar, sem fóveas costais e com processos articulares que 
permitem apenas flexão e extensão. Consequentemente, a vértebra T XII está sujeita a estresses de 
transição que fazem com que seja a vértebra fraturada com maior frequência. 
o Características das torácicas: 
▪ Processo articular verticalizado, estando no plano frontal da vértebra. 
▪ Processo espinhoso verticalizado 
▪ Corpo vertebral é maior que o cervical e menor que o lombar – se afunila 
o 
• Vértebras lombares 
o Não há fóveas costais nem forame transversário 
o Possuem: 
▪ Processo articular no plano sagital (mediano) 
▪ Processo mamilar (inserção dos mm. Multífidos e mm. intertransversários no dorso) 
▪ Processo espinhoso quadrangular 
▪ Processo acessório (inserção dos mm. intertransversários) fica no processo transverso 
o Sustentam grande peso → possuem corpos maiores 
o A vértebra L V, caracterizada por seu corpo e processos transversos fortes, é a maior de todas as 
vértebras móveis. Sustenta o peso de toda a parte superior do corpo. O corpo de L V é bem mais alto 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
anteriormente; portanto, é o principal responsável pelo ângulo lombossacral entre o eixo 
longitudinal da região lombar da coluna vertebral e o do sacro 
o 
o Correlação clínica: 
▪ Espinha bífida: quando a coluna vertebral não se fecha corretamente na parte posterior, 
ficando bifurcada (não há o encontro das lâminas e consequentemente não há o processo 
espinhoso), deixando a medula espinal exposta. Não fecha osso, músculos, tela subcutânea e 
nem a pele → mielomeningocele (meninges expostas, não há atividade motora ou sensitiva, 
ficando similar a lesão medular). 
▪ Espinha bífida oculta: pele, tela subcutânea e músculos se fecham, mas a vertebra não (por 
isso oculta). Ela é geralmente descoberta por meio de raios X e não repercute na vida do 
indivíduo; A espinha bífida (nos dois casos) pode ocorrer em qualquer nível, não apenas 
lombar, mas se for muito alta, para o diafragma e é incompatível com a vida. 
• Vertebras sacrais 
o Estrutura muito fácil de ser identificada 
o Possui: 
▪ Forames sacrais anteriores ou 
pélvicos 
▪ Forames sacrais posteriores 
ou dorsais 
▪ Base do sacro e Ápice do sacro 
▪ Tem a forma de um triângulo invertido 
▪ Promontório da base do sacro: é a parte mais anterior 
do sacro
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o Possui diferença entre os sexos: 
▪ Comprimento (maior no homem) 
▪ Largura (mais largo na mulher) 
▪ Curvatura (mais curvo no homem) 
▪ Peso (mais pesado no homem) 
▪ Saliência dos acidentes ósseos (maior saliência nos homens) 
o 
• Vértebra coccígea: 
o Osso fundido, remanescente da cauda 
o Possui cornos coccígeos 
• Radiografia 
o Em uma visão anterior da coluna lombar identificamos os processos transversos, espinhoso 
(estrutura comprida, “nariz”), pedículos (“olhinhos”), corpo da vértebra. 
o Obs: Sacralização de L5 = é a fusão de L5 com o Sacro. 
o Obs 2: Vértebra de transição = é uma vértebra extra entre L5 e sacro. Não causa nenhum problema 
para o indivíduo. 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Curvaturas da coluna vertebral 
o Em indivíduos adultos, a coluna vertebral possui quatro 
curvaturas: cervical, torácica, lombar e sacral 
o As curvaturas (cifoses) torácica e sacral (pélvica) são 
côncavas anteriormente e são curvaturas primárias (se 
desenvolvem durante o período fetal e são conservadas 
durante toda a vida adulta) 
o As curvaturas (lordoses) cervical e lombar são côncavas 
posteriormente e são curvaturas secundarias (começam 
a aparecer na região cervical durante o período fetal, 
mas só se tornam evidentes na lactância, elas são 
mantidas principalmente por diferenças na espessura 
entre as partes anterior e posterior dos discos IV). 
o Desenvolvimento motor normal da criança 
▪ Sustentar a cabeça: 3 meses 
▪ Sentar: 6 meses 
▪ Engatinhar: 9 meses 
▪ Andar: 12 meses 
o As alterações nas curvaturas dos indivíduos recebem nomes específicos na ortopedia 
▪ Lordose: curvatura lombar aumentada = posição de lorde 
▪ Cifose: curvatura torácica aumentada 
▪ Escoliose: desvio no plano frontal 
o É comum, na fisioterapia, chamarem de lordose qualquer curvatura cervical ou lombar e quando 
tem um aumento eles chamam de hiperlordose cervical ou lombar. Já as curvaturas torácicas e 
sacrais são chamadas de cifose e quando apresentam aumentam que passam a ser hipercifose 
torácica ou sacral. 
• Articulações do dorso: 
o Podem ser: 
▪ Dos corpos vertebrais 
▪ Dos arcos vertebrais 
▪ Crânio vertebrais 
▪ Dos processos articulares (as zigapofisiárias) – sinoviais planas 
o Sínfises: 
▪ São as formadas/representadas pelos discos intervertebrais 
▪ Esses discos são formados por um anel fibroso e um núcleo pulposo → derivados da 
notocorda 
▪ Função do disco: proporcionar mobilidade a coluna e impedir que os choques mecânicos 
ocorram entre os corpos vertebrais. 
▪ Anel fibroso: mais grosso anteriormente e mais fino posteriormente (por isso esse é o local 
mais propicio para que se tenha o extravasamento do núcleo em direção à medula e aos 
nervos espinais– hérnia) 
▪ A dor da hérnia de disco é devido ao rompimento do anel fibroso, que é inervado em sua 
periferia e devido a compressão do nervo espinal pelo núcleo pulposo. 
▪ A espessura do disco é variável, sendo maior na região lombar, o que permite mais 
movimento. Considerando a espessura relativa (ou seja levando em conta o tamanho do 
corpo vertebral e a espessura do disco) vemos que a é maior na cervical e na lombar, com 
isso são locais de maior movimento, ou seja, são locais mais propensos a hérnia de disco 
▪ Obs: um disco normal na Ressonância magnética temos um halo escuro e um centro mais 
claro. Quando ocorre protrusão ele vai para frente e quando ocorre extrusão temos o 
rompimento do anel e a formação da hérnia em si. 
▪ Obs 2: articulação dos uncos vertebrais são geralmente consideradas como articulações 
sinoviais, mas fogem um pouco da regra já que não possuem todos os elementos da art. 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
(cápsula, cartilagem e cavidade articular), mas chamam de sinovial por ter um líquido 
sinovial presente. Com o tempo os uncos se degeneram e acabam gerando problemas de 
artrose na coluna cervical. 
▪ Obs 3: forma de evitar hérnias de disco é fortalecendo a musculatura, mantendo a postura 
correta, fazendo atividades físicas regulares e não ganhando peso. Além disso, para evitar 
artrose do joelho e de quadril devemos evitar ganho de peso 
o 
o Articulação Atlanto occipital 
▪ Há entre o atlas e o osso occipital do crânio 
▪ Articulação sinovial elipsóide, não possui disco articular e realiza movimentos de flexão e 
extensão (movimento do sim). 
o Articulação atlantoaxial mediana: 
▪ Entre o atlas e o áxis. 
▪ Faz o movimento do não com a cabeça → faz rotação do crânio com o dente do áxis 
articulando com o arco anterior do atlas 
o Articulações costovertebrais 
▪ Entre as costelas e as vertebras – visto em tórax 
o Articulação Sacroilíaca: 
▪ Art. anterior com seu lig. 
▪ Art. posterior com seu lig. 
▪ Ligamento interósseo: fixa melhor o sacro com o ílio, é bem estável 
• Ligamentos do dorso 
o Ligamento longitudinal anterior: anterior ao corpo da vértebra. Limita a extensão. É um 
estabilizador da coluna. 
o Ligamento longitudinal posterior: posterior ao corpo da vértebra. Limita a flexão. Ele se prolonga 
até o crânio se fixando na base do crânio e essa continuidade do ligamento longitudinal posterior se 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
chama membrana tectória. Ele também está envolvido com as hérnias de disco, pois impede a 
formação delas na região central, fazendo com que elas se formem posterolateralmente. 
o Ligamento amarelo: fica vinho com o formal. Ele une as lâminas vertebrais de uma superior comuma inferior. Importante nas anestesias, pois a agulha o atravessa antes de chegar no canal 
vertebral, com isso sentimos uma resistência. 
o Ligamento interespinhal: fica entre os processos espinhosos. 
o Ligamento supra espinhal: posterior aos processos espinhosos – 
o Ligamento nucal: prolongamento do supraespinal e vai até o crânio sendo ponto de fixação para 
músculos. 
o Ligamentos intertransversários: entre os processos transversos. 
o Membrana atlanto occipital anterior: continuação do ligamento longitudinal anterior 
o Membrana atlanto occipital posterior: continuação do ligamento 
o Membrana atlanto axial anterior: continuação do ligamento longitudinal anterior 
o Membrana atlanto axial posterior: continuação do ligamento 
o Ligamento cruciforme 
o Ligamentos alares 
o 
o Artrose: degeneração da cartilagem articular – raio x → perda do espaço articular radiográfico. 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o 
o 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Vascularização da coluna 
o As vértebras são irrigadas pelos ramos periosteais e equatoriais das principais artérias cervicais e 
segmentares e seus ramos espinais. Os ramos espinais que irrigam as vértebras são ramos das: 
▪ Artérias vertebrais e cervicais ascendentes, no pescoço 
▪ Artérias intercostais posteriores, na região torácica 
▪ Artérias subcostais e lombares, no abdome 
▪ Artérias iliolombares e sacrais laterais e mediana, na pelve. 
o Os ramos periosteais e equatoriais originam-se dessas artérias à medida que cruzam as faces 
externas (anterolaterais) das vértebras. 
o Os ramos espinais entram nos forames intervertebrais e dividem-se nos ramos anteriores e 
posteriores do canal vertebral, que seguem até o corpo vertebral e o arco vertebral, 
respectivamente, e dão origem aos ramos ascendentes e descendentes, que se anastomosam com 
os ramos do canal vertebral de níveis adjacentes. 
o Os ramos anteriores do canal vertebral emitem artérias nutrícias para os corpos vertebrais. 
o Os ramos espinais continuam como artérias radiculares, distribuídas para as raízes posteriores e 
anteriores dos nervos espinais e seus revestimentos, ou como artérias medulares segmentares, que 
continuam até a medula espinal. 
o 
o As veias espinais formam plexos venosos ao longo da coluna vertebral tanto dentro (plexo venoso 
vertebral interno) quanto fora (plexo venoso vertebral externo) do canal vertebral. 
o As veias basivertebrais, que são grandes e tortuosas, formam-se dentro dos corpos vertebrais e 
emergem dos forames nas superfícies dos corpos vertebrais (principalmente na face posterior) e 
drenam para os plexos venosos vertebrais externo e principalmente interno. 
o As veias intervertebrais (IV) recebem veias da medula espinal e dos plexos venosos vertebrais 
enquanto acompanham os nervos espinais através dos forames IV para drenar para as veias 
vertebrais do pescoço e veias segmentares do tronco. 
o 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Inervação da coluna vertebral 
o Além das articulações dos processos 
articulares ou zigapofisárias (inervadas pelos 
ramos articulares dos ramos mediais dos 
ramos posteriores), a coluna vertebral é 
inervada por ramos recorrentes meníngeos 
dos nervos espinais. 
o Esses ramos retornam através do forame IV, 
porém alguns ramos permanecem fora do 
canal. 
o Os ramos fora do canal inervam os anéis 
fibrosos e o ligamento longitudinal anterior; 
o Os ramos recorrentes inervam o periósteo, os 
ligamentos amarelos, os anéis fibrosos 
posteriormente, o ligamento longitudinal 
posterior, a parte espinal da dura-máter e os 
vasos sanguíneos dentro do canal vertebral. 
 
