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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS Anna Carolina Carneiro Kalil Silva MR02A ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DA DISCIPLINA SISTEMAS ORGÂNICOS II Salvador - Bahia 2021 UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS Anna Carolina Carneiro Kalil Silva MR02A ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DA DISCIPLINA SISTEMAS ORGÂNICOS II Salvador - Bahia 2021 Trabalho composto por uma etapa como parte da APS de Sistemas Orgânicos II de 2021.1, a partir dos estudos realizados sobre a temática proposta sobre o trabalho. ESTUDO DIRIGIDO Você estudará o caso clínico de diabetes e responderá ao estudo dirigido. A. CASO CLÍNICO Observando pacientes de seu preceptor, você tem a oportunidade de conhecer e examinar uma de suas antigas pacientes, mulher de 52 anos que se apresenta para seu exame físico anual. Ela está bem e não tem queixas no dia do exame. Ela tem hipertensão limítrofe e sobrepeso. No ano passado, seu perfil lipídico foi aceitável para alguém sem riscos conhecidos de doença arterial coronariana. Sua mãe e seu irmão mais velho têm diabetes e hipertensão. Nas consultas anteriores, você vê que seu preceptor prescreveu dieta com baixas calorias, baixos teores de gordura e recomendou que ela iniciasse um programa de exercícios. No entanto, a paciente diz que não seguiu nenhuma das recomendações. Com o emprego em tempo integral e três crianças, ela acha difícil fazer exercícios e admite que sua família come fora frequentemente. Hoje, sua pressão arterial é de 140/92 mmHg. Seu índice de massa corporal (IMC) é de 29 kg/m2. No exame físico, há acantose nigricans no pescoço, e o restante é normal. É feito um exame de Papanicolaou e pedida mamografia. A paciente ainda não se alimentou hoje e, com recomendação do seu preceptor, é solicitada glicemia de jejum, cujo resultado é 140 mg/dL. Diagnóstico mais provável: Dada o sobrepeso, a história familiar e o achado de acantose nigricans, essa paciente mais provavelmente tem diabetes. Os critérios diagnósticos para o diabetes definidos pela American Diabetes Association incluem (1) glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL, (2) glicemia ≥ 200 mg/dL, 2 horas após sobrecarga com 75 gramas de glicose oral, (3) glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dL associada a clássicos sintomas de hiperglicemia ou (4) HbA1c ≥ 6,5%2. B. ESTUDO DIRIGIDO 1. Qual o tipo de diabetes apresentado pela paciente? Justifique. ® Diabetes melito do tipo 2. 2. O que é e como se desenvolve o fenômeno de resistência à insulina? ® Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas em resposta à presença de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. As células beta-pancreáticas, que são as responsáveis pela fabricação de insulina, apresentam uma espécie de "sensor" que reconhecem os níveis de glicose do sangue. Acima de determinado nível, liberam a insulina produzida. A insulina ao cair na corrente sanguínea vai desempenhar então seu papel: irá até as células do nosso organismo e vai então sinalizar para que esta célula absorva a glicose que está na corrente sanguínea. Uma vez dentro da célula a glicose poderá ser estocada ou usada como fonte de energia. A resistência a insulina acontece quando as células do nosso corpo passam a precisar de cada vez mais insulina para absorverem a glicose do sangue. Ou seja, por exemplo, se antes a célula reconhecia uma insulina e absorvia cinco glicoses, ela vai passar a precisar de duas insulinas para absorver as mesmas 5 glicoses de antes. O problema desse processo todo é que acontece uma sobrecarga nas células beta-pancreáticas, que muitas vezes não conseguem produzir esta quantidade de insulina a mais que o corpo está precisando: é aí geralmente que surge o diabetes tipo 2 do adulto. A resistência à insulina (RI) pode desempenhar um papel, na história natural do diabetes melito do tipo 1 (DM1), maior do que o habitualmente reconhecido. Nas últimas décadas, este papel se tornou mais evidente com o aumento da obesidade e da diminuição da atividade física nos jovens. 