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Fisiologia do Sistema Nervoso 2021

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Fisiologia 
do 
Sistema Nervoso
Profa. Dra. Josiane Maria 
Starling Duarte
BIBLIOGRAFIA
AIRES, M.M. Fisiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2013. 1335p.
HALL, J.E. Guyton and Hall. Tratado de fisiologia médica. 13.ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 1176p.
LEHNINGER, A.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Lehninger Principles
of biochemistry. 6.ed. New York: W.H. Freeman, 2012. 1340p.
MACHADO, A.; HAERTEL, L.M. Neuroanatomia funcional. 3.ed.
Rio de Janeiro: Atheneu, 2013. 363p.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 6.ed. Rio de Janeiro:
Elsevier. 2015. 640p.
TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 14.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 1275p.
FUNÇÃO GERAL
✓ Processamento – detecção, análise e resposta – das
informações oriundas do meio ambiente, do meio interno
e da memória (informação armazenada), visando
finalidades específicas  Músculos e Glândulas
1) SNC: Processamento e integração de informações
2) SNP:
- Conecta SNC às diversas partes do corpo
- Conduz informações do SNC aos efetuadores
FUNÇÕES ESPECÍFICAS
✓ Função SENSITIVA
 Receptores detectam estímulos internos e 
externos → Vias Aferentes (nervos) → SNC
✓ Função INTEGRADORA
 SNC processa as informações sensitivas, analisa 
e toma as decisões adequadas para cada resposta
✓ Função MOTORA
 Resposta motora específica por meio da ativação 
de Vias Eferentes (nervos cranianos, espinhais e 
autônomos) → músculos e glândulas
ORGANIZAÇÃO 
ANATÔMICA 
E FUNCIONAL 
DO SISTEMA 
NERVOSO
SISTEMA NERVOSO 
CENTRAL 
E
SISTEMA NERVOSO 
PERIFÉRICO
Origem Embriológica: ECTODERMA 
ORIGEM EMBRIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO:
SNC
SNP
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO:
SISTEMA NERVOSO 
CENTRAL:
✓ Encéfalo
 85 bilhões de neurônios
✓ Medula Espinhal
 100 milhões de neurônios
Forame Magno 
do Occipital
COMPONENTES DO SNC – Encéfalo e Medula
1) MENINGES: camadas protetoras – ENCÉFALO e
MEDULA ESPINHAL
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=l%C3%ADquor+cefalorraquidiano&source=images&cd=&cad=rja&docid=XY6DjKvSACN08M&tbnid=YbuXQbogWrcXbM:&ved=0CAUQjRw&url=http://cistosaracnoide.org/anatomia.html&ei=Yi9HUfykJYym8QTRp4BQ&psig=AFQjCNH_7EvrTcuDYeulhmWOu3vxZIMYJA&ust=1363705238985645
2) FLUÍDO CÉREBRO-ESPINHAL / LÍQUOR / 
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR)
✓ Produzido nos Ventrículos Cerebrais pelos plexos corioides, redes de 
capilares localizadas nas paredes dos ventrículos;
✓ Funções: absorção de choques mecânicos, manutenção da pressão 
intracraniana, tamponamento químico e transporte de substâncias 
neuroquímicas (hormônios polipeptídicos)
Telencéfalo Diencéfalo
TRONCO 
ENCEFÁLICO
Mesencéfalo Ponte Bulbo
MEDULA 
ESPINHAL
CÉREBRO
Cerebelo
ENCÉFALO
Sistema Nervoso Central
Medula
2 pares de Nervos Cranianos
10 pares de Nervos Cranianos
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO
ENCÉFALO
- Coordenação motora
- Equilíbrio
- Tônus muscular
- Postura corporal
- Funções não 
motoras: cognição e 
processamento da 
linguagem
Função primária: avaliar como os movimentos
iniciados nas áreas motoras do Telencéfalo estão
sendo executadas e corrigir, se necessário
CEREBELO 
Árvore da Vida
Córtex Cerebral
Planeja o 
movimento
Executam o 
movimento voluntário
Cerebelo + 
Núcleos da Base
Tronco Encefálico
Medula 
Espinhal
Regulam o 
movimento 
(ajustes)
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO:
Nervos Cranianos e Espinhais
Gânglios Sensoriais
Receptores Sensoriais
Plexos Entéricos 
Gânglios Autônomos
Vias Motoras Autônomas
Organização e Revestimento Conjuntivo de um Nervo
Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016.