• Músculos do Dorso → NOTA, SE BASEAR NA DIVISÃO DO BERG, NO FINAL DA PARTE DE DORSO 
o Os músculos do dorso são divididos em intrínsecos do dorso (próprios do dorso) e extrínsecos do 
dorso. 
o Músculos extrínsecos do dorso: 
▪ Mais externos 
▪ Mais superficiais 
▪ Pontos de fixação no esqueleto apendicular – MMSS ajudam no movimento de membro 
superior – e no esqueleto axial – nas costelas, ajudando nos movimentos respiratórios 
▪ Inervação pelos ramos ANTERIORES dos nervos espinais 
▪ Músculos superficiais e intermediários, que produzem e controlam os movimentos dos 
membros e respiratórios, respectivamente 
▪ Músculos trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e romboides (superficiais) 
▪ Músculos serráteis posteriores superior e inferior (intermediários) – músculos respiratórios 
superficiais, porém desempenham uma função mais provavelmente proprioceptiva do que 
motora 
▪ São inervados por ramos anteriores de nervos espinais (o m. trapézio é inervado pelo NC XI) 
e que atuam predominantemente nos membros. 
▪ Os estratos que estão nessa classificação são o vertebroapendicular, espinoapendicular 
profundo e espinoapendicular superficial 
• VA → Quadrado do lombo, psoas maior e psoas menor 
• EAP → Romboides maior e menor e Levantador da escápula 
• EAS → Trapézio e Latíssimo do dorso 
o Músculos intrínsecos do dorso: 
▪ São músculos próprios do dorso 
▪ Incluem os músculos profundos que atuam especificamente sobre a coluna vertebral, 
produzindo os seus movimentos e mantendo a postura. 
▪ Possui pontos de inserção apenas no esqueleto axial – maior estabilidade nos movimentos 
da coluna 
▪ Suas origens também são no esqueleto axial 
▪ Inervação pelos ramos posteriores dos nervos espinais, predominantemente 
▪ Atuam nos movimentos da coluna vertebral (manutenção da postura) 
▪ O estrato Tr (transversários) e PoTS (pós transversários superficiais) são estratos que embora 
sejam tratados como intrínsecos, possuem também características dos extrínsecos, seja 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
funcional, neural ou embriológica. Portanto, compõem o estrato mais superficial do grupo 
dos intrínsecos, ficando adjacente aos extrínsecos. 
▪ Os estratos presentes aqui são os transversários, os pós-transversários profundo, pós-
transversários médios e os pós-transversários superficiais 
• Tr → 
o 1) Longo da cabeça e do pescoço, retos anterior e lateral da cabeça, e 
escalenos anterior, médio e posterior 
o 2) Intertransversários (anteriores e posteriores do pescoço; do tórax; 
mediais e laterais do lombo) 
o 3) Levantadores das costelas 
• PoTP → Camada dos "segmentares" 
o Rotadores curtos e longos (do lombo - inconstantes ou pouco 
desenvolvidos, do tórax e do pescoço); 
o Interespinais (do lombo, do tórax - pouco desenvolvidos e do pescoço); 
Retos posterior maior e menor da cabeça; 
o Oblíquos superior e inferior da cabeça; Multífidos (do lombo, do tórax e do 
pescoço) 
• PoTM → Camada dos "multissegmentares" 
o Semi-espinal (do tórax, do pescoço e da cabeça); 
o Eretores da espinha: 
▪ Iliocostal do lombo (parte lombar, torácica e do pescoço) 
▪ Longuíssimo do tórax, do pescoço e da cabeça 
▪ Espinal do tórax do pescoço e da cabeça (inconstante) 
• PoTS → Camada "contentora" 
o 1) Esplênio do pescoço e da cabeça 
o 2) Serrátil posterior inferior e posterior superior 
• Músculos extrínsecos do dorso 
o São subdivididos em duas camadas, uma camada superficial e uma camada intermediária → DE 
ACORDO COM O MOORE 
o Camada superficial 
▪ Músculo trapézio: possui parte ascendente, descendente e transversa 
• Origem no processo espinhoso até TXII e inserção no cíngulo do membro superior 
(extremidade acromial – da clavícula), no acrômio e na espinha da escápula 
• Sua ação vai depender da parte que está contraindo: 
o Só a parte descendente: elevação da escápula 
o Só a parte transversa: faz a adução da escápula 
o Só a parte ascendente: deprime a escápula – 
o Todas as partes em conjunto fazem adução da escápula 
o Movimentos no cíngulo do membro superior 
• A inervação desse músculo é feita pelo décimo primeiro par de nervos cranianos, o 
nervo acessório, que passa profundamente ao m. trapézio. 
• Localiza-se no estrato Espinoapendicular superficial (EAS) 
▪ Músculolatíssimo do dorso: “latus” = grande (latim) → maior músculo entre os extrínsecos 
• Origem nos processos espinhosos e na aponeurose toracolombar e inserção 
na parte proximal do úmero 
• Age na rotação medial do membro superior e na adução e extensão do ombro. 
• Inervação: nervo toracodorsal (ramos anteriores dos nervos espinais), 
▪ → plexo somático → plexo braquial → nervo toracodorsal 
• Realiza movimentos no cíngulo do membro superior 
• Localiza-se no estrato Espinoapendicular superficial (EAS) 
 
