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“A via aérea artificial consiste na inserção de um tubo, por via oro ou nasofaríngea, ou um traqueóstomo que, ultrapassando as VAS, permitem desobstruir, proteger contra aspirações e facilitar a instituição de métodos de ventilação” J.G. Lucena – 1999 Apnéia: Depressão do SNC, fadiga muscular Hipoxemia: SARA, infecção e apnéia Hipoventilação: Depressão do SNC, ausência de estímulo respiratório e fadiga muscular Ausência de reflexos protetores VAS: Lesão SNC Instabilidade hemodinâmica: PCR ou choque Hipersecreção brônquica: Infecção, bronco- aspiração Afogamento • Perda dos mecanismos de defesa das VAS: Maior probabilidade de contaminação pulmonar • Inibe a efetividade do mecanismo da tosse • Incapacidade de comunicação oral: Prostração e quadros depressivos Atualmente: utilizados tubos plásticos (polímeros): Polietileno (PVC): mais usado, pouco tóxico, baixa resistência à fricção → sonda de aspiração desliza facilmente Silicone: Ideal, não deteriora com o tempo, alto custo. CUFF ou BALONETE Função: Vedar a traquéia evita a broncoaspiração de saliva/dieta/secreção e microorganismos; Evitar vazamento do ar: Permite a entrada e saída do ar por dentro do tubo evitando assincronia do Ventilador. Pressão do CUFF: 25 a 30 cm/H2O HIPERINSUFLADO: Traqueomalácea DESINSUFLADO: Broncoaspiração (vazamento) Cuidados com o CUFF • Pressão na mucosa traqueal; • Insuflação intermitente; • Monitorização diária na pressão do CUFF: (3x ao dia, considerada ideal pelo III Consenso VMI). Traquéia suscetível a lesão: Traqueomalácia. Traquéia pouco calibrosa: Presença do tubo veda o espaço. Língua grande ocupando a cavidade oral: Evita o escape de ar. Técnica de intubação: Inicialmente checar todo o equipamento. Ofertar O2 á 100% ao paciente, juntamente com a anestesia ou conjunto bolsa-válvula-máscara (aumenta CRF). Indicações Consequências da Intubação Tubos Traqueais CUFF Recém Nascido x CUFF Procedimento de Intubação • A língua é tracionada para esquerda. • Segura-se a epiglote • Visualiza-se as pregas vocais. • A lâmina começa a ser introduzida do lado direito da boca, deslocando toda a língua para a esquerda até que se veja a orofaringe. • Testar o “cuff” antes de inserí-lo. • Insufle o cuff – entre 10 a 20 ml de ar (25- 30 mmHg); • Ventilar o paciente com ambú ou iniciar a ventilação mecânica, ajustando todos os parâmetros pré-estabelecidos. • A confirmação é feita pela ausculta pulmonar e abdominal. • Inserção mais rápida do tubo • Menor resistência ao fluxo aéreo • Diminuição do trabalho respiratório • Aspiração mais fácil • Passagem mais fácil do broncoscópio • Redução no risco de torção do tubo • Evita complicações nasais e paranasais • Ocorrência de Lesões: Traqueais, glóticas lábios, dentes e língua. • Vômitos • Broncoaspiração • Intubação seletiva • Extubação acidental • Fixação adequada da cânula • Regulagem da pressão do balonete • Aspiração supra-balonete • Restrição do paciente • Monitorização do posicionamento da cânula: Intubação seletiva, extubação acidental. • Reflexo de vômito diminuído • Menor interferência na deglutição • Melhora no nível de comunicação • Menos ulcerações laríngeas posteriores • Facilitação da higiene oral • Menor salivação • “Maior conforto” uso prolongado • Diminuição: níveis de sedação • Mais difícil de ser realizada • Necessário tubo de menor diâmetro • Aumento da resistência ao fluxo aéreo • Aumento do esforço respiratório: desmame • Maior dificuldade para aspiração • Maior risco de obstrução • Maior incidência: lesões nasais e paranasais • Dor