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Cuidados de enfermagem com pacinete que utilizam psicofarmacos

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TRABALHO SAÚDE MENTAL
Camila de Souza Gomes, Daiane Rocha, Gabriela Haydee e Maria Eduarda Amaro
A- Benzodiazepínicos
Alguns BZD são mais ansiolíticos, enquanto outros são mais sedativos/hipnóticos ou antiepilépticos. Medicamentos, doses usuais diárias e indicações para transtornos ansiosos estão descritos no quadro a seguir:
	Benzodiazepínico 
	Indicação 
	Mecanismo de ação
	Efeitos colaterais
	Diazepam
	TAG, TP e agorafobia
	Esses medicamentos atuam como moduladores alostéricos positivos interagindo com os receptores ácido gamaaminobutírico (GABA) do subtipo GABA-A que estão localizados no córtex, cerebelo e estruturas límbicas e que são constituídos por cinco unidades diferentes de proteína (duas unidades alfa, duas beta e uma gama) e funcionam aumentando o influxo de íons cloro causando hiperpolarização da membrana e reduzindo a excitabilidade neuronal.
 Eles se ligam especificamente na porção alfa do receptor constituindo um complexo entre o receptor de GABA e o canal de cloreto, aumentado a afinidade do GABA pelo receptor GABA-A acarretando numa maior frequência de abertura de canais de cloreto resultando em hiperpolarização da membrana, inibindo a excitação celular. 
Dependendo das subunidades presentes em GABAA, a função do receptor varia. A subunidade α1 está mais relacionada com o sono e a sedação, a α2 tem função ansiolítica e tanto α2 quanto α3, tem ação relaxante muscular.
	Podem causar problemas como sedação, disfunção cognitiva, depressão respiratória, alterações psicomotoras (fala disártrica, marcha atáxica), depressão e dependência química. Indivíduos que usam de maneira abusiva podem ter prejuízos sociais com altos custos financeiros de acordo com seu poder aquisitivo.
Os danos cognitivos associados aos BZD têm sido demostrados mais recentemente, em especial déficit de memória e demência, e relacionam-se ao uso prolongado desses fármacos.
O tempo para o surgimento destes efeitos adversos e a sua gravidade variam de acordo com o pico plasmático da droga e a duração de ação de cada medicamento.
	Clonazepam Clonazepam SL
	TAG, TP e agorafobia, fobia social No ataque agudo de pânico
	
	
	Lorazepam
	TP e agorafobia, TAG
	
	
	Alprazolam
	TAG, TP e agorafobia, depressão com sintomas ansiosos
	
	
	Bromazepam
	TAG, sintomas agudos de ansiedade
	
	
	Cloxazolam
	TP e agorafobia, fobia social
	
	
	 
AÇÃO DE ENFERMAGEM:
- Deve-se orientar o paciente sobre os efeitos adversos e os perigos da ocorrência de sedação (acidentes, quedas).
-Deve orientar o paciente quanto ao tratamento: a que horas e como tomar o medicamento, horário da tomada do medicamento em relação ao horário das refeições, tratamentos não medicamentosos, cuidados gerais.
- Deve integrar a equipe multiprofissional de atenção à saúde, discutindo alternativas terapêuticas
- Não incentivar o uso prolongado do medicamento (apenas em casos específicos como tratamento de epilepsia) devido ao alto risco de dependência e tolerância.
- Deve acompanhar os resultados do tratamento.
B- Antipsicóticos
Os antipsicóticos são divididos em antipsicóticos convencionais e antipsicóticos de 2ª geração (ASG), com base em sua atividade e afinidade com receptores específicos dos neurotransmissores.
Há as drogas de depósito que possuem uma liberação lenta na corrente sanguíneae por conseqüência produzem níveis plasmáticos constantes, que podem durar de uma a quatro semanas dependendo da quantidade. São indicadas para os pacientes que não conseguem garantir a regularidade da ministração por via oral. São drogas potentes e que produzem intensos sinais extrapiramidais; são injetáveis e dependendo da quantidade usam-se as vias subcutânea ou intramuscular.
	Medicamentos 1ª geração
	Indicação 
	Mecanismo de ação
	Efeitos colaterais
	Clorpromazina 
	esquizofrenia (episódios agudos, tratamento de manutenção, prevenção de recaídas), nos transtornos delirantes, em episódios agudos de mania com sintomas psicóticos ou agitação, no transtorno bipolar do humor, na depressão psicótica em associação com antidepressivos, em episódios psicóticos breves, em psicoses induzidas por drogas, psicoses cerebrais orgânicas, controle da agitação e da agressividade em pacientes com retardo mental ou demência, transtorno de Tourette (haloperidol, pimozida, risperidona
	Os antipsicóticos convencionais podem ser classificados como de potência alta, intermediária ou baixa. Os antipsicóticos de alta potência têm afinidade alta pelos receptores de dopamina e menos afinidade pelos receptores alfa-adrenérgicos e muscarínicos. Os antipsicóticos de baixa potência, que são raramente utilizados, têm menos afinidade pelos receptores de dopamina e afinidade relativamente maior pelos receptores alfa-adrenérgicos, muscarínicos e de histamina.
	Antipsicóticos convencionais têm vários efeitos adversos, como sedação, embotamento cognitivo, distonia e rigidez muscular, tremores, aumento dos níveis de prolactina (causando galactorreia) e ganho ponderal e diminuição do limiar convulsivo nos pacientes com convulsões ou em risco de convulsões.A acatisia (inquietação motora) é particularmente desagradável e pode resultar em não adesão; pode ser tratada com propranolol.
	Tioridazina
	
	
	
	Trifluoperazina
	
	
	
	Flufenazina
	
	
	
	Perfanazina
	
	
	
	Loxapina
	
	
	
	Molindona
	
	
	
	Tiotixeno
	
	
	
	Haloperidol
	
	
	
	Pimozida
	
	
	