Obs: o trígono da ausculta é formado 
pelo latíssimo, trapézio e margem 
medial da escápula. É um dos pontos 
para ouvir ruído pulmonar, na base do 
pulmão. Geralmente pede-se para que 
o paciente coloque os braços para 
frente e se curve, fazendo com que o 
trígono aumente e com isso, podemos 
auscultar adequadamente 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
▪ Músculo levantador da escápula: abaixo do m. esternocleidomastóideo e do m. trapézio 
• Origem nos processos transversos das vertebras cervicais e inserção no ângulo 
superior da escápula. 
• Principal ação: elevação da escápula – como diz no nome; outras ações: estende a 
coluna cervical (atuação nos dois lados e com escápula fixa) e flexão lateral da coluna 
cervical (atuação em um único lado); Movimentos no cíngulo do membro superior 
• Inervação: nervo dorsal da escapula (ramo anterior de C5 → vai p posterior → desce 
profundamente ao músculo) 
• Localiza-se no estrato espinoapendicular profundo (EAP) 
▪ Músculo romboide maior: mais achatado e inferior ao menor 
• Origem nos processos espinhosos e inserção na escápula 
• Realiza adução com um pouco de elevação das escápulas e movimentos no cíngulo 
do membro superior 
• Se insere da espinha da escápula para baixo 
• Inervação: nervo dorsal da escápula (ramo anterior de C5 → vai p posterior → desce 
profundamente ao músculo) 
• Profundo ao músculo trapézio 
• Localiza-se no estrato espinoapendicular profundo (EAP) 
▪ Músculo romboide menor: mais cilíndrico e superior ao maior 
• Origem nos processos espinhosos e inserção na escápula 
• Realiza adução com um pouco de elevação das escápulas e movimentos no cíngulo 
do membro superior 
• Se insere da espinha da escápula para baixo 
• Inervação: nervo dorsal da escápula (ramo anterior de C5 → vai p posterior → desce 
profundamente ao músculo 
• Profundo ao músculo trapézio 
• Localiza-se no estrato espinoapendicular profundo (EAP) 
 
