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CORTE DE BANCADA EM PEDREIRA USANDO FIO DIAMANTADO NA PROVÍNCIA DO NAMIBE MUNICÍPIO DO VIREI

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SANÇÃO HALAINA MIGUEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUANDA 
LUANDA 
2020 
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA 
 
CORTE DE BANCADA EM PEDREIRA USANDO FIO DIAMANTADO 
NA PROVÍNCIA DO NAMIBE MUNICÍPIO DO VIREI 
 
 
 
 
SANÇÃO HALAINA MIGUEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORTE DE BANCADA EM PEDREIRA USANDO FIO DIAMANTADO 
NA PROVÍNCIA DO NAMIBE MUNICÍPIO DO VIREI 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de fim de curso apresentado ao Instituto 
Superior Politécnico Metropolitano de Angola 
como requisito parcial para conclusão da 
Licenciatura em Geologia e Minas, sob 
orientação do Tutor Prof. MSc.: Fernando 
Afonso Caliki. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUANDA 
 2020 
 
 
 
 
 
SANÇÃO HALAINA MIGUEL 
 
 
 
 
CORTE DE BANCADA EM PEDREIRA USANDO FIO DIAMANTADO 
NA PROVÍNCIA DO NAMIBE MUNICÍPIO DO VIREI 
 
 
 
 
Trabalho de fim de curso apresentado ao Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola 
como requisito parcial para conclusão da Licenciatura em Engenharia de Geologia e Minas, sob 
orientação TutorProf. MSc.: Fernando Afonso Caliki. 
 
 
 
 
 
Aprovado aos: _______/_______/_______ 
 
 
 
 
Coordenação do Curso de Licenciatura em Engenharia de Geologia e Minas 
 
 
Considerações_____________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho de final de curso aos 
meus pais João Agostinho Tchilolola 
Miguel e Beatriz Bendi Katimba Halaina e 
a minha familia em geral. 
V 
 
V 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente agradecer à Deus pai todo poderoso por ter me dado o dom da 
vida. Pela sua graças o Senhor tem feito coisas maravilhosas em minha vida e 
continuara fazendo. 
Aos meus pais João Agostinho Tchilolola Miguel e Beatriz Bendi Katimba 
Halaina pelo amor e todo investimento dado. 
Ao meu estimado orientador Professor MSc. Fernando Calike agradeço o apoio 
e dedicação dado durante o periodo de execução deste trabalho de final de curso. 
Aos meus irmãos Rito, Joaquim, Canica, Crisia, Azenaida, Oliveira, Deolinda, 
Denilson, Josebio, Helena, Hazael. Aos meus primos Telma, Yoraine, Walter, Hilda, 
Hermani, Dunga. Aos meus tio sem especial a minha Tia Elisa Tchilombo pelo apoio 
dado durante o meu crescimento académico. 
A minha amada Yolanda Da Ressurreição Geraldo Tchongolola pelo amor e 
suporte durante essa fase. 
Aos meus professores e colegas que durante essse tempo de formação apoiaram 
e ajudaram para o meu crescimento académico. 
A empresa TCOSTONE Lda, por permitir que fosse realizado um estágio em sua 
pedreira que servio de base para realização deste trabalho de final de curso. E não 
esquecendo também de agradecer a empresa Silva e Silva Mineira pelo suporte técnico 
fornecido durante os dias em que lá estive. 
 Agradeço também às pessoas que não mencionei, mas que passaram na minha 
vida, umas de forma mais curta e outras de forma mais longa, mas que me ajudaram 
com os seus conhecimentos e conselhos. 
 
 
 
 
 
VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
«Porque o silêncio em si é como o son dos 
diamantes que podem cortar tudo?» 
ʼʼJack Kerouacʼʼ 1986. 
VII 
 
VII 
 
 
RESUMO 
O trabalho faz referência ao corte de bancada em pedreira usando fio 
diamantado na província do Namibe município do Virei. O corte é a operação que 
permite a individualização das massas rochosas através da realização de cortes 
horizontais, verticais e obliquos. Para conhecer a operacionalidade de corte de bancada 
em pedreira usando fio diamantado na província do Namibe município do virei foi 
necessário previamente conhecer o dimensionamento das bancadas para se efectuar o 
corte; identificação das técnicas de cortes de bancada na pedreira e verificação da 
operacionalidade dos equipamentos usados para o corte de bancada. Como resultado 
conheceu-se o volume da bancada, as fases de cortes horizontais, verticais e transversais 
que por sua vez obteve-se maior aproveitamento da matéria bem como redução do 
processo de cantonamento. Os impactes ambientais causados pela exploração de Xisto 
quartzito na zona, por consequência do plano de gestão de resíduos obteve-se impactes 
de magnitude média, alta e baixa e reversíves. 
Palavras-chave: Bancadas. Corte. Exploração a Céu Aberto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIII 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The work refers to cutting bench in quarry using diamond wire in the province 
of Namibe municipality of Virei. The cut is an operation that allows the 
individualization of the rock masses by making horizontal, vertical and oblique cuts. the 
benches to make the cut; identification of bench cutting techniques in the quarry and 
verification of the operability of the equipment used for bench cutting. As a result, the 
volume of the bench was known, as phases of horizontal, vertical and transversal cuts, 
which in turn obtained greater use of the material as well as a reduction in the canting 
process. The impacts caused by the exploration of quartzite shale in the area, as a 
consequence of the recovery management plan, obtain medium, high and low and 
reversible impacts. 
Keywords: Benches. Cut. Exploration with Open Sky. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IX 
 