	Medicamentos 2ª geração
	Indicação 
	Mecanismo de ação
	Efeitos colaterais
	Aripiprazol
	esquizofrenia (episódios agudos, tratamento de manutenção, prevenção de recaídas), nos transtornos delirantes, em episódios agudos de mania com sintomas psicóticos ou agitação, no transtorno bipolar do humor, na depressão psicótica em associação com antidepressivos, em episódios psicóticos breves, em psicoses induzidas por drogas, psicoses cerebrais orgânicas, controle da agitação e da agressividade em pacientes com retardo mental ou demência, transtorno de Tourette (haloperidol, pimozida, risperidona
	Bloqueiam os receptores de dopamina de maneira mais seletiva do que os antipsicóticos convencionais, diminuindo a probabilidade de efeitos adversos extrapiramidais (motores). Maior ligação aos receptores serotoninérgicos pode contribuir para as ações antipsicóticas nos sintomas positivos e os benefícios dos efeitos adversos dos ASGs
	Antipsicóticos de segunda geração têm menor probabilidade de causar efeitos adversos extrapiramidais (motores) ou discinesia tardia, mas isso pode ocorrer. A síndrome metabólica (excesso de gordura abdominal, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial) é um efeito adverso importante de muitos ASG.
A discinesia tardia, é um distúrbio de movimento involuntário caracterizado mais frequentemente por contrações labiais e da língua, torções dos membros superiores ou inferiores, ou ambo
	Asenapina
	
	
	
	Brexpiprazol
	
	
	
	Cariprazina
	
	
	
	Clozapina
	
	
	
	Iloperidona
	
	
	
	Lurasidona
	
	
	
	Olanzapina
	
	
	
	Paliperidona 
	
	
	
	Pimavanserina
	
	
	