o Camada intermediária 
▪ Músculo serrátil posterior superior: abaixo dos músculos trapézio, romboide, da escápula e 
do músculo levantador da escápula 
• Origem nos processos espinhosos e inserção da segunda até a quinta costela. 
• Função: elevar as costelas e abrir o tórax (importante na inspiração, agindo como 
sinergista na respiração ao abrir a caixa torácica); Transição funcional, logo atuam 
como Extensores, Rotadores, contentor/Propriocepção 
• É inervado pelos ramos musculares dos nervos intercostais (nome dado ao ramo 
anterior do nervo espinal quando está no tórax) 
• Localiza-se no estrato pós-transversários superficiais (PoTS) 
▪ Músculo serrátil posterior inferior: abaixo apenas do músculo latíssimo do dorso 
• Origem nos processos espinhosos e inserção da nona à décima segunda costelas. 
• Função/ação: abrir a caixa torácica auxiliando na respiração, traciona as costelas 
para inferior; Transição funcional, logo atuam como Extensores, Rotadores, 
contentor/Propriocepção 
• É inervado pelos ramos musculares dos nervos intercostais (nome dado ao ramo 
anterior do nervo espinal quando está no tórax) 
• Localiza-se no estrato pós-transversários superficiais (PoTS) 
 
 
o DE ACORDO COM O ARQUIVO QUE OS PROFESSORES DISPONIBILIZARAM, A melhor divisão desses 
músculos se dá pela divisão em camadas. Como estamos na parte dos músculos extrínsecos do 
dorso, a melhor divisão das camadas dessa região seria pelos estratos 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
▪ Vertebroapendicular (VA) 
• Relaciona-se com os músculos que se 
ligam à parte anterior dos processos 
transversos e ao corpo vertebral 
• Existem apenas na região lombar da 
coluna vertebral e 
predominantemente atuam nos 
movimentos dos membros inferiores 
• Os principais músculos presentes 
nessa região são o músculo quadrado 
do lombo, músculo psoas maior e 
músculo psoas menor, que agem no 
movimento no cíngulo do membro 
inferior e são inervados pelos ramos anteriores do nervo espinal. 
• São músculos que são vistos melhor na visão anterior, olhando-se pela parede 
posterior do abdome 
• Músculo quadrado do lombo 
o É um músculo quadrilateral, que forma uma lâmina espessa na parede 
posterior do abdome 
o É inervado pelos ramos anteriores dos nervos T12 e L1-L4 
o Ação: estende e flete lateralmente a coluna vertebral e fixa a costela XII na 
inspiração; ligado ao movimento no cíngulo do membro inferior 
• Músculo psoas maior 
o É longo, espesso e fusiforme 
o Está lateralmente as vertebras lombares 
o Passa atras (posteriormente) ao ligamento inguinal, para se fixar no 
trocanter menor do fêmur 
o É inervado pelos ramos anteriores dos nervos L1, L2 e L3. 
o Ação: flete a coxa (junto com o m. ilíaco); flete a coluna lateralmente; 
equilibra o tronco; individuo sentado → atua inferiormente como o m. ilíaco 
para fletir o tronco; ligado ao movimento no cíngulo do membro inferior 
• Músculo psoas menor 
o É medial ao psoas maior 
o Vai da vertebra TXII até a linha pectínea 
o É inervado pelos ramos anteriores dos nervos lombares (L1 e L2) 
o Atua conjuntamente com o psoas maior, o ilíaco e o iliopsoas na flexão da 
coxa na articulação do quadril e na estabilização dessa articulação 
▪ Espinoapendicular (EAS ou EAP) 
• É subdividido em profundo e superficial 
• É a musculatura mais posterior ou superficial do dorso e possui, em comum, a 
fixação no cíngulo do membro superior e no processo espinhoso das vértebras 
• Está relacionada aos movimentos dos membros (principalmente o superior) 
• São inervados através dos ramos anteriores 
dos nervos espinais (NE) e nervo acessório, no caso 
do músculo trapézio (NC XI). 
• EAP → Romboides maior e menor e 
Levantador da escápula (descrito acima) 
• EAS → Trapézio e Latíssimo do dorso (descrito 
acima) 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
 
 
 
 
 
