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Compartimentos líquidos corporais/ Edema/ Soluções Endovenosas

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PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
TUTORIA 1 – PROBLEMA 1 
OBJETIVOS 
1- DESCREVER AS COMPOSIÇÕES E OS VOLUMES DOS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS 
CORPORAIS. 
2- EXPLICAR OS FATORES QUE REGULAM OS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS CORPORAIS. 
3- EXPLICAR A FORMAÇÃO DO EDEMA. 
4- DESCREVER OS PRINCIPAIS PROBLEMAS CLÍNICOS DOS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS. 
5- COMPARAR OS TIPOS DE SOLUÇÕES ENDOVENOSAS E SUAS INDICAÇÕES. 
 
DESCREVER AS COMPOSIÇÕES E OS VOLUMES DOS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS 
CORPORAIS 
PERDA DE LÍQUIDOS 
Diariamente, o organismo elimina por volta de 
2300ml de água, em condições normais: 700 ml 
pela eliminação insensível (pele e trato 
respiratório), 100 ml através da sudorese, 100 ml 
através das fezes e 1400 ml através da urina. 
A quantidade de líquido que se perde através da 
sudorese varia muito, depende da atividade física 
que esta se praticando e também da temperatura 
do ambiente. Em um dia que estiver fazendo 
muito exercício intenso prolongado, pode chegar 
a 5000 ml. 
A perda de líquidos através das fezes geralmente 
é pequena, mas essa quantidade pode sofre um 
grande aumento e chegar a vários litros por dia 
em indivíduos com diarreia, que pode vir a ser 
fatal, principalmente em crianças, se não for 
tratado a tempo. 
COMPARTIMENTOS 
O líquido corporal total esta dividido em 2 
grandes compartimentos: 
 Líquido extracelular 
 Líquido intracelular. 
O líquido extracelular por sua vez é dividido em: 
 Líquido intersticial 
 Plasma. 
 