3. Diferencie a hiperglicemia pós-prandial da de jejum. ® Hiperglicemia pós-prandial: Aumento do nível de glicose na corrente sanguínea rapidamente após uma refeição. O organismo libera insulina, após a absorção de carboidratos, para permitir a entrada da glicose pelas células como sua fonte principal de energia. ® Hiperglicemia de jejum: inferior ou igual a 70mg/dL 4. Quais as principais complicações micro e macrovasculares do diabetes? ® As complicações microvasculares são; retinopatia, nefropatia e neuropatia. ® As complicações macrovasculares são; doença coronária, doença cerebral, doença arterial dos membros inferiores e hipertensão arterial. 5. A cetoacidose diabética é uma das complicações agudas que podem ocorrer no portador de diabetes, sendo mais comum no portador de diabetes tipo 1. Sobre essa complicação, responda: a) Como ocorre a cetogênese em nosso metabolismo e por que portadores de DM 1 estão mais propensos a cetoacidose diabética? ® Os corpos cetônicos surgem a partir da transformação de lipídeos em glicose. Assim, os ac graxos oxidados nas mitocôndrias são ativados em uma reação de acilação, sendo dependente de energia, o ATP, para formar o Acetil Coenzima a. Logo, esse Acetil CoA pode ser oxidado, posteriormente, a partir do ácido cítrico, mas uma porção desse acetil será convertido em pequenas moléculas hidrossolúveis, que são denominadas de acetoacetato e betahidroxiburetato que, junto com a acetona, formam os corpos cetônicos. A cetoacidose diabética é causada pela falta de insulina no organismo e, por esse motivo, ocorre em pessoas com DM1, uma vez que está relacionado com a falta de produção de insulina. b) No tratamento da cetoacidose diabética devemos estar atentos aos níveis de potássio sanguíneos, os quais podem estar elevados apesar da expoliação que o paciente está sofrendo. Discuta os motivos pelos quais os níveis sanguíneos de potássio podem estar elevados e porque o tratamento com insulina poderá diminuir consideravelmente esses níveis. ® Os enfoques básicos da orientação devem ser direcionados para o reconhecimento das possíveis causas, dos sinais e sintomas de hiperglicemia como, por exemplo, sede excessiva, poliúria, dor abdominal persistente, náuseas, vômitos, prostração e sonolência. Na presença deles, o contato com a equipe de diabetes se faz imprescindível para que continue o tratamento de possíveis doenças intercorrentes e os demais ajustes terapêuticos. 6. A hiperglicemia hiperosmolar não cetótica é outra complicação aguda possível no paciente diabético, sendo tratada inicialmente com generosa reposição hídrica. a) Explique como a desidratação é um fator importante para desencadear a hiperglicemia hipeosrmolar. ® A redução na concentração de insulina associada á liberação excessiva de hormônios cotrarreguladores desencadeia o aumento da produção hepática e renal de glicose, dando o resultado de hiperglogemia. Assim, a desidratação, aumenta a secreção de hormônios e a hipocalemia dificulta a secreção pancreática de insulina, aumentando a glicose. b) Quais as possíveis complicações de iniciar terapia com insulina? ® As possíveis complicações de iniciar terapia com insulina são; tremores, tonturas, fraqueza, transpiração, nervosismo, ganho de peso, reações a hipersensibilidades. 7. O que é hipoglicemia? Que condições podem predispor ao seu desenvolvimento? ® Hipoglicemia: Significa a baixa concentração de açúcar no sangue. As condições que podem predispor ao seu desenvolvimento são, por exemplo, insulina ou por outros medicamentos (especialmente as sulfonilureias). 8. Quais os sintomas do diabetes? ® Alguns sintomas são, por exemplo, polifagia, polidipsia, polifagia associada a perda de peso. 9. A pressão arterial da paciente está normal? Justifique. ® Não, está aumentada, uma vezque a normal é considerada 120/80. 10. O médico receita metformina. Como este medicamento atuará na fisiopatologia do diabetes? ® Esse medicamento é indicado oara pessoas com diabetes que não produzem insuluna suficiente ou não são capazes de utilizar corretamente a insulina produzida, fazendo com que circulem níveis elevados de glicose no sangue. A metformina atua reproduzindo estes níveis de glicose no sangue, para níveis mais próximos do normal.
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