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Fisiologia do Sistema Nervoso Profa. Dra. Josiane Maria Starling Duarte BIBLIOGRAFIA AIRES, M.M. Fisiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 1335p. HALL, J.E. Guyton and Hall. Tratado de fisiologia médica. 13.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 1176p. LEHNINGER, A.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Lehninger Principles of biochemistry. 6.ed. New York: W.H. Freeman, 2012. 1340p. MACHADO, A.; HAERTEL, L.M. Neuroanatomia funcional. 3.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013. 363p. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2015. 640p. TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 1275p. FUNÇÃO GERAL ✓ Processamento – detecção, análise e resposta – das informações oriundas do meio ambiente, do meio interno e da memória (informação armazenada), visando finalidades específicas Músculos e Glândulas 1) SNC: Processamento e integração de informações 2) SNP: - Conecta SNC às diversas partes do corpo - Conduz informações do SNC aos efetuadores FUNÇÕES ESPECÍFICAS ✓ Função SENSITIVA Receptores detectam estímulos internos e externos → Vias Aferentes (nervos) → SNC ✓ Função INTEGRADORA SNC processa as informações sensitivas, analisa e toma as decisões adequadas para cada resposta ✓ Função MOTORA Resposta motora específica por meio da ativação de Vias Eferentes (nervos cranianos, espinhais e autônomos) → músculos e glândulas ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA E FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Origem Embriológica: ECTODERMA ORIGEM EMBRIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO: SNC SNP DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO: SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ✓ Encéfalo 85 bilhões de neurônios ✓ Medula Espinhal 100 milhões de neurônios Forame Magno do Occipital COMPONENTES DO SNC – Encéfalo e Medula 1) MENINGES: camadas protetoras – ENCÉFALO e MEDULA ESPINHAL http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=l%C3%ADquor+cefalorraquidiano&source=images&cd=&cad=rja&docid=XY6DjKvSACN08M&tbnid=YbuXQbogWrcXbM:&ved=0CAUQjRw&url=http://cistosaracnoide.org/anatomia.html&ei=Yi9HUfykJYym8QTRp4BQ&psig=AFQjCNH_7EvrTcuDYeulhmWOu3vxZIMYJA&ust=1363705238985645 2) FLUÍDO CÉREBRO-ESPINHAL / LÍQUOR / LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR) ✓ Produzido nos Ventrículos Cerebrais pelos plexos corioides, redes de capilares localizadas nas paredes dos ventrículos; ✓ Funções: absorção de choques mecânicos, manutenção da pressão intracraniana, tamponamento químico e transporte de substâncias neuroquímicas (hormônios polipeptídicos) Telencéfalo Diencéfalo TRONCO ENCEFÁLICO Mesencéfalo Ponte Bulbo MEDULA ESPINHAL CÉREBRO Cerebelo ENCÉFALO Sistema Nervoso Central Medula 2 pares de Nervos Cranianos 10 pares de Nervos Cranianos DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO ENCÉFALO - Coordenação motora - Equilíbrio - Tônus muscular - Postura corporal - Funções não motoras: cognição e processamento da linguagem Função primária: avaliar como os movimentos iniciados nas áreas motoras do Telencéfalo estão sendo executadas e corrigir, se necessário CEREBELO Árvore da Vida Córtex Cerebral Planeja o movimento Executam o movimento voluntário Cerebelo + Núcleos da Base Tronco Encefálico Medula Espinhal Regulam o movimento (ajustes) DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: Nervos Cranianos e Espinhais Gânglios Sensoriais Receptores Sensoriais Plexos Entéricos Gânglios Autônomos Vias Motoras Autônomas Organização e Revestimento Conjuntivo de um Nervo Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016. Nervo: feixe de axônios localizados no SNP Trato: feixe de axônios localizados no SNC NERVOS CRANIANOS ✓ Fazem conexão com o Encéfalo ✓ 12 pares de nervos ✓ Nomenclatura específica: numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido crâniocaudal NERVOS CRANIANOS - Sequência crânio-caudal Par Nervo Craniano I Olfatório II Óptico III Óculomotor IV Troclear V Trigêmeo VI Abducente VII Facial VIII Vestíbulo-coclear IX Glossofaríngeo X Vago XI Acessório XII Hipoglosso CLASSIFICAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS DE ACORDO COM O COMPONENTE FUNCIONAL ✓ SENSORIAIS ✓ MOTORES ✓ MISTOS a) SENSORIAIS: olfato (I), visão (II) e audição (VIII) b) MOTORES: movimentam olhos (III, IV, VI), músculos látero-posteriores do pescoço (XI) e língua (XII) c) MISTOS: Trigêmeo (V), Facial (VII), Glossofaríngeo (IX) e Vago (X) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Glândula Parótida Glândulas Submandibulares Glândulas Lacrimais MEDULA ESPINHAL ✓ 42 a 45 cm - Dividida em regiões topográficas ✓ 31 pares de Nervos Espinhais 8 12 5 5 1 Sacral Fonte: NETTER, 2015. MEDULA ESPINHAL MEDULA ESPINHAL Distribuição da substância cinzenta e da substância branca na Medula Espinhal e no Encéfalo Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016. 3) NEURÔNIOS Unidade morfofuncional do SN e possui todas as organelas típicas de uma célula eucariótica - Gera e conduz os Impulsos Nervosos - Produz e secreta Neurotransmissores Pericário ou Soma: - Origina Dendritos e Axônio; - Integração dos impulsos nervosos; - RERugoso: Corpúsculos de Nissl Recepção de estímulos/informações do meio ambiente, células epiteliais ou neurônios adjacentes Neurotransmissão Elétrica (Impulsos Nervosos) Células nervosas, musculares ou glandulares Neurotransmissão Química (Sinapses) Células nervosas, musculares ou glandulares Axônio 1) NEURÔNIOS Inúmeros receptores para os NT Botões sinápticos ou varicosidades contém vesículas sinápticas que armazenam os NT SISTEMA NERVOSO ✓ Varicosidade: Sintetizam e armazenam as vesículas transmissoras de Neurotransmissores ✓ Potencial de Ação: Despolarização permeabilidade íons Ca2+ Vesículas liberam NT ATP Cerebelo - Célula de Purkinje - Córtex Cerebral - Células Piramidais -Encéfalo e Medula Espinhal SensoriaisRetina Orelha interna Área olfatória no encéfalo Invertebrados - Número e organização de seus processos - PseudounipolarUnipolar Bipolar CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS – ESTRUTURAL - POLARES MULTIPOLARES CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS – FUNCIONAL - ✓ Neurônios Sensitivos ou Aferentes ✓ Interneurônios ou Neurônios de Associação ✓ Neurônios Motores ou Eferentes CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS – FUNCIONAL - Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016. 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS ✓ Constitui metade do volume do SNC (menores, mas 5 a 25x mais numerosas que os neurônios); ✓ Acreditava-se que era a “cola” que mantinha o tecido nervoso unido; ✓ Participam ativamente das funções do tecido nervoso; ✓ Podem multiplicar e se dividir (preencher espaços / Gliomas) 1 neurônio para 10 a 50 Neuróglias! MACRÓGLIA SNC Astrócitos Oligodendrócitos Células Ependimárias SNP Células de Schwann Células Satélites MICRÓGLIA Células da Micróglia Somente no SNC 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS Astrócitos: suporte aos neurônios, nutrição, sustentação, auxílio à Barreira Hematoencefálica, influenciam formação de sinapses 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS Micróglia: Defesa Fagócitos (macrófagos) Lesão do tecido nervoso: células Microgliais perdem os prolongamentos e assumem forma arredondada, constituindo macrófagos com capacidade fagocitária (Imagens: Departamento Anátomopatológico / UNICAMP) Células Ependimárias: revestem os Ventrículos Encefálicos e o Canal Central da Medula Espinhal; - Barreira Hematoliquórica: células ligadas por junções oclusivas recobrindo os capilares dos plexos 