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FISIOPATOLOGIA DA CIRROSE - Cirrose é o estágio final de uma ampla variedade de doenças hepáticas crônicas. - Fibrose progressiva e difusa do tecido hepático, com desorganização e formação de nódulos de regeneração. CIRROSE - Lóbulo hepático formato hexagonal. - Contém uma veia centrolobular, que recebe o sangue do lóbulo pelos sinusoides. - Tríade portal na parte externa ramo do ducto biliar, ramo da veia porta, ramo da artéria hepática. - Espaço de Disse perisinusoidal - Célula estrelada importante na fisiopatologia da cirrose. - São fibroblastos que produzem colágeno tipo III que mantém o estroma do espaço perisinusoidal e o espaço entre hepátocitos. - Células de Kupfer macrófagos nos hepatócitos que apresentam e reconhecem antígenos. - Após lesão, se tornam ativadas. - Ocorre produção de colágeno tipo I, mais firme e alteram a permeabilidade dos sinusoides. - Fecha as fenestras. - Células estreladas ficam ativadas de forma difusa e crônica, por isso a classificação como crônica. - Hipertensão portal está relacionada à compensação do fechamento dos sinusoides. - Células estreladas contraem e relaxam, podendo diminuir ou aumentar o sinusoide. - Causas de cirrose crônica: - Alcoolismo. - Infecções virais. - NAFLD. - Outros. - A cirrose é um estado avançado da fibrose. HIPERTENSÃO PORTAL - Uma das consequências da cirrose. - Aumento da resistência intra-hepática: - Estrutural: - Fibrose. - Distorção vascular. - Nódulos de regeneração. - Microtrombos. - Funcional: - Aumento do tônus vascular. - Disfunção endotelial. - Diminuição de NO. - 70% estrutural e 30% funcional. - Vasodilatação esplâncnica: - Aumento da produção de NO. - Aumento de Glucagon. - Neoangiogênese varizes de esôfago e gástricas. - Colaterais portossistêmicas: - Veias coronárias. - Veias gástricas curtas. - Esplenomegalia. DESCOMPENSAÇÕES DA CIRROSE - Cirrótico compensado: - Não tem ascite, hemorragia digestiva, etc. - Infecção, disfunção renal, ACLF, hemorragia, ascite, encefalopatia, CHC, icterícia, lesão renal aguda/SHR, etc. - Teoria da vasodilatação esplâncnica: - Cirrose hipertensão portal aumento de vasodialtadores endógeno (NO) vasodilatação esplâncnica hipovolemia arterial efetiva (sequestra o volume sanguíneo) ativação de vasoconstritores (SRAA) diminui perfusão renal e TFG por desequilíbrio de substâncias vasoativas intrarenais e ativação do SNAS. - Cirrose ainda causa cardiomipatia do cirrótico por aumento do DC para compensar, que também leva à hipovolemia arterial efetiva. TEORIA DA INFLAMAÇÃO SISTÊMICA - Cirróticos desenvolvem muita infecção. - Alteração da microbiota: - Disbiose. - Crescimento bacteriano intestinal. - Disfunção autonômica intestinal. - Predisposição genética: - Alteração em rcp Toll-Like. - Variantes dos receptores NOD2. - Maior risco de PBE e outros. - Alteração da barreira intestinal: - Hiperpermeabilidade. - Eventos imunomoduladores e celulares nos enterócitos. - Alterações nas ptns de junção dos enterócitos. - Fatores clínicos: - Ptn no líquido ascítico baixa. - Gravidade da cirrose. - Hemorragia. - Resumindo: vasodilatação esplâncnica + inflamação sistêmica disfunção orgânica.
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