 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Músculos intrínsecos do dorso 
o É dividido em três camadas: camada superficial, camada intermédia e camada profunda 
o Todos eles são inervados pelos ramos POSTERIORES dos nervos espinais 
o Camada superficial 
▪ Músculo esplênio da cabeça: esplênio = curativo (forma similar) 
• Origem nos processos espinhosos e inserção na cabeça e no processo mastoide 
• Possui fibras obliquas em V. 
• Ele é responsável por revestir e manter os músculos profundos a ele em posição. 
• Inervado por ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais 
• Localize-se no estrato pós-transversário superficial 
▪ Músculo esplênio do pescoço 
• Origem nos processos espinhosos e inserção nos processos transversos cervicais. 
• Ação: realiza extensão da coluna cervical (contração dos dois lados) e flexão lateral da 
coluna cervical junto com o m. levantador da escápula (contração unilateral) 
• Ele é responsável por revestir e manter os músculos profundos a ele em posição. 
• Inervado por ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais 
• Localize-se no estrato pós-transversário superficial 
o Camada intermédia 
▪ Músculo eretor da espinha: maior músculo do dorso, possui forma de pássaro e ocupa toda 
a camada intermédia 
• Se localiza em um sulco, entre o processo espinhoso e o ângulo da costela → calha 
costoespinal 
• Principal extensor da coluna vertebral e quando atua em apenas um lado, promove a 
flexão lateral da coluna 
• É dividido em três partes, que são as três colunas de músculos 
o Músculo iliocostal do lombo: possui uma parte lombar, torácica e iliocostal(do pescoço). 
o Músculo longuíssimo: possui uma parte torácica, uma parte do pescoço e uma 
da cabeça (no processo mastóide) 
o Músculo espinal: possui uma parte torácica, uma do pescoço (que é 
inconstante e varia entre os indivíduos) e uma da cabeça (que é a margem 
medial do m. semiespinal da cabeça). 
• As partes se sobrepõem e com isso a parte da cabeça fica mais medial, a do pescoço 
é intermédia e a do tórax é mais lateral 
• Localiza-se no estrado pós-transversário médio 
• Inervado pelo ramo posterior do nervo espinal 
o Camada profunda 
▪ Músculos transversos espinais: tem origem nos processos transversos e se inserem nos 
processos espinhosos. Estão presentes no sulco entre eles. 
• Músculos semiespinais: são mais superficiais e maiores; Localiza-se no estrado pós-
transversário médio e são inervados pelo ramo posterior do nervo espinal 
o Músculo semiespinal da cabeça: 
▪ Músculo digástrico possuindo uma intersecção tendínea. 
▪ Origem nos processos transversos começando em T7 e inserção na 
cabeça (parte posterior do crânio). Ação: extensão da cabeça. 
▪ Inervação: 2 nervos – occipital maior e o nervo occipital terceiro. 
o Músculo semiespinal do tórax e do pescoço: é mais profundo. 
▪ Origem nos processos transversos e inserção no espinhoso. 
▪ Ação: quando age nos dois lados estende o pescoço e o tórax, quando 
age só de um lado faz a rotação do pescoço ou do tórax para o lado 
contralateral 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Músculos multífidos: 
o São intermédios 
o Se originam de uma vértebra e se inserem da terceira, quarta e quinta 
vértebra acima da primeira, tendo então um comprimento médio. → calha 
transversoespinal 
o São muitos no tórax e na lombar (onde se fixam nos processos mamilares). 
o Origem no processo transverso e inserção no processo espinhoso. 
o Quando age nos dois lados estende a coluna, mas quando age apenas de um 
lado rotaciona a coluna contralateralmente. 
o Sua ação mais importante é na estabilização da coluna. 
o Inervado pelos ramos posteriores do nervo espinal 
• Músculos rotadores: 
o São mais profundos 
o Saem de uma vértebra para se inserir logo na de cima (curto) ou na segunda 
acima da primeira (longo), tendo então um comprimento menor. → calha 
transversoespinal 
o São mais evidentes na região torácica, mas também existem na lombar. 
o Eles estendem a coluna, quando agem nos dois lados 
o Rotaciona contra lateralmente, quando age apenas em um lado 
o Ação mais importante é estabilizar a coluna. 
o Inervado pelos ramos posteriores do nervo espinal 
▪ Outros músculos menores: são pequenos profundos e tem ação na propriocepção e na 
estabilização da coluna (principalmente). 
• Músculos interespinais do pescoço (também existem na lombar): 
o Realizam a extensão da coluna, são muito pequenos 
o Responsáveis por gerar o processo espinhoso bífido nas vértebras cervicais. 
o Localiza-se no estrato pós transversário profundo, na calha transversoespinal 
• Músculos intertransversários: 
o Estão entre os processos transversos ao longo de toda a coluna. 
o Realizam a flexão lateral da coluna e são importantes na estabilização dela. 
o Na lombar podem ser mediais (que são menores e estão no processo 
acessório da vértebra lombar) ou laterais (que são maiores). 
o Localiza-se no estrato transversário (Tr) 
• Músculos levantadores das costelas: 
o Origem nos processos transversos e inserção nas costelas. 
o Eleva e abre um pouco, ajudando na respiração. 
o Estão presentes apenas no tórax, na região torácica. 
o Ajudam na flexão lateral da coluna quando a costela está fixa. 
o Podem ser longos (se fixa na segunda costela abaixo) ou curtos (se fixam na 
costela logo abaixo). 
o Localiza-se no estrato transversário (Tr) 
o Irrigação: 
▪ o músculo latíssimo do dorso é irrigado pela artéria toracodorsal que é uma continuação da 
artéria subescapular, que por sua vez é ramo da artéria axilar. 
▪ Já os demais músculos do dorso são irrigados pelos ramos dorsais das aa. intercostais 
posteriores da aorta abdominal 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o DE ACORDO COM O ARQUIVO QUE OS PROFESSORES DISPONIBILIZARAM, A melhor divisão desses 
músculos se dá pela divisão em camadas. Como estamos na parte dos músculos intrínsecos do dorso, 
a melhor divisão das camadas dessa região seria pelos estratos 
▪ Transversário (Tr) 
• Mais anterior do grupo, está posterior ao estrato vertebroapendicular 
• Composto por músculos com fixação predominante nos processos transversos e 
costelas, sendo esse último uma referência ao elemento costal embrionário. 
• Se caracteriza pela transição nervosa (inervação mista entre ramo anterior e posterior 
do NE) e funcional (flexão lateral como principal ação muscular), o que marca o início 
dos estratos intrínsecos propriamente ditos 
• Os músculos inseridos aqui são os: 