IX 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Fluxograma 1 - Esquemá dos tipos de lavra de rochas ornamentais ............................. 22 
 
Figura 1 - Tipos de desgaste abrasivo ............................................................................ 26 
Figura 2 - Ciclo de corte com fio diamantado ................................................................ 30 
Figura 3 - Dispositivo para inicío e fim de corte. Dispositivo para corte a 90º (em L) 31 
Figura 4 - Dispositivo para corte na horizontal .............................................................. 31 
Figura 5 - Corte horizontal em “L” ................................................................................ 32 
Figura 6 - Execução do corte “cego” .............................................................................. 32 
 
Mapa 1 - Localização geográfica da área de estudo província do Namibe município do 
virei ................................................................................................................................. 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 
 
LISTA DE FOTOGRAFIAS 
Fotografia 1 - Equipamento de corte ............................................................................. 29 
Fotografia 2 - Vias de acesso da área de estudo ............................................................. 37 
Fotografia 3 - Vegetação da área de estudo .................................................................... 38 
Fotografia 4 - Área de exploração .................................................................................. 40 
Fotografia 5 - Tecnólogias de corte ................................................................................ 41 
Fotografia 6 - Pasagem do cabo diamantado entre os furos ........................................... 42 
Fotografia 7 - Utilização roldanas condutoras para direcionar o fio sobre o volume de 
rocha ............................................................................................................................... 43 
Fotografia 8. Tombamento da Prancha........................................................................... 43 
Fotografia 9 - Prepação dos blocos................................................................................. 44 
Fotografia 10- Canteiramento ........................................................................................ 44 
Fotografia 11 - Pá-carregadeira ...................................................................................... 45 
Fotografia 12 - Pátio de estocagem ................................................................................ 45 
Fotografia 13 - Zona de depósitos de rejeitos ................................................................ 46 
XI 
 
XI 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
AIA - Avaliação de impacte ambiental 
EN - Estrada Nacional 
FMI – Fundo Monetario Internacional 
IMETRO - Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola 
INE – Instituto Nacional de Estatistica 
MSc – Master of Science 
PIB - Produto Interno Bruto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XII 
 
 
 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
Mpa - Amperes 
º - Graus 
ºC - Grau Celsios 
km - Kilometros 
km² - Kilometros Quadrados 
< - Maior 
m²/h - Metros Quadrados por Horas 
m²/h - Metros Quadrados por Horas 
m – Metros 
> - Menor 
mm - Milimetros 
Nº - Número 
% - Percentagem 
” - Polegadas 
Ra - Rugosidade média 
XIX – Século Dezanove 
 
 
 
 
 
 
XIII 
 
XIII 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 15 
I. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 20 
1.1 - ASPECTO HISTÓRICO DA MINERAÇÃO ............................................... 20 
1.1.1 - Mineração .................................................................................................... 20 
1.1.2 - Tipos de mineração ...................................................................................... 21 
1.2 - LAVRA DE ROCHAS ORNAMENTAIS ......................................................... 22 
1.2.1 –Técnicas de corte .......................................................................................... 22 
1.2.2 - Teoria do corte com fio diamantado ................................................................ 25 
1.3 - TÉCNICA DO CORTE COM FIO DIAMANTADO ........................................ 27 
1.3.1 – Constituíção e tipos de fio diamantado ....................................................... 27 
1.4 - EQUIPAMENTO DE CORTE ........................................................................... 29 
1.4.1 – Cortes realizados ......................................................................................... 30 
1.5 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CORTE COM FIO DIAMANTADO
 .................................................................................................................................... 33 
1.6 - IMPACTE AMBIENTAL GERADO PELA EXPLORAÇÃO EM LAVRAS . 34 
1.3.1 - Enquadramento legal ................................................................................... 34 
II – ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO E GEOLOGICO ................................ 36 
2.1- GEOGRAFIA DA PROVÍNCIA DO NAMIBE, MUNICÍPIO DO VIREI ....... 36 
2.2 - Clima e vegetação ............................................................................................... 37 
2.3- GEOLOGIA REGIONAL E LOCAL ................................................................. 38 
2.3.1 - Geomorfologia e Hidrografia ....................................................................... 39 
III. LEVANTAMENTO DE CAMPO ........................................................................ 40 
3.1- TRABALHO DE CAMPO .................................................................................. 40 
3.1.1 – Tecnologia de corte utilizada na Pedreira Paraiso ...................................... 41 
3.1.2 - Prepação dos blocos ..................................................................................... 44 
3.1.3 - Canteiramento .............................................................................................. 44 
3.1.4 - Estocagem .................................................................................................... 45 
3.2 – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ........................................................................ 46 
3.2.1 – Zona de depósitos de rejeitos ...................................................................... 46 
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 49 
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................... 50 
XIV 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................... 51 
 