Nervo: feixe de axônios localizados no SNP
Trato: feixe de axônios localizados no SNC
NERVOS 
CRANIANOS
✓ Fazem conexão com o 
Encéfalo
✓ 12 pares de nervos
✓ Nomenclatura 
específica: 
numerados em 
algarismos romanos, 
de acordo com a sua 
origem aparente, no 
sentido crâniocaudal
NERVOS CRANIANOS 
- Sequência crânio-caudal
Par Nervo Craniano
I Olfatório
II Óptico
III Óculomotor
IV Troclear
V Trigêmeo
VI Abducente
VII Facial
VIII Vestíbulo-coclear
IX Glossofaríngeo
X Vago
XI Acessório
XII Hipoglosso
CLASSIFICAÇÃO DOS 
NERVOS CRANIANOS DE 
ACORDO COM O COMPONENTE 
FUNCIONAL
✓ SENSORIAIS
✓ MOTORES
✓ MISTOS
a) SENSORIAIS: olfato (I), visão (II) e audição (VIII)
b) MOTORES: movimentam olhos (III, IV, VI), músculos
látero-posteriores do pescoço (XI) e língua (XII)
c) MISTOS: Trigêmeo (V), Facial (VII),
Glossofaríngeo (IX) e Vago (X)
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Glândula 
Parótida
Glândulas 
Submandibulares
Glândulas 
Lacrimais
MEDULA ESPINHAL 
✓ 42 a 45 cm - Dividida em regiões topográficas
✓ 31 pares de Nervos Espinhais
8
12
5
5
1
Sacral
Fonte: NETTER, 2015.
MEDULA ESPINHAL 
MEDULA ESPINHAL 
Distribuição da substância cinzenta e da 
substância branca na Medula Espinhal e no 
Encéfalo 
Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016.
3) NEURÔNIOS
Unidade morfofuncional do SN e 
possui todas as organelas típicas de 
uma célula eucariótica
- Gera e conduz os 
Impulsos Nervosos
- Produz e secreta 
Neurotransmissores
Pericário ou Soma:
- Origina Dendritos e 
Axônio;
- Integração dos 
impulsos nervosos;
- RERugoso: 
Corpúsculos de Nissl
Recepção de estímulos/informações do 
meio ambiente, células epiteliais ou 
neurônios adjacentes
Neurotransmissão Elétrica 
(Impulsos Nervosos)  Células 
nervosas, musculares ou glandulares
Neurotransmissão Química 
(Sinapses)  Células nervosas, 
musculares ou glandulares
Axônio
1) NEURÔNIOS
Inúmeros receptores 
para os NT
Botões sinápticos ou varicosidades 
contém vesículas sinápticas que 
armazenam os NT
SISTEMA NERVOSO
✓ Varicosidade:
Sintetizam e armazenam as 
vesículas transmissoras de 
Neurotransmissores
✓ Potencial de Ação:
 Despolarização
  permeabilidade íons 
Ca2+  Vesículas liberam NT
ATP
Cerebelo
- Célula de Purkinje -
Córtex Cerebral
- Células Piramidais -Encéfalo e Medula Espinhal
SensoriaisRetina
Orelha interna
Área olfatória no encéfalo
Invertebrados
- Número e 
organização de 
seus processos -
PseudounipolarUnipolar Bipolar
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS – ESTRUTURAL -
POLARES
MULTIPOLARES
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS – FUNCIONAL -
✓ Neurônios Sensitivos
ou Aferentes
✓ Interneurônios ou 
Neurônios de Associação 
✓ Neurônios Motores
ou Eferentes
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS – FUNCIONAL -
Fonte: Tortora & Derrickson. 
Princípios de Anatomia e 
Fisiologia, 2016.