	
AÇÃO DE ENFERMAGEM:
- Deve-se orientar o paciente sobre os efeitos adversos e os perigos da ocorrência de sedação (acidentes, quedas).
-Deve orientar o paciente quanto ao tratamento: a que horas e como tomar o medicamento, horário da tomada do medicamento em relação ao horário das refeições, tratamentos não medicamentosos, cuidados gerais.
- Deve integrar a equipe multiprofissional de atenção à saúde, discutindo alternativas terapêuticas
- Não incentivar o uso prolongado do medicamento (apenas em casos específicos como tratamento de epilepsia) devido ao alto risco de dependência e tolerância.
- Deve acompanhar os resultados do tratamento.
C- Antiepiléticos:
· Definição: 
Um antiepilético (também chamado de anticonvulsivante, estabilizante de humor ou antiepilético) é uma classe de fármacos utilizados para a prevenção e tratamento das crises convulsivas e epiléticas, neuralgias e também no tratamento de transtorno de humor, como transtorno bipolar e ciclotimia. 
	Medicamentos
	Indicação 
	Mecanismo de ação
	Efeitos colaterais
	Contraindicação
	Clonazepam
	Crises de ausência atípicas na síndrome de Lennox-Gastaut, crises atônicas e mioclônicas, espasmos epilépticos e, possivelmente, crises de ausência refratárias à etossuximida.
	Eesses efeitos podem ser mediados principalmente pela inibição pós-sináptica mediada pelo GABA.
	São tontura, ataxia, alterações comportamentais, e a tolerância parcial ou completa a efeitos benéficos é comum (em geral após 1 a 6 meses); reações graves são raras.
	História de hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a qualquer dos componentes da fórmula; Insuficiência respiratória grave; Insuficiência hepática grave; Glaucoma agudo de ângulo fechado.
	Fenobarbital
	Para crises tônico-clônicas de início generalizado, crises de início focal, estado epiléptico e crises neonatais.
	O fenobarbital apresenta atividade antiepiléptica, limitando a expansão das descargas anômalas pelo cérebro e elevando o limiar de disparo. Seu mecanismo de ação é desconhecido, porém pode envolver os efeitos inibitórios dos neurônios mediados pelo ácido y-amino-butírico (GABA). As doses necessárias para a ação antiepiléptica são menores do que as que causam pronunciada depressão do SNC.
	São sonolência, nistagmo, ataxia e, em crianças, dificuldades de aprendizagem e hiperatividade paradoxal. Os efeitos adversos idiossincráticos incluem anemia e exantema.
	Porfiria; Hipersensibilidade conhecida aos barbitúricos; Insuficiência respiratória severa; Insuficiência hepática e renal graves; Uso de saquinavir, daclatasvir, dasabuvir, paritaprevir, ombitasvir, ledipasvir e sofosbuvir.
	Benzodiazepínicos
	Usado para crises associadas à abstinência alcoólica, transtorno de pânico, manejos da ansiedade e agitação aguda. 
	Exercem sua ação ao ligarem-se ao receptor denominado GABA (ácido gama-aminobutírico), que é um complexo proteico mediador da principal atividade inibidora neural. Ao ligarem-se a este receptor, eumentam sua afinidade pelo neuritransmissor GABA, levando ao aumento da frequencia de abertura do canal de íons. Gerando hiperpolarização da membrana plasmática neuronal, diminuindo sua capacidade de excitação. 
	Diminuição da atividade psicomotora, prejuízo da memória, tonteira, zumbido, excitação, agressividade e desinibição.
	 Para pacientes portadores de glaucoma; Miastenia grave; Pacientes alérgicos aos benzodiazepínicos; Na lactação; Pacientes que estejam em tratamento com medicamentos com ação depressora do Sistema Nervoso Central (hipnóticos, barbitúricos, anticonvulsivantes, antidepressivos, anti-histamínicos e analgésicos opióides), ou que ingeriram bebidas alcoólicas; Crianças com deficiência mental (autismo e distúrbios paranóicos), pois os benzodiazepínicos podem acentuar as reações paroxísticas (excitações, hiperatividade, histeria, etc.); O uso concomitante com a eritromicina, o dissulfiram e com os contraceptivos orais pode prolongar a duração da ação do benzodiazepínico.
	Carbamazepina
	Para crises de início focal, crises tônico-clônicas de início generalizado e crises mistas, mas não para crise de ausência, mioclônicas ou atônicas.
	A carbamazepina reduz a propagação de impulsos anômalos no cérebro através do bloqueio de canais de sódio, inibindo assim a geração de potenciais de ação repetitivos no foco epiléptico.
	São diplopia, tontura, nistagmo, distúrbios gastrointestinais, disartria, letargia, leucopenia (3.000 a 4.000/mcL) e exantema grave (em 5%). Os efeitos adversos idiossincráticos incluem granulocitopenia, trombocitopenia, toxicidade hepática, anemia aplástica.
	Pessoas possuem o alelo HLA-B*1502, em particular os asiáticos, o risco de exantema grave. Quando a contagem de leucócito diminui rapidamente. 
	Fenitoína
	Para estado epiléptico, que engloba as crises tônico-clônicas, crises focais com comprometimento da consciência, prevenção de crises secundárias a traumatismo craniano e estado epiléptico convulsivo.
	A fenitoína estabiliza a membrana neuronal para a despolarização por diminuir o fluxo do íon sódio nos neurônios no estado de repouso ou durante a despolarização. Também reduz o influxo de íons cálcio durante a despolarização e suprime o disparo repetitivo dos neurônios.
	São ataxia, tontura, sonolência, cefaleia, prurido e parestesia.
	O produto está contra-indicado à pacientes com história de hipersensibilidade à fenitoína ou a outras hidantoínas. A fenitoína não está indicada no tratamento das crises de ausência (pequeno mal), no tratamento de convulsões por hipoglicemia ou por outras causas metabólicas.
	Valproato sódico / ácido valpróico
	Para crises de ausência (típicas e atípicas), crises de início focal, crises tônico-clônicas, crises mioclônicas, crises mioclônicas juvenis, espasmos epilépticos e crises neonatais ou febris.
	O ácido valpróico diminui a propagação da descarga elétrica anômala no cérebro. Ele pode potenciar a ação do GABA nas sinapses inibitórias. O ácido valpróico é o mais efetivo agente disponível para o tratamento das crises mioclônicas. Ele diminui as crises de ausência, porém é de segunda escolha em razão de seu potencial hepatotóxico. O ácido valpróico reduz a incidência e severidade das crises tônico-clônicas.
	Náuseas e vômitos, intolerância gastrointestinal, ganho ponderal, alopecia reversível (em 5%), torpor transitório, neutropenia transitória e tremor. Raramente, ocorre necrose hepática fatal.  Riscos de defeitos do tubo neural.
	Paciente que apresenta disfunção hepática. 
	Topiramato
	Para crises de início focal em pacientes ≥ 2 anos de idade, para crises de ausência atípicas e como monoterapia de 2ª linha ou como tratamento adjuvante das crises tônico-clônicas primariamente generalizadas.
	Possui múltiplos mecanismos de ação: bloqueio dos canais de sódio, potencialização da inibição GABA-mediada com atuação sobre receptores GABA, redução da atividade excitatória do glutamato através de sua ação sobre o receptor AMPA/cainato, inibição dos canais de cálcio de alta voltagem e inibição da anidrase carbônica que, em última análise, reduz a hiperexcitabilidade neuronal, responsável por sua ação antiepiléptica de amplo espectro para uma variedade de crises e síndromes epilépticas e na profilaxia da migrâna.
	Diminuição da concentração, parestesias, fadiga, disfunção da fala, confusão, anorexia, perda ponderal, redução da sudorese, acidose metabólica nefrolitíase (em 1 a 5%) e psicose (em 1%).
	Hipersensibilidade ao topiramato ou a qualquer componente da fórmula do produto. Não deve ser administrado durante a gravidez.
	Gabapentina
	Como tratamento adjuvante das crises de início focal em parciais em pacientes com 3 a 12 anos de idade e como adjuvante para crises de início focal com ou sem crises tônico-clônicas focal-para-bilateral em pacientes com ≥ 12 anos de idade.
	Ainda é pouco conhecido a medicação.
	São sonolência, tonturas, ganho ponderal e cefaleia e, em pacientes com 3 a 12 anos de idade, sonolência, comportamento agressivo, labilidade de humor e hiperatividade.
	Gabapentina é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade à gabapentina ou a outros componentes da fórmula. Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
	Lamotrigina
	Como tratamento adjuvante das crises de início focal em pacientes ≥ 2 anos de idade, crises de início generalizado na síndrome de Lennox-Gastaut e crises tônico-clônicas de início generalizado. Em pacientes ≥ 16 anos de idade, como monoterapia de reposição para crises tônico-clônicas de início focal ou focal para bilateral, depois do uso concomitante de um anticonvulsivante indutor enzimático ou quando o valproato é interrompido.
	Aumenta por anticonvulsivantes indutores enzimáticos e diminui com fármacos inibidores enzimáticos (p. ex., valproato). O valproato inibe enzimas hepáticas de amplo espectro. A lamotrigina pode ter um efeito sinérgico especial quando utilizada com valproato.
	São cefaleia, tontura, torpor, insônia, fadiga, náuseas, vômito, diplopia, ataxia, tremor, alterações menstruais, exantema, podendo exacerbar as convulsões mioclônicas em adultos.
	Em indivíduos com hipersensibilidadea lamotrigina ou a qualquer outro componente da formulação. Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
	Levetiracetam
	Como tratamento adjuvante das crises de início focal em pacientes com ≥ 4 anos de idade, crises tônico-clônicas de início generalizado em pacientes > 6 anos, crises mioclônicas em pacientes com > 12 anos de idade e epilepsia mioclônica juvenil.
	Ainda não esteja totalmente esclarecido, pensa-se que interfere com uma proteína denominada proteína 2A da vesícula sináptica, que é encontrada nos intervalos existentes entre os nervos e está envolvida na libertação de mensageiros químicos pelas células nervosas. Este processo parece ajudar a estabilizar a atividade eléctrica no cérebro e a prevenir as crises epilépticas.
	São fadiga, fraqueza, ataxia, alterações de humor e comportamentais.
	Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a outros derivados da pirrolidona ou a qualquer um dos excipientes.
	Oxcarbazepina
	Para crises de início focal em pacientes com 4 a 16 anos de idade como tratamento adjuvante e para crises de início focal em adultos.
	MHD (mono-hidroxi derivado) seja baseado principalmente no bloqueio de canais de sódio voltagem-dependentes, resultando então na estabilização de membranas neurais hiperexcitadas, inibição da descarga neuronal repetitiva e diminuição da propagação de impulsos sinápticos.
	São fadiga, náuseas, dor abdominal, cefaleia, tontura, sonolência, leucopenia, diplopia e hiponatremia (em 2,5%).
	É alérgico (hipersensível) à oxcarbazepina (substância ativa deste medicamento) ou eslicarbazepina (outra substância ativa relacionada à oxcarbazepina) ou a qualquer outro componente da formulação deste medicamento.
	