e desconforto para o paciente Tipos de traqueostomia: 1. Convencional 2. Percutânea (método de Cook) 3. Cricotireoidostomia (emergência) Vantagens da Intubação Oral Complicações da Intubação Oral Cuidados com a Intubação Vantagens da Intubação Nasal Desvantagens da Intubação Nasal Traqueostomia Indicações: • Aliviar a obstrução parcial ou completa de VAS • Otimizar suporte mecânico ventilatório prolongado • Facilitar a remoção de secreções • Prevenir a broncoaspiração: Reflexos protetores das VAS inadequados Desvantagens: • Infecção trans-operatória • Anestesia geral • Centro cirúrgico? VANTAGENS E BENEFÍCIOS (Traqueostomia x IOT) • Redução: resistência V.A. • Facilitação: desmame da ventilação mecânica • Possibilidade: nutrição oral e comunicação verbal • Diminuição: risco de lesões laríngeas • Melhora da relação paciente/ventilador maior: conforto para o paciente IMEDIATAS: • Hemorragia • Pneumotórax e pneumomediastino • Infecção do estoma • Obstrução da cânula • Deslocamento da cânula TARDIAS: • Infecção pulmonar • Formação de fístulas: traqueocutânea • traqueoesofágica • Traqueomalácia e estenose traqueal Plásticas Com e sem cuff Fenestrada Com duplo cuff Cuff Alta pressão/baixo volume Baixa pressão/alto volume Numeração 6,0 a 9,0 > 9,0 (especiais) Complicações Tipos de Cânulas • Metálicas Curta Longa • Numeração 2,0 a 6,0 > 6,0 (especiais) Usadas no desmame e na preparação para decanulação CRITÉRIOS • Depende: - Idade e tamanho do paciente Motivo/finalidade da traqueostomia • Ideal: - 2/3 do diâmetro interno da traquéia Cânulas de baixa pressão/alto volume QUANDO TRAQUEOSTOMIZAR UM PACIENTE? “Paciente intubado acima de 10 dias” Perspectiva de extubação? Sim: Manutenção da intubação Não: Traqueostomia CUIDADOS FISIOTERAPÊUTICOS • Posicionamento e fixação da cânula • Monitorização da pressão do cuff • Ideal = 20 cmH2O • Umidificação adequada • Aspiração Seleção das Cânulas Não existe um tempo pré-determinado Decisão: Projeção do tempo necessário de manutenção da via aérea artificial e suporte mecânico ventilatório. Depende: Prognóstico do paciente e das condições técnicas para o procedimento. Em geral: Em torno de 10 dias a 14 dias (dependendo protocolo hospital) de IOT e sem possibilidade ou insucesso no desmame ventilatório. Conceito: Manutenção da oxigenação e/ou ventilação dos pacientes portadores de Insuficiência Respiratória Aguda de maneira artificial, até que estes estejam capacitados a reassumi-la. “A VM é um método de suporte para o paciente durante uma enfermidade, não se constituindo em um tratamento curativo”. II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, 2000. Ventilação: ação pelo qual o sistema respiratório renova o ar alveolar, disponibilizando-o para a troca gasosa. Ventilação espontânea: quando o indivíduo realiza essa tarefa sozinho, utilizando-se de musculatura respiratória (diafragma). Ventilação mecânica: necessidade de auxílio de um dispositivo externo para promover a ventilação. Ventilador: dispositivo utilizado para executar a tarefa de mover ar para os pulmões. 1. A relação entre inspiração e expiração (I:E) no adulto é apresentada como 1:2. Em situações de VM, esta relação pode ser alterada. Por exemplo, em uma relação 1:1, há aumento do tempo inspiratório, favorecendo a Oxigenação. 2. A concentração ou fração de oxigênio (FiO2) utilizada durante a VM deve ser aquela suficiente para manter a saturação acima de 90%,bem como os parâmetros gasométricos adequados. 3. Pacientes com pulmões saudáveis comumente ficam bem com uma FiO2 < 50%, uma vez que o ar ambiente possui 21% de oxigênio. 