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS a: Canal Medular; b: Substância Cinzenta; c: Células Ependimárias; Seta: Corpo Celular 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS CélulasSatélites: envolvem os corpos celulares dos neurônios nos gânglios do SNP Suporte estrutural e regulação das trocas entre os corpos celulares e o meio intersticial Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016. Células Satélites Imagem: Departamento Anátomopatológico / UNICAMP Formação e manutenção da BAINHA DE MIELINA SNC:Oligodendrócitos 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS Projeta cerca de 15 prolongamentos amplos que forma espiral ao redor dos axônios Mieliniza partes de vários axônios Microscopia Eletrônica de Varredura (Aumento 650x) http://1.bp.blogspot.com/-DkkOYFZ_7FI/UtBucnMPbLI/AAAAAAAAAIQ/Ol9gxlAfpvY/s1600/celulas-glia.jpg SNP: Células de Schwann 2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS Mieliniza apenas 1 axônio Formação e manutenção da BAINHA DE MIELINA Iniciam a mielinização durante o desenvolvimento fetal e a quantidade de mielina aumenta do nascimento até a idade adulta 1 mm Bainha de Mielina: 100 camadas de membrana interna Externa: Neurolema MIELINIZAÇÃO ✓ Justaposição de multicamadas lipoproteicas de membrana plasmática das células da glia ✓ Interrompida regularmente pelos Nodos de Ranvier: R é baixa Bainha é uma Evolução Potenciais de Ação são gerados A cada 1 a 3 mm Área de 2 a 3 m - SUBSTÂNCIAS CINZENTA e BRANCA - a: Substância Cinzenta b: Substância Branca Seta: Corpo Celular Substância Lipídica: Esfingomielina BAINHA DE MIELINA Microscopia Eletrônica de Varredura (Aumento 650x) Bainha de Mielina: cinza Axoplasma: rosa Endoneuro: amarela Canais voltagem-dependentes Condução Saltatória Requer metabolismo menos intenso (menos energia gasta) http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCMufxPL-gMcCFYISkAodTXMHjw&url=http%3A%2F%2Fpt.slideshare.net%2Femanuelbio%2Freviso-bahiana-de-medicina&ei=SB65VcvbC4KlwATN5p34CA&bvm=bv.99028883,d.Y2I&psig=AFQjCNGHDIiZFucnHzyhppxxUu0GM9M8hA&ust=1438280399430420 POTENCIAL DE AÇÃO NAS FIBRAS MIELINIZADAS ✓ Propriedade: Aumento na velocidade de condução do impulso nervoso Classificação das Fibras Nervosas Fibras A Fibras B Fibras C 15 a 20 m 12 a 130 m/s 43 a 450 km/h Sensorial: tato, pressão, propriocepção, sensações térmicas e dolorosas; Motores: mm esqueléticos 2 a 3 m 15 m/s 54 km/h Impulsos sensoriais das vísceras para o SNC e formam os axônios dos neurônios motores autônomos pré- ganglionares 0,5 a 1,5 m 0,5 a 2 m/s 1,8 a 7,2 km/h Sensorial: dor, tato, pressão, calor, frio e dor visceral e fibras motoras autônomas pós-ganglionares Doenças que causam a perda de mielina (oligodendrócitos degeneram) – Esclerose Múltipla - afetam a velocidade e até mesmo a propagação da condução do impulso nervoso ✓ Ausência de coordenação motora ✓ Tremores ✓ Paresia: ausência de movimentos voluntários Órgãos Sensoriais Estímulos, Informações SISTEMA NERVOSO CENTRAL Órgãos Efetores: Músculos: Esquelético, Liso e Cardíaco Glândulas Respostas Fisiológicas TRANSMISSÃO DE IMPULSOS NERVOSOS Fibras Aferentes Fibras Eferentes IMPULSOS NERVOSOS = POTENCIAIS DE AÇÃO BIOELETROGÊNESE Capacidade de gerar e alterar a diferença de Potencial Elétrico através da membrana celular Impulsos eletroquímicos que transmitem sinais elétricos ✓ Neurônio ✓ Células Musculares Esqueléticas Lisas ✓ Glândulas ✓ Os neurônios geram e propagam Impulsos Elétricos: Impulsos nervosos são transmitidos por Potenciais de Ação Rápidas alterações do Potencial de Repouso da Membrana Inversão da Polaridade da Membrana que se propagam por toda a membrana da fibra nervosa (Axônio) ✓ Dependem de 2 características básicas da membrana: Existência de um potencial de membrana de repouso Presença de tipos específicos de canais iônicos