o 1) Longo da cabeça e do pescoço, retos anterior e lateral da cabeça, e 
escalenos anterior, médio e posterior 
o 2) Intertransversários (anteriores e posteriores do pescoço; do tórax; mediais 
e laterais do lombo) 
o 3) Levantadores das costelas 
• Os músculos dessa região são de transição funcional, ou seja, realizam flexão anterior, 
flexão lateral e elevação das costelas 
▪ Pós transversários posteriores (PoTP) 
• Estão entre o processo transverso e espinhoso das vértebras, formando a calha 
transversoespinal 
• Os músculos PoTP são fixados nos processos transversos e espinhosos das vertebras 
e nas lâminas do arco vertebral. 
• Os músculos presentes nessa camada são os da camada dos “segmentares” e são: 
o Músculos rotadores curtos e longos (do lombo - inconstantes ou pouco 
desenvolvidos, do tórax e do pescoço) 
o Músculos interespinais (do lombo, do tórax - pouco desenvolvidos e do 
pescoço) 
o Músculos retos posterior maior e menor da cabeça. 
o Músculos oblíquos superior e inferior da cabeça 
o Músculos multífidos (do lombo, do tórax e do pescoço) 
• 
▪ Pós transversários mediais (PoTM) 
• Estão localizados na região entre os ângulos das costelas e o processo espinhoso das 
vértebras, chamada de calha costoespinal 
• Os músculos presentes nessa camada são os da camada “multissegmentar” e são: 
o Músculos Semiespinhal (do tórax, do pescoço e da cabeça) 
o Músculos Eretores da espinha: 
▪ Iliocostal do lombo (parte lombar, torácica e do pescoço) 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
▪ Longuíssimo do tórax, do pescoço e da cabeça 
▪ Espinal do tórax do pescoço e da cabeça (inconstante) 
▪ União dos PoTM e PoTP → Ambos estratos formam o cerne muscular da coluna vertebral, 
uma vez que são propriamente intrínsecos (inervados apenas por ramos posteriores dos NEs), 
distribuem-se respectivamente de maneira "segmentar" e "multissegmentar" em todo eixo 
vertebral e são os mantenedores da postura. 
▪ Pós-transversários superficiais (PoTS) 
• Estrato mais superficial dos músculos intrínsecos; 
• Possuem localização específica no eixo vertebral, e apresentam transição nervosa e 
funcional, uma vez que os demais estratos superficiais a esse são extrínsecos 
• São inervados pelos ramos anteriores e posteriores dos nervos espinais 
• Atua de maneira contentora aos músculos profundos de maneira direta ou indireta. 
• Os músculos presentes nessa camada são os chamados contentores 
o 1) Esplênio do pescoço e da cabeça 
o 2) Serrátil posterior inferior e posterior superior 
• Músculos da parte posterior do pescoço (na região suboccipital → abaixo do trapézio, esplênio da cabeça e 
semiespinhal da cabeça) 
o Músculo reto posterior maior da cabeça: 
▪ Origem no áxis e inserção no crânio. 
▪ É mais lateral do que o menor. Realiza a extensão da cabeça. 
o Músculo reto posterior menor da cabeça: 
▪ Origem em C1 (Atlas) e inserção no crânio. 
▪ É mais medial do que o maior. Também realiza extensão da cabeça. 
o Músculo oblíquo superior da cabeça: 
▪ Origem em C1 (Atlas) e inserçãono crânio. Também realiza extensão da cabeça. 
o Músculo oblíquo inferior: 
▪ Origem no Áxis e inserção no Atlas. Ele gira o Atlas, direcionando a face para o mesmo lado 
de contração. 
o A presença desses músculos (exceto o reto posterior menor) forma o trígono suboccipital. Seus limites 
são: 
▪ Medial: m. reto posterior maior da cabeça 
▪ Lateral: m. oblíquo superior 
▪ Inferior: m. oblíquo inferior 
▪ Assoalho: membrana atlanto occipital posterior e parte do arco posterior do Atlas 
▪ Teto: m. semiespinal da cabeça 
▪ Conteúdo: a. vertebral que passa por ali e n. suboccipital (que é um ramo posterior de C1) e 
inerva todos os 4 músculos da região suboccipital. 
o Obs: 2 nervos contribuem para a inervação do trígono: 
▪ Nervo occipital maior: que é ramo posterior de C2 e inerva o m. semiespinal da cabeça e o m. 
oblíquo inferior. 
▪ Nervo occipital terceiro: que é ramo posterior de C3 e inerva o m. semiespinal da cabeça e a 
pele da região 
o Região occipital 
▪ A região suboccipital pode ser compreendida na área entre linhas horizontais que passam pela 
linha nucal superior e o processo espinhoso de C III (primeira vértebra cervical típica) e linhas 
horizontais que passam pelo plano mediano, no ligamento nucal, e no processo mastóide. 
o Topografia 
▪ Ao dissecar os dois primeiros planos, a pele e a tela subcutânea, que podem ser bem espessas, 
alcança-se o primeiro plano muscular, que é formado pelo m. trapézio. Rebatendo esse 
músculo encontra-se o m. esplênio da cabeça, que o dissecando em sequência, se identifica o 
teto do denominado trígono suboccipital, formado pelo m. semiespinal da cabeça. 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
▪ O trígono suboccpital é formado por quatro músculos dispostos, justamente, em formato 
triangular: m. reto posterior maior da cabeça e m. reto posterior menor da cabeça, m. oblíquo 
superior da cabeça e m. oblíquo inferior da cabeça. Situam-se profundamente aos mm. 
semiespinais da cabeça, mas não estão profundos aos mm. multífidos. Esse quarteto muscular 
forma o limite superomedial, superolateral e inferolateral do trígono suboccipital, 
respectivamente, o qual tem como assoalho o arco posterior do atlas e as membranas 
atlantoccipital e atlantoaxial posterior, e como conteúdo a a. vertebral, e o n. suboccipital, 
que possuem função de irrigar e inervar esse quarteto muscular. 
▪ Durante a dissecção será possível observar que o n. occipital maior possui trajeto tangente ao 
m. oblíquo inferior da cabeça, e perfura o m. semiespinal da cabeça em direção a superfície 
para recolher a sensibilidade geral da região suboccipital e posterior da cabeça. Num nível 
inferior, o n. occipital terceiro ascende perfurando os mm. esplênios da cabeça e trapézio em 
direção a superfície para recolher a sensibilidade geral da região suboccipital e posterior da 
cabeça. 
o Aplicação clínica 
▪ O aumento da tensão muscular da região suboccipital, seja ela de qualquer origem (ex.: má 
postura, movimentos repetitivos, estresse, manutenção de uma única postura por longo 
tempo, alteração na ATM e/ou nos dentes, alteração vertebral cervical, dentre outras), pode 
gerar compressão dos nervos supracitados originando dores cervicais que se irradiam para a 
cabeça e, em alguns casos, para o membro superior. Quando irradiadas para a cabeça são 
comumente denominadas de cefaleia cervicogênica. 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
 