1. Manter ou modificar a troca gasosa pulmonar (Ventilação Alveolar/Oxigenação Arterial). Ex: Hipoxemia, Acidose Respiratória. 2. Aumentar o volume pulmonar: Insuflação pulmonar respiratória final/otimizar a Capacidade Residual Funcional (VRE + VR). Ex: Atelectasia 3. Reduzir o trabalho muscular respiratório. • Reverter hipoxemia;* • Reverter a acidose respiratória aguda: Hipoventilando (aumentar volume pulmonar) • Reduzir o desconforto respiratório: • Prevenir ou reverter atelectasias: • Reverter a fadiga dos músculos respiratórios: • Permitir sedação, anestesia ou uso de bloqueadores neuromuscular: • Reduzir o consumo de oxigênio sistêmico e miocárdico: • Reduzir a pressão intracraniana: Paciente neurológico. • Estabilizar a parede torácica: Reduzindo o consumo de oxigênio e aumentando a oferta de oxigênio. Definições Objetivos Fisiológicos Objetivos Clínicos VOLUME CORRENTE: 6-8 ml p/kg Ex: 60 x 6 = 360mL < 5 Indicação de VM • Pacientes obesos: Basear o cálculo pela altura do paciente. VOLUME MINUTO: 5-6 Frequência x VC >10 Indicação de VM PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA (cmH20): 80-120 > -20 a -30 Indicação de VM PaO2 – FiO2: ÍNDICE DE OXIGENAÇÃO OU ÍNDICE DE HIPOXEMIA. Ex: PaO2/0,21% = 380 Ideal acima >300 <200 Indicação de VM 1 Ciclo: Compreende 4 fases. Didaticamente a VM com pressão positiva pode ser dividida em 4 fases: 1. Fase Inspiratória; 2. Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória – ciclagem; 3. Fase expiratória; 4. Mudança da fase expiratória para a inspiratória – disparo. O ciclo respiratório no VM é dividido em 4 fases: 1. FASE INSPIRATÓRIA: VM vai insuflar os pulmões. 2. FASE DE CICLAGEM: é a mudança da insp "" exp 3. FASE EXPIRATÓRIA: esvaziamento dos pulmões. 4. FASE DE DISPARO: início de um novo ciclo. VM – PARÂMETROS PROGRAMÁVEIS Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2) 1. Porcentagem de O2 enviada a cada ciclo ventilatório. 2. FiO2 21% a 100%. 3. Manter FiO2 suficiente para obter SatO2 ≥ 90% e PaO2 ≥ 60 mmHg. 4. É avaliada pela gasometria arterial e pela SaO2. 5. Índice Oxigenação: PaO2 ≥ 200. FiO2 FiO2 >60%: Tóxico e lesivo >2h: Suficiente para lesionar • Objetivo: Reverter Hipoxemia do paciente, avaliada pela gasometria (PaO2). • A SatO2: É o percentual de hemoglobina carreadora de O2. Pressão Positiva ao Final da Expiração (PEEP) • Todo paciente em VMI perde a PEEP, devido a glote aberta. 5cmH2O 1. Paciente IOT/TQT: perda da PEEP fisiológica (glote aberta). 2. 3 a 5 cmH2O (adultos); 2 a 4 cmH2O (crianças). 3. Utilizada em todas as modalidades. 4. Relacionada com as trocas gasosas (Melhora oxigenação). Princípios Básicos Volume Corrente (VC) 1. Está relacionado com o peso corporal (peso ideal). 2. Volume de gás ofertado aos pulmões em cada ciclo ventilatório. 3. VC = 6-8 ml/kg. Pressão Inspiratória (P insp. / IPAP): Normalmente ajustado quando o paciente está no modo ventilatório a Pressão Controlada. • Observar se o tórax está se expandindo, qual o volume ocasionado entre 6 a 8mL p/kg. • Pinsp no primeiro momento de 15 a 20 cmH2O. ❖ VC ou Pinsp baixa “Hipoventilação”: Gasometricamente aumenta o CO2 (hipercapnia), aumento do efeito SHUNT, podendo gerar atelectasias. ❖ VC ou Pinsp muito alta “Hiperventilação”: Gasometricamente diminui o CO2 (hipocapnia), gerando trauma por excesso de pressão “barotrauma”, pneumotórax, volotrauma (trauma por excesso de volume) e hiperdistensão alveolar. 1. Pressão ofertada aos pulmões na fase inspiratória. 2. Ajustada no modo ventilatório pressão controlada. 