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FARMACOLOGIA farmacodinâmic� Introduçã� � farmacodinâmic� ❖ Lei da ação de massas - F + R <--> FR* → ação → efeito terapêutico - A + R <--> AR → nenhuma resposta *Em aumento [F], também aumenta ação e efeito ➢ Ação é bioquímica, efeito é fisiológica - (R) receptor: 90% são proteínas → Canais iônicos, proteínas carreadoras, enzimas… Exceção: fármacos que não se ligam: diuréticos osmóticos, laxantes, alcalinizantes ou acidificantes. *aceptores (ex. albumina) - (FR) ligação chave-fechadura → covalente > iônica > ponte de hidrogênio > hidrostática > van der waals > hidrofóbica → Grupo farmacofórico: região do fármaco onde se liga especificamente ao receptor: isômeros têm diferença de ação pela posição deste → Fármaco - receptor: - Ligar-se - afinidade - força química - Alterar comportamento - eficácia - capacidade do fármaco ativar o receptor e desencadear alterações bioquímicas e fisiológicas: aumenta ou diminui respostas celulares intrínsecas - KD = [F] . [R] / [FR] Constante de dissociação: aumento na [F] ou [R] aumento da ação. *Maior afinidade/ especificidade, menor KD Constante de associação: KA = 1/KD ❖ Curva dose-resposta Hipérbole [F] x sigmoide log [F] - Potência (CE50) Refere-se à [F] equivalente à 50% da resposta máxima (RM) - Eficácia Refere-se à resposta máxima produzida pelo F ❖ Interação fármaco receptor - Agonista - liga-se ao receptor e mimetiza efeito de compostos endógenos (1º: mesmo sítio do endógeno ➢ Pleno - eficácia 100% → RM ➢ Parcial - em qualquer [F] não atinge RM ➢ Inverso - liga-se a receptores em estado de repouso com atividade intrínseca/basal inativando-os. Tem eficácia negativa. Ra = ativo; Ri = inativo *Agonismo tendencioso - produz, de forma mais intensa, uma resposta alternativa do receptor - Antagonista - liga-se ao receptor e não causa ativação, impede ação do agonista ➢ Competitivo - antagonista liga-se ao mesmo sítio do agonista. Diminui a potência, desloca curva para direita ➢ Não-competitivo (alostérico) - liga-se em outro sítio, influenciando a afinidade do agonista, diminuindo a RM ○ Também pode potencializar a RM! ➢ Pseudoirreversível - dissociação lenta, diminui a eficácia, a curva desce ➢ Irreversível - inicialmente a curva se desloca para direita, depois deprime e RM ➢ Outros → Químico - interação em solução → Farmacocinético - ADME → Bloqueio FR - pós-receptor/biossinalização → Fisiológico - efeitos opostos (NE x ACh) Luana Gonçalves Ferreira de Araujo - 09 ❖ Dessensibilização e tolerância Mecanismos do corpo: ➢ Alteração da conformação (diminui afinidade) ou translocação de receptores (pela exacerbação: ativação da arrestina e internalização dos receptores) ➢ Depleção dos mediadores: excessivo e não tem tempo para produzir novos mediadores suficientes ➢ Aumento da degradação metabólica - fármaco induz sua própria enzima ➢ Adaptação fisiológica ➢ Extrusão ativa do fármaco pelo organismo → Dessensibilização (taquifilaxia) é a diminuição do efeito com a administração repetida → Tolerância é a diminuição gradual da responsividade, levando horas, dias ou semanas. (ex. psicofármacos: para mesma resposta, aumento da dose) → Resistência quando ocorre perda da eficácia (antibiótico/antineoplásico) ❖ Aditividade e sinergismo → Dois fármacos podem ter uma atividade aditiva: com efeitos semelhantes, mas mecanismo de ação distinto. A administração conjunta diminui o CE50 de ambos → A combinação de fármacos pode produzir sinergismo positivo: superatividade, diminui ainda mais o CE50, abaixo da linha de aditividade → No sinergismo negativo, há subatividade, aumentando o CE50, acima da linha de aditividade ❖ Índice terapêutico (IT) DE50 representa a dose efetiva mediana DL50 representa a dose letal mediana Doses que em 50% das pessoas foi efetiva ou letal IT = DL50/DE50 Quanto maior o índice, mais seguro: a dose letal é maior, dose efetiva menor: maior janela terapêutica ➢ Janela terapêutica é a faixa entre a resposta máxima e o início de efeitos adversos A transduçã� d� sinai� - � mensage� � mai� impo�tant� qu� � mensageir� ❖ Hormônios - Esteroidais - lipofílicos, circulação no plasma associado à proteína, receptores presentes no citosol ou no núcleo. A molécula se difunde pela membrana plasmática e não necessita de mediador - Não esteroidais - hidrofílicos, têm livre circulação no plasma, associa-se a receptores na superfície celular, mediadores propagam o sinal ❖ Receptores 1. Canais iônicos controlados por ligantes (ionotrópicos) - causa um influxo ou efluxo de íons com despolarização ou