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Propedêutica do Sistema Cardiovascular

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PROPEDÊUTICA SISTEMA CARDIOVASCULAR
Pág. 695 pdf Porto - 8º edição
“A razão lhe mostra o caminho a seguir, mas o coração
lhe diz o que fazer…”
REVISÃO: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
CORAÇÃO
- É uma pirâmide invertida
- Ápice = ponta do ventrículo esquerdo = Ictus cordis
- Base do coração: 2° EI direito e esquerdo próximo ao
esterno
- Vasos da base = A. aorta e A. pulmonar
- Sons de B2 pois as valvas desses vasos se
fecham durante a diástole
- O ventrículo direito fica quase centralizado no
esterno perto do apêndice xifóide e ocupa a maior
parte da superfície anterior do coração
- A referência anatômica da anatomia de superfície
sempre é óssea porque é fixa
- Átrio esquerdo fica posterior
- Geralmente é necessário um Eco
Transesofágico para visualizar
- Um eco transtorácico talvez não dê para
visualizar
O ciclo cardíaco é dinâmico!
SISTEMA DE CONDUÇÃO
- B1 = onda bem forte e grave
- Momento de fechamento das valvas
atrioventriculares
- Complexo QRS no ECG
- B2 = som agudo
- Momento de fechamento das valvas semilunares
- Protocolo de prevenção de lesão de órgão alvo
(coração) em paciente hipertenso:
- Contínuo acompanhamento
- MAPA = Monitorização ambulatorial de pressao
arterial > aparelho de pressão durante 24h
- Ecocardiograma para ver se tem disfunção
diastólica
ANAMNESE
DOR TORÁCICA
- A causa pode ser cardíaca, pulmonar,, esofágica,
psicogênica, do mediastino...
- Cardíaca: miocárdio e endocárdio, pericárdio
Tipos:
- Angina: dor de causa isquêmica, retroesternal,
irradiada para membro superior esquerdo,
mandíbula e região epigástrica; sensação de aperto,
peso e as vezes queimação; intensidade leve a
moderada; dura de 1 a 3 minutos; piora com esforço,
estresse, frio; melhora com repouso e nitroglicerina;
pode estar associada com dispneia e vômitos.
- IAM: igual a angina, porém é uma dor mais intensa e
que dura mais (20 min - horas); pode estar associada
também com síncope e sudorese;*
*Horário que mais se infarta: madrugada e início da
manhã porque está mais frio, aumento de corticóide e
aumento da pressão pela manhã
IAM não q: há uma necrose subendocárdica; não afeta
efetivamente o miocárdio = infarto menor
- Pericardite:
- Inflamação do pericárdio > espessamento do
pericárdio com aumento de secreção
- Não deixa o coração bater direito
- Dor intensa, persistente..
- Piora quando o paciente faz qualquer coisa que
mude a posição do tórax: respirar, tosse,
deglutição, deitar
- O paciente tende a ficar em repouso, sentado
com braço cruzado e inclinado para frente
- Aneurisma dissecante Aorta
- Duplo fluxo
- Separação da placa + endocárdio da camada
muscular
- Dor mais súbita e dilacerante; não melhora
- Baixar a pressão arterial para melhorar, ou seja,
não é para dar volume
- Fazer TC ou RM > cirurgia
(Ver tabela do Bates)
PALPITAÇÃO
- Sensação consciente de perceber o batimento cardíaco
que ta fora do ritmo (taquicardia ou bradicardia)
- Causas cardíacas: arritmia, ICC, miocardiopatias
- Causas não cardíacas: HAS, Hipertireoidismo, Anemia,
esforço, Sd pânico, substâncias tóxicas;
TOSSE E EXPECTORAÇÃO
- É um reflexo de proteção pulmonar, pode ser de causa
pulmonar ou cardíaca;
- Causa cardíaca: IVE (crônico) e EAP (agudo)
- Insuficiência ventricular esquerda: gera um
congestionamento de fluxo nas veias e capilares
pulmonares > aumenta pressão hidrostática nos
capilares > favorece a passagem de líquido do capilar
para dentro dos alvéolos > alvéolo fica congesto >
entra menos ar para fazer a troca gasosa > o paciente
começa a ter dispnéia > além disso, há o reflexo de
tosse para expelir aquele liquido
- A tosse contém uma espuma rosa > proteínas do
