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FERNANDA LEITE, 
MAURICIO LIMA, 
RAQUEL HARA E 
REGINA MOREIRA
Autoria
SEMIOLOGIASEMIOLOGIA
© Universidade Positivo 2019
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido 
Curitiba-PR – CEP 81280-330
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. 
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
Presidente da Divisão de Ensino 
Reitor
Direção Acadêmica 
Gerente de Educação à Distância
Coordenação de Metodologia e Tecnologia
Autoria
Parecerista
Supervisão Editorial
Projeto Gráfico e Capa
Prof. Paulo Arns da Cunha
Prof. José Pio Martins
Prof. Roberto Di Benedetto
Prof. Rodrigo Poletto
Profa. Roberta Galon Silva
Profa. Fernanda Bergamini Guimarães Leite (Capítulo 4)
Prof. Mauricio Correa Lima (Capítulo 1)
Profa. Raquel Hara (Capítulo 7 e 8)
Profa. Regina Moreira (Capítulo 2, 3, 5 6)
Profa. Karyna Giselle Rodrigues Trindade
Felipe Guedes Antunes
DP Content
SEMIOLOGIA 2
Caro aluno,
A metodologia da Universidade Positivo tem por objetivo a aprendizagem e a comu-
nicação bidirecional entre os atores educacionais. Para que os objetivos propostos se-
jam alcançados, você conta com um percurso de aprendizagem que busca direcionar a 
construção de seu conhecimento por meio da leitura, da contextualização prática e das 
atividades individuais e colaborativas. 
A proposta pedagógica da Universidade Positivo é baseada em uma metodologia dia-
lógica de trabalho que objetiva:
valorizar suas
experiências;
incentivar a 
construção e a 
reconstrução do
conhecimento;
estimular a
pesquisa;
oportunizar a 
refl exão teórica 
e aplicação 
consciente dos 
temas abordados.
Compreenda seu livro
Metodologia
SEMIOLOGIA 3
Compreenda seu livro
Metodologia
Com base nessa metodologia, o livro apresenta a seguinte estrutura:
PERGUNTA NORTEADORA
Ao fi nal do Contextualizando o cená-
rio, consta uma pergunta que esti-
mulará sua refl exão sobre o cenário 
apresentado, com foco no desenvol-
vimento da sua capacidade de análi-
se crítica.
TÓPICOS QUE SERÃO ESTUDADOS
Descrição dos conteúdos que 
serão estudados no capítulo.
BOXES
São caixas em destaque que podem 
apresentar uma citação, indicações 
de leitura, de fi lme, apresentação de 
um contexto, dicas, curiosidades etc.
RECAPITULANDO
É o fechamento do capítulo. Visa 
sintetizar o que foi abordado, reto-
mando os objetivos do capítulo, a 
pergunta norteadora e fornecendo 
um direcionamento sobre os ques-
tionamentos feitos no decorrer do 
conteúdo.
PAUSA PARA REFLETIR
São perguntas que o instigam a 
refl etir sobre algum ponto 
estudado no capítulo.
CONTEXTUALIZANDO O CENÁRIO
Contextualização do tema que será 
estudado no capítulo, como um 
cenário que o oriente a respeito do 
assunto, relacionando teoria e prática.
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
Indicam o que se espera que você 
aprenda ao fi nal do estudo do ca-
pítulo, baseados nas necessidades 
de aprendizagem do seu curso.
PROPOSTA DE ATIVIDADE
Sugestão de atividade para que você 
desenvolva sua autonomia e siste-
matize o que aprendeu no capítulo. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
São todas as fontes utilizadas no 
capítulo, incluindo as fontes mencio-
nadas nos boxes, adequadas 
ao Projeto Pedagógico do curso.
SEMIOLOGIA 4
Boxes
AFIRMAÇÃO
Citações e afi rmativas pronunciadas por teóricos de relevância na área de estudo. 
ASSISTA
Indicação de fi lmes, vídeos ou similares que trazem informações complementares ou 
aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
BIOGRAFIA
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o 
estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstra-se a situação 
histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado.
DICA
Um detalhe específi co da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação 
privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
ESCLARECIMENTO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específi ca da área de conhecimento 
trabalhada.
EXEMPLO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
SEMIOLOGIA 5
Sumário
Capítulo 1 - Avaliação Fisioterapêutica (cinético-funcional)
Objetivos do capítulo ....................................................................................................21
Contextualizando o cenário ......................................................................................... 22
1.1 Normatização, utilização e etapas a serem descritas no prontuário .......................... 23
1.1.1 Defi nição e objetivo da Semiologia e da avaliação fi sioterapêutica (cinético-funcional) ...............23
1.1.2 Prontuário – Resolução 414/2012 COFFITO ...........................................................................................24
1.1.3 Diagnóstico e prognóstico fi sioterapêutico ............................................................................................24
1.1.4 Diferença entre diagnóstico clínico e fi sioterapêutico/cinético-funcional .......................................25
1.2 Anamnese .............................................................................................................. 26
1.2.1 Queixa principal...........................................................................................................................................26
1.2.2 História da doença atual ............................................................................................................................27
1.2.3 História médica pregressa .........................................................................................................................27
1.2.4 História familiar e hábitos de vida ...........................................................................................................28
1.3 Exame físico .......................................................................................................................................................29
1.3.1 Inspeção ........................................................................................................................................................29
1.3.2 Palpação .......................................................................................................................................................30
1.3.3 Amplitude de movimento articular (recursos a serem utilizados) ......................................................31
1.3.4 Avaliação muscular (força e comprimento) ............................................................................................32
1.4 Testes específi cos e exames complementares ......................................................... 34
1.4.1 Defi nição e objetivo dos testes específi cos ............................................................................................34
1.4.2 Defi nição e objetivo da avaliação funcional ............................................................................................35
1.4.3 Objetivo dos testes para diagnóstico diferencial ...................................................................................36
1.4.4 Exames complementares ...........................................................................................................................36
Proposta de Atividade ...................................................................................................37
Recapitulando ..............................................................................................................37Referências bibliográfi cas ........................................................................................... 39
SEMIOLOGIA 7
Sumário
Capítulo 2 - Avaliação dos sinais vitais e da dor
Objetivos do capítulo ...................................................................................................40
Contextualizando o cenário ..........................................................................................41
2.1 Sinais vitais: conceito e mensuração ...................................................................... 42
2.1.1 Temperatura .................................................................................................................................................42
2.1.2 Pulso ..............................................................................................................................................................43
2.1.3 Pressão arterial ...........................................................................................................................................44
2.1.4 Frequência respiratória ..............................................................................................................................46
2.2 Dor ........................................................................................................................ 48
2.2.1 Defi nição .......................................................................................................................................................48
2.2.2 Função biológica ..........................................................................................................................................49
2.2.3 Dor aguda .....................................................................................................................................................49
2.2.4 Dor crônica ...................................................................................................................................................49
2.3 Instrumentos de avaliação da dor ..........................................................................50
2.3.1 Escala Visual Analógica da dor (EVA) .......................................................................................................51
2.3.2 Questionário de McGill ...............................................................................................................................52
2.3.3 Questionário Disabilities of Arm, Shoulder and Hand (DASH) .............................................................54
2.3.4 Diagramas corporais ...................................................................................................................................54
Proposta de Atividade ..................................................................................................55
Recapitulando .............................................................................................................56
Referências bibliográfi cas ............................................................................................57
SEMIOLOGIA 8
Sumário
Capítulo 3 - Avaliação em Ortopedia e Traumatologia – Coluna vertebral
Objetivos do capítulo ...................................................................................................59
Contextualizando o cenário .........................................................................................60
3.1 Coluna cervical........................................................................................................61
3.1.1 Principais patologias com exemplos de exames de imagem ................................................................61
3.1.2 Anamnese .....................................................................................................................................................63
3.1.3 Exame físico .................................................................................................................................................64
3.1.4 Casos clínicos ..............................................................................................................................................66
3.2 Coluna torácica ..................................................................................................... 66
3.2.1 Principais patologias e alterações posturais .........................................................................................66
3.2.2 Anamnese .....................................................................................................................................................67
3.2.3 Exame físico .................................................................................................................................................68
3.2.4 Casos clínicos ..............................................................................................................................................70
3.3 Coluna lombossacra ............................................................................................... 71
3.3.1 Principais patologias, alterações posturais e estabilização central (CORE) .....................................71
3.3.2 Anamnese .....................................................................................................................................................72
3.3.3 Exame físico .................................................................................................................................................73
3.3.4 Casos clínicos ..............................................................................................................................................74
3.4 Avaliação neurológica ............................................................................................74
3.4.1 Dermátomos e miótomos ...........................................................................................................................74
3.4.2 Avaliação sensorial dos dermátomos da cervical, torácica e lombar .................................................75
3.4.3 Avaliação motora dos miótomos da cervical e lombar ..........................................................................76
3.4.4 Avaliação dos refl exos referentes à cervical e lombar ......................................................................... 77
Proposta de Atividade ................................................................................................... 77
Recapitulando .............................................................................................................. 77
Referências bibliográfi cas ........................................................................................... 79
SEMIOLOGIA 9
Sumário
Capítulo 4 - Avaliação em ortopedia e traumatologia – membros superiores
Objetivos do capítulo ................................................................................................... 80
Contextualizando o cenário ..........................................................................................81
4.1 Cintura escapular ................................................................................................... 82
4.1.1 Anatomia e biomecânica da cintura escapular ......................................................................................82
4.1.2 Artrocinemática e osteocinemática .........................................................................................................83
4.1.3 Ritmo escápulo-umeral ..............................................................................................................................85
4.1.4 Principais patologias ..................................................................................................................................86
4.2 Ombro ................................................................................................................... 88
4.2.1 Anamnese .....................................................................................................................................................904.2.2 Exame físico .................................................................................................................................................91
4.2.3 Avaliação funcional e diagnóstico diferencial ........................................................................................93
4.2.4 Casos clínicos ..............................................................................................................................................96
4.3 Cotovelo ................................................................................................................96
4.3.1 Principais patologias ..................................................................................................................................97
4.3.2 Anamnese .....................................................................................................................................................98