 
 
 
 
 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
 
Principais músculos que movimentam as articulações intervertebrais cervicais. 
Flexão Extensão Inclinação lateral Rotação (não mostrada) 
Ação bilateral de 
M. longo do pescoço 
M. escaleno 
M. 
esternocleidomastóideo 
Músculos profundos do pescoço 
M. semiespinal do pescoço e 
M.iliocostal do pescoço 
M. esplênio do pescoço e 
M.levantador da escápula 
M. esplênio da cabeça 
M. multífido 
M. longuíssimo da cabeça 
semiespinal da cabeça 
M. trapézio 
Ação unilateral de 
M. iliocostal do pescoço 
Mm. longuíssimos da cabeça 
e do pescoço 
Mm. esplênios da cabeça e 
do pescoço 
Mm. intertransversário e 
escalenos 
Ação unilateral de 
Mm. rotadores 
Mm. semiespinais da 
cabeça e do pescoço 
M. multífido 
M. esplênio do pescoço 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
 
Principais músculos que movimentam as articulações intervertebrais torácicas e lombares. 
Flexão Extensão Inclinação lateral Rotação (não mostrada) 
Ação bilateral 
de 
M. reto do 
abdome 
M. psoas 
maior 
Gravidade 
Ação bilateral de 
M. eretor da 
espinha 
M. multífido 
M. semiespinal 
do tórax 
Ação unilateral de 
Partes torácica e lombar do 
M.iliocostal do lombo 
M. longuíssimo do tórax 
M. multífido 
Mm. oblíquos externo e 
interno do abdome 
M. quadrado do lombo 
Mm. romboides 
M. serrátil anterior 
Ação unilateral de 
Mm. rotadores 
M. multífido 
M. iliocostal 
M. longuíssimo 
M. oblíquo externo do abdome agindo em sincronia 
com o M.oblíquo interno do abdome oposto 
M. esplênio do tórax 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• OS SETE ESTRATOS MUSCULARES DA COLUNA VERTEBRAL 
o Sumário das camadas (disposição de anterior para posterior): 
▪ VA - Vertebroapendiculares → extrínsecos 
▪ Tr - Transversários → intrínsecos 
▪ PoTP - Pós-transversários profundo → intrínsecos 
▪ PoTM - Pós-transversários médios → intrínsecos 
▪ PoTS - Pós-transversários superficiais → intrínsecos 
▪ EAP - Espinoapendiculares profundos → extrínsecos 
▪ EAS – Espinoapendiculares superficiais→ extrínsecos 
o INTRODUÇÃO 
▪ Essa sistematização ponderou rigorosamente a topografia e a relação entre as características 
funcionais, nervosas e embriológicas dos músculos que atuam na coluna vertebral. 
▪ O termo extrínseco foi reservado aos músculos que possuem fixação no esqueleto axial e 
apendicular, que são inervados por ramos anteriores de nervos espinais (o m. trapézio é 
inervado pelo NC XI) e que atuam predominantemente nos membros. Esse termo é aplicado 
aos estratos VA, EAP e EAS (Vertebroapendiculares, espinoapendiculares profundos e 
superficiais) (cor verde, Fig. 1-3). Esses não possuem em suas denominações a caracterização 
do termo transversário, que ficou reservado aos estratos intrínsecos. 
▪ Em virtude da característica de fixação apenas no esqueleto axial, possuir predominante 
inervação por ramos posteriores de nervos espinais, e atuarem nos movimentos da coluna 
vertebral (manutenção da postura), os estratos Tr, PoTP, PoTM, PoTS são considerados 
intrínsecos (cor roxa e rosa Figs.1-3). Dessa forma, a sua relação topográfica com o processo 
transverso permite a utilização do termo transversário, o que caracterizou a nomenclatura 
desses estratos, e que também se tornou uma forma de distinção para com os estratos 
extrínsecos (Tab. 1). 
▪ Assim, a sistematização em 7 estratos se resume na divisão de estratos extrínsecos (VA, EAP e 
EAS) e intrínsecos (Tr, PoTP, PoTM, PoTS). O estrato Tr e PoTS (rosa claro Fig. 1-3) são estratos 
que embora sejam tratados como intrínsecos, possuem também características dos 
extrínsecos, seja funcional, neural ou embriológica (Tab. 1). Portanto, compõem o estrato 
mais superficial do grupo dos intrínsecos, ficando adjacente aos extrínsecos. 
o DESCRIÇÃO 
▪ Estratos dos músculos extrínsecos da coluna vertebral 
• Os músculos relacionados à parte anterior dos processos transversos e corpo 
vertebral estão agrupados no estrato VA; estes existem apenas na região lombar da 
coluna vertebral (Fig. 3) e predominantemente atuam nos movimentos dos membros 
inferiores. 
• Por outro lado, na região cervicotorácica, a musculatura mais posterior ou superficial 
do dorso possui, em comum, a fixação no cíngulo do membro superior e no processo 
espinhoso das vértebras; portanto, além de atuarem nos movimentos desses 
membros, foram divididos em dois estratos do ponto de vista topográfico: EAP eEAS 
(espinoapendiculares profundos e superficiais) (Figs. 2 e 3). Destaca-se que, sendo 
extrínsecos, possuem inervação através dos ramos anteriores dos nervos espinais 
(NE) e nervo acessório, no caso do músculo trapézio (NC XI). Os músculos que 
compõem as camadas VA (Vertebroapendiculares), EAP e EAS (espinoapendiculares 
profundos e superficiais) estão dispostos na tabela 1. 
▪ Estratos intrínsecos da coluna vertebral 
• O estrato Tr (transversário) é o mais anterior desse grupo, e se localiza posterior ao 
estrato VA (Vertebroapendicular). Está composto por músculos com fixação 
predominante nos processos transversos e costelas, sendo esse último uma 
referência ao elemento costal embrionário. Esse estrato também caracteriza a 
transição nervosa (inervação mista entre ramo anterior e posterior do NE) e funcional 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
(flexão lateral como principal ação muscular), demarcando o início dos estratos 
intrínsecos propriamente ditos (cor rosa Figs. 1-3). 
• Posteriormente aos processos transversos estão localizados os estratos PoTP, PoTM 
e PoTS (Pós-transversários superficial, médio e profundo). A relação entre o processo 
transverso e espinhoso das vértebras forma uma calha anatômica que é possível 
denominar de calha transversoespinal. Nessa região estão localizados os músculos 
PoTP (Pós-transversários profundos), os quais estão fixados nesses processos e nas 
lâminas do arco vertebral. A região delimitada entre os ângulos das costelas e o 
processo espinhoso das vértebras pode ser denominada de calha costoespinal, no 
qual se localizam os músculos PoTM (Pós-transversários médios). Ambos os estratos 
formam o cerne muscular da coluna vertebral, uma vez que são propriamente 
intrínsecos (inervados apenas por ramos posteriores dos NEs → nervos espinais), 
distribuem-se respectivamente de maneira "segmentar" e "multissegmentar" em 
todo eixo vertebral e são os mantenedores da postura. 
• Já os músculos PoTS (Pós-transversários superiores) representam o estrato mais 
superficial dos músculos intrínsecos; possuem localização específica no eixo 
vertebral, e apresentam transição nervosa e funcional, uma vez que os demais 
estratos superficiais a esse são extrínsecos. Esse estrato atua de maneira contentora 
aos músculos profundos de maneira direta ou indireta. 
▪ 
• Fig. 1 - Fotografía de vértebra cervical típica digitalmente esquematizada 
demonstrando os estratos musculares: Transversários (Tr), pós-transversário 
profundo (PoTP), pós-transversário médio (PoTM), pós-transversário superficial 
(PoTS), Espinoapendiculares profundos (EAP) e superficiais (EAS). Não há o estrato VA 
nesse segmento da coluna vertebral. 
▪ 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Fig. 2 - Fotografía de vértebra torácica articulada com costelas típicas e digitalmente 
esquematizada para permitir a visualização da sistematização proposta em estratos: 
Transversários (Tr), pós-transversário profundo (PoTP), pós-transversário médio 
(PoTM), pós-transversário superficial (PoTS), Espinoapendiculares profundos (EAP) e 
superficiais (EAS). Não há o estrato VA nesse segmento da coluna vertebral. 
▪ 
• Fig. 3: Fotografía de vértebra lombar típica digitalmente esquematizada 
demonstrando os estratos musculares: Vertebroapendiculares (VA), Transversários 
(Tr), pós-transversário profundo (PoTP), pós-transversário médio (PoTM), pós-
transversário superficial (PoTS), Espinoapendicular superficial (EAS). (*Indica a 
camada média da fáscia toracolombar. Não há o estrato EAP nesse segmento da 
coluna vertebral. 
 