Potencial de Repouso da Membrana Celular ✓ Tendência: [ ] íons LIC e LEC igualarem Potencial Elétrico = 0 Não haveria Polarização na membrana Impulso nervoso só é gerado quando há potencial 0 Impulso Nervoso: Membrana Celular tem que estar Polarizada para haver a Despolarização 1) Difusão Facilitada - Potencial de Repouso da Membrana Celular Gradiente Eletroquímico Na+ = 142 mEq/L K+ = 4 mEq/L Na+ = 14 mEq/L K+ = 140 mEq/L Potencial de Repouso da Membrana Celular 2) TRANSPORTE ATIVO: movimentação das substâncias ocorre CONTRA um Gradiente de Concentração, Elétrico ou Pressão Utilização de energia pelo sistema: ATP Potencial de Repouso da Membrana Celular Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016. ✓ Bomba de Na+/K+ Base fisiológica para transmissão dos Impulsos Nervosos: Estabelecimento de voltagem elétrica NEGATIVA dentro da célula ✓ Potencial Elétrico dentro da fibra é 90 miliVolts MAIS NEGATIVO do que o Potencial no LEC Membrana Polarizada (-90 mV) http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCKDn6duKgccCFQEUkAodcUUHFQ&url=http%3A%2F%2Fwww.hipertrofia.org%2Fforum%2Ftopic%2F90111-nutrition-101%2Fpage-6&ei=rSq5VeDcMIGowATxip2oAQ&psig=AFQjCNH1Ueg8Epv1pubgsoUSWgxSElDGqQ&ust=1438284607987884 ✓ Potencial de Ação: evento elétrico transitório Completa inversão da polaridade elétrica da membrana celular conduzida por todo neurônio ✓ Fases: - Despolarização: Redução da eletronegatividade intracelular Influxo de Sódio com carga + - Repolarização: Potencial de membrana volta ao padrão de repouso Figura: Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011. 20 a 50 mV Despolarização da Membrana Celular ✓ Por décimos de milésimos de segundo, a membrana torna-se muito permeável aos íons Sódio, permitindo a entrada de um grande número de íons carregados positivamente se difunda para o interior do axônio: Interior carregado de cargas positivas Interior do axônio DespolarizaçãoPolarização Repolarização Figura: Adaptada de Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011. Repolarização da Membrana Celular Após os canais de Sódio começarem a se fechar, os canais de Potássio se abrem e ocorre a rápida difusão dos íons potássio para o exterior: Restabelecimento do Potencial de Repouso negativo da membrana Polarização Final do PA Início da Repolarização Figura: Adaptada de Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011. Despolarização e Repolarização da Membrana Celular Fonte: Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011. Período Refratário (0,4 a 4 ms) Período de tempo o qual a célula não consegue gerar outro PA Gera um Impulso Nervoso ✓ Condições fisiológicas: Frequência máxima de PA nos axônios entre 10 e 1.000 /seg. Propagação UNIDIRECIONAL - Propriedades do Potencial de Ação - Princípio do “TUDO-OU-NADA” - Estímulo Sublimiar (E1, E2) - Estímulo Limiar de Ação (E3) Acima de -55 a -65 mV ✓ Para ocorrer a propagação da Despolarização 1 2 3 4 Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016. - Um potencial de Ação será gerado quando o Potencial de Membrana atinge seu limiar Quanto maior a intensidade do estímulo, maior a frequência dos PA A frequência do PA determina a detecção de estímulos sensoriais diferentes Frequ~enos Frequência dos Potenciais de Ação Toque suave X Pressão mais firme Estimula um número maior de neurônios sensíveis à pressão Exame não invasivo que que registra e analisa atividade elétrica cerebral auxiliando diagnósticos Eletroencefalografia (EEG) ✓ Indicações: Qualquer tipo de distúrbio convulsivo, confusão mental, traumatismos cranianos, tumores cerebrais, encefalites, doenças degenerativas, encefalopatias metabólicas, intoxicações; Avaliar distúrbios do sono e investigar períodos de inconsciência; Confirmar morte cerebral em paciente comatoso ✓ O procedimento não é capaz de "ler a mente", medir o grau de