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DIREITO TRIBUTÁRIO IV - Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza - IR

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DIREITO TRIBUTÁRIO IV - AULA 17.08.2021 
terça-feira, 17 de agosto de 2021 
10:00 
 
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza - IR 
 
Tributo Federal: CF: art. 153, inciso III, competência União Federal - imposto sobre 
renda e proventos (acréscimos ao patrimônio do contribuinte) de qualquer natureza. 
 
IR – Artigo 153, §2º, inciso I CF: será informado pelos critérios da generalidade 
(tributação de todos com isonomia e justiça - não deve haver discriminação entre os 
contribuintes), universalidade (todas as formas de aquisição de renda) e progressividade 
(tributação gradual por meio de alíquotas diferenciadas, art. 145, §1º CF, quem tem 
mais, paga mais). 
 
Finalidade fiscal: arrecadação. Pode ser utilizado com fim extrafiscal. (forte carga 
tributária) 
 
Há um conceito constitucional de renda e proventos de qualquer natureza? Sim: 
acréscimos na capacidade contributiva ensejaram a incidência do IR (prevista na CF) 
(Roque Carrazza). 
 
Aspectos do Imposto de Renda - IR 
 
Aspecto Material 
 
Parâmetro constitucional do aspecto material: aquisição de renda (produto do 
capital, do trabalho ou da combinação de ambos) e de proventos de qualquer natureza 
(aquilo que não se enquadra no conceito de renda), que representam acréscimos na 
capacidade contributiva. 
 
Aspecto Temporal 
 
Baliza constitucional relativa ao aspecto temporal (circunstância de tempo) do imposto 
sobre a renda reflete o momento em que se aufere o acréscimo patrimonial (ensejo em 
quantas hipóteses de incidência são praticadas - lançamento por homologação, 
formalizo todos os acréscimos patrimoniais e transmito os dados ao fisco - fato gerador 
do IR é instantâneo) 
 
Controvérsia doutrinária a respeito do momento determinante para a configuração do 
fato imponível: classificação dos fatos geradores em instantâneos (II, IE, IPI, 
ICMS), continuados (ITR e IPTU) e complexivos (IR). 
 
Crítica à classificação dos fatos geradores em instantâneos, continuados e complexivos. 
 
Por determinação do legislador infraconstitucional, a formalização dos fatos 
representativos dos acréscimos na capacidade contributiva deve ser realizada em 
periodicidade anual, coincidente com o ano civil. 
 
Aspecto Pessoal 
 
O aspecto pessoal extraído da regra de competência fixada pelo artigo 153, III, CF, 
permite identificar a União Federal como sujeito ativo enquanto o sujeito passivo será 
aquele que auferir renda e proventos. 
 
• Sujeito Ativo: União 
• Sujeito Passivo: Aquele que auferir renda e proventos 
 
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 
43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens 
produtores de renda ou dos proventos tributáveis. 
 
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos 
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe 
caibam. 
 
Aspecto Espacial 
 
O aspecto espacial possível do IR segue o princípio da extraterritorialidade da 
aquisição de acréscimo patrimonial: o contribuinte com domicílio fiscal no Brasil, que 
aufira renda ou proventos de qualquer natureza no exterior, deverá declarar aqui o 
respectivo ganho. Conforme a existência de tratados para evitar a bitributação. (Brasil e 
Japão; Brasil e França) 
 
Base de cálculo 
 
Base imponível é o montante da renda ou dos proventos de qualquer natureza. 
Acréscimos positivos de renda, não se paga pelo prejuízo. 
 
Alíquota a princípio é de 25%. 
 
Legislação infraconstitucional relativa ao IR não discrepa dos preceitos 
estabelecidos pela Constituição: art. 43 do Código Tributário Nacional: Renda – 
produto do capital, do trabalho e da combinação de ambos. 
 
Proventos de qualquer natureza: acréscimos não compreendidos no conceito de 
renda. 
 
A base de cálculo do IR é o montante da renda ou dos proventos de qualquer 
natureza, conforme art. 44 do CTN: somente o montante pode ser arbitrado ou 
presumido, a renda (ou os proventos) tem que ser real. 
 
A forma de apuração da base imponível do IR, montante da renda ou dos proventos, é 
específica para o contribuinte pessoa física e para a pessoa jurídica. 
 
A pessoa física apura como base imponível do IR o rendimento, enquanto na 
pessoa jurídica a base de cálculo é o lucro, real, presumido ou arbitrado. 
 
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer 
natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: 
 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de 
ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não 
compreendidos no inciso anterior. 
 
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, 
da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de 
percepção 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as 
condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do 
imposto referido neste artigo. 
 
Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ): Noções Básicas 
 
Legislação: Decreto-lei nº 1.598/77, Lei nº 9.249/95, Lei nº 9.430/96, Lei nº 9.718/98 e 
alterações. 
Regulamento do Imposto de Renda (RIR) – Decreto nº 9.580/2018. 
 
O Lucro Real representa o acréscimo efetivo junto ao patrimônio das empresas. 
 
Decreto-lei nº 1.598/77, art. 6º: lucro real é o lucro líquido do período de apuração 
ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por lei. 
 
