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Dor torácica não cardíaca

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DOR TORÁCICA NÃO CARDÍACA 
AULA 2 – CLÍNICA GERAL 
O que é dor torácica de origem não cardíaca? É uma 
pergunta muito ampla, tudo aquilo que não é do coração. 
Quando chega um paciente com dor torácica, a primeira 
coisa que devemos pensar é origem cardíaca. Se ta tudo 
bem, excluir a causa não cardíaca. É preciso fazer uma boa 
anamnese, desmembrar todas as características da dor, 
onde doi, o jeito que começou, onde erradia.. descrever 
bem as características da dor. 
A dor torácica é dividida em dor cardíaca e não cardíaca. 
Dentre as não cardíacas, vamos separar o estudo em três 
partes: gastrointestinais, pulmonares e demais causas. 
DTNC GASTROINTESTINAIS 
→ Doença do refluxo gastroesofagico (DRGE) 
→ Espasmo esofagiano 
→ Rotura esofágica 
→ Ulcera péptica 
→ Pancreática 
→ Biliar 
DRGE 
Na dor da Doença do Refluxo Gastroesofagico, o paciente 
chega queixando de muita dor. É uma dor que incomoda, o 
paciente fica inquieto. Às vezes, fala que tá com vontade de 
vomitar, chega vomitando em alguns casos. Dói para 
respirar. 
Gastrite e dor de refluxo é uma dor cortante, parece que 
está passando uma faca na região dorsal. 
Outros sintomas associados: 
→ Pirose (queimação) 
→ Histórico de regurgitação 
→ Piora pós prandial (aumenta a pressão do 
estomago, aumenta o suco gástrico) 
→ Tosse, rouquidão. Bronquioaspiração pequenas 
quantidades de suco gástrico que vai para o 
pulmão. 
Tem melhora com uso de Antiácidos e inibidores de Bomba 
de prótons. 
Cuidado se o paciente apresentar odinofagia, disfagia, 
sangramento e emagrecimento. Isso tudo pode estar 
relacionado ao surgimento do câncer. 
Diagnostico: é clinico e complementares com EDA com 
biopsia; pHmetria esofagiana, REED, cintilografia, 
manometria, teste terapêutico (4 semanas). 
Tratamento: o teste terapêutico é de 4 semanas. Prescreve 
inibidor de bomba de prótons, se tiver histórico de 
regurgitação associar Domperidona que diminui o espasmo 
esofágico e melhora o refluxo. Os dois podem ser de 28-30 
dias. Além disso, recomendar para o paciente afastar de 
fatores de piora: tudo que aumenta a acidez, refrigerante, 
café, mandioca, tomate pelo menos durante o mês. 
Se fez o teste terapêutico por um mês e teve piora, pedir 
endoscopia com teste de biopsia. Examinar lesões, inicio de 
câncer, Helicobacter pylori. 
Sobre a pHmetria, é um teste de várias horas durante o dia. 
Vai ter piscos, aumenta a quantidade de ácido e faz o 
diagnóstico. 
REED: exame de imagem como se fosse um raio x do 
esôfago, que põe contraste, que vê que está refluindo. 
Manometria: pressão do esôfago. 
ESPASMO ESOFÁGICO 
Distúrbios das ondas de contração do esôfago. A dor 
acontece, principalmente quando bebe algo ou come. É 
uma dificuldade na contração. 
O paciente pode queixar de disfagia e despertares 
noturnos. Dor em aberto abaixo do esterno podemos surgir 
durante um exercício físico. Pode acontecer um diagnóstico 
diferencial com angina. 
O diagnóstico é mais difícil. Pode ser feito com radiografia 
com deglutição de bário e manometria indica diferença de 
pressão, contração. 
ROTURA ESOFAGICA 
É um caso mais grave. Geralmente, o paciente que ingesta 
soda caustica que vai corroendo que rompe o esôfago. 
Na emergência, o paciente que tomou de proposito por 
auto extermínio, não estimule vomito, não passa carvão 
ativado porque se a soda voltar, pode romper totalmente. 
Às vezes, pacientes com bulimia estimula muito o vomito, 
que queima o esôfago e acontece uma laceração – 
