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Semiologia Neurológica - Força e tônus muscular, coordenação e reflexos

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Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 
PRÁTICA MÉDICA III ⚫ SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
FORÇA MUSCULAR: 
O exame da força avalia principalmente a contração muscular voluntária. 
Exame: testa a força muscular pedindo ao paciente que desloque a parte do corpo examinado contra sua 
resistência; contra a gravidade ou, que movimente o membro sem gravidade ou observe forças de contração. 
SEMPRE COMPARAR OS 2 LADOS. 
Diminuição da força = fraqueza = paresia 
Ausência de força = paralisia = plegia 
Graduação da força muscular: 
→ Grau V: força normal 
→ Grau IV: movimentação normal, mas com força muscular 
diminuída. Quando o paciente não consegue vencer a força que o 
médico está fazendo contra ela. 
→ Grau III: consegue vencer a força da gravidade, ou seja, consegue 
só se levantar da cama ou apoiar em algum lugar. 
→ Grau II: não vence a gravidade, movimento de lateralização 
→ Grau I: esboço de contração muscular, mas é incapaz de 
movimentar o membro por inteiro. 
→ Grau 0 (plegia ou paralisia): paralisia total 
Exame da força muscular dos membros superiores: 
→ Flexão e extensão do cotovelo 
→ Flexão e extensão do punho 
→ Flexão e extensão dos dedos 
→ Adução dos dedos 
→ Oponência do polegar 
 
 
Manobras contra a gravidade dos membros superiores: 
Teste de Mingazzini dos MMSS: duas mãos para frente, pedir para o paciente fechar 
os olhos e observar se vai haver queda de algum braço ou se vai 
mandar no mesmo nível. Se houver queda há diminuição da força 
do lado que caiu. 
 
Teste do desvio Pronador: a única diferença entre o teste de Mingazzini é que a palma 
da mão é para cima. O lado que tiver diminuição da força o braço se vira e tende a cair. 
 
Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 
 
Exame da força muscular dos membros inferiores: 
Pode ser avaliado tanto deitado quanto 
sentado. 
→ Flexão e extensão do quadril 
→ Flexão e extensão do joelho 
→ Dorsiflexão e flexão plantar 
 
 
Exame contra a gravidade nos membros inferiores: 
Teste de Mingazzini: paciente em decúbito dorsal, quadril e joelhos a 90º e pedir ao paciente que feche os 
olhos. Se houver queda de um dos membros podemos concluir que esse lado é parético. 
Manobra de Barré: paciente em decúbito ventral, joelhos a 90º. 
Pede ao paciente que feche os olhos e se houver queda de um dos 
membros podemos concluir que há paresia. 
 
 
 
Obs.: Com os exames de força muscular não conseguimos distinguir se a lesão é no 1º neurônio ou no 2º, 
apenas conseguimos identificar que pode ser em um dos dois. Com o caminhar do exame neurológico 
passamos a conseguir diferenciar se essa fraqueza muscular é do 1º ou do 2º neurônio. 
 
TÔNUS MUSCULAR: 
Estado de semicontração muscular quando o músculo está em repouso. Perceba que mesmo quando músculo 
está em repouso existe um pequeno grau de contração muscular mínima, até mesmo para continuar mandando 
aferencia da região para o cérebro. 
É definido como a tensão do músculo relaxado, ou seja, sua atividade basal OU a resistência a movimento 
passivo na ausência de contração voluntária. O exame do tônus é realizado na posição passiva. 
Como deve ser a avaliação do tônus muscular? Deve ser feita de forma passiva porque o músculo está em 
repouso. 
Diminuição do Tônus = Hipotonia 
Aumento do Tônus = Hipertonia 
Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 
Exame: movimentar passivamente os membros (punhos, cotovelos, ombro, quadril, joelhos) e observar a 
resistência dos músculos, assim como a flexibilidade e limite de movimento. SEMPRE COMPRARA OS 2 
LADOS. 
 
O tônus muscular pode estar alterado devido a diversos sistemas, como o sistema piramidal, extrapiramidal 
ou até mesmo deficiência no cerebelo. Como iremos identificar onde está a lesão? 
Lembrar que: O primeiro 1º neurônio vai até a medula, na muda faz sinapse com o 2º neurônio que vai até o 
músculo. O tipo de estimulação do 1º neurônio para o 2º neurônio é do tipo inibitório, ou seja, ele regula 
impedindo que o 2º neurônio tenha uma resposta exageradamente ativa. Então se tiver uma lesão do 1º 
neurônio podemos concluir que o tônus no 2º neurônio será HIPERTÔNICO, enquanto se houver uma lesão 
no 2º neurônio pode-se concluir que o tônus ficará HIPOTÔNICO. 
A alteração na força e tônus muscular pode ser ocasionada também pelo sistema extrapiramidal e pelo 
cerebelo. 
Como diferenciar quem está causando a alteração? 
→ Rigidez piramidal (lesão do 1º neurônio) = rigidez espástica (espasticidade): 
A rigidez não é uniforme por todo limite do movimento, varia com a velocidade do movimento e tem um 
padrão de acometimento muscular (flexões dos MMSS e extensores dos MMII). 
Sinal de Canivete: se caracteriza por uma resistência inicial no movimento de estender o antebraço sobre o 
braço, seguida por uma diminuição dessa resistência conforme o ângulo-arco do movimento aumenta. Uma 
rigidez maior no início do que no restante do movimento. 
→ Rigidez extrapiramidal “cano de chumbo” ou plástica: 
Há rigidez em todo o movimento. 
“Rigidez de roda dentada”: qualidade espasmódica da hipertonia. Comum na doença de Parkinson. 
 
