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– – Explique a classificação das enzimas nos 6 grupos, citando pelo menos 2 exemplos de cada grupo As enzimas podem ser classificadas em: oxidorredutase, transferase, hidrolases, liases, isomerases e ligases. As oxidorredutases são enzimas responsáveis por catalisar reações de oxirredução, fazendo parte dessa classe destacam-se as enzimas Lactato- desidrogenase e Bilirrubina-oxidase. Já as transferases são enzimas que atuam na transferência de grupos funcionais contendo C-, N- ou P-, sendo exemplos de enzimas dessa classe a Serina hidroximetil-transferase e a Transcetolase. As hidrolases são enzimas que catalisam por meio da quebra de ligações pela adição de agua, como por exemplo, a Urease e a Acetilornitina deacetilase. Diferentemente, as liases atuam em reações de adição-remoção reversível a duplas ligações, catalisam a quebra de ligações C-C, C-S e certas ligações C-N, porém sem a participação da molécula de água, as enzimas Fosfoenolpiruvato carboxiquinase e Treonina aldolase são exemplos dessa classe enzimática. As isomerases, como a Fosfoglicomutase e a P-ribosil-antranilato isomerase, catalisam a racemização de isômeros óticos ou geométricos. Por fim, as enzimas podem ser classificadas como ligases, as quais catalisam a formação de ligações entre carbono e O, S, N, acoplada a hidrolise de fosfatos de alta energia, como por exemplo, as enzimas CTP sintase e a P-ribosil-formilglicinamida sintase. Qual a importância do número de renovações (turnover) para a caracterização de uma enzima O número de renovações, também chamado de turnover, é importante pois é responsável por medir a eficiência catalítica da enzima, haja vista que consiste em quantificar o número de substratos que são convertidos em produto por segundo. Caracterize a atividade enzimática das Holoenzimas (forma inativa, forma ativa, etc). As enzimas podem ser classificadas como enzimas simples e enzimas conjugadas ou holoenzimas, isto se deve ao fato de terem enzimas formadas por apenas uma parte proteica e outras enzimas que precisam se associar a para se tornarem ativas. Sendo assim, as holoenzimas são enzimas formadas pela associação de uma parte proteica com outra parte não proteica, denominada, grupo prostético. A parte proteica de uma holoenzima é denominada Apoenzima enquanto que a parte não proteica é denominada coenzima. Destarte, a apoenzima ou apoase é a parte proteica responsável pela escolha da reação, portanto, age como indicador do substrato, pórem é inativa quando não conectada à coenzima. Ademais, a coenzima ou coase, geralmente derivada de vitamina, sendo a parte não proteica, representa o centro ativo da enzima ,isto é, local da molécula que reage com o substrato, onde se processam as reações. Portanto, pode se concluir que a coenzima interage com a enzima (a apoenzima, inativa), mudando a conformação do sitio ativo e o torna ativo (holoenzima). Assim, a enzima está pronta para interagir com seu substrato e transforma-lo em produto. Caracterize toda a catálise ácidobásica. A catálise acidobásica é um processo que aumenta a velocidade com a qual reação chega ao equilíbrio. Além disso, ocorre à transferência parcial de um próton transferido de um grupo ácido (Ácido de Bronsted) para o substrato, diminuindo a energia livre do estado de transição da reação ou ocorre quando um grupo básico (Base de Bronsted) aceita um próton do substrato, aumentando a velocidade da reação. A catálise acidobásica subdivide em catálise geral acidobásica e catálise acidobásica especifica. Sendo assim, a catálise geral acidobásica ocorre com a transferência de prótons mediada por alguma outra molécula que não seja a água. Já a catálise acidobásica específica utiliza apenas H+ (H3O +) ou íons OH- presentes na água, ou seja, produtos oriundos da água. Caracterize os fatores que afetam a atividade enzimática, explicando um deles. A atividade enzimática pode ser afetada por três fatores: concentração de substrato, temperatura e pH. A contração de substrato está relacionada com a velocidade da reação, sendo assim, à medida que aumenta a quantidade de substrato disponível, aumenta a velocidade da reação. Contudo, quando atingida determina velocidade, não é possível aumentá-la, mesmo que aumente a concentração de substrato, chegando à velocidade máxima. Outro fator é a temperatura, que está relacionado com o processo de desnaturação proteica. Assim, à medida que aumenta a temperatura, aumenta a energia cinética das moléculas, que podem aumentar a interação com as moléculas da enzima. Contudo, quando atinge a temperatura de desnaturação, ocorre uma mudança no sítio ativo da enzima, provocando a perca da sua atividade e, dessa forma, a velocidade de reação cai, pois a enzima se tornou inativa. Por fim, o último fator é o pH, o qual altera o estado ionizado ou não-ionzado das cadeias laterais dos aminoácidos que compõem o sítio ativo das enzimas. Destarte, as enzimas precisam de um pH ideal para atuar, quando esse pH aumenta ou diminui, ocorre a desnaturação da enzima, tornando-a inativa. Caracterize e explique o tipo de inibição mostrada no gráfico abaixo, sabendo que a hipérbole 1 é na ausência de inibidor e a hipérbole 2 na presença do inibidor O tipo de inibição mostrada no gráfico é a inibição não-competitiva, que se caracteriza por o inibidor