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
✓ Constitui metade do volume do SNC (menores, mas 5 a 25x 
mais numerosas que os neurônios);
✓ Acreditava-se que era a “cola” que mantinha o tecido nervoso 
unido;
✓ Participam ativamente das funções do tecido nervoso;
✓ Podem multiplicar e se dividir (preencher espaços / Gliomas)
1 neurônio para 10 a 50 Neuróglias!
MACRÓGLIA
SNC
Astrócitos
Oligodendrócitos
Células Ependimárias
SNP
Células de Schwann
Células Satélites
MICRÓGLIA
Células da Micróglia
Somente no SNC
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
Astrócitos: suporte aos neurônios, nutrição, sustentação,
auxílio à Barreira Hematoencefálica, influenciam formação de
sinapses
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
Micróglia: Defesa  Fagócitos (macrófagos)
 Lesão do tecido nervoso: células 
Microgliais perdem os prolongamentos e 
assumem forma arredondada, 
constituindo macrófagos com capacidade 
fagocitária 
(Imagens: Departamento Anátomopatológico / UNICAMP)
Células Ependimárias: revestem os Ventrículos Encefálicos
e o Canal Central da Medula Espinhal;
- Barreira Hematoliquórica: células ligadas por junções
oclusivas recobrindo os capilares dos plexos
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
a: Canal Medular; 
b: Substância Cinzenta; 
c: Células Ependimárias; 
Seta: Corpo Celular
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
CélulasSatélites: envolvem os corpos celulares dos
neurônios nos gânglios do SNP  Suporte estrutural e
regulação das trocas entre os corpos celulares e o meio
intersticial
Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de 
Anatomia e Fisiologia, 2016.
Células Satélites
Imagem: Departamento Anátomopatológico / UNICAMP
Formação e manutenção da BAINHA DE MIELINA
SNC:Oligodendrócitos
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
 Projeta cerca de 15 
prolongamentos amplos que forma 
espiral ao redor dos axônios
 Mieliniza partes de vários axônios
Microscopia Eletrônica de 
Varredura (Aumento 650x)
http://1.bp.blogspot.com/-DkkOYFZ_7FI/UtBucnMPbLI/AAAAAAAAAIQ/Ol9gxlAfpvY/s1600/celulas-glia.jpg
SNP: Células de Schwann
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIAS OU GLIÓCITOS
 Mieliniza apenas 1 axônio
Formação e manutenção da BAINHA DE MIELINA
Iniciam a mielinização durante o 
desenvolvimento fetal e a quantidade 
de mielina aumenta do nascimento até 
a idade adulta
1 mm
Bainha de Mielina: 
100 camadas de 
membrana interna
Externa: Neurolema
MIELINIZAÇÃO
✓ Justaposição de multicamadas 
lipoproteicas de membrana plasmática 
das células da glia
✓ Interrompida regularmente pelos 
Nodos de Ranvier:
 R é baixa  Bainha é uma Evolução
 Potenciais de Ação são gerados
A cada 1 a 3 mm
Área de 2 a 3 m
- SUBSTÂNCIAS CINZENTA e BRANCA -
a: Substância Cinzenta
b: Substância Branca
Seta: Corpo Celular
Substância 
Lipídica: 
Esfingomielina
BAINHA DE MIELINA
Microscopia Eletrônica de Varredura (Aumento 650x)
Bainha de Mielina: cinza 
Axoplasma: rosa 
Endoneuro: amarela 
Canais voltagem-dependentes
Condução Saltatória
Requer metabolismo menos intenso 
(menos energia gasta)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCMufxPL-gMcCFYISkAodTXMHjw&url=http%3A%2F%2Fpt.slideshare.net%2Femanuelbio%2Freviso-bahiana-de-medicina&ei=SB65VcvbC4KlwATN5p34CA&bvm=bv.99028883,d.Y2I&psig=AFQjCNGHDIiZFucnHzyhppxxUu0GM9M8hA&ust=1438280399430420