COORDENAÇÃO (DIREÇÃO E DISTÂNCIA DO MOVIMENTO): 
A função principal do cerebelo é a coordenação do movimento voluntário; é essencial para a sinergia da 
contração muscular. 
Lesões cerebelares: movimentos grosseiros, não coordenados, trêmulos, com incapacidade de avaliar e reguçar 
o limite dos movimentos. 
Ataxia = sem ordem 
Dismetria = erro de julgamento de distância, velocidade e direção do movimento. Errar o alvo – pode 
ser para mais (hipermetria) ou para menos (hipometria) 
Disdiadococinesia = incapacidade de realizar movimentos alternados rápidos. 
Obs.: Existem autores que incluem cerebelo no sistema extrapiramidal. Nesse caso inclui a velocidade do 
movimento 
Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 
Exame: 
Marcha e postura: 
→ O Exame é solicitar ao paciente que ande uma determinada distância, vire e retorne e só pare de andar ao 
seu comando. 
→ Observar: largura da base, altura dos pés, oscilação dos braços, moimentos das mãos e pernas, postura, 
equilíbrio. 
→ Marcha cerebelar = atáxica = ebriosa. 
 
Movimentos ponto a ponto: 
Temos que observar uniformidade, precisão e tremor. Sempre examinar olhos abertos e depois fechados. 
→ Prova dedo-nariz 
→ Prova dedo-dedo 
→ Prova calcanhar-joelho 
 
 
 
 
Movimentos alternados rápidos - disdiadococinesia 
Sempre avaliar os 2 lados. Avaliar com olhos abertos e depois fechados. 
→ Pronação e supinação das mãos →Oponência do polegar 
 
 
 
 
REFLEXOS: 
São respostas de contração muscular decorrentes da estimulação dos órgãos sensoriais no músculo. 
Terminologias: 
→ Reflexos Normais = normativo ou normoreflexia 
→ Diminuídos = hiporreflexia ou reflexos hipoativos 
→ Ausentes = arreflexia 
→ Exacerbados = Hiperrreflexia ou reflexos ativos 
 
Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 
Obs.: Clônus – membro ou parte do corpo que continua fazendo o movimento mesmo após para a 
estimulação do reflexo. 
Exame dos Reflexos: 
→ Utilizar o martelo neurológico de percussão 
→ Segurar o martelo próximo de sua extremidade 
→ Aplicar uma batida rápida e vigorosa e observar a 
resposta 
 
 
 
 
Dividimos em: 
→ Reflexos tendinosos profundos: são reflexos evocados pela aplicação de um estímulo extensor, no 
tendão, periósteo, articulações ou estruturas oponeuróticas e fáscias. São monossinápticas. São os 
reflexos evocados através de um estímulo de estruturas maias profundas do nosso corpo. 
1. Reflexo tendinoso profundo dos membros 
superiores: 
→ Reflexo bicipital 
→ Reflexo tricipital 
→ Reflexo braquiorradial 
2. Reflexo tendinoso profundo dos membros 
inferiores: 
→ Reflexo patelar 
→ Reflexo aquileu 
 
 
 
→ Reflexos superficiais ou cutâneos: são respostas à estimulação da pele ou membranas mucosas, 
evocados por um estímulo de pele superficial, através de um toque leve ou arranhão. São polissinápticos.Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 
Reflexo cutâneo abdominal Reflexo cutâneo plantar 
 
 
 
 
 
Esses reflexos são abolidos nas lesões do sistema piramidal. O normal é ter flexão no reflexo cutâneo plantar. 
Sinal de babinski: quando ao invés de flexão ocorre extensão do hálux, com abertura em leque dos 4 artelhos 
laterais. É o reflexo cutâneo plantar em extensão = sinal de babinski. 
Obs.: o reflexo cutâneo plantar em extensão pode estar presente em até 18 meses porque o sistema piramidal 
é um dos últimos a maturar. Lembrar que a atividade do 1º neurônio sobre o 2º é inibitória. 
Se tiver sinal de babinski a partir dos 18 meses de vida é patológico que significa lesão do sistema piramidal 
ou 1º neurônio ou trato corticoespinhal. 
Déficit de força na perna + sinal de babinski = lesão no 1º neurônio. Lesão em 2º neurônio não da sinal de 
babinski 
 
 
Referências Bibliográficas: 
Nunes, Magda Lahorgue, and Antonio Carlos Marrone. Semiologia neurológica. Edipucrs, 2002. 
 
Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz

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