	Orientações de enfermagem:
- Orientar o paciente quanto ao seu tratamento como, o horário da tomada do medicamento em relação ao horário das refeições;
- Orientar quanto a possíveis interações com outros medicamentos, com álcool, com alimentos, quanto ao risco de suspender o medicamento;
- Orientações sobre efeitos adversos;
- Orientações sobre o efeito do medicamento: objetivo do uso, início do efeito, o porquê da duração do tratamento.
D- Antidepressivos: 
· Definição: 
Antidepressivos são fármacos para tratar transtornos depressivos, mas também são utilizados para tratar diversas outras doenças, como transtornos de ansiedade, transtornos alimentares, distúrbios do sono, disfunção sexual, dor crônica, adicção e mal de Parkinson.
	Medicamentos
	Indicação
	Mecanismo de ação
	Efeitos colaterais
	Contra indicação
	Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs)
Citalopram
Escitalopram
Fluoxetina
Fluvoxamina
Paroxetina
Sertralina
Vilazodona
	 Tais fármacos inibem a recaptação da serotonina (5-hidroxitriptamina [5-HT]). Os ISRS têm margem terapêutica ampla; eles são relativamente simples de administrar, com pouca necessidade de ajustes de dose (exceto para fluvoxamina).
	Ao prevenir a recaptação pré-sináptica de 5-HT, os ISRS resultam em mais 5-HT para estimular os receptores 5-HT pós-sinápticos. Os ISRS são seletivos para o sistema 5-HT, mas inespecíficos para diferentes receptores 5-HT. Estimulam os receptores 5-HT1 com efeitos ansiolíticos e antidepressivos, mas também estimulam os receptores 5-HT2.
	Ansiedade, insônia e disfunção sexual, e os receptores 5HT3, quase sempre resultando em náuseas e cefaleia. Podem parecer mais agitados, deprimidos e ansiosos uma semana após iniciar ou aumentar a dose dos ISRSs.
	Inibição do metabolismo de certos betabloqueadores, resultando potencialmente, em hipotensão e bradicardia.
	Moduladores da serotonina (bloqueadores de 5-HT²)
Trazodona Mirtazapina
	Para antidepressivos e ansiolíticos.
	Esses fármacos primariamente bloqueiam o receptor 5-HT2 e inibem a recaptação de 5-HT e noradrenalina.
	Hipotensão ortostática, interação mínima com o metabolismo de fármacos por enzimas hepáticas.
	Não foi encontrado.
	Inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina 
Desvenlafaxina
Duloxetina
Levomilnaciprano
Venlafaxina
Vortioxetina
	Utilizado para tratamento de depressão.
	Têm um mecanismo de ação dual em 5-HT e noradrenalina, assim como os antidepressivos tricíclicos.
	Gastrintestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia), psiquiátricos (agitação, ansiedade, insônia, ciclagem para mania, nervosismo), alterações do sono, fadiga, efeitos neurológicos (tremores, efeitos extrapiramidais), perda ou ganho de peso, disfunções sexuais, reações dermatológicas..
	Não é indicado para mulheres grávidas. 
	Inibidor de recaptação de dopamina e noradrenalina
Bupropiona 
	Auxiliar no transtorno de deficit de atenção/hiperatividade ou dependência de cocaína e aqueles tentando abandonar o tabagismo.
	Por mecanismos não claramente compreendidos, esses fármacos influenciam de modo favorável as funções noradrenérgica, dopaminérgica e catecolaminérgica e não influenciam o sistema 5-HT.
	Pode causar hipertensão em alguns pacientes, produzir convulsões em 0,4%, risco maior em paciente com bulimia.
	Não foi encontrado.
	Antidepressivo heterocíclicos 
Amitriptilina
Amoxapina
Clomipramina
Desipramina
Doxepina
Imipramina
Maprotilina
Nortriptilina
Protriptilina
Trimipramina
	Importantes opções no tratamento de episódios depressivos.
	Aumentam, de forma, primária a disponibilidade de noradrenalina e, em alguma extensão, de 5-HT pelo bloqueio da recaptação na fenda sináptica. A administração crônica causa regulação para baixo de receptores alfa-1-adrenérgicos na membrana pós-sináptica — uma possível via final comum de sua atividade antidepressiva.
	Anticolinérgicos (bloqueio muscarínico), Cardiovasculares (aumento da frequência cardíaca), Neurológica (tremores, estado confusional) Metabólicos e endócrinos, Reação cutâneas (urticarias, exatemas), Gastrintestinais.
	Para o tratamento de idosos e pacientes com hipertrofia prostática benigna, glaucoma ou constipação intestinal crônica.
	Orientação de enfermagem:
- Orientar o paciente quanto ao seu tratamento como, o horário da tomada do medicamento em relação ao horário das refeições;
- Orientar quanto a possíveis interações com outros medicamentos, com álcool, com alimentos, quanto ao risco de suspender o medicamento;
- Orientações sobre efeitos adversos;
- Orientações sobre o efeito do medicamento: objetivo do uso, início do efeito, o porquê da duração do tratamento.
E- Anestésicos:
· Definição: 
Anestesia geral é definida como uma técnica utilizada para promover inconsciência completa, abolição da dor (analgesia/anestesia) e relaxamento do paciente, permitindo a realização de intervenção cirúrgica. Pode ser alcançada por meio de agentes inalatórios e/ou endovenosos. É usada em casos de Eletroconvulsoterapia, o objetivo da anestesia durante a realização da ECT é induzir no paciente um breve período de amnésia que se sobreponha ao período da ação da estimulação elétrica e ao efeito do relaxante muscular.
Os anestésicos utilizados para a prática de ECT são por via intravenosa, sendo o metoexital e o propofol os de primeira escolha, por terem meia-vida curta e serem menos cardiotóxicos. O methoexital se mostra mais vantajoso quanto a menor redução do tempo de convulsão, porém o propofol é o agente com menor cardiotoxicidade. 
	