Em um ser humano adulto, a quantidade total de 
água representa 60% de todo o peso corporal, 
portanto, em um homem com peso médio de 70 
quilos, ele terá 42 litros de água, que 
corresponde a 42 quilos de todo seu peso 
corporal. 
Detalhe: *Pessoas obesas tem menos líquido 
corporal, devido ao fato do tecido conjuntivo 
comportar menos quantidade de líquidos.* 
Destes 60%, 2/3 ou 40% será do liquido 
intracelular, e os outros 20% do líquido 
extracelular, que por sua vez será subdividido em 
15% para o liquido intersticial e 5% para o 
plasma. 
CONSTITUINTES DO LÍQUIDO 
EXTRACELULAR E INTRACELULAR 
O plasma e o líquido intersticial são separados 
apenas por uma membrana capilar com grande 
permeabilidade a íons, assim, suas composições 
iônicas são semelhantes. 
A diferença mais importante entre estes dois 
compartimentos é a maior concentração de 
proteínas no plasma, isso se deve aos capilares 
terem baixa permeabilidade às proteínas 
plasmáticas. 
Efeito Donnan - É o equilíbrio entre cargas 
positivas e negativas presentes na membrana. O 
plasma é composto de proteínas plasmáticas (ex: 
albumina), essas proteínas tem cargas negativas 
que promovem uma redistribuição de pequenos 
cátions e ânions, através da parede do capilar. 
Como a membrana é apenas permeável a íons, 
ocorre um fluxo de ânions para o plasma por 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
diferença de concentração. Com esse fluxo, vai 
ocorrer um acúmulo de carga negativa no 
plasma, o que moverá cátions do interstício para 
o plasma. Portanto, a concentração de cátions no 
plasma é levemente maior que no interstício e a 
concentração de ânions no plasma é menor que 
no interstício. 
O líquido extracelular contem grandes 
quantidades de íons sódio e cloreto, uma 
quantidade razoável de íons bicarbonato e uma 
pequena quantidade de íons potássio, cálcio, 
magnésio, fosforo e ácidos orgânicos. 
A composição do líquido extracelular é 
cuidadosamente regulada por vários 
mecanismos, mas especialmente pelo rim. 
EXPLICAR OS FATORES QUE REGULAM OS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS CORPORAIS 
As quantidades relativas de líquido extracelular 
distribuídas entre o plasma e os espaços 
intersticiais são determinadas principalmente pelo 
equilíbrio de forças hidrostáticas e 
coloidosmóticos através das membranas 
capilares. 
A distribuição dos líquidos entre os 
compartimentos intra e extracelular, em 
contraste, é determinada pelo efeito osmótico de 
solutos menores -sódio, cloreto e outros 
eletrófilos- agindo através da membrana celular. 
A razão para isso é que as membranas celulares 
são altamente permeáveis à água e 
relativamente impermeáveis a esses íons 
menores. Portanto, a água se move rapidamente 
através da membrana celular, de forma que o 
líquido intracelular permanece isotônico em 
relação ao líquido extracelular. 
Osmose - É a passagem de líquido (água) 
através de uma membrana semipermeável a 
favor do gradiente de pressão osmótica. O 
gradiente de pressão osmótica é gerado pela 
concentração de solutos. A passagem ocorre de 
uma região mais concentrada em soluto para 
uma de menor concentração de água. Em se 
tratando de concentrações, a passagem do 
líquido é do meio menos concentrado para o 
mais concentrado. 
Devido as membranas celulares serem 
relativamente impermeáveis para a maioria dos 
solutos, sempre haverá um maior acúmulo de 
soluto de um lado da membrana, que ditará a 
direção a direção da difusão, em resultado das 
diferenças de concentrações que existem entre 
os 2 lados da membrana celular. A taxa de 
difusão da água é conhecida como taxa osmose. 
DESCREVER OS PRINCIPAIS PROBLEMAS CLÍNICOS DOS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS. 
ANORMALIDADES CLÍNICAS DA 
REGULAÇÃO DO VOLUME DE LÍQUIDOS: 
HIPO E HIPERNATREMIA 
Uma medida disponível ao médico para avaliação 
do status dos líquidos do paciente é a 
concentração de sódio no plasma 
 
Quando a concentração de sódio no plasma é 
reduzida por mais do que alguns miliequivalentes 
abaixo do normal (cerca de 142 mEq/L), o 
indivíduo tem hiponatremia. Quando a 
concentração de sódio no plasma está alta, 
acima do normal, o indivíduo tem hipernatremia. 
 
Causas de Hiponatremia: 
Excesso de Água ou Perda de Sódio 
A redução da concentração plasmática de sódio 
pode resultar da perda de cloreto de sódio do 
líquido extracelular ou de adição excessiva de 
água ao líquido extracelular. A perda primária de 
cloreto de sódio geralmente resulta em 
hiponatremia–desidratação e é associada à 
redução do volume do líquido extracelular. As 
condições que podem causar hiponatremia, pela 
perda do cloreto de sódio, incluem a diarreia e o 
vômito. O uso excessivo de diuréticos que inibem 
a reabsorção de sódio nos túbulos renais e certos 
tipos de doenças renais, em que ocorre excreção 
excessiva de sódio, pode causar graus 
moderados de hiponatremia. Por fim, a doença 
de Addison, que causa a diminuição da secreção 
de aldosterona e, assim, diminui a reabsorção 
tubular renal de sódio, pode ocasionar grau 
moderado de hiponatremia. 
A hiponatremia também pode ser associada à 
retenção excessiva de água, que dilui o sódio do 
líquido extracelular, condição referida como 
hiponatremia–hiperidratação. 
Por exemplo, a secreção excessiva de hormônio 
antidiurético, que faz com que os túbulos renais 
reabsorvam mais água, pode levar a 
hiponatremia e hiperidratação. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 
Consequências da Hiponatremia: 
Inchaço Celular 
Variações rápidas no volume celular, como 
resultado de hiponatremia, podem apresentar 
efeitos intensos nos tecidos e na função dos 
órgãos, especialmente no cérebro. A redução 
rápida no sódio plasmático, por exemplo, pode 
causar edema das células cerebrais e sintomas 
neurológicos que incluem dor de cabeça, náusea, 
letargia e desorientação. Se a concentração 
plasmática de sódio cair rapidamente para abaixo 
de 115 a 120 mmol/L, o inchaço celular pode 
acarretar convulsões, coma, dano cerebral 
permanente e morte. Devido à rigidez do crânio, 
o cérebro não pode aumentar seu volume por 
mais de 10% sem que seja forçado o pescoço 
(herniação), que pode levar a lesão cerebral 
permanente e morte. 
 