POTENCIAL DE AÇÃO NAS FIBRAS MIELINIZADAS
✓ Propriedade: 
Aumento na velocidade 
de condução do impulso 
nervoso
Classificação das Fibras Nervosas
Fibras A Fibras B Fibras C
 15 a 20 m
12 a 130 m/s
43 a 450 km/h
Sensorial: tato, pressão, 
propriocepção, sensações 
térmicas e dolorosas;
Motores: mm esqueléticos
 2 a 3 m
15 m/s
54 km/h
Impulsos sensoriais das 
vísceras para o SNC e 
formam os axônios dos 
neurônios motores 
autônomos pré-
ganglionares
 0,5 a 1,5 m
0,5 a 2 m/s
1,8 a 7,2 km/h
Sensorial: dor, tato, 
pressão, calor, frio e 
dor visceral e fibras 
motoras autônomas 
pós-ganglionares
Doenças que causam a perda de mielina (oligodendrócitos degeneram) –
Esclerose Múltipla - afetam a velocidade e até mesmo a propagação 
da condução do impulso nervoso
✓ Ausência de coordenação 
motora
✓ Tremores
✓ Paresia: ausência de 
movimentos voluntários
Órgãos
Sensoriais
Estímulos, Informações
SISTEMA 
NERVOSO 
CENTRAL
Órgãos Efetores:
Músculos: Esquelético, 
Liso e Cardíaco
Glândulas
Respostas 
Fisiológicas
TRANSMISSÃO DE IMPULSOS NERVOSOS
Fibras Aferentes
Fibras Eferentes
IMPULSOS NERVOSOS = POTENCIAIS DE AÇÃO
BIOELETROGÊNESE
Capacidade de gerar e alterar a 
diferença de Potencial Elétrico 
através da membrana celular
 Impulsos eletroquímicos que 
transmitem sinais elétricos
✓ Neurônio
✓ Células Musculares
Esqueléticas
Lisas
✓ Glândulas
✓ Os neurônios geram e propagam Impulsos Elétricos:
 Impulsos nervosos são transmitidos por Potenciais de 
Ação  Rápidas alterações do Potencial de Repouso da 
Membrana  Inversão da Polaridade da Membrana que se 
propagam por toda a membrana da fibra nervosa (Axônio)
✓ Dependem de 2 características básicas da membrana:
 Existência de um potencial de membrana de repouso
 Presença de tipos específicos de canais iônicos
Potencial de Repouso da Membrana Celular
✓ Tendência: [ ] íons LIC e 
LEC igualarem
 Potencial Elétrico = 0
Não haveria Polarização 
na membrana  Impulso 
nervoso só é gerado 
quando há potencial  0
Impulso Nervoso: 
Membrana Celular tem que estar 
Polarizada para haver a Despolarização
1) Difusão Facilitada -
Potencial de Repouso da 
Membrana Celular
Gradiente Eletroquímico
Na+ = 142 mEq/L
K+ = 4 mEq/L
Na+ = 14 mEq/L
K+ = 140 mEq/L
Potencial de Repouso da 
Membrana Celular
2) TRANSPORTE ATIVO: movimentação das
substâncias ocorre CONTRA um Gradiente de
Concentração, Elétrico ou Pressão
Utilização de energia pelo sistema: ATP
Potencial de Repouso da 
Membrana Celular
Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016.
✓ Bomba de Na+/K+
 Base fisiológica para transmissão dos Impulsos Nervosos:
Estabelecimento de voltagem elétrica NEGATIVA dentro da célula
✓ Potencial Elétrico dentro da fibra é 90 miliVolts
MAIS NEGATIVO do que o Potencial no LEC
Membrana Polarizada (-90 mV)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCKDn6duKgccCFQEUkAodcUUHFQ&url=http%3A%2F%2Fwww.hipertrofia.org%2Fforum%2Ftopic%2F90111-nutrition-101%2Fpage-6&ei=rSq5VeDcMIGowATxip2oAQ&psig=AFQjCNH1Ueg8Epv1pubgsoUSWgxSElDGqQ&ust=1438284607987884
✓ Potencial de Ação: evento 
elétrico transitório  Completa 
inversão da polaridade elétrica 
da membrana celular conduzida 
por todo neurônio
✓ Fases:
- Despolarização: 
Redução da eletronegatividade 
intracelular  Influxo de Sódio 
com carga +
- Repolarização:
Potencial de membrana volta ao 
padrão de repouso
Figura: Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011.