3. Valores utilizados: 15 – 20 cm H2O. 4. Observar expansibilidade torácica e Volume Corrente Exalado (Vt). Fluxo Inspiratório 1. Velocidade com que o VC é fornecido ao paciente, programado no modo ventilatório volume controlado. 2. Relação I:E: Proporção de tempo inspirando e expirando, nós passamos mais tempo expirando (I:E 2 fisiológica). 3. 40-60 L/min. 4. Fluxos baixos/lentos (‹ 40):↓t exp (auto- PEEP). 5. Fluxos altos/ rápidos (› 60):↓t insp e ↑t exp (DPOC/Asma). Ex: 400 mL VC = inspirado em 40L p/min Tempo Inspiratório (Tinsp): Ajustado juntamente no modo Pressão Controlada. 1. É o tempo da inspiração até o início da expiração. 2. 0,8 a 1,2 seg 3. Relação I:E 4. T insp >1,2: Tempo de entrada de ar lenta e tempo de saída do ar rápida (aprisionamento de ar). 5. T inp 0,8 ou >: Tempo de entrada de ar rápida e tempo de saída de ar lenta (DPOC/ASMA). • Determinar o tempo da inspiração, quanto <Tinsp >Texp. Frequência Respiratória (FR) 1. Número de ciclos respiratórios durante minuto. 2. Depende da faixa etária, doença e do modo de ventilação escolhido. 3. Deve ser ajustado de acordo com a PaCO2 e pH desejados. 4. 12 – 20 ciclos p/min. Ex: Acidose Respiratória, hipoventilando = aumentar ventilação, por volume ou por frequência. VC ou Pinsp ↓ Hipoventilação ↑ PaCO2 ↑Efeito shunt Atelectasias VC ou Pinsp ↑ Hiperventilação. ↓ PaCO2 barotrauma/volutrauma hiperdistensão alveolar Pressão de Suporte (PS): Acionado quando o paciente está no modo de ciclos espontâneos. 1. Liberação de uma pressão nas VAs (vias aéreas) a fim de auxiliar a fase inspiratória. 2. Objetivos: manter um Vt próximo ao ideal; ↓ o WOB (trabalho) respiratório, evitar a atrofia da musculatura ventilatória e a fadiga muscular, ↓resistência das VAs. 3. Valores: mínimo 5-7 cmH2O (respirando sozinho). Valor ajustado: de 5 a 25cmH2O Sensibilidade: Sensível ao esforço do paciente. • Esforço despendido pelo paciente para disparar nova inspiração pelo ventilador. • Utilizado nos ciclos assistidos e espontâneos. • Determinada por pressão ou fluxo • Escala varia -0,5 a -2,0 cmH2O • Valores: -1,5 a -2 (pressão) ou 2 a 4 (fluxo) CONTROLADOS: iniciados (disparo) e finalizados (ciclagem) pelo VM. “Quando o paciente não faz nada” ASSISTIDOS: iniciados (disparo) pelo paciente e finalizados pelo VM. (sensibilidade) • Paciente precisa vencer o esforço para dar estimulo detectavel pelo VM, a sensibilidade foi vencida pelo esforço do paciente. ESPONTÂNEOS: iniciados (disparado) e “finalizados” (ciclados) pelo paciente. (sensibilidade) Ciclos/Disparo e Ciclagem Disparo Ciclagem Controlados Ventilador Ventilador Assistidos Paciente Ventilador Espontâneos Paciente Paciente • O paciente inicia com uma velocidade, o fluxo vai diminuindo a 25% do valor inicial, a ciclagem é a fluxo. Ex: Paciente iniciou com 100%, decréscimo de 75%L p/min, diminui para 25%, ocorreu a ciclagem. Velocidade: Fluxo Modos Básicos: Tipos de ciclos disponibilizados pela modalidade. Modos de Controle: Tipos de controle exercidos sobre os ciclos. VOLUME CONTROLADO • Ciclagem: volume • Pressão variável • Ajuste de volume corrente e fluxo inspiratório • Fluxo, frequência respiratória determinam relação I:E • Modo básicos associados: C, A/C ou SIMV “controlar o volume corrente, ajustar modalidade básica associada” Tipos de Ciclos Modos Ventilatórios Vantagens: Volume garantido Desvantagens: Pressão de vias aéreas variável “na presença de auto – peep risco de barotrauma” PRESSÃO CONTROLADA: Escolher modalidade Básica • Ajustar a Pinsp e Tinsp • Pressão constante nas viasaéreas durante toda fase inspiratória. • Ciclagem: tempo • Fluxo livre e