4.3.3 Exame físico .................................................................................................................................................99
4.3.4 Casos clínicos ........................................................................................................................................... 101
4.4 Punho e mão ......................................................................................................... 101
4.4.1 Principais patologias ............................................................................................................................... 103
4.4.2 Anamnese .................................................................................................................................................. 103
4.4.3 Exame físico .............................................................................................................................................. 103
4.4.4 Casos clínicos ........................................................................................................................................... 104
Proposta de Atividade .................................................................................................105
Recapitulando ............................................................................................................105
Referências bibliográfi cas ..........................................................................................106
SEMIOLOGIA 10
Sumário
Capítulo 5 - Avaliação em ortopedia e traumatologia: membros inferiores
Objetivos do capítulo .................................................................................................. 107
Contextualizando o cenário ........................................................................................108
5.1 Cintura pélvica ......................................................................................................109
5.1.1 Revisão anatômica, biomecânica e principais patologias ................................................................. 109
5.1.2 Anamnese .................................................................................................................................................. 111
5.1.3 Exame físico .............................................................................................................................................. 111
5.1.4 Casos clínicos ........................................................................................................................................... 112
5.2 Quadril ..................................................................................................................112
5.2.1 Principais patologias ............................................................................................................................... 113
5.2.2 Anamnese .................................................................................................................................................. 114
5.2.3 Exame físico .............................................................................................................................................. 115
5.2.4 Casos clínicos ........................................................................................................................................... 116
5.3 Joelho .................................................................................................................... 117
5.3.1 Revisão da anatomia, biomecânica e principais patologias ...............................................................117
5.3.2 Anamnese .................................................................................................................................................. 119
5.3.3 Exame físico .............................................................................................................................................. 120
5.3.4 Casos clínicos ........................................................................................................................................... 121
5.4 Tornozelo e pé .......................................................................................................121
5.4.1 Revisão da anatomia, biomecânica e principais patologias .............................................................. 122
5.4.2 Anamnese .................................................................................................................................................. 123
5.4.3 Exame físico .............................................................................................................................................. 123
5.4.4 Casos clínicos ........................................................................................................................................... 124
Proposta de Atividade .................................................................................................125
Recapitulando ............................................................................................................125
Referências bibliográfi cas ..........................................................................................126
SEMIOLOGIA 11
Sumário
Capítulo 6 - Avaliação da marcha e do controle postural
Objetivos do capítulo .................................................................................................. 127
Contextualizando o cenário ........................................................................................128
6.1 Controle postural...................................................................................................129
6.1.1 Equilíbrio e coordenação ......................................................................................................................... 129
6.1.2 Sistemas sensoriais – equilíbrio ............................................................................................................ 130
6.1.3 Avaliação do equilíbrio e recursos tecnológicos ................................................................................. 131
6.1.4 Casos clínicos ........................................................................................................................................... 133
6.2 Propriocepção ......................................................................................................133
6.2.1 Conceitos e sistema proprioceptivo ...................................................................................................... 134
6.2.2 Receptores proprioceptivos ................................................................................................................... 134
6.2.3 Propriocepção e controle postural ........................................................................................................ 135
6.2.4 Avaliação da propriocepção ................................................................................................................... 136
6.3 Marcha .................................................................................................................137
6.3.1 Biomecânica da marcha ...........................................................................................................................137
6.3.2 Fases e subfases ....................................................................................................................................... 139
6.3.3 Atividade dos músculos em cada fase .................................................................................................. 140
6.3.4 Parâmetros normais da marcha e marcha patológica ....................................................................... 141
6.4 Avaliação da marcha .............................................................................................141
6.4.1 Avaliação cinética .................................................................................................................................... 142
6.4.2 Avaliação cinemática ............................................................................................................................... 143
6.4.3 Velocidade da marcha ............................................................................................................................. 144
6.4.4 Avaliação da cadência, passo e passada .............................................................................................. 144
Proposta de Atividade .................................................................................................145
Recapitulando ............................................................................................................145
Referências bibliográfi cas .......................................................................................... 147
SEMIOLOGIA 12
Sumário
Capítulo 7 - Avaliação respiratória
Objetivos do capítulo ..................................................................................................149
Contextualizando o cenário ........................................................................................150
7.1 Estruturas anatômicas ............................................................................................151
7.1.1 Principais órgãos do sistema respiratório ........................................................................................... 151
7.1.2 Segmentos pulmonares ........................................................................................................................... 152
7.1.3 Inspiração e expiração ............................................................................................................................. 153
7.1.4 Principais patologias ............................................................................................................................... 153
7.2 Exame físico ..........................................................................................................154
7.2.1 Anamnese .................................................................................................................................................. 154
7.2.2 Inspeção ..................................................................................................................................................... 155
7.2.3 Palpação .................................................................................................................................................... 159
7.2.4 Citrometria ................................................................................................................................................ 160
7.3 Testes específi cos .................................................................................................160
7.3.1 Posicionamento da traqueia ................................................................................................................... 160
7.3.2 Expansibilidade estática e dinâmica ..................................................................................................... 161
7.3.3 Frêmito toracovocal ................................................................................................................................. 162
7.3.4 Técnica de percussão ............................................................................................................................... 163
7.4 Ausculta pulmonar ................................................................................................165
7.4.1 Etapas da ausculta ................................................................................................................................... 165
7.4.2 Murmúrio da ausculta .............................................................................................................................. 166
7.4.3 Ruídos adventícios ................................................................................................................................... 168
Proposta de Atividade .................................................................................................169
Recapitulando ............................................................................................................ 170
Referências bibliográfi cas .......................................................................................... 172
SEMIOLOGIA 13
Capítulo 8 - Avaliação em gerontologia
Objetivos do capítulo .................................................................................................. 173
Contextualizando o cenário ........................................................................................ 174
8.1 Processo do envelhecimento .................................................................................. 175
8.1.1 Alterações do sistema musculoesquelético ..........................................................................................175
8.1.2 Alterações do sistema sensorial .............................................................................................................177
8.1.3 Alterações do sistema nervoso central e periférico ............................................................................178
8.1.4 Alterações do controle postural .............................................................................................................179
8.2 Marcha .................................................................................................................180
8.2.1 Quedas: consequências para a saúde e independência do idoso ...................................................... 181
Alteração da marcha no idoso .......................................................................................................................... 182
8.2.2 Testes avaliativos da marcha ................................................................................................................. 183
8.2.3 Envelhecimento e capacidade funcional ............................................................................................... 184
8.3 Funcionalidade .....................................................................................................185
8.3.1 Timed Up and Go ...................................................................................................................................... 185
8.3.2 Tinetti ..........................................................................................................................................................187
8.3.3 Equilíbrio de Berg ..................................................................................................................................... 188
8.3.4 Alcance funcional ..................................................................................................................................... 189
8.4 Independência funcional.......................................................................................190
8.4.1 Atividades de vida diária .........................................................................................................................191
8.4.2 Teste de índice de Barthel ...................................................................................................................... 192
Proposta de Atividade .................................................................................................194
Recapitulando ............................................................................................................194
Referências bibliográfi cas ..........................................................................................196
Sumário
SEMIOLOGIA 14
SEMIOLOGIA 15
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Caro aluno, esse livro é um mergulho na Fisioterapia, com foco em uma disciplina in-
teressante e intrigante: a Semiologia. Através dela, você terá a oportunidade de exercer a 
sua capacidade de investigação, percepção, observação e análise funcional do paciente, 
em um processo minucioso e obrigatório para seu êxito profi ssional. A avaliação funcio-
nal é uma ferramenta das mais importantes dentro do processo terapêutico. Sem uma 
avaliação correta e precisa, não será possível tratar o seu paciente com maestria, com-
prometendo os objetivos terapêuticos, seu produto fi nal. Aproveite, analise, investigue, 
usando os conceitos da aprendizagem desta instigante disciplina.