sangue e muito ar
- Edema Agudo de Pulmão: é súbito, por exemplo em
um IAM
DISPNÉIA
- De esforço: durante o esforço o coração tem que
bater mais;
- De decúbito (ortopnéia): o líquido espalha pelo
pulmão piorando a dispneia em decúbito; o paciente
coloca mais travesseiros para deitar
- Paroxística noturna: ICE muito grave, oxigenação
ruim do sangue periférico que o cérebro aumenta a
FC pela retenção de CO2 > taquidispneia
- Sono não reparador
- Periódica: acontece de repente por gatilhos: estresse
emocional
Causas:
- ICC esquerda: aumenta pressão pulmonar no leito
pulmonar > aumenta o esforço respiratório
- Tosse, sibilos, ortopnéia
- Presença de cardiopatia
- Ansiedade com hiperventilação: gera uma alcalose
respiratória > Ph aumenta (o C02 ta diminuindo
porque o paciente está respirando rápido)
- Descarga autonómica simpática
- Respirar num saco de papel para aumentar o CO2
- Asma:
- Aumento da secreção nas vias aéreas e
broncoespasmo (contrai os brônquios)
- Crise aguda
- Tosse para tentar eliminar o excesso de secreção
inflamatória
- Sibilos
- DPOC:
- Crônico
- No caso do enfisema há uma dilatação do espaço
alveolar
(Ver tabela do Bates)
SÍNCOPE X CONVULSÃO
Síncope:
- Tontura > desmaio
- É dividida em cardiogênica ou neurogênica
- Fatores desencadeantes: multidão, notícia
estressante, frio extremo, queda de pressão arterial
- Sintomas premonitórios: sudorese, náusea,
palpitação
- Acorda rápido
- Palidez facial
Convulsão (crise tônico clônica generalizada):
- Geralmente não tem sintomas premonitórios
- Cianose labial (roxo)
- Muita dor de cabeça
- Dura mais tempo que a síncope
- O paciente cai subitamente
EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO
- Olhar o geral: pálido, sudoreico, cianótico?
- Verificar a ponta do coração batendo (Ictus cordis)
- Olhar frontal e tangencial
- Fica no meio do espaço intercostal
- Não existe um padrão de normalidade no ictus
cordis. A grande maioria não é visível mas palpável
- Verificar deformidades torácicas
PALPAÇÃO
- Verificar a presença de frêmitos que é a sensação
tátil do sopro;
- Palpar ictus cordis:
LHC - linha hemiclavicular; EICE - Espaço intercostal esquerdo
- Considerações:
- Pode ser impalpável sem significar anormalidade
- Manobras facilitadoras: apnéia pós expiratória e o
decúbito lateral esquerdo
Anormalidades:
Para que serve examinar o ictus? ajudar na triagem, no
raciocínio diagnóstico, qual exame pedir…
PERCUSSÃO
- Pouco feita no exame físico cardiovascular
AUSCULTA
- Componentes do Estetoscópio:
- Diafragma: pega sons de alta frequência, agudos >
ausculta da segunda bulha
- Campânula: pega os sons de baixa frequência,
grave > ausculta da segunda bulha
- Utilizado quando o médico acha que tem
alguma coisa na mitral ou na tricúspide
- Localização dos focos:
- Foco mitral: quarto a quinto EI na linha
hemiclavicular esquerda
- Foco aórtico: segundo EI direito junto ao esterno
- Foco pulmonar: segundo EI esquerdo junto ao
esterno
- Foco tricúspide: base do apêndice xifóide para
esquerda
- Ordem habitual da ausculta:
- Aórtico > pulmonar > tricúspide > mitral
- Bulhas cardíacas
- Primeira bulha: ocorre durante a sístole;
fechamento das valvas AV; “tum”; som grave
- Pulso radial = B1
- Se ta junto com o pulso é o TUM
- Segunda bulha: ocorre no final da sístole e início da
diástole; fechamento das valvas semilunares; “TA”;
som agudo
SEGUNDA PARTE DA AULA
RCI = Ritmo cardíaco irregular
BNF = Bulhas normofonéticas
RELAÇÃO COM A RESPIRAÇÃO
Inspiração: Desdobramento inspiratório da segunda
bulha.
Durante a inspiração a pressão torácica é mais negativa
e a abdominal mais positiva, consequentemente
iremos comprir a V. cava inferior o que levará a um
aumento do retorno venoso para o VD (ventrículo
direito), prolongando a sístole ventricular direita.