decrescente • Volume variável • Tempo inspiratório e frequência determinam relação I:E • Modo básicos associados: C, A/C ou SIMV Vantagens: Controle da pressão nas vias aéreas, melhor estabilização alveolar (pressão constante), fluxo livre desacelerado. Desvantagens: Volume variável PRESSÃO DE SUPORTE (PSV): Paciente em desmame ventilatório • Pressão constante nas vias aéreas durante toda fase inspiratória • Ciclagem: fluxo • Fluxo livre desacelerando • Modo: SIMV, espontâneo (3 tipos de ciclos), ajustar o parâmetro pressão de suporte. • Só em PSV: Em ciclos espontâneos. Vantagens: Controle da pressão, fluxo livre e desacelerado, facilita desmame. Desvantagens: Não garantia do volume: pode hipoventilar. 1. Controlado: Modo que só disponibiliza ciclos controlados, que são iniciados e finalizados pelo VM. 2. Assistido/ Controlado: Modo básico de ciclos controlados e assistidos. 3. SIMV: Três tipos de ciclos, controlados, assistidos e espontâneos. VENTILAÇÃO MANDATÓRIA CONTROLADA (CMV) 1. Ventilador disponibiliza apenas de ciclos controlados. (ventilador define tudo) 2. F programada 3. Ventilador define o período entre os ciclos VENTILAÇÃO ASSISTIDO CONTROLADA (A/CMV) • Ventilador disponibiliza de ciclos controlados e assistidos. • F programada • Ajuste de sensibilidade (Ciclos Assistidos) • O ventilador define as janelas de tempo • O início do tempo de janela se reinicia a cada ciclo. • A janela de tempo nesse modo é variável, reinicia a contagem da janela de tempo 5s. • Inicial Modos Básicos VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE SINCRONIZADA (SIMV) • A ventilação é intermitente e sincronizada • Ciclos controlados, assistidos e espontâneos • Ventilador utiliza janelas de tempo • Janela de tempo não é reiniciada a cada ciclo, mantem a contagem da janela de tempo. • O primeiro estímulo do paciente em uma janela de tempo será sempre ciclo assistido. • Os ciclos espontâneos só ocorrerão após um ciclo assistido numa mesma janela de tempo. IMPORTANTE • Escolher o tipo de ventilação/ modos de controle e modos básicos. • Essa escolha depende da idade do paciente, da doença e do tipo de aparelho disponível no hospital. • Adequada regulagem dos parâmetros de VM escolhido. No que vou me basear para ajustar a VM? 1. Diagnóstico; 2. Quadro Clínico; 3. Fisiopatologia; 4. Gasometria; 5. Radiografia; 6. Drogas recebidas; 7. Efeitos fisiológicos das alterações da VM; 8. Fisiologia Cardio-Respiratória; Retirar o paciente da VM pode ser mais difícil do que mantê-lo e esse processo dura cerca de 40% do tempo total de VM. Compreender o processo de desmame ventilatório tendo subsídios para incorporá-lo na prática das unidades de terapia intensiva. Identificar e saber utilizar os índices clínicos e fisiológicos capazes de predizer, o sucesso do desmame ventilatório. Desmame Processo de transição da ventilação artificial para a espontânea nos pacientes que permanecem em VMI por mais de 24h. Interrupção da VM Refere-se aos pacientes que toleraram um TRE (teste de respiração espontânea) e que podem ou não ser elegíveis para extubação. Teste de Respiração Espontânea (TRE): Teste para todos os pacientes que serão extubados para avaliar se é elegível ao desmame. É a técnica mais simples, estando entre as mais eficazes para o desmame. Permite-se que o paciente ventile espontaneamente através do tubo endotraqueal, conectado a uma peça em forma de “T”,com uma fonte enriquecida de oxigênio, ou em ventilação com pressão de suporte (PSV) de 7 cmH2O. 1. Desconectar do VM, Oxigenoterapia (necessita 3 entradas) Tubo -exalaçao do ar – rede de o2 2. Conectado no Ventilador com pressão de suporte (PSV) de 7cmH2O Traqueostomizado: Canula plástica (Extubar em outro momento) Tempo do teste: 30min paciente sem histórico 2h – paciente com histórico Extubação ou Decanulação Retirada da via aérea artificial. Falha de Extubação Necessidade de reintubação em até 48h após a extubação. Tempo de VM Prolongada Dependência da assistência ventilatória, invasiva ou não-invasiva, por mais de 6 horas por dia por tempo superior a 3 semanas. 