SEMIOLOGIA 16
Aos integrantes da instituição mais 
sólida da qual tenho a sorte de fazer 
parte: queridos Jair, Maria Helena, 
Mauro e Matheus; à Carla, companheira 
de todas as horas e à querida Gabrielli; 
aos nossos amiguinhos Enzo e Amora; 
a todos os alunos que me impulsionam, 
ao longo de anos, em meu dia a dia no 
empenho do ensinar. Muito obrigado! 
O professor Mauricio Correa Lima é fi siote-
rapeuta graduado pela UNICID - Universi-
dade Cidade de São Paulo, especialista em 
Piscina Terapêutica pela UNICID e mestre 
em Ciências pela USP - Universidade de 
São Paulo. É professor das disciplinas de 
Semiologia e Avaliação Clínica e Funcional 
há mais de 15 anos; professor de Ética e 
Deontologia, Evolução Histórica da Fisiote-
rapia, Projeto Técnico-Científi co Interdisci-
plinar e Produção Técnico-Científi ca Inter-
disciplinar. Foi instrutor de processos do 
CREFITO-3 (São Paulo) e professor e super-
visor de estágio nas áreas de Ortopedia e 
Traumatologia e Hidroterapia.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0852014522183276
O autor 
SEMIOLOGIA 17
Para aqueles que buscam o 
conhecimento de forma incessante, pois 
o conhecimento, independentemente 
da área, é precioso para quem o tem. 
Então, evolua o máximo que puder e 
assim será cada vez melhor. 
A professora Raquel Vaz Hara é doutora 
em Biologia Celular e Molecular pela Uni-
versidade Estadual Júlio Mesquita Filho e 
possui mestrado em Biologia Celular e Mo-
lecular pela mesma instituição. É graduada 
em Biomedicina, pelo Centro Universitário 
Filadélfi a.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2697823505608748
A autora 
SEMIOLOGIA 18
Dedico esta obra aos alunos de 
Fisioterapia, pela garra e persistência; 
a todos meus professores; a minha 
amiga, Lindamar, que me apoiou 
durante a elaboração desse material; e 
a minha família, em especial a minha 
esposa, Paula, que teve paciência e 
sempre me incentivou a continuar.
A professora Fernanda Bergamini G. Leite 
é mestre em Clínica Medica pela Faculda-
de de Medicina de Ribeirão Preto (USP). 
É especialista em Saúde do Idoso; Osteo-
patia; Fisioterapia Aquática e Neurológi-
ca; e Reabilitação Vestibular pelo Centro 
Universitário Claretiano – Universidade 
de Ribeirão Preto (UNAERP) e Instituto Do-
cusse de Ostepatia (IDOT). É graduada em 
Fisioterapia pela Universidade de Marilia 
(UNIMAR). Atualmente, é docente da área 
Fisioterapia.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2035121972564717
A autora 
SEMIOLOGIA 19
Dedico este livro aos meus pais, minha 
base, que sempre me incentivaram e me 
deram suporte ao longo de toda minha 
formação. Sem vocês meu mundo não 
seria o mesmo! 
Dedico também ao meu namorado, 
pela compreensão e por caminhar lado 
a lado. Obrigada por tanto!
A Professora Regina Moreira Borges De 
Macedo é Mestre em Engenharia Biomédi-
ca pela Universidade Tecnológica Federal 
do Paraná, especialista em Fisioterapia Es-
portiva pela Sociedade Nacional de Fisiote-
rapia Esportiva, graduada em Fisioterapia 
pela Pontifícia Universidade Católica do 
Paraná e em Educação Física pela Univer-
sidade Federal do Paraná. É professora 
dos cursos de Educação Física e Fisiotera-
pia no Ensino Superior desde 2014.
Currículo Lattes:
<http://lattes.cnpq.br/4693213216524655/>
A autora 
SEMIOLOGIA 20
 
Objetivos do capítulo
Conceituar e identifi car os objetivos da 
avaliação cinético-funcional, bem como suas 
etapas e diferenciar diagnóstico clínico do 
diagnóstico fi sioterapêutico;
Compreender como realizar as etapas da 
anamnese e formular questões abertas e 
fechadas para cada etapa com raciocínio 
lógico;
Reconhecer e identifi car os objetivos e 
recursos utilizados na inspeção, palpação, 
avaliação da amplitude de movimento, 
avaliação muscular, avaliação da marcha, 
testes específi cos, testes para diagnóstico 
diferencial e avaliação funcional.
NORMATIZAÇÃO, UTILIZAÇÃO E 
ETAPAS A SEREM DESCRITAS NO 
PRONTUÁRIO
• Defi nição e objetivo da Semiologia e da 
avaliação fi sioterapêutica (cinético-funcional)
• Prontuário – Resolução 414/2012 COFFITO
• Diagnóstico e prognóstico fi sioterapêutico
• Diferença entre diagnóstico clínico e 
fi sioterapêutico/cinético-funcional
EXAME FÍSICO 
• Inspeção
• Palpação
• Amplitude de movimento articular (recursos 
a serem utilizados)
• Avaliação muscular (força e comprimento)
TESTES ESPECÍFICOS E 
COMPLEMENTARES 
• Defi nição e objetivo dos testes específi cos
• Defi nição e objetivo da avaliação funcional
• Objetivo dos testes para diagnóstico 
diferencial
• Exames complementares
ANAMNESE 
• Queixa principal
• História da doença atual
• História médica pregressa
• História familiar e hábitos de vida
TÓPICOS DE ESTUDO
Por: Mauricio Correa Lima
SEMIOLOGIA 21
A elaboração de um plano terapêutico requer do fi sioterapeuta conhecimento sufi ciente sobre o seu paciente e sobre 
os sintomas relatados, além de uma boa base anatômica e funcional. 
Para isso, será necessário compreender onde e como tais informações serão armazenadas, bem como entender o 
processo que envolve a obtenção dessas informações, desde a chegada do paciente ao serviço de Fisioterapia até a 
elaboração do diagnóstico fi sioterapêutico. 
