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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS Anna Carolina Kalil, Fernanda Beatriz Fernandes e Luma Souza Menezes - MR02 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DA DISCIPLINA PRÁTICA MÉDICA III Salvador - Bahia 2021 UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS Anna Carolina Kalil, Fernanda Beatriz Fernandes e Luma Souza Menezes - MR02 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DA DISCIPLINA PRÁTICA MÉDICA III Salvador - Bahia 2021 Trabalho composto por uma etapa como parte da APS de PM III de 2021.1, a partir dos estudos realizados sobre a temática proposta sobre o trabalho. CASO CLÍNICO Identificação: Paciente masculino, pardo, 51 anos, natural de Feira de Santana e procedente de Salvador, casado, evangélico, professor. Queixa principal: “Formigamento em pés” há 6 meses História da moléstia atual: Paciente refere sensação de formigamento em pés bilateralmente há cerca de 6 meses, sem fator desencadeante específico, com piora à noite e melhora ao caminhar. Afirma sentir como se estivesse “pisando em poça de água” e eventualmente apresentar sensação de dor tipo agulhada e câimbras em membros inferiores. Antecedentes médicos: O paciente soube ser diabético aos 39 anos, em exame de rotina no pré-operatório de colecistectomia, (glicemia= 210 mg/dl na época). O paciente nega qualquer sintomatologia na ocasião, a não ser dor abdominal após a ingestão de alimentos gordurosos. Foi medicado inicialmente com medicações orais, mantendo acompanhamento médico irregularmente, mas referindo glicemias “boas”, sempre entre 200 e 250 mg/dl, tendo ficado despreocupado porque foi-lhe informado que o seu diabetes era “do tipo leve”. Há 4 anos passou a ter dor precordial em aperto, intensa, após esforço. Em um desses episódios procurou um pronto-socorro e após diagnóstico de angina, foi submetido a angioplastia coronária. Na ocasião foi informado de que tinha níveis elevados de gordura no sangue e hipertensão arterial. Desde então vem tendo maior cuidado com a saúde, mas tem dificuldade em manter o acompanhamento médico regular devido à sobrecarga de trabalho. Atualmente está em uso de: Gliclazida 30mg 4 comprimidos ao dia, captopril 50 mg/dia e AAS 100 mg/dia. Nega alergia medicamentosa ou outras cirurgias. Nega uso de suplementos. Interrogatório sistemático: Geral: Refere ganho de peso nos últimos anos, desde o casamento, aproximadamente 20kg, e vem mantendo o peso nos últimos 5 anos. Nega febre, icterícia, astenia ou inapetência. C/P: Refere sensação de turvação visual há cerca de 8 meses. Nega cefaléia, síncope ou tontura. Dentes em regular estado de conservação. AR: Nega dispnéia, tosse, massas ou retrações em tórax. ACV: Nega dor torácica atualmente. ABD: Nega dor abdominal, vômitos, diarréia, obstipação. Ritmo intestinal regular diário, fezes de conformação habitual. AGU: Nega disúria. Ritmo urinário aumentado, refere poliúria e polidipsia. Há 3 anos vem tendo diminuição da potência sexual às vezes não consegue manter a ereção. Antecedentes Familiares: Mãe diabética desde os 60 anos, atualmente com 78 anos em tratamento com medicações orais. Pai falecido por infarto agudo do miocárdio fulminante aos 42 anos. Um irmão de 45 anos submetido a revascularização miocárdica. Irmã diabética, tem 46 anos. Antecedentes Epidemiológicos: Epidemiologia negativa para Chagas e esquistossomose. Hábitos de vida: Sedentário, nega etilismo ou tabagismo. Bebe água da torneira, dieta rica em carboidratos e frituras. Antecedentes psicossociais: Trabalha como professor de escola de nível médio, tem 3 vínculos empregatícios, trabalha 3 turnos por dia durante 5 dias na semana e eventualmente aos finais de semana. Casado, relacionamento turbulento com a esposa. Não tem filhos. Exame físico Peso: 102 kg. Alt 170 cm; PA 140/90mmHg em MSD sentado, FC=96 bpm. Bom estado geral, corado hidratado. Facies inespecífica. Obesidade especialmente no tronco, circunferencia abd: 114 cm. Cabeça e pescoço: Dentes em regular estado. Tireóide tópica, fibroelástica, indolor, sem nódulos palpáveis. Ausência de linfonodos cervicais palpáveis. Respiratório: Expansibilidade preservada, FTV simético, som claro pulmonar, MV bem distribuído