1. Baseado em evidência 2. Baseado na experiência A ventilação mecânica é um importante instrumento na insuficiência respiratória, porém é um procedimento invasivo e não isento de complicações. Torna-se oportuno o rápido reconhecimento da reversibilidade do processo agudo e o retorno à ventilação espontânea. Quando iniciar? • Importante traçar estratégias e protocolos • Identificar pacientes elegíveis para o TRE • Interrupção diária da sedação: Conduta médica (Glasgow > 8) Quais os critérios clínicos e fisiológicos? Quais os modos ventilatórios? Definições Desmame Ventilatório Critérios Clínicos Capacidade vital: Soma do VC – VRI - VRE Para a CV, um valor maior que 10 ml/Kg é sugestivo de sucesso no desmame. • Fazer a mensuração pelo ventilometro FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA f ≤ 35 ipm • Índice de Tobin VOLUME CORRENTE VC ≥ 5 ml/Kg • Índice de Tobin ÍNDICE DE TOBIN Índice de ventilação rápida e superficial Relação frequência/volume corrente (f/VT) • Tobin ≤ 104: Índice que predispõe o desmame. ❖ Exemplo FR: 12 VC: 420ml – 0,42litros • Cálculo: 12/0,42 = 28,57 Tobin 28,57 VENTILAÇÃO OU VOLUME MINUTO VM = f x VC VM ≤ 10 l/min PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA (PImax) PImax ≤ -30cmH2O: sucesso • Valor normal -80 a -120 • Quanto menor, melhor • Solicitar um Inspiração máximo ao paciente por três vezes, utilizando o maior valor. • Teste feito pelo manovacuômetro • Pacientes com doenças neuromusculares Oxigenação FiO2 ≤ 40% PEEP = 5 cmH2O Índice de hipoxemia ≥ 200 Relação PaO2/FiO2 Exemplo: Pao2 82 Fio2 40% - 0,40 82/0,40 = 205 PSV: Desmame da Ventilação • Redução gradual da pressão de suporte • 2 a 4 cmH2O de duas a quatro vezes ao dia até atingir a pressão de suporte para o TRE (5 a 7 cmH2O). • 5 a 7 cmH2O: Paciente em TRE TUBO T: 30 minutos - 2 horas • Taxa de reintubação de 15% a 19% • Oxigênio suplementar para SaO2 ↑90%, com FiO2 até 40% REPOUSO da MUSCULATURA • Falha retorno para VM por 24h (modo ventilatório que ofereça conforto) • Reavaliar e tratar as possíveis causas de intolerância • Se o paciente permanece elegível e as causas foram revistas, realizar novo teste após 24h de repouso. Critérios Fisiológicos Modalidades FRACASSO no TRE https://www.google.com/search?q=manovacu%C3%B4metro&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj04Men9KTsAhUNGbkGHZ-ZAC8QkeECKAB6BAgTEC4 . Tosse Efetiva: Desinsuflar o CUFF e escutar saída do ar. Nível de Consciência Edema de Laringe: Sem som de saída do ar (chamar o médico) Colaboração do paciente Monitorização 24 horas por dia na UTI • A intubação traqueal pode causar inflamação e edema laríngeo, predispondo à obstrução da via aérea (manifesta clinicamente pelo estridor laríngeo), tão logo o tubo endotraqueal seja retirado. • O escape aéreo em torno do tubo traqueal, define a existência de espaço entre o tubo e a via aérea. 