Baseado nesses fatores, vamos ao questionamento: de que forma o fi sioterapeuta pode obter e guardar as informa-
ções necessárias do exame do paciente para seu sucesso terapêutico?
Contextualizando o cenário
SEMIOLOGIA 22
Normatização, utilização e etapas a serem descritas 
no prontuário
1.1
O registro das informações de paciente em prontuário sempre se fez necessário, visto que 
se trata de um documento importante por conter informações da assistência fi sioterapêu-
tica, como os dados do paciente, a avaliação realizada e os procedimentos executados. 
Em 2012, o COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), através da 
Resolução n. 414, de 19 de maio de 2012, tornou obrigatório o registro pelo fi sioterapeuta de 
informações de pacientes em prontuário, além da obrigatoriedade de sua guarda e descarte. 
Defi nição e objetivo da Semiologia e da avaliação 
fi sioterapêutica (cinético-funcional)
1.1.1
O termo Semiologia deriva de semeyologia, 
que deriva das palavras gregas semeyon, cujo 
signifi cado é sinal, e de logos, termo advindo 
da fi losofi a grega de signifi cado amplo que 
pode ser compreendido como discurso, razão, 
explicação ou estudo. O termo é utilizado para 
defi nir a disciplina que aborda o estudo dos si-
nais e sintomas (Midão, 2010).
A Semiologia é um processo que tem por ob-
jetivo a obtenção e análise de informações e 
se materializa na avaliação fi sioterapêutica,por meio do diagnóstico cinético-funcional e auxilia na elaboração de um plano terapêutico.
Em uma avaliação fi sioterapêutica, são observados e buscados aspectos cinético-funcionais, 
baseados na cinesiologia/biomecânica e anatomia/fi siologia para compreensão da disfunção e 
para que se obtenha o diagnóstico fi sioterapêutico. A avaliação fi sioterapêutica se difere do diag-
nóstico médico, que visa buscar o diagnóstico clínico do paciente, para posterior indicação do 
tratamento mais adequado. Seus processos, entretanto, são similares, como em todas as áreas 
da saúde. Envolvem, num primeiro momento, a anamnese; em seguida, a inspeção ou obser-
vação; e, posteriormente, o exame físico. Assim, há procedimentos semelhantes ao de outras 
profi ssões, mas cada profi ssional observará as condições do paciente a partir de seus conheci-
mentos, ou seja, partindo de uma perspectiva variável, ainda que se trate do mesmo paciente 
com a mesma condição de saúde.
SEMIOLOGIA 23
Prontuário – Resolução 414/2012 COFFITO1.1.2
A Resolução n° 414 determina a obrigatoriedade do registro em prontuário das atividades 
prestadas pelo fi sioterapeuta. O prontuário deve conter os dados pessoais do paciente avalia-
do, além de anamnese e exame físico, diagnóstico fi sioterapêutico, plano terapêutico e exames 
complementares. Tais informações devem estar acompanhadas da identifi cação do profi ssio-
nal, com carimbo e número de seu registro no CREFITO (Conselho Regional de Fisioterapia e 
Terapia Ocupacional), além da assinatura do profi ssional. 
O sigilo das informações contidas no prontuário deve ser obrigatoriamente mantido, com 
divulgação destas apenas em caso de dever legal ou justa causa; sua guarda é de responsabili-
dade do fi sioterapeuta ou da instituição onde a assistência fi sioterapêutica foi prestada, sendo 
que o período de guarda do prontuário do cliente/paciente deve ser de, no mínimo, cinco anos, 
a contar do último registro. Este período pode ser ampliado nos casos previstos em lei, por 
determinação judicial, ou ainda em casos específi cos nos quais seja necessária a manutenção 
da guarda por maior tempo.
O prontuário fi sioterapêutico deve estar permanentemente disponível, de modo que, quan-
do solicitado pelo paciente ou seu representante legal, o acesso a ele esteja disponível. O fi sio-
terapeuta deve fazer cópias autênticas das informações pertinentes e guardá-las nos termos 
da Resolução. Ao fi nal do tratamento fi sioterapêutico, realizado no âmbito domiciliar de seu 
cliente/paciente, o fi sioterapeuta pode, caso queira, tirar cópia de inteiro teor do prontuário e 
guardá-lo consigo.
Diagnóstico e prognóstico fi sioterapêutico1.1.3
O diagnóstico fi sioterapêutico ou cinético-funcional é obtido por meio das informações 
adquiridas com o paciente e pela observação de suas limitações funcionais demonstra-
das no exame físico. Ele será obtido por um processo sistemático e detalhado que envolve, 
inicialmente, uma primeira observação do paciente em sua chegada ao serviço de fi siotera-
pia. Após a coleta de seus dados pessoais, faz-se a anamnese, que objetiva a investigação 
detalhada de toda sua história desde o surgimento da queixa e colhem-se informações 
adicionais da vida diária do indivíduo até o momento atual. Posteriormente executa-se o 
exame físico, através de uma nova observação/inspeção desta vez mais detalhada. Há a 
palpação através do toque orientado para análise e a tomada de algumas medidas, como 
perimetria e goniometria. Finaliza-se com a aplicação dos testes de força/função muscular 
e testes especiais diagnósticos. 
SEMIOLOGIA 24
Com todas essas informações, que deverão ser lançadas em uma fi cha de avaliação elabo-
rada pelo próprio profi ssional ou estabelecida por um serviço de saúde em andamento, há 
possibilidade de estabelecer o diagnóstico. Havendo um diagnóstico, pode-se elaborar o prog-
nóstico fi sioterapêutico, uma projeção do futuro terapêutico do paciente baseada na avalia-
ção fi sioterapêutica e também nos diagnósticos médico e fi sioterapêutico, amparada também 
por exames complementares, se for o caso. 
Diferença entre diagnóstico clínico e fi sioterapêutico/
cinético-funcional
1.1.4
Dentre tantas possibilidades de descrição, o diagnóstico médico pode ser defi nido como o 
processo ativo de pensamento e a arte de usar o método científi co para elucidar os problemas 
da pessoa doente (MANSUR, 2010). Diferentemente do diagnóstico fi sioterapêutico, o diagnós-
tico médico se caracteriza pela defi nição da doença em si. A descoberta da causa disfuncional 
do organismo doente, que se manifesta pelos sintomas demonstrados, confi rmados ou não 
por meio da realização do exame físico e que, quando não é totalmente elucidado, é tido como 
uma hipótese diagnóstica, que será possivelmente confi rmada por meio de exames de ima-
gens e/ou laboratoriais. 
Quando voltado para a Fisioterapia, esse diagnóstico é chamado diagnóstico fi sioterapêuti-
co ou cinético-funcional, em que o examinador, através da avaliação fi sioterapêutica, observa 
as alterações funcionais decorrentes do diagnóstico médico. Essas observações são prove-
nientes da descrição e dos sintomas do paciente, de alterações na palpação, de défi cits de 
força muscular, dor e limitação de amplitude de movimento, além de positividade em testes 
especiais diagnósticos.
A resolução 80, de 05/1987, dispõe sobre o diagnóstico fi sioterapêutico como competência 
exclusiva do Fisioterapeuta. Este diagnóstico é aquele obtido e compreendido como avaliação 
físico-funcional, um processo pelo qual, através de metodologias e técnicas fi sioterapêuticas, 
são analisados e estudados os desvios físico-funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no 
seu funcionamento, com a fi nalidade de detectar e parametrar as alterações apresentadas, 
consideradas desvios dos graus da normalidade para os da anormalidade.
A resolução reitera também a necessidade de reavaliação do paciente, e que o fi sioterapeuta, 
em caso de necessidade, recorra a outros profi ssionais da equipe de saúde, através de solicita-
ção de laudos técnicos especializados. O documento determina ainda que somente empresas 
que estão devidamente registradas no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
(CREFITO) da jurisdição poderão usar a expressão Fisioterapia, estando sujeito à fi scalização. 