síndrome de Boerhaave. Que é causada por vômitos 
intensos, gera dor torácica (mediastinite) e enfisema 
pulmonar (agressão a pleura e pulmão). 
É uma dor extremamente forte na região retroesternal ou 
epigástrico. 
Tem alta mortalidade, cerca de 42% evolui para óbito. Pode 
ter complicações como sepse mediastinal e 
pneumomediastino. 
ÚLCERA PÉPTICA 
Pode ser confundido com infarto. Muitas vezes, o infarto 
pode ter dor epigástrica. Tem que fazer exame rápido. ECG. 
O protocolo de infarto tem um tríplice de coagulação e isso 
é muito perigoso porque pode causar uma hemorragia se 
confundido com ulcera. 
Dor em queimação epigástrica ou subesternal prolongada, 
relacionado com alimentação, aparecimento esporádica, 
mas súbito. É um paciente inquieto também. 
Hoje em dia, é mais difícil ter ulcera péptica. Os inibidores 
de bomba de prótons (omeprazol) tem melhorado muito os 
resultados e evitado o crescimento de ulcera. 
Diagnostico: endoscopia com biopsia para saber o grau da 
ulcera. 
CAUSAS PANCREÁTICAS 
Dor torácica ventilatório-dependente (paciente não está 
conseguindo respirar direito) em região epigástrica e 
subesternal prolongada intensa. Pode ter uma dor em faixa 
de pancreatite. Pode ter vômitos. 
Fatores de risco: alcoolismo, hipertrigliceridemia e 
medicações. Venenos da academia. 
Diagnostico: clinica + exames laboratoriais (amilase e 
lipase). 
CAUSAS BILIARES 
Pode causar uma dor torácica por exemplo colecistite 
aguda devido ao nervo frênico (irritação que irradia a dor). 
Dor prolongada epigástrica, ou no quadrante superior 
direito com irradiação para base ou ápice de tórax direito. 
Cuidado com diagnostico diferencial: a dor de vesícula biliar 
dói em base pulmonar direito. Pode ter até dor de ombro 
direito. 
Diagnostico: anamnese + exame físico + exames 
complementares. 
DTNC PULMONAR 
→ Pneumonia 
→ TEP 
→ Hipertensão pulmonar ou pneumotórax 
→ Pleurite 
→ Derrame pleural 
PNEUMONIA 
Área de condensação – hipotransparencia no pulmão. 
Dor torácica inespecífica, de fraca a moderada intensidade, 
que piora a tosse e a respiração. Associada a outros 
sintomas como febre, tosse produtiva, dispneia e 
prostração. 
Atentar-se para pneumonias as bases pulmonares. E 
cuidado em idoso porque as vezes não apresenta febre e 
causa só prostração e dificuldade de respirar. 
Diagnostico: clinico. Pode complementar com exames 
laboratoriais e imagem. 
TEP – TROMBOEMBOLISMO PULMONAR 
É um embolo ou um trombo que passeia pelo organismo e 
para no pulmão da pessoa. 
Causa uma dor de início súbito, associado a dispneia. 
Geralmente pleurítica com infarto pulmonar (atrapalha o 
fluxo sanguíneo). 
Isso tudo associado a dispneia, taquipnéia, taquicardia e 
sinais de insuficiência respiratória. 
Dor torácica + associada com hemoptise (tosse com 
sangue) + doença venosa periférica. Normalmente, esses 
trombos vêm das pernas que se solta. Muito cuidado 
também com pacientes com histórico de viagem muito 
longa. 
Diagnostico: Historia clínica (doenças venosas, viagem 
longas etc) + exame físico (macicez ou abolição de 
murmúrio vesicular fisiológico) + exames complementares 
(angiO TC, D-dimero, cintilografia). 
Se o paciente tem uma baixa predileção para ser TEP, pede 
o D-dimero que gera uma seleção. Se o D-dimero vier 
negativo, não precisa ter um angio TC. Se vier positivo, 
então, pode ser TEP. A angio TC é o padrão ouro de TEP. 
HIPERTENSÃO PULMONAR – PNEUMOTORAX 
É uma das causas de choque. Muito perigoso 
principalmente se for pneumotórax hipertensivo. 
Normalmente, o paciente tem história de trauma torácico. 
Gera uma dor em aperto, com peso, sensação de 
sufocação, queimação ou estrangulamento. Início súbito, 