inteligência nemde diagnosticar uma doença mental Malhas de eletrodos aplicada diretamente sobre o córtex cerebral Eletrodos aplicados no couro cabeludo Eletrodos de superfície para aplicação no couro cabeludo Eletrodos de agulha inseridos Eletroencefalografia (EEG) Eletroencefalograma com Mapeamento Cerebral Ondas Cerebrais: Alpha = 8 a 13 ciclos / segundo Beta = Superior a 13 ciclos / segundo Theta = 4 a 7 ciclos / segundo Delta = Inferior a 3,5 ciclos / segundo SINAPSE Zona de comunicação entre uma célula nervosa e a célula seguinte em uma cadeia funcional SINAPSE (Grego: Synapsis =Ação de unir) ✓ Região de transmissão de impulsos nervosos (20 a 40 nm) ✓ Transmissão através de íons ou de mediadores químicos Neurotransmissores Neurotransmissores Membrana Pré-Sináptica de um neurônio Neurônio Célula Muscular Célula Glandular 1 3 2 ANATOMIA FISIOLÓGICA DA SINAPSE 20 a 40 nm* Preenchida com líquido intersticial * 1 nm = 10-9 m ESQUELÉTICA LISA JUNÇÕES NEURO-MUSCULARES TIPOS DE SINAPSES JUNÇOES NEURÓCRINAS a)Sinapse Elétrica ✓ Presença de mediadores químicos (NT) ✓ Receptores na membrana pós-sináptica ✓ Sinal elétrico convertido em químico ✓ Mais lenta ✓ Movimento livre de íons entre fibras ✓ Músculo liso, cardíaco, encéfalo ✓ Rápida ✓ Contração coordenada das fibras TIPOS DE SINAPSES b) Sinapse Química SINAPSES ENTRE NEURÔNIOS 80 a 95% 5 a 20% AXODENDRÍTICA AXOAXÔNICA AXOSOMÁTICA Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016. TERMINAIS PRÉ-SINÁPTICOS Neurônio Motor ✓ Um neurônio do SNC recebe informações de 1.000 a 10.000 sinapses ✓Podem ser Excitatórios (PEPS) ou Inibitórios (PIPS)* * Potencial Excitatório/Inibitório Pós-Sináptico A) PEPS O NT é EXCITATÓRIO Causa despolarização na membrana pós-sináptica Entrada de Na+ b) PIPS O NT é INIBITÓRIO Causa hiperpolarização na membrana pós-sináptica Abertura dos canais para entrada de Cl- ou saída de K+ POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICOS SOMAÇÃO DE PEPS: Mecanismo de combinação ou integração dos sinais elétricos na membrana pós-sináptica Sinalização Celular - Neurotransmissão MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA 1) Impulso Nervoso Despolarização 2) Induz abertura dos Canais de Cálcio (voltagem dependentes) 3) e 4) Influxo de Cálcio promove Exocitose vesículas sinápticas Liberação dos Neurotransmissores 5) Interação NT- Receptor Pós- Sináptico: Abrem os canais ativados por ligantes Despolarização da membrana pós-sináptica* 6) Remoção do NT na fenda sináptica: Hidrolisados por enzimas, recaptados e transportados por proteínas de membrana ativamente para serem reutilizados 7) Vesículas sinápticas recuperadas por Endocitose são reutilizadas para formar novas vesículas +Potencial Pós-Sináptico Excitatório (PEPS) * Potencial Pós-Sináptico Inibitório (PIPS) 7 Recaptação por transporte ativo Difusão para os fluidos corporais adjacentes e depois sangue Degradação enzimática Enzimas que participam da lise das catecolaminas http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1053 NEUROTRANSMISSORES Substâncias químicas que atuam como transmissores sinápticos Neurotransmissores de moléculas pequenas e de ação rápida Classe I Acetilcolina Classe II – AMINAS Noradrenalina Adrenalina Dopamina Serotonina Histamina Classe III Ácido Gama-Aminobutírico (GABA) Glicina Glutamato Aspartato Classe IV Óxido Nítrico (NO) Neurotransmissores de moléculas pequenas e de ação rápida ✓ Sintetizados no citosol do terminal pré-sináptico ✓ Entrada nas vesículas por transporte ativo ✓ Mitocôndrias fornecem ATP (energia necessária para a síntese dos NT) Síntese e remoção da Acetilcolina após sua liberação e ação Colina Acetil-transferase Hidrólise Recaptação Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Acetilcolina Muscarínico Nicotínico Muscarina Nicotina Atropina Curare Atividades das áreas cerebrais