Causas de Hipernatremia: 
Perda de Água ou Excesso de Sódio 
O aumento da concentração de sódio no plasma, 
que causa também elevação da osmolaridade, 
pode ser devido tanto à perda de água do líquido 
extracelular, concentrando íons sódio, ou a 
excesso de sódio nolíquido extracelular. A perda 
primária de água do líquido extracelular resulta 
em hipernatremia e desidratação. Essa condição 
pode decorrer de deficiência da secreção do 
hormônio antidiurético que é necessário para que 
os rins conservem a água no corpo. Como 
resultado dos baixos níveis de hormônio 
antidiurético, os rins excretam grandes 
quantidades de urina diluída (distúrbio conhecido 
como diabetes insípido “central”), ocasionando 
desidratação e aumento da concentração do 
cloreto de sódio no líquido extracelular. Em 
certos tipos de doenças renais, os rins não 
respondem ao hormônio antidiurético, 
acarretando também o tipo de diabetes insípido 
nefrogênico A hipernatremia pode também 
ocorrer como resultado da adição excessiva de 
cloreto de sódioao líquido extracelular. Isso 
geralmente resulta em hipernatremia-
hiperidratação, porque o excesso de cloreto de 
sódio extracelular costuma estar associado a, no 
mínimo, algum grau de retenção de água pelos 
rins. Por exemplo, a secreção excessiva de 
aldosterona, que retém sódio, pode causar 
discreto grau de hipernatremia e hiperidratação. 
A razão, pela qual a hipernatremia não é tão 
grave, é que a retenção de sódio causada pelo 
aumento da secreção de aldosterona estimula 
também a secreção de hormônio antidiurético e 
faz com queos rins reabsorvam grandes 
quantidades de água. 
 
EXPLICAR A FORMAÇÃO DO EDEMA 
 
EDEMA: 
EXCESSO DE LÍQUIDO NOS TECIDOS 
Edema, denominado popularmente por retenção 
de líquidos, é a acumulação de líquidos nos 
tecidos do corpo. As regiões afetadas com maior 
frequência são os braços ou as pernas. Os 
sintomas mais comuns são pele esticada, 
sensação de peso na região e dificuldade em 
mover as articulações afetadas. A presença de 
outros sintomas depende da causa subjacente. 
 
Edema Intracelular 
1. Hiponatremia 
2. Depressão do sistema metabólico dos tecidos 
3. Falta de nutrição adequada as células 
 
Edema Extracelular 
Ocorre quando se acumula um excesso de 
líquido nos espaços extracelulares. Geralmente 
existem duas causas: 
1. Vazamento anormal de líquido plasmático para 
os espaços intersticiais através dos capilares; 
2. Falha do sistema linfático de retornar líquido 
do interstício para o sangue, muitas vezes 
chamada Linfedema. 
 