20 a 50 mV
Despolarização da Membrana Celular
✓ Por décimos de 
milésimos de segundo, a 
membrana torna-se 
muito permeável aos íons 
Sódio, permitindo a 
entrada de um grande 
número de íons 
carregados 
positivamente se difunda 
para o interior do 
axônio:
 Interior carregado de 
cargas positivas
Interior do axônio
DespolarizaçãoPolarização Repolarização
Figura: Adaptada de Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011.
Repolarização da Membrana Celular
Após os canais de 
Sódio começarem a se 
fechar, os canais de 
Potássio se abrem e 
ocorre a rápida 
difusão dos íons 
potássio para o 
exterior:
 Restabelecimento 
do Potencial de 
Repouso negativo 
da membrana
Polarização
Final do PA
Início da Repolarização
Figura: Adaptada de Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011.
Despolarização e Repolarização da Membrana Celular
Fonte: Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica – 12ª Edição, 2011.
Período Refratário (0,4 a 4 ms)
Período de tempo o qual a célula não consegue gerar outro PA
Gera um 
Impulso 
Nervoso
✓ Condições 
fisiológicas:
Frequência 
máxima de PA 
nos axônios 
entre 10 e 1.000 
/seg.
Propagação  UNIDIRECIONAL
- Propriedades do Potencial de Ação -
Princípio do “TUDO-OU-NADA”
- Estímulo Sublimiar (E1, E2)
- Estímulo Limiar de Ação (E3)
 Acima de -55 a -65 mV
✓ Para ocorrer a propagação da 
Despolarização
1 2 3 4
Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016.
- Um potencial de Ação será gerado quando o 
Potencial de Membrana atinge seu limiar
Quanto maior a 
intensidade do 
estímulo, maior a 
frequência dos PA
A frequência do PA determina a detecção de 
estímulos sensoriais diferentes 
Frequ~enos
Frequência dos 
Potenciais de Ação
Toque suave 
X 
Pressão mais 
firme
Estimula um número maior de 
neurônios sensíveis à pressão
Exame não invasivo que que 
registra e analisa atividade 
elétrica cerebral auxiliando 
diagnósticos
Eletroencefalografia 
(EEG)
✓ Indicações:
 Qualquer tipo de distúrbio convulsivo, confusão mental, traumatismos
cranianos, tumores cerebrais, encefalites, doenças degenerativas,
encefalopatias metabólicas, intoxicações;
 Avaliar distúrbios do sono e investigar períodos de inconsciência;
 Confirmar morte cerebral em paciente comatoso
✓ O procedimento não é capaz de "ler a mente", medir o grau de
inteligência nemde diagnosticar uma doença mental
Malhas de eletrodos aplicada diretamente 
sobre o córtex cerebral
Eletrodos aplicados no couro cabeludo
Eletrodos de superfície para 
aplicação no couro cabeludo
Eletrodos de agulha inseridos
Eletroencefalografia (EEG)
Eletroencefalograma 
com Mapeamento 
Cerebral
Ondas Cerebrais:
Alpha = 8 a 13 ciclos / segundo
Beta = Superior a 13 ciclos / segundo
Theta = 4 a 7 ciclos / segundo
Delta = Inferior a 3,5 ciclos / segundo
SINAPSE
Zona de comunicação entre uma 
célula nervosa e a célula seguinte em 
uma cadeia funcional
SINAPSE (Grego: Synapsis =Ação de unir)
✓ Região de transmissão de impulsos nervosos 
(20 a 40 nm)
✓ Transmissão através de íons ou de 
mediadores químicos  Neurotransmissores
Neurotransmissores
Membrana Pré-Sináptica de um neurônio
Neurônio
Célula Muscular
Célula Glandular
1
3
2
ANATOMIA FISIOLÓGICA DA SINAPSE
20 a 40 nm*
Preenchida com 
líquido intersticial
* 1 nm = 10-9 m
ESQUELÉTICA LISA
JUNÇÕES NEURO-MUSCULARES
TIPOS DE SINAPSES
JUNÇOES NEURÓCRINAS
a)Sinapse Elétrica
✓ Presença de mediadores químicos (NT)
✓ Receptores na membrana pós-sináptica
✓ Sinal elétrico convertido em químico
✓ Mais lenta
✓ Movimento livre de íons entre fibras
✓ Músculo liso, cardíaco, encéfalo
✓ Rápida
✓ Contração coordenada das fibras
TIPOS DE SINAPSES
b) Sinapse Química
SINAPSES ENTRE NEURÔNIOS
80 a 95%
5 a 20%
AXODENDRÍTICA
AXOAXÔNICA
AXOSOMÁTICA
Fonte: Tortora & Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2016.