relacionadas à atenção, aprendizagem e memória Receptor Nicotínico: Pressão Arterial FC Receptor Muscarínico: FC Broncoconstrição Salivação Motilidade Gastrointestinal Secreção gástrica ACETILCOLINA: Neurônios COLINÉRGICOS Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Noradrenalina Adrenalina Receptor Receptor Fenilefrina Isoproterenol Fenoxibenzoamina Propanolol AMINAS: Neurônios NORADRENÉRGICOS / ADRENÉRGICOS Estimula atividade psicomotora FR e taxa de conversão do glicogênio em energia FC, força de contração e pressão arterial AMINAS: Neurônios DOPAMINÉRGICOS Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Dopamina D1, D2...D5 Controle da estimulação cerebral e do tônus dos mm esqueléticos Respostas emocionais (experiências agradáveis) Mal de Parkinson: baixos níveis Degeneração dos neurônios dopaminérgicos Rigidez mm Tremores e paralisia espástica Esquizofrenia: acúmulo excessivo de dopamina Neurotransmissor Receptores Serotonina (5 – Hidroxitriptamina, 5HT) 5HT1A, 5HT1B , 5HT1C , 5HT1D, 5HT2, 5HT3 e 5HT4 ✓ Inibidor das vias da dor na medula espinhal ✓ Percepção sensorial ✓ Indução do sono ✓ Regulação da TC ✓ Controle do apetite ✓ Regulação comportamental: controle do humor NT do “bem-estar” SEROTONINA: Neurônios SEROTONÉRGICOS Antidepressivos (Fluoxetina) Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Glutamato AMPA NMDA Kainato AMPA NMDA CNQX AP5 ✓ Um dos mais importantes NT excitatório do SNC ✓ Estabelece vínculos entre os neurônios responsáveis pela aprendizagem e memória a longo prazo GLUTAMATO: Neurônios GLUTAMINÉRGICOS Neurotransmissor Receptor Agonista Antagonista GABA (Ácido Gama-Aminobutírico) GABAA GABAB Muscimol Baclofen Bicuculina Faclofen ✓ NT inibitório em ambos os receptores ✓ Regula a excitabilidade neuronal ao longo de todo o sistema nervoso ✓ Responsável também pela regulação do tônus muscular ✓ Ansiolíticos (Diazepam): potencializam a ação inibitória do GABA GABA: Neurônios GABANÉRGICOS Neurotransmissores Peptídicos de ação lenta Hormônios Liberadores Hipotalâmicos: Hormônio Liberador de Tireotrofina (TRH) Hormônio Liberador do Horm. Luteinizante Somatostatina (Fator inibidor do GH) Peptídeos Hipofisários: Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) -Endorfina Hormônio -Melanócito Estimulante Prolactina Hormônio Luteinizante Tireotrófico (TSH) Hormônio do Crescimento (GH) Vasopressina (ADH) Ocitocina Peptídeos com ação no cérebro: Encefalina Leucina Encefalina Metionina Peptídeos do sono Encefalinas* e Endorfinas: potentes analgésicos naturais endógenos (modulam a dor). * Efeito analgésico 200x maior que o da Morfina Neurotransmissores Peptídicos de ação lenta Sintetizados pelos Ribossomos no corpo celular REr Aparelho de Golgi Proteína é clivada em fragmentos menores (3 a 40 aa) que são inseridos em vesículas - Receptores Ionotrópicos: canais iônicos ativados por ligante (NT); resposta celular rápida (milissegundos) Poro condutor Domínio da ligação do ligante Sítio de ligação da Ach Ach Repouso Ativado Na+, Ca+ Impulso nervoso, contração muscular esquelética, exocitose, secreção Fonte: Lehninger et al., 2012. Estrutura dos receptores de Neurotransmissores - Receptores Metabotrópicos: acoplados à Proteína G; resposta celular mais lenta e duradoura Modificação de função de proteínas, alteração da expressão gênica Estrutura dos receptores de Neurotransmissores Áreas Encefálicas Relacionadas com as Emoções – Sistema Límbico Machado, A.B.M. Neuroanatomia funcional. 2006 FUNÇÕES DO SISTEMA LÍMBICO ✓ Regulação dos processos emocionais; ✓ Regulação dos processos motivacionais essenciais à sobrevivência da espécie e do indivíduo, como fome, sede e sexo; ✓ Mecanismo da memória e aprendizagem; ✓ Regulação do Sistema Nervoso Autônomo e participação na regulação do sistema endócrino.
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