Fatores que Podem Aumentar a Filtração 
Capilar (Aumenta a Vel. de Filtração Capilar) 
 Aumento do coeficiente de filtração capilar 
 Aumento da pressão hidrostática capilar 
 Redução da pressão coloidosmotica do 
plasma 
 
 
 
O Bloqueio Linfático Causa Edema 
Quando ocorre um bloqueio linfático, o edema 
pode tornar-se grave, pois as proteínas do 
plasma que vazam para o interstício não são 
removidas para a circulação. O aumento na 
concentração de proteínas do interstício aumenta 
a pressão coloidosmotica do liquido intersticial, e 
ainda mais liquido é filtrado dos capilares. 
 
Resumo das Causas de Edema Extracelular 
 
I. Aumento Da Pressão Capilar 
A. Retenção excessiva de sal e água pelos rins. 
1. Insuficiência aguda ou crônica dos rins. 
2. Excesso de mineralocorticoides. 
B. Pressão venosa alta e constrição venosa. 
1. Insuficiência cardíaca. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
2. Obstrução venosa. 
3. Bombeamento venoso insuficiente. 
(a) Paralisia nos músculos. 
(b) Imobilização de partes do corpo. 
(c) Insuficiência das válvulas venosas. 
C. Redução da resistência arteriolar. 
1. Aquecimento excessivo do corpo. 
2. Insuficiência do sistema nervoso simpático 
3. Fármacos vasodilatadores. 
 
Ii. Redução Das Proteínas Plasmáticas 
A. Perda de proteína pela urina (síndrome 
nefrótica). 
B. Perda de proteína de áreas desnudadas da 
pele. 
1. Queimaduras. 
2. Ferimentos. 
C. Insuficiência da síntese proteica. 
1. Doença hepática (p. ex., cirrose). 
2. Desnutrição proteica ou calórica grave. 
 
III. Aumento Da Permeabilidade Capilar 
 A. Reações imunes que causem liberação de 
histamina ou outros produtos imunes. 
B. Toxinas. 
C. Infecções bacterianas. 
 D. Deficiência de vitaminas, especialmente de 
vitamina C. 
E. Isquemia prolongada. 
F. Queimaduras. 
IV. Bloqueio do retorno linfático 
 A. Câncer. 
B. Infecções (p. ex., nematódeo da filária). 
C. Cirurgia. 
D. Ausência congênita ou anormalidades dos 
vasos linfáticos. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
O edema pode ser classificado também como: 
 Edema comum; 
 Linfedema; 
 Mixedema. 
O edema pode ser mole ou transudato, sendo 
constituído apenas por água. Pode também ser 
edema duro ou exsudato, sendo constituído de 
água e proteínas. O exsudativo, geralmente é 
inflamatório e causa dor, calor e rubor. 
 
Edema Ocasionado por Insuficiência Cardíaca 
 
Nessa doença, o coração bombeia o sangue das 
veias para as artérias de modo deficiente, o que 
aumenta a pressão venosa e a pressão capilar, 
causando elevação da filtração capilar. Além 
disso, a pressão arterial tende a cair, acarretando 
redução da filtração e, consequentemente, da 
excreção de sal e água pelos rins, o que resulta 
em mais edema. Adicionalmente, o fluxo 
sanguíneo para os rins fica reduzido nas pessoas 
com insuficiência cardíaca e essa queda do fluxo 
sanguíneo estimula a secreção de renina, que 
leva a aumento da formação da angiotensina II e 
da secreção de aldosterona que causam 
retenção adicional de sal e água pelos rins. 
Assim, nas pessoas com insuficiência cardíaca 
não tratada, todos esses fatores em conjunto 
ocasionam grave e generalizado edema 
extracelular. Toda a pressão vascular pulmonar, 
incluindo a capilar, aumenta muito acima do 
normal, ocasionando edema pulmonar grave. 
Quando não tratado, o acúmulo de líquido nos 
pulmões pode rapidamente progredir, levando à 
morte do indivíduo em poucas horas. 
 
Edema Causado pela Redução na Excreção 
Renal de Sal e Água. 
 