SEMIOLOGIA 25
Anamnese1.2
A avaliação fi sioterapêutica, ou cinético-funcional, é um processo que exige um exame 
minucioso e sistemático e procedimentos que devem ser executados em uma ordem, tal 
qual a subida de uma escada, um degrau de cada vez. 
Inicialmente, o examinador deve ter em mãos os dados pessoais e de identifi cação do 
paciente. Esses dados podem ser obtidos logo no início da avaliação ou já estarem pre-
viamente descritos na fi cha ou prontuário do paciente: nome, idade, sexo, local de nasci-
mento, profi ssão, ocupação, dentre outros. De posse dessas informações, o fi sioterapeuta 
inicia o processo da anamnese diretamente com o paciente ou, se for o caso, com o(a) 
fi lho(a), pai, mãe, ou acompanhante/cuidador(a). O paciente deve estar confortável, em um 
ambiente privado, limpo e organizado, e o profi ssional deve estar atento ao depoimento do 
paciente, mantendo-se sereno e tranquilo. Segundo Bickley (2016), uma anamnese abran-
gente é formada por diversas partes que, somadas, conferem uma estrutura à coleta de 
dados e ao registro fi nal. Essa etapa trata-se de uma entrevista com o objetivo de coletar 
informações do paciente, estabelecer uma relação de confi ança, orientá-lo e informá-lo 
quanto ao seu processo terapêutico.
Queixa principal1.2.1
A anamnese se inicia a partir da queixa principal, com perguntas consideradas abertas, 
como: “O que te trouxe aqui hoje?”, “Como posso ajudar?”. Essas perguntas permitem uma 
grande liberdade de resposta e facilitam o entendimento da queixa pelo examinador. Na me-
dida em que o questionamentovai seguindo, o fi sioterapeuta deve direcionar as perguntas, 
extraindo do paciente as falas sobre as áreas que pareçam mais importantes, como “Onde 
está a sua dor ?”, “Dói em outra região?” (BICKLEY, 2016).
Essa entrevista inicial, que caracteriza o início do processo de avaliação pois permite que o 
paciente descreva o que o está incomodando com suas próprias palavras, fi ca mais completa 
com o dia a dia e com a experiência do examinador (MAGGE, 2010). 
ESCLARECIMENTO:
O termo anamnese deriva do grego ana, que signifi ca para trás, e mimnekesthai, 
que signifi ca recordar, fazer lembrar. É exatamente ao que se propõe essa fase da 
avaliação funcional.
mimnekesthaimimnekesthai, mimnekesthai, mimnekesthai
que signifi ca recordar, fazer lembrar. É exatamente ao que se propõe essa fase da 
mimnekesthaimimnekesthaimimnekesthaimimnekesthaimimnekesthai
que signifi ca recordar, fazer lembrar. É exatamente ao que se propõe essa fase da 
mimnekesthaimimnekesthai
que signifi ca recordar, fazer lembrar. É exatamente ao que se propõe essa fase da que signifi ca recordar, fazer lembrar. É exatamente ao que se propõe essa fase da que signifi ca recordar, fazer lembrar. É exatamente ao que se propõe essa fase da que signifi ca recordar, fazer lembrar. É exatamente ao que se propõe essa fase da 
SEMIOLOGIA 26
História da doença atual 1.2.2
Na história da doença atual (HDA), ou história da moléstia atual (HMA), a busca por infor-
mações continua, só que agora mais voltada para o desenvolvimento cronológico dos fatos; 
desde o início do problema até o dia da consulta com perguntas-chave, como, por exemplo: 
“Quando iniciou a sua dor?”, “Onde está doendo, qual a região?”, “Como é a sua dor?”. As infor-
mações obtidas devem ser lançadas na fi cha de avaliação em um texto corrido que descreva 
o problema desde o surgimento, conforme relato do paciente. O profi ssional deve intervir e 
direcionar a fala do paciente com questionamentos, no entanto, deve-se ter cuidado, pois 
uma interrupção precoce pode causar perda do raciocínio de quem fala, causando a omissão 
de algum fato importante sobre o caso. Deve-se ter em mente que a linguagem usada nas 
perguntas deve ser clara e de fácil entendimento para o paciente, com perguntas relevantes, 
voltadas para queixa e para doença.
História médica pregressa1.2.3
A história médica pregressa (HMP) ou histó-
ria da moléstia pregressa é a parte da anamne-
se em que são investigados fatos relacionados 
à infância do paciente, doenças da infância, 
fatos anteriores de doenças que possam ter 
relação com a queixa relatada no momento, 
bem como enfermidades clínicas da vida adul-
ta. Fatos obtidos na HMP agregam informa-
ções importantes quando somados à história 
da doença atual, encurtando o caminho na 
busca pelo diagnóstico fi sioterapêutico.
DICA:
Conduza o questionamento da história da doença atual para o que realmente in-
teressa ao processo de avaliação. Na anamnese, alguns pacientes tendem a desa-
bafar com o profi ssional, abordando frequentemente aspectos particulares e até 
íntimos. Ouça com atenção, dê uma palavra de alento, demonstre sua real preocu-
pação, mas não perca o caminho da obtenção das informações relevantes.
Conduza o questionamento da história da doença atual para o que realmente in-
teressa ao processo de avaliação. Na anamnese, alguns pacientes tendem a desa-teressa ao processo de avaliação. Na anamnese, alguns pacientes tendem a desa-
bafar com o profi ssional, abordando frequentemente aspectos particulares e até 
íntimos. Ouça com atenção, dê uma palavra de alento, demonstre sua real preocu-
teressa ao processo de avaliação. Na anamnese, alguns pacientes tendem a desa-teressa ao processo de avaliação. Na anamnese, alguns pacientes tendem a desa-
Conduza o questionamento da história da doença atual para o que realmente in-
teressa ao processo de avaliação. Na anamnese, alguns pacientes tendem a desa-
bafar com o profi ssional, abordando frequentemente aspectos particulares e até 
íntimos. Ouça com atenção, dê uma palavra de alento, demonstre sua real preocu-
bafar com o profi ssional, abordando frequentemente aspectos particulares e até 
íntimos. Ouça com atenção, dê uma palavra de alento, demonstre sua real preocu-
pação, mas não perca o caminho da obtenção das informações relevantes.
SEMIOLOGIA 27
História familiar e hábitos de vida1.2.4
A história familiar (HF), antecedentes familiares (AF) ou história da moléstia familiar (HMF) 
objetiva a busca de informações relativas às doenças dos pais e avós prioritariamente, dados 
relevantes sobre eventos familiares com os quais o paciente pode ter uma relação genética, 
como, por exemplo, predisposição ao diabetes, câncer, varicosidades dentre outras. 
Figura 1. Coleta da anamnese. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/07/2019.
O momento da anamnese auxilia na avaliação dos riscos do paciente desenvolver deter-
minadas doenças, e pode também sugerir experiências familiares pertinentes às queixas do 
paciente. Ainda, a partir história familiar, deve-se obter informações sobre a educação do pa-
ciente, família de origem, domicílio atual e interesses pessoais (BICKLEY, 2016).
Outro aspecto importante nessa parte da coleta de dados são os hábitos de vida, ou sim-
plesmente hábitos, que trazem informações a respeito do estilo de vida do paciente, se é eti-
lista, tabagista, sobre sua alimentação, vida social, imunizações anteriores, se é sedentário ou 
pratica atividade regularmente, sua frequência e intensidade, se tem preocupação e segurança 
com sua saúde e também outras informações que descrevem um potencial estilo de vida sau-
dável, ou se tais hábitos são determinantes ou têm uma relação estreita com o quadro clínico 
e funcional do paciente no momento.
PAUSA PARA REFLETIR
O estilo de vida pode interferir negativamente nas condições de saúde do paciente?
SEMIOLOGIA 28
Exame físico1.3
Após a obtenção dos dados pessoais e da realização da anamnese chega-se, ao exame físi-
co. Como o próprio nome indica, o exame físico é a avaliação clínica e funcional propriamen-
te dita. O examinador utiliza seus sentidos, suas mãos e seu conhecimento, que, somados a 
todos os dados obtidos previamente e a análise dos sintomas, confi rmam ou não o que foi 
relatado pelo paciente.