Adições, exclusões ou compensações são dados decorrentes de fatos ocorridos no 
período de apuração da base imponível, os quais têm implicações patrimoniais e 
representam todas as receitas, despesas e custos relacionados com a atividade da 
empresa. 
 
Lucro Real 
 
Adoção obrigatória do regime de tributação do IR pelo Lucro Real - pessoas jurídicas 
(Art. 14 Lei nº 9.718/98): 
 
a) receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 
(setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, 
quando inferior a 12 (doze) meses; 
b) bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, 
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de 
crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, 
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de 
previdência privada aberta; 
c) lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
d) usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; 
e) empresas de factoring, e 
f) atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio 
 
Opções de apuração do IR trimestral ou anual 
 
A pessoa jurídica que fizer a opção trimestral deve elaborar a apuração e pagamento do 
IR nos trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de 
dezembro (Art. 1º Lei nº 9.430/96). 
 
A pessoa jurídica que optar pela apuração anual, deve efetuar o recolhimento do IR 
mensalmente, o qual incidirá sobre uma base de cálculo estimada (mensalmente) 
mediante a aplicação de um percentual de 8% (pode variar de acordo com o ramo de 
atividade) incidente sobre a receita bruta da pessoa jurídica – Art. 15 Lei nº 9.249/95: 
 
Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada 
mediante a aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta 
auferida mensalmente, observado o disposto no art.12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 
de dezembro de 1977, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos 
incondicionais concedidos, sem prejuízo do disposto nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 
8.981, de 20 de janeiro de 1995. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) 
 
§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de: 
 
I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo, de 
combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; 
II - dezesseis por cento: 
 
a) para a atividade de prestação de serviços de transporte, exceto o de carga, para o 
qual se aplicará o percentual previsto no caput deste artigo; 
b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 
de janeiro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida Lei; 
 
III - trinta e dois por cento, para as atividades de: 
 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio 
diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e 
citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a 
prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e 
atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer 
natureza; 
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, 
gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, 
compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação 
de serviços (factoring). 
e) prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou 
melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço 
público. 
 
IV - 38,4% (trinta e oito inteiros e quatro décimos por cento), para as 
atividades de operação de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de 
crédito realizadas por Empresa Simples de Crédito (ESC). 
 
§ 2º No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente a 
cada atividade.” 
 
Regime de apuração do IR pelo Lucro Real possibilita ao contribuinte realizar deduções 
de todas as despesas relacionadas com a atividade da pessoa jurídica. 
 
Compensação prejuízo fiscal 
 
Regulamento Imposto de Renda: 
“Art. 580. O prejuízo fiscal poderá ser compensado com o lucro líquido ajustado pelas 
adições e pelas exclusões previstas neste Regulamento, observado o limite máximo, 
para compensação, de trinta por cento do referido lucro líquido ajustado 
 
Lucro Presumido 
 
Pessoas jurídicas poderão optar pela tributação do IR por meio do lucro presumido (Art. 
13 Lei nº 9.718/98), desde que: 
 
• (i) tenham apresentado receita total, no ano-calendário anterior ao da opção, 
igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou de R$ 6.500.000,00, multiplicado pelo 
número de meses do período, quando inferior a doze meses, e 
• (ii) não sejam obrigadas a apurar o IR pelo lucro real (artigo 14). 
 
A determinação da base imponível do imposto sobre a renda calculado com base no 
lucro presumido corresponderá à aplicação do um percentual de 8%, o qual pode variar 
de acordo com o ramo de atividade (tal como estabelecidos para o Lucro Real), 
incidente sobre a receita bruta da pessoa jurídica – Art. 15 Lei nº 9.249/95. 
 
Em caso de atividades diversificadas, o contribuinte optante pela tributação com base no 
lucro presumido deve aplicar o percentual correspondente a cada atividade (Lei 
nº 9.249/95, Art. 15, §2º) 
 
Regime de apuração do IR pelo Lucro Presumido não possibilita ao contribuinte realizar 
deduções de quaisquer despesas relacionadas com a atividade da pessoa jurídica 
 
Lucro Arbitrado 
 
Na eventualidade de a autoridade fiscal verificar que o contribuinte não observou as 
disposições legais que prescrevem a necessidade de escrituração fiscal regular, essa 
autoridade pode arbitrar o lucro, base imponível do IR, mediante a aplicação de 
percentual sobre a receita bruta, caso essa seja conhecida. 
 
Na hipótese de a receita bruta não ser conhecida, a autoridade fiscal pode arbitrar o 
lucro com base no valor do ativo, do capital social, do patrimônio líquido, da 
folha de pagamento dos empregados, das compras, do aluguel das instalações ou do 
lucro líquido auferido pelo contribuinte em períodos anteriores. 
 
Alíquotas 
 
As pessoas jurídicas estão sujeitas à alíquota de 15% sobre o lucro real, presumido ou 
arbitrado (Lei nº 9.249/95, art. 3º). A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que 
exceder a R$ 240.000,00 ao ano ou R$20.000,00 por mês, sujeita-se à incidência de 
adicional de imposto à alíquota de 10% (Lei nº 9.249/95, art. 3º, § 1º e Lei nº 9.430/96, 
art. 4º).

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