Principais Anestésicos usados em caso de Eletroconvulsoterapia
	 Medicamento
	Indicação e contra-indicação.
	Mecanismo de ação.
	Efeitos colaterais
	
Metoexital 
	
Indicação: Metoexital é indicado para utilização como um anestésico intravenoso.
Também tem sido utilizada para induzir a sedação profunda.
Contra-indicações: Hipersensibilidade ao metoexital
Porfiria doença do sangue ou são incapazes de receber anestesia
Se estiver a timar oxibato de sódio (GHB)
	
Metoexital liga-se a um local de ligação distinto associado com um Cl - ionopore no receptor GABA A, aumentando a duração de tempo durante o qual o Cl - ionopore é aberta.
O efeito inibidor pós-sináptica de GABA no tálamo é, por conseguinte, prolongada.
	
Ansiedade; tosse; sonolência; rubor; dor de cabeça; soluços; comichão; espasmos musculares; náusea;dor no local de injecção; inquietação; salivação; dor de barriga; inchaço das veias; vómitos.
Reações alérgicas graves (rash, urticária, dificuldade em respirar; sensação de aperto no peito, inchaço da boca, face, lábios ou língua); ardor ou inchaço no local da injecção; delírio; batimento cardíaco rápido; respiração interrompida; convulsões; espasmos da garganta.
	
Propofol
	
Indicação: Propofol é indicado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos. Isto significa que propofol faz com que o paciente fique inconsciente ou sedado durante operações cirúrgicas ou outros procedimentos.
Propofol pode também ser usado para a sedação de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva.
Propofol pode também ser usado para sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico.
Contra-indicações: 
-Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula;
-Sedação em crianças menores de 3 anos de idade com infecção grave do trato respiratório, recebendo tratamento intensivo;
-Sedação de crianças de todas as idades com difteria ou epiglotite recebendo tratamento intensivo.
	
Produzir efeito sedativo e anestésico pela modulação positiva da função inibitória do neurotransmissor GABA através do receptor GABAA ativado por ligante.
	
Dor local em indução, Hipotensão; Ruborização em crianças; Bradicardia; Apneia transitória durante a indução; Náusea e vômito durante a fase de recuperação; eto.
	
Assistência de Enfermagem:
1. Orientar o paciente e tirar todas suas dúvidas em relação ao procedimento.
2. Investigar se o paciente possui alguma contraindicação ou alergia aos anestésicos. 
3. Acompanhar o paciente na preparação para o procedimento de Eletroconvulsoterapia.
4. Auxiliar o paciente após o procedimento.
F- Estabilizadores do Humor: 
· Definição:
São substâncias utilizadas para a manutenção da estabilidade do humor, não sendo essencialmente antidepressivas nem sedativas. Reconhecem-se três substâncias principais, capazes de desempenhar tal papel: o Lítio, a Carbamazepina e o Ácido Valpróico, mais recentemente outras substâncias foram destinadas a esse fim, como o Divalproato de Sódio, Oxcarbazepinas,Topiramato, Lamotrigina. Evidentemente essa lista tende a aumentar progressivamente, de acordo com as novas pesquisas psicofarmacológicas. 
A indicação exclusiva para Estabilizadores do Humor são os Transtornos Afetivos Bipolares e os Episódios de Mania (Euforia) ou de Hipomania. O tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar sem estes Estabilizadores do Humor se complica devido ao fato dos antidepressivos estarem sujeitos à desencadear crises de euforia, assim como os sedativos terem probabilidade de desencadear a depressão. Desta forma, tanto o Carbonato de Lítio, quanto a Carbamazepina são utilizados sempre como coadjuvantes quase indispensáveis do tratamento.
	
Principais Estabilizadores de Humor
	Medicamento
	Indicação e contra-indicação.
	Mecanismo de ação.
	Efeitos colaterais
	
Lítio (Carbolitium )
	
Indicação: Utilizado no tratamento e na profilaxia de episódios agudos, tanto maníacos como depressivos do transtorno do humor bipolar.
Contra-indicações: Para cicladores rápidos, pacientes
com insuficiência renal, disfunção do nódulo sinusal, arritmias ventriculares
graves, e com insuficiência cardíaca congestiva, abuso de drogas, alergia a lítio, não dve ser usado na gestação.
	
Interfere nos sistemas intracelulares de segundos mensageiros. Ele inibiria vários passos do metabolismo do inositol trifosfato (IP3), e da fosfoquinase, interferindo na transdução de sinais, na transcrição e na expressão gênica, através da síntese de novas proteínas.
	
Acne, aumento do apetite, edema, fezes amolecidas, ganho de peso, gosto metálico, leucocitose, náuseas, polidipsia, poliúria, tremores finos. É importante destacar que o lítio tem uma faixa de níveis séricos terapêuticos bastante estreita, podendo facilmente atingir níveis tóxicos
	
Ácido valpróico, divalproato
	
Indicação: é um anticonvulsivante utilizado na epilepsia: crises de ausência simples ou complexas, e em outros tipos. Pode ser de liberação gástrica (ácido valpróico) ou entérica (divalproato), que é melhor tolerada. É tão eficaz quanto o lítio no tratamento da mania e mais eficaz em cicladores rápidos e mania disfórica. Preferido em quadros maníacos de pacientes com traumatismo craniano, e em bipolares refratários ao lítio e/ou carbamazepina.
Contra-indicações: Deve ser evitado em pacientes que apresentam insuficiência hepática, hepatite, hipersensibilidade à droga e durante a gravidez.
	
