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As infecções dentárias realmente causam infecções do sistema nervoso central? CONSIDERAÇÕES GERAIS: Há relatos de que a incidência das infecções do SNC de origem dentaria seja apenas de 1% a 2% Taxa de mortalidade: 20% a 30% A infecção do SNC inclui meningite, empiema subdural, cerebrite, encefalite, tromboflebite séptica e abscesso cerebral O presente artigo tem como foco o abscesso cerebral e a troboflebite séptica do seio cavernoso de etiologia dentaria A tomografia computadorizada possui o melhor padrão para diagnóstico + uso de altas doses de antibióticos Abscessos cerebrais são frequentemente polimicrobianos e estão associados com infecções odontogênicas em dentes com proximidade ao seio maxilar (baixo índice) e atingem o cérebro por tombose do seio cavernoso ou extensão direta TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO (CST) OU TROMBOFLEBITE SÉPTICA O seio cavernoso é o de maior incidência de infecções odontogênicas Limites: ossos temporal e esfenoide, lateral à sela turca Drenagem: recebe sangue das veias oftálmicas superior e inferior, do seio esfenoparietal, da veia cerebral superficial média e das veias do plexo pterigoide Conteúdo: nervos cranianos III, IV, V1, V2 e VI e artéria carótida interna O nervo abducente(VI): corre com a artéria carótida interna na parede lateral do seio cavernoso. Por isso, é geralmente o primeiro nervo craniano lesado na CST Sintomas da CST: febre alta, dor de cabeça, fotofobia, náusea, vômitos e sinais de toxicidade sistêmica. Obstrução das veias oftálmicas leva à quemose, proptose e edema das pálpebras ipsilaterais, testa e nariz. Ingurgitamento da retina, as veias podem ser seguidas por hemorragias retinianas, papiledema, dor nos olhos e diminuição da acuidade visual. O envolvimento dos nervos cranianos (III, IV, V1, VI) leva a ptose, oftalmoplegia e parestesia supraorbital. Causas: propagação hematogênica de êmbolos sépticos para o seio cavernoso através do suprimento sanguíneo da cabeça e do pescoço ou extensão direta de infecções do espaço atingido Vias de propagação: veias sem valvas percorrendo o espaço canino ou infraorbital veia facial anterior veia angular veia oftálmica inferior fissura orbitaria superior SEIO CAVERNOSO Vias anteriores: dentes anteriores superiores, pele do nariz externo, lábio superior, bochecha, pálpebras ou orbita Vias posteriores: infecções espaciais veias emissárias do plexo venoso pterigoide fossa pterigopalatina seio petroso inferior SEIO CAVERNOSO ou via veias emissárias que passam pelo forame oval e lácero / origem: dentes molares superiores, seios paranais, ouvido médio Terceira via: disseminação através dos planos fasciais / ex: infecção de um molar inferior plano submassetérico fossa infratemporal osteomielite esfenoidal 2 patógenos predominantes na CST: Staphylococcus aureus (50% –60%) e estreptococo b-hemolítico (20%) CONCLUSÃO: Há potencial para propagação de infecção dentária para estruturas neurológicas, resultando em CST e abscesso cerebral.
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