Devido a isso, na hora de fechar a valva pulmonar vai
demorar um pouco mais para fechar o que a válvula
aórtica (cerca de milisegundos) gerando o som TLÁ ao
invés de TA. (tum - tlá). Esse som é considerado
fisiológico.
Há a possibilidade de se ouvir um TLUM, é comum em
pacientes com prolapso mitral. (patológico)
Expiração: Aqui a pressão torácica fica mais positiva e a
pressão abdominal fica mais negativa o que leva ao
aumento do retorno venoso da circulação pulmonarpara o ventrículo esquerdo retardando a sístole
ventricular esquerda aproximando os dois
componentes (valva pulmonar e aórtica fechando
juntas) gerando então o TUM - TÁ comum que
ouvimos durante a ausculta (fisiológico).
Outros achados:
Terceira Bulha -B3 - TU
A hipertensão leva a hipertrofia do ventrículo, isso
pode gerar uma 3ª bolha cardíaca que faz o som de
TU. Pode ser normal em crianças e adultos jovens
(principalmente durante a atividade física). É melhor
ouvir utilizando a campânula pois é um som grave,
sendo a vibração da parede ventricular antes da
sístole.
Quarta Bulha - B4 - TU
Podem ocorrer em pacientes com fibrilação atrial
(patológico) e, também, com crianças normais
(fisiológico). O som ouvido é o TU que representa o
turbilhonamento no átrio antes da contração atrial.
Ambos os ritmos supracitados são chamados de ritmos
em 3 tempos (3T).
DLE = Decúbito lateral esquerdo
Quando houver esse ritmo em três tempos e com uma
frequência cardíaca aumentada o som auscultado será
semelhante a um galope de cavalo.
Atrito pericárdico: Aqui há um pouco de inflamação
(um líquido) entre as lâminas do pericárdio. O som é o
mesmo de uma fricção do cabelo.
SOPRO - ANÁLISE GERAL (CONTEÚDO SERÁ ABORDADO MAIS A FUNDO
NA AULA DE SÍNDROMES CARDÍACAS).
Sopro: Barulho que se faz ao passar por um local
estreito ou dilatado causando turbilhonamento.
Causa: Alteração do fluxo sanguíneo ao passar nas
valvas. O problema pode ser tanto na parede dos
vasos, quanto nas câmaras e nas valvas.
Passagem por área estreita (estenose, insuficiência
valvar e comunicação interatrial - CIA)
Passagem por área dilatada (aneurisma)
Fatores que interferem na velocidade do fluxo
sanguíneo e em sua viscosidade também podem
causar turbilhonamento. Alteram a velocidade:
- Esforço
- Anemia
- Febre
- Hipertireoidismo
Viscosidade:
- Anemia (diminui a viscosidade)
- sopro “inocente” ou benigno
Características: Ao ouvir um sopro deve ser apontado
em qual local é mais fácil de ouvi-lo (foco aórtico,
mitral, pulmonar e etc). A partir disso, teremos como
direcionar se a razão do sopro é de origem
atrioventricular ou se relaciona-se apenas com o lado
esquerdo do coração, por exemplo. Continuamente a
isso devemos perceber para onde esse som se irradia.
Outro aspecto importante é a intensidade do sopro, se
é possível ouvir o som do sopro no ictus cordis mesmo
sem o estetoscópio esse sopro já é considerado
+++/++++, ou seja, já houve comprometimento de
mais de 50%. Além disso, também é necessário
comparar o sopro com o pulso, dessa forma
conseguiremos identificar se ele é sistólico (junto com
o pulso) ou diastólico. Por fim, também devemos levar
em consideração a respiração, posição do paciente e
exercício.
Sopro sistólico: Ejeção - estenose pulmonar ou aórtica,
acontece logo após o início da sístole e acaba antes de
B2. Regurgitação - Insuficiência mitral ou tricúspide,
tem início junto com B1 e acaba junto com B2.
Sopro diastólico: Estenose AV e insuficiência das
semilunares.
A Dra. Jovana mostrou os sons durante a aula e
identificou em qual valva e em qual parte do ciclo se
encontrava o problema.
Sopro sistólico aórtico ou pulmonar (pois são elas que
se abrem durante a sístole) = estenose das semilunares
Sopro sistólico na mitral ou tricúspide = Insuficiência
mitral ou tricúspide
Sopro diastólico aórtico ou pulmonar = Insuficiência
das semilunares
Sopro diastólico mitral ou tricúspide = estenose mitral
ou tricúspide

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