e o substrato ligam-se em sítios diferentes. Graficamente, é notório que a velocidade máxima não é a mesma na presença e na ausência do inibidor, sendo reduzida. Contudo, o Km não é alterado nessas duas situações. Caracterize e explique o tipo de inibição mostrada no gráfico abaixo. O tipo de inibição mostrada no gráfico é a inibição competitiva, que se caracteriza pelo inibidor está se ligando ou competindo para se conectar no mesmo local de ligação do substrato no sítio ativo da enzima de forma reversível. Graficamente é possível verificar que a velocidade máxima é atingida sem alteração, tanto na presença como na ausência do inibidor. Contudo, o Km é aumentado. Cite 7 substâncias (de classes diferentes) que possuem efeito clínico ou biológico em decorrência de inibição enzimática. Alguns exemplos substâncias com ação decorrente de inibição enzimática são: - os fármacos anti-hiperlipidemico (tratar as dislipidemias), em que vão agir na inibição da enzima HMG-CoA redutase, enzima que faz parte da via de síntese do colesterol, como o Sinvastatina e o Atorvastatina. - os fármacos anti-hipertensivos: Captopril e Enalapril, os quais participam da classe de inibidores da enzima conversora da angiotensina. - Os fármacos anti-inflamatórios não esteroidais, que iram inibir a ciclo-oxigenase, - os fármacos antidepressivos, que inibem a Monoaminoxidase (MAO) - A fluvoxamina, fármaco inibidor seletivo de recaptação de serotonina e agonista do recepto sigma 1, utilizada no tratamento da depressão e do transtorno obsessivo compulsivo e transtornos de ansiedade como o transtorno de pânico e transtorno de estresse pós-traumático - Cetoconazol, fármaco antimicótico - Claritromicina, um macrólido semissintético que tem como objetivo tratar infecções bacterianas de acordo com seus espectros de ação Caracterize os tipos de regulação da atividade enzimática. Na regulação da atividade enzimática, existem enzimas que podem sofrer ação em sítios alostéricos, sítio não catalítico, aonde os efetores vão se lidar de forma não- covalente. Dessa forma, a regulação da atividade enzimática pode ser do tipo: efetores homotrópicos, efetores heterotrópicos, regulação por modificação covalente, indução e repressão da síntese. Nos efetores homotrópicos, a mesma substância que atua como substrato atua como efetor, normalmente efetor positivo, ativando-a. Já nos efetores heterotrópicos, o efetor é diferente do substrato, que vai agir inibindo. Na regulação por modificação covalente consistena adição de grupos fosfatos em aminoácidos que apresentem a hidroxila livre em sua cadeia lateral (serina, treonina e tirosina), ou na remoção de grupos fosfatos. A última forma de regulação é a indução e repressão da síntese, a qual se caracteriza por interferir nos mecanismos de formação ou inibição dessa atividade. Cite 3 doenças causadas por defeito na atividade enzimática Um exemplo é a Fenilcetonúria, que se caracteriza por um defeito ou ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, promovendo o acúmulo de fenilalanina e causando oligofrenia, atraso do desenvolvimento psicomotor, convulsões, hiperatividade e tremores. Outro exemplo é a intolerância a lactose, causada pela deficiência ou ausência da enzima lactase, promovendo o acúmulo da lactose no trato digestivo e acarretando na formação de gases e substancias que vão causar cólicas abdominais e diarreia osmótica e flatulência excessiva. Por fim, a Doença de Fabry, que se dá devido à deficiência da enzima alfa-galactosidase (α-Gal A) leva o organismo a acumular uma substância adiposa (globotriaosilceramida, também conhecida como Gb3) principalmente nas paredes dos vasos sanguíneos. Se não tratada, a doença ao evoluir pode afetar quase todos os órgãos: cérebro, coração, rins, pele, olhos, sistema nervoso e sistema gastrointestinal. Quais os principais marcadores bioquímicos utilizados no diagnóstico clínico das doenças hepáticas e cardíacas Os principais marcadores bioquímicos utilizados no diagnóstico clínico das doenças hepáticas são o Alanina aminotransferase (ALT) e o Aspartato aminotransferase (AST), são enzimas que fazem o processo de transferência do grupo amino de um aminoácido para o outro, favorecendo o processo de metabolismo desses grupos nitrogenados. Quando aparecem elevadas pode ser característico de doenças como: aumento no dano hepático, hepatite, cirrose, necrose hepática, redução no fluxo biliar (colestase), isquemia hepática, tumor hepático, relação ALT/AST para auxilio diagnostico. Ademais, o Fosfatase alcalina (ALP), uma enzima da classe das hidrolases que removem o grupo fosfato de um grande numero de moléculas diferentes, sendo importante para o diagnostico de doenças como colestase, tumores ósseos, hiperparatireoidismo, quando se encontra em os níveis elevados, e hipotireoidismo e desnutrição, em níveis reduzidos. Já os principais marcadores bioquímicos utilizados no diagnóstico clínico das doenças cardíacas são a Gama-glutamil transferase (GGT), a qual é responsável por catalisar a transferência de aminoácidos e peptídeos através da membrana celular, sendo muito específica para colestase e um marcador auxiliar no alcoolismo crônico, e a Creatinoquinase (CK), a qual é reguladora da produção e da utilização de fosfatos de alta energia nos tecidos contrateis.
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