Ataxia, aumento do apetite, ganho de peso, desatenção, fadiga, náuseas sonolência, sedação, diminuição dos reflexos, tremores, tonturas.
	
Atua tanto na mania quanto na epilepsia através de diversos mecanismos que teriam como efeito um aumento da atividade gabaérgica cerebral (inibitória): inibiria o catabolismo do GABA, aumentando sua liberação, diminuindo seu turnover, e aumentando a densidade de receptores GABA B
	
Carbamazepina
	
INDICAÇÃO: utilizada em pacientes não-responsivos ao lítio, ou que não o toleram, e na mania não clássica. Potencialização do efeito do lítio quando a resposta é parcial, e em quadros de agressividade ou descontrole dos impulsos.
CONTRA-INDICAÇÃO:
pacientes com doença hepática, trombocitopenia, ou em pacientes que estejam usando clozapina (pode agravar problemas hematológicos).
	
Estimula a formação da pregnenolona, um esteróide neuroativo, que atuaria em tais receptores. Atuaria ainda sobre a noradrenalina e o GABA (diminui o turnover do GABA), e sobre receptores glutamatérgicos do tipo NMDA.
	
Ataxia, diplopia, dor epigástrica, toxicicidade hepática, náuseas, prurido, rash cutâneo, sedação, sonolência, tonturas.
	