 
 
 
 
15 
 
INTRODUÇÃO 
 O homem faz uso das rochas desde os primórdios da história. Com o passar do tempo 
o seu uso foi se tornando mais específico e a partir disso cada tipo de rocha começou a ter um 
valor e uma aplicação diferenciada em função das suas características. 
As rochas ornamentais pela sua aplicabilidade e beleza vêm desde o início do século 
XIX sendo utilizada. Porém, a partir dos anos 70 a utilização se tornou mais difundida devido 
ao avanço tecnológico nas frentes de lavra, serrarias e marmorarias. Com a evolução 
tecnológica de extração e beneficiamento desses tipos de rochas aumentou também o interesse 
dos produtores na descoberta de novas áreas de exploração crescendo a variedade de rochas 
do surgimento de novos padrões, cores e características mantendo o mercado sempre aquecido 
e diversificado. 
Atendendo á este desenvolvimento tecnologico e metodologico, o nosso país não ficou 
para trás, no que diz respeito a exploração de rochas ornamentais, implementando várias 
tecnicas de corte como o corte de fio diamantado. 
A área das rochas ornamentais é de revestimento importante e constitui uma das mais 
promissoras no sector mineral, com uma taxa média anual de crescimento da produção 
mundial superior a 6% ao ano, nos últimos 20 anos. Constituem um produto com elevado 
interesse à escala mundial não só devido às suas propriedades naturais (estéticas e estruturais) 
mas sobretudo pela diversidade de aplicações e podem ser divididas em 4 grupos principais: 
arquitetura e construção (os grupos com maior relevância), revestimento de elementos 
urbanos, arte e decoração. 
Em África e particularmente no nosso pais, as diferentes lavras de mineração 
ornamentais que existem não fogem a regra da exploração, no que tange com as tecinas e 
metodos mais sufisticados utilizando as melhores praticas tecnologicas. Com isto o sector tem 
desenvolvido a produção mineral em um número satisfactorio de crescimento positivo. 
 Desenvolvimentos tecnológicos recentes do tratamento da pedra, desde a pedreira ao 
acabamento final, preveum elevado investimento em novos equipamentos e apontam para a 
necessidade de conduzir investigação aplicável ao domínio. As tecnologias de corte, têm sido 
alvo de grande atenção principalmente por parte das várias indústrias de exploração e 
transformação de rochas naturais. Parece evidente contudo existir necessidade de melhor 
 
 
16 
 
caracterização dos novos processos de corte, em particular do corte por fio diamantado. Esta 
técnica é caracterizada por permitir uma grande diversidade de operações de corte que lhe 
confere elevada versatilidade, apresentando elevadas taxa e velocidade de corte, permitindo a 
obtenção de uma espessura média de corte reduzida, com baixo desperdício de matéria-prima 
e um traçado de corte muito regular de que resulta um excelente acabamento superficial. Os 
equipamentos utilizados por esta tecnologia apresentam um reduzido custo de manutenção, 
permitem realizar multicorte e por controlo numérico fica possibilitada a obtenção de 
geometrias tridimensionais, quer diretamente por orientação da direção do fio de corte, quer 
pela utilização de cabeças de corte com ferramentas convencionais. O corte por fio 
diamantadoé conseguido por abrasão entre a pedra e a ferramenta, constituída por pérolas 
diamantadas montadas num cabo de aço, o qual é arrastado e orientado por meio de um 
sistema adequado de polias. 
O fio diamantado é a tecnologia de corte de rocha ornamental mais difundida no 
mundo atualmente. Com base nesse aspecto, viu-se a necessidade de realizar um estudo 
acadêmico aturado e atualizado, baseado tanto na teoria quanto na prática junto á empresa, 
sobre a utilização do fio diamantado na extração de granitos comerciais no país. 
O sector da construção e em particular da exploração de rochas ornamentais presta 
uma contribuição muito importante para a economia doméstica, e tem aumentado de forma 
estável a sua quota no PIB de 3.5% em 2003 para uns estimados 8.9% em 2012. O sector foi 
fortemente atingido pelos pagamentos públicos em atraso em 2009/10 mas o financiamento 
prestado através do acordo de crédito contingente do FMI, combinado com a recuperação dos 
preços do petróleo, permitiu o acerto de todos os pagamentos públicos no final de 2011. Os 
enormes investimentos na reabilitação e expansão de habitação, estradas, linhas ferroviárias, 
portos e aeroportos estão a transformar as infra-estruturas do país e a exercer um efeito 
positivo no rendimento do sector de exploração de rochas ornamentais, visto que de um tempo 
atrás por exemplo a cidade do Lubango vem a utilizar estes recursos na recualificação e 
construção da cidade em alguns pontos. 
Não obstante, o fornecimento de electricidade é ainda um problema sério, tanto para as 
famílias como para as empresas. Apesar dos investimentos substanciais no sector eléctrico, a 
capacidade produtiva permanece bastante deficiente em relação às necessidades, constituindo 
uma das maiores barreiras à expansão e diversificação da actividade do sector. Estima-se que 
dois terços das empresas angolanas depende dos seus próprios geradores, facto que encarece 
 