Inspeção1.3.1
Após a obtenção dos dados pessoais e da realização da anamnese chega-se, ao exame físi-
co. Como o próprio nome revela, o exame físico é a avaliação clínica e funcional propriamen-
te dita. Nesse momento, o examinador utilizará de seus sentidos e seu conhecimento para 
confi rmar ou não o relato do paciente, junto aos dados obtidos previamente e a análise dos 
sintomas. A inspeção ou observação é a primeira parte do exame físico. Nesse momento, 
o fi sioterapeuta não irá tocar no paciente ainda, mas solicitará a ele que deixe exposta a área 
a ser inspecionada/observada, respeitando sua privacidade. Para isso, o local do exame deve 
estar bem iluminado. Deve ser observado também se o paciente está disposto a se movimen-
tar, se parece estar desconfortável, apreensivo, deprimido. (MAGEE, 2010) 
Na inspeção ou observação, buscam-se assimetrias na região analisada, comparando-a 
sempre bilateralmente com o outro membro ou hemicorpo, alterações no contorno, na colora-
ção da pele, cicatrizes, posição do membro e, no caso de solicitação de movimentação ativa ao 
paciente, por exemplo, se o padrão dessa movimentação está similar nos dois membros, se o 
movimento ocorre da mesma forma, sem compensações. 
Figura 2. Alterações que podem ser observadas na chegada do paciente. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/07/2019.
SEMIOLOGIA 29
DICA:
A observação do paciente inicia com a chegada ao serviço de Fisioterapia. Lembre-
-se de que ele sempre irá demonstrar alguma alteração manifestada pela sua mar-
cha, seus gestos, sua postura ou expressão facial. Esteja sempre atento!
A observação do paciente inicia com a chegada ao serviço de Fisioterapia.Lembre-
-se de que ele sempre irá demonstrar alguma alteração manifestada pela sua mar-
A observação do paciente inicia com a chegada ao serviço de Fisioterapia. Lembre-A observação do paciente inicia com a chegada ao serviço de Fisioterapia. Lembre-A observação do paciente inicia com a chegada ao serviço de Fisioterapia. Lembre-
-se de que ele sempre irá demonstrar alguma alteração manifestada pela sua mar-
cha, seus gestos, sua postura ou expressão facial. Esteja sempre atento!
Palpação1.3.2
O próximo recurso, muito importante no exame físico, é a palpação. Consiste no toque com 
as mãos, preferencialmente com a polpa dos dedos. É um tipo de habilidade que deve ser 
construída com a prática e com a execução. 
A palpação não deve ser negligenciada, pois busca discriminar diferenças na tensão e fl exi-
bilidade dos tecidos moles, alterações de tônus muscular, normalidade ou deformidades ós-
seas, anormalidades de volume, presença de edema, alterações de temperatura. Ela também 
verifi ca a textura dos tecidos, rigidez tecidual e pode colher informações sobre a estrutura dos 
diferentes tipos de tecidos. 
Figura 3. Alterações que podem ser observadas na chegada do paciente. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/07/2019.
No caso de ocorrência do edema, que é o acúmulo excessivo de líquidos nos espaços inters-
ticiais e se manifesta como um inchaço (BICKLEY, 2016); além da observação para confi rmação 
de sua presença, utiliza-se a palpação para indicar ou não sinal de cacifo ou de Godet, verifi can-
SEMIOLOGIA 30
do se há formação de depressão no local palpado. Dependendo da profundidade da depres-
são ou do tempo necessário para seu desaparecimento (menos de 15 segundos), suspeita-se 
de diminuição de albumina no plasma sanguíneo, por exemplo, decorrente de traumas, cirur-
gias, infecções, doenças hepáticas ou renais.
O paciente avaliado deve estar em posição confortável e a área palpada sempre em condi-
ção de relaxamento, na maioria dos casos preferencialmente apoiada. Deve-se pedir permis-
são ao paciente antes da palpação e avisá-lo de como esse procedimento será realizado e por 
que será realizado, prevenindo-o também acerca da possível ocorrência de dor nesse proces-
so, o que pode fornecer justamente a resposta que o examinador está procurando.
PAUSA PARA REFLETIR
Uma palpação dolorosa sempre confi rma um sintoma relatado pelo paciente?
Amplitude de movimento articular (recursos a 
serem utilizados)
1.3.3
Fazendo parte do exame físico, a avaliação da amplitude de movimento (ADM) ou ampli-
tude de movimento articular tem sido amplamente utilizada para quantifi car o défi cit mús-
culo-esquelético, além de servir como base para a avaliação da efi cácia de intervenções 
terapêuticas (CHAVES, 2008). 
Entende-se como amplitude de movimento fi siológica esperada ou normal a quantidade, 
em graus, de mobilidade que uma determinada articulação alcança quando o paciente se mo-
vimenta (amplitude de movimento ativa) ou quando o examinador a movimenta passivamente 
(amplitude de movimento passiva). Para medir esses movimentos, alguns instrumentos, como 
o goniômetro universal (avalia a ADM numa escala de dois em dois graus), o inclinômetro digi-
tal e o fl exímetro (equipamento que avalia a medida angular por efeito da gravidade), se des-
tacam como alternativas simples, de ampla utilização e baixo custo. Há outros equipamentos 
para tal fi m, mas seu uso é bastante limitado devido a sua complexidade e seus valores. Os 
três instrumentos citados, entretanto, demonstraram confi abilidade na obtenção destas me-
didas, podendo os resultados sofrerem pequenas alterações em seus valores, de acordo com 
a habilidade do examinador (GOUVEIA, 2014; SANTOS, 2012)
A goniometria deve ser realizada com o paciente e a articulação a ser testada em uma 
condição relaxada, o que minimiza a possibilidade de haver movimentos compensatórios 
durante sua execução. Utiliza-se o goniômetro universal, um instrumento de dois braços que 
SEMIOLOGIA 31
deve ter seu centro posicionado no eixo do movimento da articulação testada, seu braço fi xo 
em um posicionamento que pode ser variável e o braço móvel, acompanhando o movimento 
do membro testado. 
Figura 4. Goniômetro universal. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 07/07/19.
Avaliação muscular (força e comprimento)1.3.4
Quando se objetiva a avaliação muscular, tem início o processo de avaliação do compri-
mento muscular e da força muscular. O teste muscular é um procedimento que depende do 
conhecimento, da habilidade e da experiência do examinador, sendo parte integrante do exa-
me físico. Ele fornece informações, não obtidas por meio de outros procedimentos, úteis para 
o diagnóstico diferencial, para o prognóstico e para o tratamento de distúrbios neuromuscu-
lares e musculoesqueléticos.
Testes de comprimento, quando realizados com precisão, podem prover dados objetivos 
utilizando-se dispositivos simples, como goniômetros para medir ângulos e réguas ou fi tas 
métricas para mensurar a distância. Os testes de comprimento muscular são realizados para 
determinar se a amplitude do comprimento muscular é normal, limitada ou excessiva. Os 
músculos que possuem um comprimento excessivo normalmente são fracos e permitem o 
encurtamento adaptativo dos músculos antagonistas/oponentes. Os músculos que são muito 
curtos geralmente são fortes e mantêm os músculos antagonistas em uma posição alongada. 
O teste do comprimento muscular consiste em movimentos que aumentam a distância entre a 
SEMIOLOGIA 32
origem e a inserção musculares, consequentemente, alongam os músculos em direções opos-
tas àquelas das ações musculares. Utilizam movimentos passivos ou ativos assistidos para 
determinar a extensão em que um músculo pode ser alongado (KENDALL, 2007).
