Buscar

Fisiologia Cardíaca 4

Prévia do material em texto

Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
Grupo Tutorial 4
Debito Cardíaco
É a quantidade de sangue bombeado para a aorta, a cada minuto,
pelo coração. Também é a quantidade e sangue que flui pela
circulação.
É o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo em um
determinado período de tempo.
DC pode ser calculado multiplicando-se a frequência cardíaca
(batimentos por minuto) pelo volume sistólico:
Débito cardíaco (DC) = frequência cardíaca - volume sistólico.
Fatores que afetam o débito cardíaco: metabolismo corporal,
exercício físico, idade (diminui a atividade corporal, diminui o
débito), dimensões do corpo.
Débito cardíaco = volume de ejeção X frequência cardíaca
Depende do volume ejetado em um único batimento cardíaco
(volume sistólico) e do numero de batimentos por minuto (FC).
É de quase 5.000mL/min em um homem de 70kg.
Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
Controle do DC: em muitas condicoes normais, o nivel do DC a
longo prazo varia, reciprocamente com as variacoes da RVPT,
enquanto a PA permanece a mesma.
Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
Quando a RPT é exatamente normal (100%), o DC também é normal.
Então a RPT aumenta acima do normal, o DC diminui. Ao contrario,
quando a RPT diminui, o DC aumenta.
Mecanismo de Frank-Starling
Quando a quantidade adicional de sangue chega aos ventrículos,
o musculo cardíaco é mais distendido. Isso, por sua vez, leva o
musculo a se contrair com força aumentada, pois os filamentos de
miosina e actina ficam dispostos em um ponto mais próximo do
grau ideal de superposição para a geração de força. Assim, o
ventrículo, em função de seu enchimento otimizado,
automaticamente bombeia mais sangue para as artérias.
Não é o próprio coração o controlador principal do débito
cardíaco, diversos fatores da circulação periférica (retorno venoso)
é que são os principais controladores. O coração apresenta um
mecanismo intrínseco que, nas condições normais, permite que ele
bombeia automaticamente toda e qualquer quantidade de sangue
que flua das veias para o átrio direito. Esse mecanismo é
designado como Lei de Frank-Starling do coração, que diz que,
quando grande quantidades de sangue flui para o coração, essa
maior quantidade de sangue distende para as câmaras cardíacas,
assim, o musculo cardíaco se contrai com mais força, fazendo com
que seja ejetado todo o sangue adicional que entrou da circulação
Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
sistêmica. Desse modo, o sangue que flui para o coração é
automaticamente bombeado sem demora para a aorta para fluir
de novo pela circulação.
A distensão faz com que seu bombeamento seja mais rápido. Ou
seja, a distensão do nodo sinusal na parede do átrio direito tem
efeito direto sobre a ritimicidade do próprio nodo.
Portanto, é a capacidade intrínseca do coração de se adaptar a
crescentes afluxos de volume sanguíneo: aumenta o estiramento,
aumenta a força de contração, aumenta o volume de ejeção,
aumenta o débito cardíaco.
● O volume de sangue ejetado pelo ventrículo depende do
volume presente no ventrículo no ventrículo ao final da
diástole. O volume que o coração ejeta na sístole é igual ao
volume que recebe pelo retorno venoso.
Reflexo de Bainbridge
É um reflexo nervoso decorrente da distensão do nodo sinusal, que
tem efeito direto sobre a frequência cardíaca. Esse reflexo leva o
impulso ao centro vasomotor retornando ao coração por via
simpática vagal: aumenta a frequência cardíaca, aumenta o débito
cardíaco.
O aumento de sangue que chega ao coração eleva a frequência
cardíaca.
Débito cardíaco = retorno venoso → O sangue local que forma o
retorno venoso é automaticamente bombeado pelo coração para
fluir de novo pelo sistema.
Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
Débito cardíaco = pressão arterial / resistência periférica total.
Fatores que causam hipereficácia do coração: Somente dois
fatores podem fazer com que o coração atue como bomba melhor
que o normal: (1) Estimulação nervosa: combinação de estimulação
simpática e a inibição parassimpática fazem duas coisas pra
aumentar a eficácia do bombeamento cardíaco: aumento
acentuado da FC; aumento da força de contração cardíaca. (2)
Hipertrofia cardíaca: quando o músculo cardíaco aumenta a sua
massa e a força contrátil, como em atletas.
Fatores que causam a hipoeficácia do coração: Qualquer fator que
diminua a capacidade do coração de bombear o sangue como:
bloqueio da artéria coronária, inibição da excitação nervosa,
fatores patológicos que causam o ritmo cardíaco anormal,
hipertensão, miocardite, hipóxia cardíaca.
Nota: Quando os tecidos locais se dilatam, aumentam o retorno
venoso e o débito cardíaco acima do normal, então o SN previne a
queda da PA.
Retorno venoso
É a quantidade de sangue que flui das veias para o AD, a cada
minuto, ou seja, a quantidade de sangue que chega ao coração
pelas veias.
Todo o sangue flui para formar o retorno venoso, e o coração
automaticamente bombeia esse sangue de volta para as artérias,
para fluir de novo pelo sistema.