Assistência de Enfermagem:
1. Proporcionar e auxiliar em terapias em grupo, além de dar orientações psquicoeducacionais.
2. Estar atendo a sinais de possível pensamento suicida, e tomar as medidas necessárias.
3. Manter os medicamentos na dose certa e no horário prescrito.
4. Evitar demostrar sinais de preconceito que possa gerar o abandono do tratamento. 
G- Psicoanalépticos
	ANTIDEPRESSIVOS
	PSICOESTIMULANTES
	NEUROPSICOTRÓPICOS
	- Também conhecidos como timoalépticos, psicoanalépticos, estimulantes do humor e eutímicos.
- São geralmente sintéticas, atuam sobre o humor, alivia a depressão manifestada clinicamente por tristeza, apatia, ansiedade ou mascarada por um sintoma físico.
- Sua ação terapêutica tem um período de latência de uma a três semanas. O tratamento é iniciado em baixas doses para se observar as reações individuais do paciente ao medicamento. A dose é aumentada, gradativamente, até se conseguir o efeito terapêutico ótimo, com o mínimo de reações desagradáveis ao paciente.
- Os antidepressivos tricíclicos e policíclicos bloqueiam a captura de noradrenalina e serotonina para o interior do neurônio. O tratamento prolongado leva a alterações em receptores específicos do sistema nervoso central (SNC). 
- Os fármacos importantes neste grupo são a imipramina, a amitriplina, a desipramina (um derivado desmetilado da imipramina), a nortriptilina, a protriptilina, e a doxapina.
- MECANISMO DE AÇÃO: Os ADTs inibem a recaptura neuronal de noradrenalina e serotonina para o interior das terminações nervosas pré-sinápticas. Em bloqueando o principal mecanismo de remoção de neurotransmissor, os ADTs levam a concentrações aumentadas de monoaminas na fenda sináptica, o que resulta em efeitos antidepressivos.
- Os ADTs também bloqueiam receptores serotoninérgicos, a-adrenérgicos, histaminérgicos e muscarínicos. Não se sabe qual, ou se algum, dentre eles, é responsável pelo benefício terapêutico.
Os ADTs melhoram o humor, reforçam o alerta mental, aumentam a atividade física e reduzem a preocupação mórbida em 50 a 70% dos indivíduos com depressão psíquica. A instalação da melhora do humor é lenta, requerendo 2 semanas ou mais. Estes fármacos não produzem estimulação do SNC ou melhora do humor em indivíduos não-deprimidos.
-UTILIZAÇÃO TERAPÊUTICA: Os antidepressivos tricíclicos são eficazes no tratamento da depressão psíquica severa. Os derivados da dibenzazepina não têm ação ansiolítica e, quando esta é necessária, associa-se a eles uma droga tranqüilizante. Os derivados dibenzociclo-heptadieno (amitriptilina e nortriptilina) têm ação antidepressiva associada a uma ação ansiolítica e apresentam efeitos secundários semelhantes aos da imipramina porém, em menor intensidade. São mais utilizados no tratamento das depressões neuróticas.
- REAÇÕES ADVERSAS: Estas drogas também apresentam efeitos colaterais e, em altas doses, podem provocar convulsões. Os efeitos secundários mais comumente observados são: sialosquese, obstipação, oliguria (que pode chegar à retenção urinaria), edema, insônia, taquicardia, tremores finos de extremidades, hipotensão e hipertensão que, quando ocorre, é uma complicação grave.
- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: Quando o paciente é tratado com drogas antidepressivas, a atenção da enfermeira deverá estar voltada para o risco da tentativa de suicídio porque o efeito da droga sobre a inibição motora é mais rápido do que o seu efeito anti-depressivo. O comportamento do paciente deve ser observado porque à fase de depressão pode se seguir de uma agitação quando então, o tratamento deverá ser modificado. No início do tratamento, podem aparecer tontura e hipotensão ortostática, quando deve ser oferecida proteção ao paciente durante a deambulação e, se necessário, deverá ficar acamado. O paciente e familiares deverão ser orientados no sentido de que o tratamento é prolongado, e que os seus efeitos desejados surgem somente após uma ou três semanas de tratamento. Deve-se explicar-lhes sobre a necessidade da manutenção do tratamento mesmo após a remissão dos sintomas. 
	- São drogas lucidentes, despertantes, antifadiga e psicoenergéticas. Estimulam a psicomotricidade, vigília e secundariamente o humor. Na realidade não provocam uma eliminação da necessidade de sono e repouso, eles apenas adiam essas necessidades e, passado o seu efeito, aparecem fadiga intensa e depressão. São medicamentos que atuam no sistema nervoso central. Exemplo de drogas psicoestimulantes: dextroanfetamina, metilfenidato, carbonato de lítio, permoline, L-Dopa, amantidina, bromocriptina, pergilide e selergilina.
- MECANISMO DE AÇÃO: O mecanismo de ação central dos psicoestimulantes não é totalmente conhecido. Acredita-se que a dextroanfetamina aumente as atividades das catecolaminas no sistema nervoso central (SNC), sobretudo pelo aumento da disponibilidade de noradrenalina e dopamina na fenda senáptica. O metilfenidato tem uma estrutura química semelhante à da dextroanfetamina sendo que o seu efeito parece ser predominantemente dopaminérgico. Os psicoestimulantes na farmacocinética são em sua maioria administrados via oral, sendo rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal. Atravessam rapidamente a barreira hemato encefálica, sendo eliminado do corpo em 24 horas. 
- UTILIZAÇÃO TERAPÊUTICA: O metilfenidato é o psicoestimulante mais popular na América do Norte, sendo o único disponível no Brasil até o momento. O início de ação se dá 30 a 60 minutos após a ingestão, sendo o pico plasmático atingido após 1,5 a 2,5 horas. A meia-vida plasmática varia entre 2 a 4 horas, sendo a droga inteiramente metabolizada após 12 a 24 horas. Nos EUA a dextroanfetamina é usada em 4 a 6% do total de pessoas em uso de psicoestimulantes. Tradicionalmente é o único recomendado para crianças entre 3 e 6 anos (FISCHER, 1998). Deve ser usado com cautela em indivíduos com doença cardiovascular, hipertiroidismo, glaucoma e a agitação anfetamina atinge o seu pico máximo de concentração plasmática em crianças cerca de 2 a 3 horas após a ingestão, tendo uma meia-vida plasmática em torno de 4 a 6 horas. O carbonato de litio é o sal mais usado para tratamento psiquiátrico. O tratamento com este sal deve ser iniciado com cautela por ser altamente tóxico. Por isso, deve-se fazer a dosagem periódica do litio plasmático do paciente em tratamento. Segundo KALINOWSKY (1972), a concentração de litio no soro é um indicador do efeito do litio e esta não deve ser inferior a 0,6 mEq/1 nem superior a 1,6 mEq/1. O permoline é o estimulante que tem meia-vida mais longa, no entanto, a meia-vida é menor entre crianças (7 a 8 horas) do que entre adultos (11 a 13 horas), (SALLE ET AL., 1985). O pico plasmático se dá 2 a 4 horas após a ingestão. Cerca de 50 a 75% da droga é excretada nas primeiras 24 horas pela urina. Os efeitos comportamentais se iniciam após 2 horas, durando até 7 horas após a ingestão (PELHAN ET AL., 1995). Dentre os agonistas catecolaminérgicos não euforizantes encontra-se L-Dopa, amantidina, bromocriptina, pergilide e selergilina. Essas drogas estimulam receptores pós-sinápticos, enquanto que os psicoestimulantes aumentam a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. A levodopa (L- Dopa) é um agonista dopaminérgico clássico cuja ação ocorre, preferencialmente em nível pós-sináptico, precisamente D1 e D2. Promovem uma melhora do déficit de atenção em indivíduos com DAH, repercutindo numa melhora cognitiva e comportamental, sobretudo da capacidade de concentração (FISCHER, 1998). Os efeitos colaterais mais comuns são discinesia, episódios de bradicinesia, distúrbios psiquiátricos, mal-estar gastrointestinal e hipotensão ortostática (ZASLER, 1992). A amantadina tem uma ação pré-sináptica e possivelmente também pós-sináptica. Promove efeitos benéficos na função cognitiva e redução da agitação em pacientes com DAH com melhora na velocidade de processamento das informações, na tenacidade e autocontrole (COWELL; COHEN, 1995). Promove melhora de atenção também em pessoas com lesão cerebral (WROBLEWSKI; GLENN, 1994).