• DISCUSSÃO 
• Aplicação cirúrgica 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o Uma das aplicabilidades desta classificação seria no ensino de residentes da neurocirurgia 
e ortopedia, especializações que comumente realizam cirurgias na coluna vertebral. A 
mais simples de todas as abordagens espinais, também uma operação muito popular, é a 
abordagem anterior da coluna cervical para ressecção de divertículos esofágicos. Nessa 
abordagem a classificação proposta poderia transmitir informações funcionais e 
topográficas importantes até sobre músculos que não são o alvo principal da operação e 
que poderiam ser facilmente esquecidos pelos profissionais, colaborando, portanto, com 
seu melhor desempenho profissional. Além disso, poderíamos citar a abordagem na 
costotransversectomia para a coluna torácica, particularmente útil para hérnias de disco 
torácico Este procedimento envolve uma abordagem por meio do aspecto lateral da calha 
costospinal, atingindo assim EAP, EAS, PoTS e PoTM, embora, às vezes, preservado PoTS, 
uma vez que evita a calha transversoespinhal. Esta é uma grande operação que, por vezes, 
pode levar o paciente a sentir dor ao movimentar o ombro (devido a trauma do trapézio) 
e também causar lesão no nervo torácico longo. Outro exemplo de aplicação dessa 
classificação seria na abordagem da fusão intersomática lombar por via lateral. As fibras 
dos músculos psoas maior são retraídas durante o procedimento e 100% dos pacientes 
apresentam algum nível de fraqueza na flexão da articulação do quadril no pós-operatório, 
que se resolve na grande maioria dos casos em até um ano. Contudo, a frequência com 
que essa fraqueza do quadril ocorre poderia não ser surpresa para a comunidade cirúrgica 
se uma compreensão completa da função do músculo psoas fosse conhecida: sua 
classificação como parte do estrato VA certamente teria previsto essa morbidade 
específica relacionada a operação. 
 
• Repercussões no ensino da anatomia 
o A musculatura relacionada à coluna vertebral é comumente descrita de acordo com a 
topografia, sem necessariamente ocorrer uma sistematização baseada nos demais 
aspectos morfológicos. Essa metodologia fragmenta o conteúdo e demanda mais tempo 
de estudo, o que é um paradoxo atual para tal ciência nas universidades ao redor do 
mundo. 
o Individualmente os músculos da coluna vertebral são bem descritos na literatura 
anatômica, onde nos livros que utilizam uma divisão topográfica situa-se no capítulo de 
dorso, enquanto que nos livros que utilizam metodologia sistêmica o fazem na seção do 
sistema muscular. Apesar disso, em ambos ocorre negligência de determinados músculos 
(ex. intertransversários laterais e mediais do lombo, intertransversários anteriores, 
posteriores mediais e laterais do pescoço). 
o A sistematização desses músculos utiliza termos heterogêneos (ex. complexo 
sacroespinal, espinocostal, pré- e pós-vertebrais, próprios da nuca, suboccipitais e 
espinoumerais) e incoerência ou contradição aos conceitos utilizados pelos próprios 
autores para determinar a classificação/nomenclatura dessa metodologia didática, as 
quais deixam muitas dúvidas nos discentes e detém a otimização do estudo. A critério de 
exemplo, a utilização dos termos pré-vertebral e para- ou pós-vertebral não é clara o 
bastante para incluir ou excluir músculos para essas classificações, uma vez que autores 
utilizam dessa para expor descrição de músculos da região cervical, enquanto outros o 
fazem para os "músculos do dorso" de maneira parcial3, ou como todo6. Além disso, 
osmúsculos pré-vertebrais, comuns na literatura anatômica, são os longos da cabeça e 
pescoço; ou seja, demais músculos anteriores à coluna vertebral importantes para o 
movimento dessa são negligenciados, sobretudo os relacionados ao processo transverso 
e costelas. 
o Na literatura não se encontra outra metodologia que utilize, de maneira concisa, tantas 
características morfológicas simultâneas para sistematizar a musculatura da coluna 
vertebral. Infelizmente também foi constatado que existe uma escassez de pesquisas que 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
discutem as questões didáticas sobre o tema e elaboram soluções. Assim, a sistematização 
apresentada foi construída a partir da união de conceitos em topográfica, inervação, 
função e origem embriológica desses elementos, fundamentandoa sua nomenclatura 
com a terminologia anatômica. 
o A proposta de dividir os músculos da coluna vertebral em intrínsecos e extrínsecos, em 
razão de suas fixações, alcança todos aqueles que atuam na coluna vertebral e respeita 
suas demais características morfológicas, inclusive as transições funcionais que foram 
propostas com a presente sistematização. Por outro lado, o termo "músculos próprios do 
dorso" seria exclusivo aos inervados pelo ramo posterior do NE, ou originados da parte 
epaxial do dermatomiótomo, particularizando determinados músculos da região dorsal. 
Nesse sentido, os músculos serráteis posteriores seriam excluídos dessa classificação 
embora sejam intrínsecos. Além disso, optou-se por utilizar o termo intrínsecos e 
extrínsecos por serem derivados latinos, ao invés de alóctones e autóctones (grego), 
embora também apropriados. 
o A sistematização em estratos (latim) privilegia a divisão topográfica, organização e 
visualização. Essa medida permitiu excluir os termos oriundos da fixação muscular 
(transversoespinais e espinotransversais), uma vez que ambas sistematizações são 
convencionais e não conferem as características morfológicas dos músculos: o músculo 
esplênio da cabeça seria um músculo "espinocranial", o semiespinal da cabeça seria 
"transversocranial", enquanto que os multífidos são espinotransversais sobrepostos, ao 
invés de transversoespinais. Essa sistematização também aboliu a utilização do termo 
"músculos toracoapendiculares" (ou espinoescapulares/espinoumerais), pois de fato 
esses músculos não são torácicos: possuem fixação na região da cabeça, do pescoço e 
lombar; de outro modo, optou-se pela denominação espinoapendiculares, como Dangelo 
e Fattini, com evidente distinção topográfica entre profundo e superficial (EAP e EAS, 
respectivamente), podendo-se reservar o termo "músculos toracoapendiculares" aos 
músculos peitoral maior e menor, subclávio e serrátil anterior. Ademais, o estrato VA reuni 
os músculos que atuam na cinemática entre membro inferior e região lombar. 
o O estrato Tr agrupa os músculos relacionados ao processo transverso das vértebras e seus 
elementos costais embriológicos. Essa medida adicionou importante ponto de 
organização e análise para essa sistematização, já que nesse estrato ocorre a transição 
morfológica (funcional, nervosa e embriológica) dos músculos relacionados à coluna 
vertebral. Prova disso é a inclusão dos músculos escalenos e levantadores das costelas 
nesse estrato. De maneira similar, o estrato PoTS é composto por músculos que também 
exibem transição morfológica, sendo especial a transição funcional em virtude da ação 
proprioceptiva ou contentora dos músculos serráteis posteriores. Assim, o estrato Tr e 
PoTS, adjacentes aos estratos extrínsecos (hipaxiais) sediam respectivamente essa 
transição (hipaxiais-epiaxiais e epiaxiais-hipaxiais), enquanto que os estratos PoTP e PoTM 
são exclusivamente epiaxiais (inervados exclusivamente pelo ramo posterior do NE). 
Ademais, as transições morfológicas, e demais características dos estratos, respeitam 
rigorosamente a inervação da musculatura e a suas origens na parte epiaxial e hipaxial dos 
dermatomiótomos. 
o

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