1. Cabeceira elevada entre 30°e 45° 2. Aspiração de Vias aéreas Falha no desmameRetorno para VM, caso o paciente TQT ou insucesso no TRE. Falha na extubação Reintubação antes de 48 horas pós-extubação F Retenção de Secreções: Obstrução, paciente fica desconfortável Atelectasias: Causa comum de falência Congestão Pulmonar: Sobrecarga líquida Broncoaspiração: Paciente aspira algum conteúdo podendo levar a pneumonia Edema de Laringe Nível de Consciência: Glasgow >8 Extubação Teste de Permeabilidade CUIDADOS PRÉ-EXTUBAÇÃO Falha Definição Objetivos Vantagens Desvantagens Seleção dos Pacientes A Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI ou VNI) é uma técnica de ventilação mecânica que oferece um suporte ventilatório adequado através de uma máscara, sem a necessidade de qualquer tipo de prótese endotraqueal seja está tubo orotraqueal, nasotraqueal ou traqueostomia. • Aumentar a ventilação alveolar • Melhorar as trocas gasosas pulmonares • Diminuir o trabalho respiratório • Repouso parcial da musculatura respiratória • Manutenção e melhora dos volumes pulmonares • Diminuição da dispneia • Adequada sincronia paciente -ventilador • Eliminar a necessidade de IOT • Dispneia moderada ou grave. • f acima de 24 ipm (> 30 a 35 ipm). • Uso de músculos acessórios da respiração. • Assincronia tóracoabdominal. • Anormalidade das trocas gasosas. • PaO2 / FIO2 < 200. • PH < 7,35 com PaCO2 > 45 mmHg. American Respiratory Care Fundation, 1997 • Evitar intubação • Preservar vias aéreas superiores • Flexibilidade para conectar e desconectar a interface • Minimizar complicações relacionadas à VM • Diminuir risco de infecção pulmonar • Menor chance de causar hipotensão • Menor necessidade de sedação • Exige experiência e dedicação da equipe • Consumo maior de tempo junto ao paciente • Risco de vômitos e aspiração de conteúdo gástrico • Risco de distensão abdominal PRINCIPAIS INDICAÇÕES • Desconforto respiratório • Alterações gasométricas • Insuficiência Respiratória Aguda • DPOC • EAP • Desmame • Insuficiência respiratória aguda e crônica; • Edema agudo pulmonar cardiogênico • Doença neuromuscular • Doenças deformantes do tórax • PO de cirurgias toracicoabdominais • Insuficiência respiratória pós-extubação e no auxílio de desmame; • PNMs intersticiais • Hipoventilação pulmonar • Ventilação domiciliar/Apnéia do sono obstrutiva; • Prevenir e reverter atelectasias. CONTRA INDICAÇÕES ABSOLUTAS • Parada respiratória ABSOLUTA • Necessidade imediata de entubação traqueal ABSOLUTA • Hipotensão com necessidade de DVA • Paciente não colaborativo • PO recente de cirurgia facial, esofágica ou gástrica • Trauma ou queimadura facial • Risco de aspiração • Incapacidade de manter permeabilidade das VA • Alterações anatômicas importantes • Pneumotórax não-drenado Modos Ventilatórios Binível - BIPAP Pressão de Suporte CONTRA INDICAÇÕES RELATIVAS • Ansiedade extrema • Obesidade mórbida • Secreção abundante • SARA com hipoxemia grave • Rebaixamento de nível de consciência • Obstrução mecânica das vias aéreas superiores • PNMTX não drenado; • Distensão abdominal progressiva e/ou vômitos; • Insuficiência Resp. Grave; • Inabilidade em eliminar secreções ou deglutir; • Instabilidade clínica com falência de mais de dois órgãos; • Sangramento gastrointestinal ativo; • Hemoptise ou epistaxe maciça. 1. CPAP 2. PRESSÃO DE SUPORTE 3. Binível CPAP (continuous positive airway pressure) PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA NAS VIAS AÉREAS • Sistema onde a máscara é conectada um fluxo contínuo (gerador de fluxo) que pressuriza a câmara forma da pela máscara e a face do paciente. • Pressão positive constante nas vias aéreas tanto na inspiração quanto na expiração. • Na válvula expiratória é conectado a uma válvula de PEEP. EFEITOS FISIOLÓGICOS: Melhorada PaO2 pelo aumento da CRF. CPAP Ajustes: Fluxo – 40 a 60 l/min Peep –5 a 10 cm H2O Benefícios da Peep Aumento da CRF Melhora oxigenação Recruta alvéolos Redistribui líquidos CPAP Limitação: Não garante que diminua o desconforto respiratório, porém ajuda no desconforto devido fluxo constante deixando os alvéolos pressurizados. 