- REAÇÕES ADVERSAS: Metilfenidato: Os efeitos colaterais dessa droga são poucos, sendo a diminuição do apetite o mais importante. Pode também reduzir o limiar de convulsão. Não existem efeitos colaterais decorrentes do uso prolongado do Metilfenidato (WEISS, 1996). Dextroanfetamina: Os efeitos no comportamento se iniciam 30 a 60 minutos após a ingestão, sendo o pico após 1 a 2 horas, dissipando-se em 4 a 6 horas (DULCAN, 1990). Os efeitos no comportamento se iniciam 30 a 60 minutos após a ingestão, sendo o pico após 1 a 2 horas, dissipando-se em 4 a 6 horas (DULCAN, 1990). Carbonato de lítio: Os efeitos colaterais mais comuns são: náusea, vômito, anorexia, tremor, fibrilação muscular, sonolência, ataxia, diarreia, cefaleia, sede, poliúria e tontura. Podem ocorrer acidentes mais graves como dificuldade respiratória, hipertonia muscular, disartria, obnubilação da consciência, coma e morte. Permoline: Os efeitos colaterais são transitórios, como perda de peso, insônia, dor de estômago e náusea (WENDER, 1995). Pode diminuir o limiar convulsivógeno e causar disfunção hepática, o que faz com que seja a terceira opção entre os psicoestimulantes. L-Dopa, amantidina, bromocriptina, pergilide e selergilina: Os efeitos colaterais mais frequentes são edema periférico, hipotensão ortostática, rash cutâneo e descoloração da pele. Pode baixar o limiar convulsivo e provocar alucinações, sobretudo em idosos.
- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: Na assistência ao paciente a enfermeira deve considerar os aspectos físicos e psíquicos. Deve-se ressaltar, no preparo psíquico, as qualidades positivas da droga e a necessidade do tratamento. A enfermeira só conseguirá transmitir isto ao paciente por meio de interação terapêutica na qual valer-se-á de técnicas de comunicação terapêutica, levando-o a confiar no tratamento. Antes de iniciar a ministração do medicamento prescrito e durante o período de tratamento, a enfermeira deverá verificar os sinais vitais do paciente. Se nestes houver alterações significativas a enfermeira não deverá ministrar o medicamento antes de uma avaliação mais acurada das condições do paciente, feita junto com o médico responsável pelo mesmo. A verificação do peso do paciente deve ser feita semanalmente porque em geral os psicotrópicos provocam alteraçõesponderais. Devido aos efeitos colaterais, deve-se oferecer líquidos ao paciente e observar as suas eliminações urinaria e fecal. A medida que forem surgindo os efeitos colaterais, é que se deve orientar o paciente quanto aos mesmos. As queixas do paciente nunca devem ser ignoradas pois estas podem indicar o início de uma complicação grave. Os pacientes que fazem tratamento por drogas psicotrópicas, deverão abster-se do uso de álcool, até mesmo socialmente, porque poderá ocorrer uma potencialização recíproca dessas drogas.
	Comumente usados na neurologia para AVC, TCE, ETC.) 
H- Psicominéticos 
	- Os fármacos psicomiméticos (também denominados fármacos psicodélicos ou alucinógenos) afetam o pensamento, a percepção e o humor, sem causar acentuada estimulação psicomotora ou depressão (Nichols, 2004). Pensamentos e percepções tendem a se tornar distorcidos e oníricos, em lugar de ser simplesmente mais aguçados ou vagos, e a mudança de humor, da mesma forma, é mais complexa que a simples mudança na direção da euforia ou da depressão. O importante é que os psicomiméticos não causam dependência, embora seus efeitos psicológicos se sobreponham aos dos principais psicoestimulantes fortemente promotores de hábito, como a cocaína e as anfetaminas.
- Os fármacos psicomiméticos incluem os seguintes: fármacos que atuam sobre os transportadores ou receptores de 5-hidroxitriptamina (5-HT). Esses incluem a dietilamida do ácido lisérgico (LSD), a psilocibina e a mescalina, que são agonistas nos receptores 5-HT2 e a MDMA (ecstasy), que atua principalmente por inibição da captura de 5-HT. A MDMA também atua sobre muitos outros receptores e transportadores e tem os efeitos psicoestimulantes poderosos e típicos das anfetaminas, bem como efeitos psicomiméticos. A cetamina e a fenciclidina são antagonistas nos receptores de glutamato do tipo NMDA. O Δ 9 -tetra-hidrocanabinol, ingrediente ativo da cannabis, produz mistura de efeitos psicomiméticos e depressivos semelhantes, porém menos pronunciados que aqueles produzidos pelo LSD. A salvinorina A é agonista dos receptores κ-opioides.
- MECANISMO DE AÇÃO: Os principais efeitos desses fármacos se dão sobre a função mental, mais notavelmente a alteração da percepção, de tal modo que imagens e sons pareçam distorcidos e fantásticos. Ocorrem alucinações – visuais, auditivas, táteis ou olfativas – e as modalidades sensitivas podem ficar confusas, de modo que os sons sejam percebidos como visões. Os processos de pensamento tendem a ficar ilógicos e desconectados, mas os indivíduos têm o discernimento de que seu distúrbio é induzido pelo fármaco e, em geral, acham a experiência hilariante. Ocasionalmente, em especial se o usuário já está ansioso, o LSD produz uma síndrome extremamente perturbadora (a “viagem ruim”), na qual a experiência alucinatória assume qualidade ameaçadora e pode ser acompanhada de delírios paranoicos. Foram relatados flashbacks da experiência alucinatória semanas ou meses mais tarde.
- UTILIZAÇÃO TERAPÊUTICA E REAÇÕES ADVERSAS: Os principais tipos são: – dietilamida do ácido lisérgico (LSD), psilocibina e mescalina – metilenodioximetanfetamina (MDMA, ecstasy) – cetamina e fenciclidina. Seu principal efeito é causar distorção sensitiva e experiências alucinógenas. O LSD é excepcionalmente potente, produzindo sensação de dissociação duradoura e distúrbio do pensamento, algumas vezes com alucinações e delírios assustadores que podem levar à violência. Os episódios alucinantes podem retornar depois de longo intervalo. O LSD e a fenciclidina precipitam crises esquizofrênicas em pacientes suscetíveis, e o LSD pode causar alterações psicopatológicas duradouras. O LSD parece atuar como agonista nos receptores de 5-HT2A. MDMA é um análogo da anfetamina que tem efeitos psicoestimulantes potentes, bem como efeitos psicomiméticos moderados. A MDMA pode causar reação hipertérmica aguda, bem como hiper-hidratação e hiponatremia, por vezes fatais. Os psicomiméticos não causam dependência física e tendem a ser aversivos, em vez de reforçantes, em modelos animais. A cetamina e a fenciclidina atuam boqueando o canal do receptor NMDA ativado por glutamato.
- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: Inicialmente, uma das possibilidades do enfermeiro é tentar sensibilizar os demais profissionais da equipe, especialmente os médicos/prescritores da equipe quanto à importância da avaliação rigorosa durante as prescrições médicas, bem como os farmacêuticos, quando houver, para que na dispensação dos medicamentos prescritos possam fazer um momento de orientação e esclarecimentos quanto ao uso/abuso de substâncias pscicoativas. Outro ponto é orientar os usuários quanto a importância da prática do exercício físicos (Meditação, Ginástica Elaboral, Yoga, Hidroginástica, etc.), que ajudam o sistema nervoso central a trabalhar de forma mais adequada, diminuindo e controlando os sintomas da ansiedade. Importante também encaminhar o usuário de psicotrópicos para realizar terapia em grupo e também o enfermeiro pode implementar projetos com objetivos com troca de experiência que possibilite vivencias entre os usuários que estejam em uso prejudicial de psicotrópicos.

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