A maior parte do cloreto de sódio adicionado ao 
sangue permanece no compartimento 
extracelular, e somente pequena quantidade 
entra nas células. Portanto, nas doenças renais 
que comprometem a excreção urinária de sal e 
água, grande parte do cloreto de sódio e da água 
é retida no líquido extracelular. A maior parte do 
sal e da água vaza do sangue para os espaços 
intersticiais, e pequena parte permanece no 
sangue. O efeito principal é causar: 
(1) grande aumento do volume do líquido 
intersticial (edema extracelular); (2) hipertensão, 
devido ao aumento do volume sanguíneo. 
 
Edema Causado pela Redução das Proteínas 
Plasmáticas. 
 
 A insuficiência na produção de quantidades 
normais de proteínas ou o vazamento dessas 
proteínas do plasma para o interstício, provocam 
uma diminuição da pressão coloidosmotica do 
plasma. Isso leva ao aumento da filtração capilar 
através do corpo e a edema extracelular. A perda 
de proteínas pela urina é uma das principais 
causas de redução da concentração plasmática 
de proteínas. Isso acontece em certos tipos de 
doenças renais, condição conhecida como 
síndrome nefrótica. Quando essa perda excede a 
capacidade do corpo em sintetizar proteínas, 
ocorre a redução da concentração de proteínas 
plasmáticas, podendo provocar edema 
generalizado grave quando a concentração de 
proteína cai abaixo de2,5 g/100 mL de plasma. A 
cirrose do fígado é outra condição que causa a 
redução da concentração das proteínas do 
plasma. A cirrose é o desenvolvimento de 
grandes quantidades de tecido fibroso entre as 
células parenquimatosas do fígado. Isso resulta 
na produção insuficiente de proteínas do plasma, 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
ocasionando redução da pressão coloidosmótica 
do plasma e edema generalizado. A fibrose do 
fígado (cirrose) algumas vezes comprime os 
vasos de drenagem do sistema porta hepático, 
visto que eles passam pelo fígado antes de 
drenar na circulação geral. O bloqueio dessa veia 
porta, que drena o sangue do intestino, aumenta 
a pressão hidrostática capilar gastrointestinal e 
também a filtração de líquido do plasma para 
áreas intra-abdominais. Os efeitos combinados 
da redução da concentração de proteínas 
plasmáticas e da alta pressão no sistemaporta 
hepático e nos capilares causam transudação de 
grandes quantidades de líquido e de proteínas 
para a cavidade peritoneal, condição conhecida 
por ascite. 
 
Mecanismo de prevenção do edema 
1. Baixa complacência do interstício 
2. Capacidade de o fluxo linfático aumentar de 10 
a 50x 
3. Diluição das proteínas intersticiais quando 
ocorre aumento da filtração capilar, o que causa 
redução da pressão coloidosmotica do liquido 
intersticial 
COMPARAR OS TIPOS DE SOLUÇÕES ENDOVENOSAS E SUAS INDICAÇÕES. 
Objetivos: 
 Manter ou restaurar o equilíbrio hídrico, 
quando a reposição oral é inadequada ou 
impossível; 
 Manter ou restaurar os eletrólitos; 
 Oferecer uma fonte de calorias enquanto o 
trato gastrointestinal está de repouso; 
 Administrar medicamentos; 
 Repor sangue e derivados. 
 
Tipo de soluções: 
Conceito: mistura homogênea composta por 
soluto e solvente. 
Usada: Reposição volêmica. 
Dois tipos: 
• Soluções Cristaloides – consistem de água 
e de outros cristais uniformemente dissolvidos 
(sal e açúcar) 
• Soluções Coloides – consistem de água e 
moléculas de substâncias suspensas, como 
células sanguíneas e derivados do sangue, 
por exemplo, a albumina. 
 
Soluções Cristaloides 
• Subdividem-se em isotônicas, hipotônicas e 
hipertônicas, referindo-se à concentração de 
substâncias dissolvidas em relação ao plasma. 
 