Em relação aos testes de força muscular, a fraqueza deve ser diferenciada da restrição da 
amplitude de movimento. Os testes de força são aplicados manualmente, colocando o mús-
culo testado em posição de prova para que contraia inicialmente contra a força da gravidade, 
mostrando um grau regular de força. A partir daí, em caso de força regular, o examinador im-
põe uma resistência manual leve/moderada contra o movimento, além da força da gravidade 
e posteriormente, se for o caso, uma resistência maior ainda, fazendo com que o paciente de-
monstre uma força esperada normal, caso consiga vencer essa resistência imposta. O oposto 
também pode ocorrer, no caso do paciente não conseguir manter a posição contra a força da 
gravidade ou caso seja incapaz de vencer essa força. Nesse caso, o examinador muda o posi-
cionamento do paciente, eliminando a força da gravidade, e o paciente realiza o movimento 
ativamente. Em uma situação hipotética em que ele não gere movimento mesmo com ausência 
da gravidade, sua fraqueza é maior, ou seja, já acompanhada de um grande déficit funcional. 
Figura 5. Teste manual para avaliação da força do músculo extensor ulnar do carpo. Fonte: KENDALL et al., 2007. (Adaptado).
Frequentemente, um músculo não consegue completar a amplitude normal do movimen-
to. É possível que ele esteja muito fraco para completar o movimento, ou que a amplitude 
de movimento seja restrita em razão do pequeno comprimento de músculos, cápsulas ou 
estruturas ligamentares. O examinador deve determinar se há alguma restrição. Quando 
SEMIOLOGIA 33
não houver restrição, a falha do indivíduo 
em manter a posição de teste pode ser inter-
pretada como fraqueza, conforme descrito 
anteriormente. Ao testar músculos monoar-
ticulares nos quais a capacidade de manter 
o segmento no fi nal da amplitude de movi-
mento é esperada, o examinador deve dife-
renciar a fraqueza muscular da insufi ciência 
tendinosa. Por exemplo, o quadríceps pode 
ser forte, mas incapaz de estender totalmen-
te o joelho por causa da distensão do tendão 
da patela ou do tendão do quadríceps. Exa-
mes musculares devem levar em conta es-
ses fatores sobrepostos, como articulaçõesrelaxadas instáveis, por exemplo. É difícil julgar o grau da fraqueza muscular real em tais 
casos. Do ponto de vista funcional, o músculo é fraco e deve ser graduado dessa maneira. No 
entanto, quando o músculo apresenta uma forte contração, é importante reconhecer esse 
fator como potencial de melhoria. Em um músculo com insufi ciência funcional por causa de 
instabilidade articular e não da fraqueza muscular em si, o tratamento deve ser direcionado 
à correção do problema da articulação e à redução da distensão muscular. A falha em distin-
guir a fraqueza muscular real da aparente, resultante da instabilidade da articulação, pode 
privar um paciente de um tratamento subsequente adequado (KENDALL, 2007). 
Definição e objetivo dos testes específicos1.4.1
Os testes específi cos são a última parte do exame físico, sendo realizados após a coleta dos 
dados pessoais e anamnese. Os objetivos dos testes especiais são confi rmar uma hipótese 
diagnóstica, estabelecer o diagnóstico diferencial, diferenciar estruturas, compreender sinais 
incomuns e esclarecer sinais e sintomas difíceis (MAGEE, 2010).
Testes específicos e exames complementares1.4
Os testes especiais, ou testes específi cos, são testes diferenciais para o diagnóstico clínico 
e fi sioterapêutico. São provocativos, pois levam ao estresse diferentes estruturas corporais, 
gerando uma resposta específi ca. 
SEMIOLOGIA 34
Figura 6. Teste especial para ligamento cruzado anterior. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/07/2019.
Definição e objetivo da avaliação funcional1.4.2
A avaliação funcional compreende o ato ou efeito de avaliar, apreciar e analisar aquilo que 
diz respeito a funções vitais, bom funcionamento e funcionalidade. Representa uma mensura-
ção da capacidade de realização de tarefa do corpo inteiro, envolve análise de tarefas, observa-
ção de atividades do paciente e tem como objetivo auxiliar o examinador a estabelecer o que 
é importante para o paciente e suas expectativas.
Diagrama 1. Processo de avaliação
Avaliação
Exame sistemáti-
co e mincuioso
Conhecimento 
de anatomia fun-
cional
Histórico preciso 
do paciente Observação
Exame fi síco 
detalhado
SEMIOLOGIA 35
Objetivo dos testes para diagnóstico diferencial1.4.3
O resultado positivo destes testes sugere fortemente a doença presente. O fato de apre-
sentarem um resultado negativo no exame físico, entretanto, não signifi ca que a doença deva 
ser descartada. Dependendo do teste especial aplicado, há menor probabilidade de erro. Os 
testes especiais são o fechamento do exame físico. Através da aplicação destes testes, são 
examinados tecidos específi cos, como ligamentos, tendões e, consequentemente, também a 
estabilidade articular. Os sinais positivos desses testes tendem a reforçar o que foi obtido no 
exame até então, elucidando o diagnóstico.
Exames complementares1.4.4
Dentre os diversos métodos de elucidação e confi rmação diagnóstica, alguns exames com-
plementares são amplamente solicitados na prática clínica e são de extrema importância para 
avaliação fi sioterapêutica. 
A radiografi a simples, criada pelo físico alemão Wilhelm Röntgen em 1895, é o meio mais sim-
ples e barato para visualização de alterações osteoarticulares, com possibilidade de obtenção de 
imagens em diversas incidências e planos. Através da radiografi a pode-se visualizar os ossos e 
detalhes de sua estrutura, tumores, cistos e as partes moles que os envolvem (MAGEE, 2010).
Figura 7. Radiografi a simples. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2019.
SEMIOLOGIA 36
A escanometria pelo método de Farill é um exame rotineiro na maioria dos serviços radioló-
gicos. Ela permanece, há mais de meio século, como um método amplamente utilizado para diag-
nóstico da diferença entre os membros inferiores, sendo um método de fácil execução, realizado 
diariamente em qualquer serviço de radiologia geral. A tomografia computadorizada (TC) foi criada 
no início dos anos 70 e funciona por meio de um tubo de raios X com milhares de leituras de den-
sidade dos tecidos, que são transformadas por um tubo de raios catódicos e a seguir fotografados, 
gerando imagens dos ossos em cortes transversais de espessura variada (WERLANG et al., 2007).
Na ultrassonografia, a passagem de ondas sonoras através dos tecidos produz um eco diferente 
dependendo de cada tecido. Esse exame permite a avaliação de rupturas, presença de tumores e 
condições inflamatórias. Um outro exame complementar utilizado na detecção de tumores ósseos 
é a cintilografia óssea, em que são injetados radioisótopos como estrôncio 85 e 87, flúor 18 e gálio, 
marcadores que aparecerão em locais com aumento de metabolismo ósseo e maior fluxo sanguí-
neo, facilitando diagnósticos.
A ressonância magnética (RM) ou ressonância nuclear magnética (RNM) funciona pela resso-
nância da rotação produzida pelos núcleos de elementos químicos, por exemplo, o hidrogênio, em 
que as imagens são obtidas pela variação do tipo de excitação desses elementos, que atribui colo-
ração em diferentes tons de cinza, permitindo reconhecer, pelas alterações de tons, os diferentes 
tipos de tecidos corporais (HEBERT, 1998).
Proposta de Atividade
Agora é a hora de pôr em prática tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore uma 
ficha de avaliação, baseando-se em uma sequência correta e específica, que destaque as prin-
cipais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir sua ficha de avaliação, considere as 
leituras básicas e complementares realizadas. 
Recapitulando
Neste capítulo, em um primeiro momento, foi abordado o papel da Semiologia na busca 
de informações para obtenção do diagnóstico cinético-funcional, o diagnóstico fisiotera-
pêutico. Vimos que, para isso, o profissional necessita de informações diversas, que devem 
ser obtidas de forma sistemática, e que, juntas, vão compor a ficha de avaliação, sendo ar-
mazenadas no prontuário do paciente. Esse documento é de elaboração obrigatória, bem 
como o registro da evolução do paciente, conforme determinação do COFFITO – Conselho 
Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Sua guarda é de responsabilidade do profis-
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sional ou da instituição onde foi prestado o atendimento, e deve ser feita por no mínimo 
cinco anos, a contar de seu último registro. 