hiperpolarização celular: efeito rápido em milissegundos. São proteínas transmembranares com um poro central por onde passam íons mediante a ligação de uma molécula-sinal. Ex: NMDA e GABAa. → São quatro famílias oligoméricas: cys loop (pentamérica), P2X (trimérica) e ionotrópico de glutamato e de liberação de cálcio (tetramérica). Todos têm região N2 de formação de poro ➢ Nicotínico (ACh) Ca++ Na+ - Proteína pentamérica com formação de poro com as alfa-hélices, entre as subunidades alfa se ligam dois ACh - Toxina botulínica inibe a exocitose de ACh ➢ Canais de Glutamato - O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do corpo - Três tipos de receptores ionotrópicos de acordo com o agonista sintético com afinidade AMPA Na+ NMDA Na+ Ca++ K+ Mecanismo de ação conjunta do AMPA e NMDA: 1. Ligação do glutamato no AMPA e despolarização inicial. 2. Saída do Mg+ do poro do NMDA e sua consequente abertura. *Coagonista glicina - Plasticidade sináptica (potencialização de longo prazo - PLP *hipocampo) Fisiológica: aprendizado e memória, patológica: convulsões na epilepsia 3. A abertura do NMDA causa o influxo de Ca ++ 3.1 Ativa NOS → NO = feedback + = liberação de mais glutamato 3.2 Associação do Ca++ à calmodulina = ativação das proteínas quinases: fosforilação e ativação da expressão gênica de receptores AMPA *Despolarização sustentada* CAINATO Ca++ Presente no córtex, hipocampo e cerebelo ➢ GABAA (GABA) Cl- - GABA é o principal neurotransmissor inibitório do SNC. - O receptor é do tipo cys loop (pentamérico) e está presente no encéfalo - Causa influxo de cloreto e hiperpolarização Agonistas: Benzodiazepínicos (BDZ - diazepam) e álcool - BDZ causa aumento da frequência de abertura do GABAA, é um modulador positivo que age na presença do GABA - Álcool liga-se ao mesmo sítio do BDZ e intensifica seu efeito inibitório Barbitúricos - causam maior tempo de abertura do GABAA, além de ser um modulador positivo na presença do GABA, também age como agonista em altas concentrações: perigoso, pode levar ao coma, morte (parada cardiorrespiratória) Antagonistas: - Bicuculina age no mesmo sítio do GABA - Flumazenil é antídoto do BDZ, tornando-o mais seguro ➢ Canais de glicina Cl- - Semelhantes ao GABAA, cys loop e com efeito inibitório. Diferença: presentes na medula espinhal e tronco encefálico - Envolvidos na regulação dos ritmos respiratórios, controle motor, tônus muscular e processamento da dor 2. Acoplados à proteína G (metabotrópicos) - são compostos por uma proteína transmembranar acoplada a uma proteína G intracelularmente, a qual inicia uma cascata de sinalização com segundos mensageiros, causando um efeito celular excitatório ou inibitório. Demora segundos. Ex: receptores GPCR de LH e FSH 3. Ligados à quinase - são transmembranares e, na sua face intracelular, contém uma quinase (principalmente tirosina quinase), que fosforila proteínas e altera a transcrição gênica. Demora horas. Ex: tirosina quinase da insulina. *Mutação: ganho de função e crescimento descontrolado das células: câncer 4. Receptores nucleares - são proteínas presentes no citosol ou no núcleo celular, as quais induzem a transcrição gênica. Demora horas. Ex: receptores de cortisol e estradiol → São receptores e efetores no complexo receptor-ligante → Proteínas monoméricas com seis partes: ➢ Domínio N-terminal: heterogêneo ➢ AF1: independe de ligante ➢ Domínio central (de ligação ao DNA): região conservadora com dedos de zinco ➢ Região de dobradiça: dimerização➢ Domínio de ligação do ligante: específico ➢ AF2: depende de ligante (C-terminal) *AF: regiões de ativação *A ligação ao DNA é feita no Elemento de Resposta Hormonal (HRE) *Correpressor liga-se à região C-terminal Hormônio + proteína plasmática → célula alvo: hormônio se difunde pela membrana plasmática Classe I: 1. Receptor no citosol associado a um correpressor (proteína de choque térmico) 2. Presença do ligante: mudança conformacional e dissociação do correpressor 3. Complexo hormônio-receptor 4. Dimerização: homodímero 5. No núcleo: liga-se a HRE e induz a transcrição gênica (ativa RNA polimerase) Classe II: 1. Receptor no núcleo, dimerizado (heterodímero com retinóide x), associado ao correpressor 2. Ligante passa pelas membranas e chega ao núcleo 3. Dissociação do correpressor e associação do coativador 4. Ligação ao HRE, indução da transcrição gênica *Promovem uma ação rápida, com tradução de proteínas, e uma tardia, com feedback positivo (ativa outros genes) e negativo (inativa os primeiros genes)
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