 Soluções Isotônicas 
 Contém a mesma concentração de 
substâncias dissolvidas tal como 
normalmente é encontrado no plasma. 
Mantém o equilíbrio hídrico em pacientes que 
não conseguem beber ou comer por curto 
período de tempo. 
 SF 0,9%, componentes do sangue tipo 
plasma e albumina a 5% e solução ringer 
lactato. 
 
 Soluções Hipotônicas 
 Contém menos substâncias dissolvidas do 
que normalmente se encontra no plasma, 
forçando o movimento de água para dentro 
das células, restabelecendo o equilíbrio entre 
os meio intra e extracelular. As células se 
incharão. 
 Reidratar pacientes com déficits de líquido 
 Por exemplo pacientes que sofrem de diarreia 
ou de vômitos. Ex: SF 0,45% e SF 0,33%. 
 
 Soluções Hipertônicas 
 Mais concentrada do que o líquido do 
organismo, retirando água das células para 
dentro do compartimento extracelular. As 
células se encolherão. 
 Não são utilizadas com muita frequência, a 
não ser em casos extremos nos quais há 
necessidade de reduzir um edema cerebral 
ou expandir rapidamente o volume 
circulatório. 
 Ex.: SG a 10% SG a 20%, SF a 3 a 5% 
 
1- Soro Glicosado a 5% 
• Composto por água e calorias. 
• Usado para repor as perdas de água, suprir 
alguma ingesta calórica, administrado como 
solução de transporte para inúmeras 
medicações. 
• Usar com cautela em pacientes com 
intoxicação hídrica (Hiponatremia). 
• Não deve ser usado concomitantemente com 
sangue ou derivados do sangue. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
2- Soro Fisiológico A 0,9% 
• Composto por água e eletrólitos (Na, Cl). 
• Usado para repor as perdas de sais, 
administrado com componentes do sangue ou 
para tratar pacientes em choque 
hemodinâmico. 
• Usar com cautela em pacientes com excesso 
de volume isotônico (insuficiência cardíaca e 
renal) 
 
3- Solução De Ringer Lactato 
 Composto por água e eletrólitos (Na, K, Cl, 
Ca). 
 Usado para repor as perdas hídricas, repor 
perdas de eletrólitos específicos e na acidose 
metabólica moderada. 
 
Soluções Coloides 
• Proporcionam expansão de volume em 
situações nas quais as soluções cristaloides 
não são adequadas, como o choque e a 
hemorragia maciça. 
• Exemplos: sangue, os seus derivados e as 
soluções conhecidas como expansoras do 
plasma. 
 
1- Sangue 
 Restaurar o volume sanguíneo circulante 
 Repor fatores da coagulação 
 Melhorar a capacidade de transporte de 
oxigênio 
 O sangue integral ou a papa de hemácias 
são, provavelmente, os tipos mais comuns de 
soluções coloides administradas aos 
pacientes. 
 A terapia transfusional limita-se a ocasiões 
em que é absolutamente necessária, e são 
empregadas técnicas rigorosas de triagem 
antes do início da transfusão. 
 Os hemoderivados devem ser administrados 
apenas com consentimento formal do 
paciente e família 
 Opções de transfusões sanguíneas 
 Transfusão autóloga = próprio paciente doa 
sangue para ser armazenado antes das 
cirurgias eletivas desde que a concentração 
de Hb esteja a 11g/dl 
 Elimina os riscos de reações transfusionais e 
da transmissão de doenças, constituindo se 
na opção mais segura. 
 Contraindicada em indivíduos que estiverem 
usando ATB Sangue 
 Transfusão homóloga 
 Os hemoderivados dos doadores voluntários 
são distribuídos aos pacientes 
aleatoriamente. 
 Transfusão direcionada 
 Os hemoderivados são doados por um 
indivíduo para transfusão em um receptor 
específico

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