A somatória dessas informações, baseadas nos sinais encontrados e nos sintomas relatados 
permite a análise dos dados e posterior elaboração de um plano terapêutico seguro, que vise 
o êxito do tratamento.
O processo de avaliação envolve uma observação inicial do paciente desde o momento de 
sua chegada ao local da terapia, ambulatório, clínica ou hospital. Em seguida, coletam-se os da-
dos pessoais, que podem já ter sido previamente colhidos em uma triagem inicial, dependendo 
do serviço oferecido pelo hospital ou clínica. A seguir, passa-se para a anamnese, processo no 
qual se investigam vários aspectos da queixa do paciente: o início, local e tipo dos sintomas, 
o histórico de doenças na família, doenças anteriores e atuais, seus hábitos, uso de medica-
mentos, atividades diárias, dentre outras. Um estilo de vida desregrado no que diz respeito à 
alimentação e composto por maus hábitos sociais, ambientais e psicológicos (como sedenta-
rismo, fumo, bebidas) afetam as condições de saúde do paciente. 
Estudamos que, após a anamnese, a avaliação segue para o exame físico propriamente dito, 
em que há uma nova observação ou inspeção, realizada com mais detalhes já com o paciente 
desnudo na região a ser examinada, evidentemente, com respeito à sua privacidade e após 
seu consentimento. Ainda no exame físico, o paciente será palpado por um toque firme, se-
guro e orientado, que pode mostrar positividade, mas não necessariamente caracterizar uma 
disfunção, já que algumas referências ósseas são mais dolorosas à palpação do que outras, 
como o processo xifóide esternal, o processo coracóide da escápula, dentre outros. Posterior-
mente, passa-se para a obtençãode algumas medidas em uma avaliação quantitativa e nu-
mérica, pela perimetria e goniometria, finalizando com a aplicação dos testes de força/função 
muscular e testes especiais diagnósticos. Ao final do exame, estará montada uma boa parte 
do quebra-cabeça desse processo, que deverá ser analisado para auxiliar a elaboração de uma 
proposta terapêutica, ou seja, o melhor tratamento para aquele caso. 
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Referências bibliográficas
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maio de 2012. Torna obrigatório o registro de informações de pacientes em prontuário pelo 
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TO-8, Curitiba – PR. Disponível em: <http://www.crefito.com.br/repository/legislacao/resolu%-
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sioterapeuta. Diário Oficial da União, n. 093 de 21/05/87, Seção 1, Págs. 7609. Disponível em: 
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Por: Regina Moreira
 
Objetivos do capítulo
Conceituar, compreender e realizar a avaliação 
dos sinais vitais: frequência cardíaca, frequência 
respiratória, pressão arterial e temperatura 
corporal, bem como reconhecer o valor 
normal de cada sinal e identifi car as possíveis 
alterações e utilizar terminologia apropriada 
para cada situação de anormalidade;
Conceituar a dor e classifi cá-la quanto à 
localização, cronologia e intensidade, além de 
diferenciar dor aguda de dor crônica com base 
no mecanismo de lesão e grau de envolvimento 
de dano tissular por meio de estudos de casos;
Conhecer, indicar e aplicar os questionários 
de avaliação de dor já validados em literatura: 
McGill, escala de funcionalidade e escala 
verbal analógica da dor.
SINAIS VITAIS:
CONCEITO E MENSURAÇÃO 
• Temperatura
• Pulso
• Pressão arterial
• Frequência respiratória
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA DOR 
• Escala Visual Analógica da dor (EVA)
• Questionário de McGill 
• Questionário Disabilities of Arm, Shoulder 
and Hand (DASH)
• Diagramas corporais 
DOR
• Defi nição
• Função biológica
• Dor aguda
• Dor crônica
TÓPICOS DE ESTUDO
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A etapa de avaliação inicial do paciente é fundamental para o adequado diagnóstico fi sioterapêutico e planejamen-
to do programa de tratamento. Ao iniciar a avaliação dos sinais vitais e da dor, devemos seguir um raciocínio lógico, 
além de escutar com detalhes o que o paciente está relatando em relação à sua dor. Essa investigação inicial deve 
ser aprofundada e, se necessário, questionada em todos os atendimentos futuros. Diante deste cenário, quais são 
os principais sinais verifi cados na avaliação? Como devemos interpretar os dados avaliados? 
Contextualizando o cenário
SEMIOLOGIA 41
Sinais vitais: conceito e mensuração2.1
Os sinais vitais nos fornecem informações iniciais essenciais que, na maioria das vezes, irão 
infl uenciar no direcionamento da avaliação do paciente. Eles podem ser aferidos como for-
ma de triagem do processo inicial de avaliação, seja no ambiente clínico ou hospitalar. Caso 
eles estejam alterados, é necessário realizar uma nova mensuração. 
A adequada mensuração dos dados do paciente de forma minuciosa possibilita uma aproxi-
mação com ele, auxilia na avaliação clínica e pode defi nir as diretrizes para o raciocínio clínico.
Para a realização de uma boa avaliação, o fi sioterapeuta deve seguir uma sequência lógica 
e ordenada. No entanto, essa pode variar de profi ssional para profi ssional, conforme este vai 
se aprimorando no processo de avaliação. Aos poucos, com estudo e repetição, o profi ssional 
consegue direcionar menos sua atenção para os instrumentos para concentrá-la no que está 
tocando, escutando e visualizando.
É importante ter em mãos os equipamentos necessários para a avaliação de cada um dos 
sinais vitais, para evitar interromper a avaliação durante a aferição. 
Temperatura2.1.1
A temperatura corporal é um dado muito importante na aferição dos sinais vitais. A tempera-
tura oral média é estabelecida em 37 °C, no entanto, ela sofre uma variação ao longo do dia. Pela 
manhã ela pode atingir próximo de 35,8 °C e ao fi nal do dia chegar aproximadamente a 37,3 °C. 
O instrumento utilizado para a aferição da temperatura corporal é o termômetro, que pode 
ser de diferentes tipos: de mercúrio, digital ou infravermelho.
Figura 1. Diferentes tipos de termômetros. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 12/09/2019.
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A temperatura pode ser mensurada via oral, retal ou pela membrana timpânica. A tempera-
tura axilar é mais baixa do que a temperatura oral, e é considerada menos fi dedigna do que 
as outras medidas.
Para realizar a aferição da temperatura oral, caso seja feita com um termômetro de mercú-
rio, deve-se sacudi-lo inicialmente de forma a abaixar a coluna de mercúrio até 35 °C ou me-
nos, colocá-lo sob a língua do paciente e instruí-lo a fechar a boca e aguardar entre três a cinco 
minutos, depois dos quais se deve verifi car o termômetro (BICKLEY; SZILAGYI, 2016).
ESCLARECIMENTO:
Febre ou pirexia signifi ca aumento da temperatura corporal. O termo hiperpirexia é 
utilizado para descrever a elevação extrema da temperatura corporal, quando atin-
ge 41 ºC, já o termo hipotermia é utilizado para descrever temperaturas corporais 
abaixo de 35°C. 
utilizado para descrever a elevação extrema da temperatura corporal, quando atin-
Febre ou pirexia signifi ca aumento da temperatura corporal. O termo hiperpirexia é 
utilizado para descrever a elevação extrema da temperatura corporal, quando atin-utilizado para descrever a elevação extrema da temperatura corporal, quando atin-
ge 41 ºC, já o termo hipotermia é utilizado para descrever temperaturas corporais 
Febre ou pirexia signifi ca aumento da temperatura corporal. O termo hiperpirexia é Febre ou pirexia signifi ca aumento da temperatura corporal. O termo hiperpirexia é 
utilizado para descrever a elevação extrema da temperatura corporal, quando atin-
ge 41 ºC, já o termo hipotermia é utilizado para descrever temperaturas corporais 
utilizado para descrever a elevação extrema

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