Ambos devem ser iguais um ao outro, exceto por poucos
batimentos, nos momentos em que o sangue é, temporariamente,
armazenado ou removido do coração e dos pulmões.
Fatores que afetam o retorno venoso: bomba muscular esquelética,
bomba respiratória. Quando inspiramos o diafragma desce, a
pressão diminui no tórax (pressão negativa) e a pressão no
abdômen aumenta (pressão positiva). A baixa pressão sobre a veia
cava inferior (parte torácica) permite que mais sangue venha das
veias abdominais (alta pressão), aumentando assim o retorno
venoso.
Regulação do retorno venoso:
- Pressão atrial direita (exerce força retrógrada sobre as veias para
impedir o fluxo de sangue das veias para o átrio direito; menor
pressão, maior retorno venoso).
Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
- Pressão média de enchimento sistêmico (é a pressão medida
quando o fluxo sanguíneo é interrompido pelo pinçamento dos
grandes vasos sanguíneos no coração; maior pressão, maior
retorno venoso).
- Resistência ao fluxo sanguíneo (entre os vasos periféricos e o átrio
direito; maior resistência, menor retorno venoso).
Gradiente de pressão para o retorno venoso: Quanto maior a
diferença entre a pressão média sistêmica de enchimento sistêmico
a pressão atrial direita, maior será o retorno venoso.
Pressão média de enchimento circulatório: É a pressão medida
quando todo fluxo sanguíneo é interrompido.
Resistência ao retorno venoso: Aumenta a resistência nas veias →
sangue acumula nas veias → pressão venosa aumenta muito pouco
(veias são muito distensíveis) → fluxo sanguíneo no átrio direito
diminui drasticamente.
Efeitos compensatórios adicionais produzidos em resposta ao
volume sanguíneo aumentado, aumentando também o débito
cardíaco:
1) Débito cardíaco aumentado, eleva a pressão capilar para o
volume sanguíneo voltar ao normal;
2) A pressão aumentada nas veias faz com que elas continuem a se
distender pelo mecanismo denominado relaxamento por estresse,
fazendo com que os reservatórios de sangue se distendam,
reduzindo a pressão sistêmica média;
3) Excesso de fluxo sanguíneo pelos tecidos causa aumento
regulatório da resistência periférica, aumentando a resistência ao
retorno venoso.
Estimulação simpática sobre o débito cardíaco
1) Faz o coração uma bomba mais potente → aumenta a pressão
média de enchimento sistêmico → aumenta a RPT.
2) Aumenta a força de contração → aumenta a FC → aumenta o
volume bombeado → aumenta a pressão de ejeção → aumenta o
DC.
Volume De Ejeção
Quantidade de sangue bombeada por ciclo cardíaco.
Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
VE = VDF – VSF
A eficiência ventricular para ejetar o sangue é descrita pela fração
de ejeção, que é a fração o volume diastólico final que é ejetada no
debito sistólico. Normalmente é0,55 ou 55%. A fração de ejeção é
um indicador da contratilidade.
Fatores que influenciam o volume de ejeção:
- Força de contração: capacidade do coração de contrair a um
determinado comprimento da fibra.
- Pré-carga: grau de pressão no músculo, quando elecomeça a se
contrair; para a contração cardíaca, é a pressão diastólica final
quando o ventrículo está cheio.
- Pós-carga: carga contra a qual o músculo exerce sua força
contrátil; é pressão na aorta à saída do ventrículo.
Quanto maior a quantidade de sangue no ventrículo no início da
sístole (VDF aumentado), maior será o volume de ejeção.
Os termos pré-carga e pós-carga podem ser aplicados ao musculo
cardíaco exatamente como aplicados ao musculo esquelético. Ex.:
estilingue.
Respectivamente, a pressão diastólica final e a pressão do sangue
na aorta à saída do ventrículo.
A pré-carga para o ventrículo esquerdo é o volume ventricular
esquerdo diastólico final, ou o comprimento da fibra ao final da
diástole; ou seja, a pré-carga do comprimento em repouso, a partir
da qual o musculo se contrai. A relação entre pré-carga e tensão
ou pressão desenvolvida, baseia-se no grau de sobreposição dos
filamentos finos e espessos.
A pós-carga do ventrículo esquerdo é a pressão aórtica. A
velocidade de encurtamento do musculo cardíaco é a máxima
quando a pós-carga é zero, e a velocidade de encurtamento
diminuiu quando aumenta a pós-carga.
Frequência Cardíaca
É iniciada pelas células autorrítimicas do nó sinusal e regulada
pelo SNA e por hormônios. O parassimpático diminui a FC,
enquanto o simpático aumenta.
Relação entre a resistência sobre artérias e veias ao Débito
Cardíaco
Luísa Mafra
GT 4 - Hemorragia e Choque
O Débito cardíaco a longo prazo varia inversamente com a
resistência periférica total quando a pressão arterial não varia.
Lembrar que: A resistência periférica total é majoritariamente
advinda das arteríolas.
O coração apresenta limites para o Débito cardíaco que pode
produzir, curvas com maiores débitos cardíacos que o normal, mais
superiores, é denominado corações hipereficazes, que bombeiam
melhor que o normal. As curvas mais inferiores são para os
corações hipoeficazes, que bombeiam em níveis abaixo do normal.
Exemplo de hipereficaz: atleta com hipertrofia, ocorre a estimulação
simpática e inibição parassimpática.

Continue navegando