TERMINAIS PRÉ-SINÁPTICOS
Neurônio Motor
✓ Um neurônio do SNC 
recebe informações de 
1.000 a 10.000 sinapses
✓Podem ser Excitatórios 
(PEPS) ou Inibitórios 
(PIPS)*
* Potencial Excitatório/Inibitório 
Pós-Sináptico
A) PEPS
O NT é EXCITATÓRIO
Causa despolarização na membrana 
pós-sináptica  Entrada de Na+
b) PIPS
O NT é INIBITÓRIO
Causa hiperpolarização na 
membrana pós-sináptica 
 Abertura dos canais para entrada 
de Cl- ou saída de K+
POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICOS
SOMAÇÃO DE PEPS: Mecanismo de combinação ou 
integração dos sinais elétricos na membrana pós-sináptica
Sinalização Celular
- Neurotransmissão
MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA
1) Impulso Nervoso  Despolarização
2) Induz abertura dos Canais de Cálcio 
(voltagem dependentes)
3) e 4) Influxo de Cálcio  promove
Exocitose vesículas sinápticas 
Liberação dos Neurotransmissores
5) Interação NT- Receptor Pós-
Sináptico: Abrem os canais ativados 
por ligantes  Despolarização da 
membrana pós-sináptica*
6) Remoção do NT na fenda sináptica: 
Hidrolisados por enzimas, recaptados 
e transportados por proteínas de 
membrana ativamente para serem 
reutilizados 
7) Vesículas sinápticas recuperadas por 
Endocitose são reutilizadas para 
formar novas vesículas
+Potencial Pós-Sináptico Excitatório (PEPS) 
* Potencial Pós-Sináptico Inibitório (PIPS)
7
Recaptação por 
transporte ativo
Difusão para os 
fluidos corporais 
adjacentes e 
depois sangue
Degradação 
enzimática
Enzimas que participam da 
lise das catecolaminas
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1053
NEUROTRANSMISSORES
Substâncias químicas que 
atuam como 
transmissores sinápticos
Neurotransmissores de moléculas pequenas 
e de ação rápida
Classe I
Acetilcolina
Classe II – AMINAS
Noradrenalina
Adrenalina
Dopamina
Serotonina
Histamina
Classe III
Ácido Gama-Aminobutírico 
(GABA)
Glicina
Glutamato
Aspartato
Classe IV 
Óxido Nítrico (NO)
Neurotransmissores de moléculas pequenas 
e de ação rápida
✓ Sintetizados no 
citosol do terminal 
pré-sináptico
✓ Entrada nas 
vesículas por 
transporte ativo
✓ Mitocôndrias 
fornecem ATP 
(energia necessária 
para a síntese dos 
NT)
Síntese e remoção da Acetilcolina após sua liberação e ação
Colina Acetil-transferase
Hidrólise
Recaptação
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Acetilcolina Muscarínico
Nicotínico
Muscarina
Nicotina
Atropina
Curare
Atividades das áreas cerebrais 
relacionadas à atenção, aprendizagem e 
memória
Receptor Nicotínico:
 Pressão Arterial
 FC
Receptor Muscarínico:
 FC
Broncoconstrição
Salivação
Motilidade Gastrointestinal
Secreção gástrica
ACETILCOLINA: Neurônios COLINÉRGICOS
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Noradrenalina
Adrenalina
Receptor 
Receptor 
Fenilefrina
Isoproterenol
Fenoxibenzoamina
Propanolol
AMINAS: Neurônios NORADRENÉRGICOS / ADRENÉRGICOS
Estimula atividade psicomotora
 FR e taxa de conversão do glicogênio em energia
 FC, força de contração e pressão arterial
AMINAS: Neurônios DOPAMINÉRGICOS
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Dopamina D1, D2...D5
 Controle da estimulação cerebral e do tônus dos mm
esqueléticos