1. É uma ventilação assistida que fornece pressão inspiratória (IPAP) com uma resistência expiratória (EPAP). 2. Projetado para ventilação não-invasiva. 3. Reconhece e recompensa vazamentos. 2 Níveis de pressão (IPAP e EPAP) IPAP Pressão positiva nas VA na inspiração com função de desconforto respiratório. EPAP Pressão positiva nas VA na expiração com a função de melhorar a oxigenação Benefícios Diminuição do desconforto respiratório IPAP Melhora oxigenação EPAP Ventilação onde a respiração espontânea é assistida, onde o fluxo inspiratório é livre e o ventilador é um gerador de pressão constante, mantendo um patamar de pressão inspiratória constante até o final da inspiração. • Realizados nos aparelhos microprocessados. • Projetado para ventilação invasiva. • Não identifica nem compensa vazamentos. Parâmetros Ajuste: PS, Peep, sensibilidade, FiO2 MÁSCARA • Vazamento é diretamente proporcional a pressão positiva • Inversamente proporcional fixação • Quanto > a pressão de fixação < a tolerância • Aumento da chance de ocorrer lesões traumáticas • Ressecamento da córnea • Incômodo MÁSCARA NASAL Utilizadas em pacientes mais conscientes e colaborativos, posicionada sobre a base do nariz e acima do lábio superior. FIXADOR CEFÁLICO-(CABRESTO) MÁSCARA FACIAL Utilizadas em pacientes com rebaixamento do nível de consciência ou não se adaptam à máscara nasal; abrange nariz e boca, contornando a base do nariz até região entre queixo e lábio inferior. FIXADOR CEFÁLICO FACIAL TOTAL (FULL FACE) Utilizada nos casos de escaras faciais ou quando não há uma boa adaptação dos outros tipos de interface. Escafandra (Helmet) Mais nova no mercado, ainda com poucos trabalhos que comprovem a sua eficácia, muito confortável para o paciente? Vantagens: Eliminar contato face e interface Desvantagens: Reinalação de CO2 Ruído limitante. Instalação Falência da VMNI Complicações da VMNI Desmame na VMNI 1. Explicar procedimento e orientar paciente 2. Cabeceira elevada a 45º 3. Permanecer ao lado do paciente segurando a máscara 4. Iniciar a terapia com baixas pressões aumentando conforme a necessidade do doente 5. Proteger a base do nariz com “pele artificial” 6. Fixar a máscara com cuidado 7. Ajustar PI (IPAP) a fim de se obter VC = 6 -8 ml/kg 8. Ajustar Peep (EPAP) e FIO2 para SatO2 9. Ligar alarmes do ventilador e monitorar o paciente 10. Reavaliar o paciente periodicamente • Extubação acidental. • Insuficiência respiratória pós extubação. • Estratégia de desmame precoce da VM para DPOC descompensado. • Pacientes com desmame difícil da VM. • Incapacidade de melhorar as trocas gasosas e a dispnéia • Desconforto respiratório • Incapacidade de melhorar o nível de consciência após 30 min de VNI (pacte em narcose) • Intolerância ao uso da máscara • Presença de distensão abdominal • Instabilidade hemodinâmica e/ou arritmias • Piora das trocas gasosas • Não correção dos gases em até 30-40 min de terapia • Necrose de pele da face • Distensão Gástrica • Irritação Ocular• Retenção de secreção “O respeito aos critérios de seleção dos pacientes, início precoce e observação dos parâmetros de falência fazem da VNI uma técnica eficiente e segura para tratamento do paciente grave.” Na dúvida, intubar!
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