unilateral, semelhantes a angina típica, associado a 
dispneia. 
Diagnostico: exame clinico (timpanismo (muito ar), redução 
do MV, diminuição da expansibilidade e hiperinsuflação 
contralateral). 
TC de tórax é padrão ouro. Mas também pode utilizar TX 
(mais preto que o normal) e USG. 
Tratamento: depende do caso, mas em geral, drenagem 
torácica em selo d’agua; 
PLEURITE 
É bem comum. Acomete a pleura parietal. 
A dor é em pontada, facada, em tórax, piorando ao respirar 
ou tossir, podendo irradiar para ombro ou MS ipislateral. 
Causas: infecção viral, pneumonia e gripe. Covid 19 
também causa. 
DERRAME PLEURAL 
É o acumulo de liquido na cavidade pleural. Liquido onde 
não deveria ter. 
Causas: traumas, transudados (tumor, inflamação, 
tuberculose,infecção pode gerar transudados e exsudatos), 
exsudatos, Hemotórax (quantidade de sangue dentro do 
tórax), Quilotórax (pus dentro do tórax). 
A dor é torácica inespecífica, associada a dispneia e tosse 
irritativa. 
Menor expansibilidade, menor murmúrio vesicular o 
abolido (pois o liquido atrapalha a passagem do ar), 
diminuição do frêmito TV ou abolido, maciciez. 
Diagnostico: HC + RX de AP, perfil, laurell (decúbito lateral). 
TC de tórax. No raio x, mostra o recesso costofrênico 
apagado, linha demarcando uma base liquida. 
Tratamento: Tracocentese. 
DTNC OUTRAS CAUSAS 
→ Musculo-esqueletica 
→ Herpes Zoster 
→ Psicossomática 
MUSCULO-ESQUELETICA 
COSTOCONDRITE: dor nos arcos costais, chegando no 
esterno. É uma inflamação, com edema local, normalmente 
em pacientes jovens, dor a palpação e diferencia no exame 
físico. 
Síndrome de Tietze: é uma constocondrite gerada unilateral 
– 2°, 3° ou 4° vertebra. Em pacientes jovens com edema 
agudo. Diagnostico: exame clinico. 
Hérnia de disco: pode ser na região torácica e cervical e 
pode irradiar pelo dermatodo e gera dor na frente. É uma 
dor súbita, limitante, forte. 
Trauma local: dor localizada. Colher a história do trauma: 
luta, se caiu, bateu a costela. 
HERPES-ZOSTER 
É uma lesão infecciosa causada pelo vírus Varicella zoster 
(VZV) ou HHV 3. É ativado após a reativação do vírus 
varicela ou se tem imunossupressão os vírus reativos. 
Relacionado a idosos. 
Causa lesão na pele com vesículas bem grudadas e 
próximas umas das outras seguindo dermátodo, linear com 
hiperemia, edema e muita dor no local. Evoluem com 
crostas. 
Como é uma virose, o paciente pode ter mal-estar 
associado. 
Está relacionado com cirurgias, baixa imunidade, entre 
outros. O diagnóstico é clinico. Complicação: neurite pós-
herpética. 
DTNC PSICOSSOMATICA 
Simula infarto. Pacientes com depressão, ansiedade, 
angustia. Queixa de dormência nas mãos, dor torácica. 
Dor em aperto torácico, acompanhada de dormência de 
membros, durando 30 minutos ou mais, não relacionado ao 
esforço ou ao movimento. Gera uma bola de neve, cada vez 
mais intenso, com a mão encurvada, ataques de pânico. 
Dura cerca de 15 minutos. 
Fazer o paciente respirar mais devagar, coloca mascara, 
calma e a vai melhorando. 
 
Diferença da dor de infarto que irradia para ombro, braço, 
mandíbula e para um lado. A dor psicossomática é uma dor 
no peito, de ansiedade, irradiada para MS e MI e 
parestesia. 
 
 
 
 
 
 
	DTNC GASTROINTESTINAIS
	DRGE
	espasmo esoFágico
	rotura esofagica
	úlcera péptica
	causas pancreáticas
	causas biliares
	DTNC PULMONAR
	pneumonia
	TEP – TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
	HIPERTENSÃO PULMONAR – PNEUMOTORAX
	pleurite
	derrame pleural
	dtnc outras causas
	musculo-esqueletica
	Herpes-zoster
	DTNC PSICOSSOMATICA

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