 Respostas emocionais (experiências agradáveis)
Mal de Parkinson: baixos níveis  Degeneração dos
neurônios dopaminérgicos  Rigidez mm  Tremores e
paralisia espástica
 Esquizofrenia: acúmulo excessivo de dopamina
Neurotransmissor Receptores
Serotonina 
(5 – Hidroxitriptamina, 5HT)
5HT1A, 5HT1B , 5HT1C , 5HT1D, 5HT2, 5HT3
e 5HT4
✓ Inibidor das vias da dor na 
medula espinhal
✓ Percepção sensorial
✓ Indução do sono 
✓ Regulação da TC
✓ Controle do apetite
✓ Regulação comportamental: 
controle do humor
 NT do “bem-estar”
SEROTONINA: Neurônios SEROTONÉRGICOS
Antidepressivos 
(Fluoxetina)
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Glutamato AMPA
NMDA
Kainato
AMPA
NMDA
CNQX
AP5
✓ Um dos mais importantes 
NT excitatório do SNC
✓ Estabelece vínculos entre 
os neurônios 
responsáveis pela 
aprendizagem e memória 
a longo prazo
GLUTAMATO: Neurônios GLUTAMINÉRGICOS
Neurotransmissor Receptor Agonista Antagonista
GABA
(Ácido Gama-Aminobutírico)
GABAA
GABAB
Muscimol
Baclofen
Bicuculina
Faclofen
✓ NT inibitório em ambos os 
receptores
✓ Regula a excitabilidade neuronal ao 
longo de todo o sistema nervoso
✓ Responsável também pela regulação 
do tônus muscular
✓ Ansiolíticos (Diazepam): 
potencializam a ação inibitória do 
GABA
GABA: Neurônios GABANÉRGICOS
Neurotransmissores Peptídicos de ação lenta 
Hormônios Liberadores Hipotalâmicos:
Hormônio Liberador de Tireotrofina (TRH)
Hormônio Liberador do Horm. Luteinizante
Somatostatina (Fator inibidor do GH)
Peptídeos Hipofisários:
Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH)
-Endorfina
Hormônio -Melanócito Estimulante
Prolactina
Hormônio Luteinizante
Tireotrófico (TSH)
Hormônio do Crescimento (GH)
Vasopressina (ADH)
Ocitocina
Peptídeos com ação no cérebro:
Encefalina Leucina
Encefalina Metionina
Peptídeos do sono 
Encefalinas* e Endorfinas: potentes 
analgésicos naturais endógenos 
(modulam a dor). 
* Efeito analgésico 200x maior que o 
da Morfina
Neurotransmissores Peptídicos de ação lenta 
Sintetizados pelos Ribossomos no corpo celular  REr  Aparelho de Golgi
Proteína é clivada em 
fragmentos menores 
(3 a 40 aa) que são 
inseridos em vesículas
- Receptores Ionotrópicos: canais iônicos ativados
por ligante (NT); resposta celular rápida
(milissegundos)
Poro condutor
Domínio 
da ligação 
do ligante
Sítio de 
ligação da 
Ach
Ach
Repouso Ativado
Na+, Ca+
Impulso nervoso, 
contração muscular 
esquelética, exocitose, 
secreção
Fonte: Lehninger et al., 2012.
Estrutura dos receptores de Neurotransmissores 
- Receptores Metabotrópicos: acoplados à
Proteína G; resposta celular mais lenta e
duradoura
Modificação de função de 
proteínas, alteração da 
expressão gênica
Estrutura dos receptores de Neurotransmissores 
Áreas Encefálicas Relacionadas com as 
Emoções – Sistema Límbico
Machado, A.B.M. Neuroanatomia funcional. 2006
FUNÇÕES DO SISTEMA LÍMBICO
✓ Regulação dos processos emocionais;
✓ Regulação dos processos motivacionais 
essenciais à sobrevivência da espécie e do 
indivíduo, como fome, sede e sexo; 
✓ Mecanismo da memória e aprendizagem;
✓ Regulação do Sistema Nervoso Autônomo e 
participação na regulação do sistema endócrino.

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