sem RA. Cardiológico: Precórdio calmo, Ictus cordis não visível e não palpável mesmo com manobra de lateralização. Bulhas rítmicas normofonéticas em dois tempos sem sopros. Abdome globoso a custa de panículo adiposo, proeminente, ruídos hidroaéreos presentes, de difícil palpação; indolor. Pele: pele seca, com edema duro, não depressivo e hiperpigmentação distal em pernas. Extremidades: pulsos poplíteo normais, pulsos pediosos e tibais posteriores palpáveis e simétricos. Neurológico: marcha normal pares cranianos normais, Diminuição da sensibilidade térmica e vibratória em terço distal de MMII, especialmente nos pés. Monofilamento alterado bilateralmente. Exames laboratoriais: Hemograma sem alterações Glicemia em jejum=232 mg/dl; HB A1c=11,4% Ureia=38 mg/dl; creat=0,9mg/dl. Colesterol total=260, Hdl=34, LDL=180 Triglicérides=210 mg/dl. ECG; sinais de SVE (Sobrecarga ventricular esquerda). Microalbuminúria= 65 mcg/min Sumário de urina: Glicose 4+, proteínas 2+ Doppler arterial de membros inferiores sem alterações 1. ELABORE A LISTA DE PROBLEMAS DO PACIENTE. QUAIS AS SUSPEITAS DIAGNÓSTICAS? ® Formigamento em pés bilateralmente há cerca de 6 meses, diabético, dor abdominal após ingesta de comida gordurosa, turvação virtual há cerca de 2 meses, dor precordial após esforço, hipertensão arterial, ritmo urinário aumentando, circunferência abdominal ultrapassa o recomendado pela OMS, hiperpigmentação distal nas pernas, poliúria e polidipsia. A principal suspeita diagnostica é neuropatia periférica, uma das complicações mais comuns nos pacientes com diagnóstico de diabetes. Estes apresentam formigamento, perda da sensibilidade, dor, sensação de queimação ou agulhadas, dormência e fraqueza nas pernas e/ou pés. 2. QUAIS OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE DIABETES? ® A1C ≥ 6,5% - ou – ® Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL - ou - ® Glicemia pós-prandial de duas horas ≥ 200mg/dL no teste de tolerância à glicose. - Ou – ® Glicemia ao acaso (em qualquer horário) ≥ 200mg/dL em pacientes sintomáticos (poliúria, polidipsia e perda de peso). 3. QUAL O TIPO DE DIABETES DO PACIENTE E A SUA FISIOPATOLOGIA? ® O paciente apresenta diabetes tipo II. Na fisiopatologia desta doença o corpo passa a ter uma hiperprodução de insulina, assim a célula beta acaba “falindo” produzindo um déficit de insulina e o corpo passa a não responder de forma adequada a pouca quantidade de insulina, ocasionando a debates tipo II. 4. COMO ESPERA-SE ENCONTRAR O PEPTÍDEO C NESSE CASO? POR QUÊ? ® O peptídeo deverá ser encontrado normal ou elevado, pois esse peptídeo é relacionado a produção de insulina, sendo assim, no período de hiperprodução da mesma ele estará elevado, podendo também se normalizar já que o corpo continua produzindo insulina, mesmo que insuficientes. 5. O PACIENTE APRESENTA QUAIS COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO DIABETES? CLASSIFIQUE ESSAS COMPLICAÇÕES DE ACORDO COM O ENVOLVIMENTO VASCULAR. ® Sim, as complicações são: possivelmente o formigamento nos pés, visão turva. Estas complicações têm relações vasculares, pois pacientes portadores de diabetes tem uma tendência maior produzir placas aterosclerótica, dificultando a circulação e provocando danos ao coração, olhos, cérebro e membros inferiores. 6. CALCULE O IMC DO PACIENTE E CLASSIFIQUE O PACIENTE DE ACORDO COM O GRAU DE OBESIDADE. ® IMC: 35.3 kg/m2 ® Obesidade grau II. 7. O PACIENTE É PORTADOR DE SÍNDROME METABÓLICA? BASEADO EM QUAIS CRITÉRIOS? ® Sim, o paciente é portador da síndrome metabólica. Os critérios avaliados foram hipertensão arterial,nível elevado de açúcar no sangue, excesso de gordura corporal em torno da cintura e níveis de colesterol anormais. 8. QUAL A IMPORTÂNCIA DE RASTREAR SÍNDROME METABÓLICA NOS PACIENTES? ® A importância de rastreio desta síndrome se dá devido ao fato dela está associada a maiores chances de doenças cardíacas, AVCs e diabetes, além de aumentar as chances de ataque cardíaco. 9. CONSIDERANDO A DIRETRIZ BRASILEIRA DE PREVENÇÃO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR EM PACIENTE COM DIABETES – 2017, CALCULE O ESCORE DE RISCO CARDIOVASCULAR DESTE PACIENTE. ANALISE SUA IMPORTÂNCIA. ®
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