17 
 
drasticamente os custos de produção. Custos de produção altos afectam a competitividade das 
empresas angolanas e atrasam o desenvolvimento da indústria local, apesar do nosso país 
possuir uma das melhores qualidades de rochas ornamentais. 
PROBLEMA 
Devido aos específicos problemas constatados na pedreira “Paraíso”. Gera a seguinte 
pergunta de partida: 
Quais os procedimentos a efectuar no corte de bancadas em minas de exploração de 
rochas ornamentais usando o fio diamantado? 
 
OBJECTIVOS: 
Objectivo Geral 
 Estudar os principais parâmetros envolvidos no corte com o uso do fio diamantado. 
Objectivo Especifico 
 Identificar as técnicas de como é feita os cortes de bancada em pedreira; 
 Verificar a operacionalidade dos equipamentos usados para o corte de bancada; 
 Conhecer o dimensionamento e o volume das bancadas para se efectuar o corte. 
HIPÓTESE 
a) Conhecendo os procedimentos utilizados no corte de bancadas fazendo-se recurso 
ao fio diamantado, poderá evidenciar maior ou menor aproveitamento da rocha ornamental 
durante a exploração; 
b) Se durante o processo de exploração ou produção, no corte de bancadas usar-se o 
fio diamantado, facilita na operacionalização do mesmo, obtendo-se o desempenho produtivo 
da mina; 
JUSTIFICATIVA 
O presente trabalho justifica-se partirticularmente por ter um teor técnico-cientifico na 
exploração ou na aplicação do fio dimantado como um dos equipamentos de corte mais 
utilizados na construção civil particularmente na exploração de rochas ornamentais. Ainda 
 
 
18 
 
assim assiste-se hoje à evolução das várias técnicas ou métodos e tecnologias de corte de 
pedra. Não obstante as mesmas, na utilização em jazida se torna um impasse aos 
investigadores quando não é aplicada da melhor forma o proceder de um corte do ponto de 
vista do melhoramento da eficácia do processo de corte em bancada. 
Em geral existem dois ou mais tipos de técnicas que tecnicamente se aplicam ao tipo 
de lavra que se deve utilizar em uma jazida. Nestes casos, a melhor escolha deve ser aquela 
que apresenta o melhor resultado econômico. Assim, os resultados desta pesquisa trazem um 
comparativo entre as principais técnicas de corte e proporcionam o desenvolvimento de 
parametros para um melhor planejamento do plano de corte. 
A exploração de rochas granítica tem gerado inúmeras consequências devastadoras ao 
meio ambiente, a saúde segurança de bem estar da população, as actividades sociais e 
econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos 
mineiras. 
METODOLOGIA 
Quanto a abordagem da pesquisa para a realização do presente trabalho de final de 
curso, foi usada a a pesquisa qualitativa-descritiva, sobre a utilização do fio diamantado na 
mineração de rochas ornamentais a fim de se obter um referencial teórico sobre o processo de 
extração com a utilização desta tecnologia, bem como avaliação quantitava das técnicas do 
funcionamento da Mina. 
Com a finalidade de se obter um conhecimento prático da utilização do fio 
diamantado, foi realizado um estágio de 84 horas, durante o período de uma semana, na 
Empresa Mineração Paraíso, Comércio e Exportação Ltda., em Virei, Namibe e visita a uma 
outra empresa transformadora do granito, mármore e calcário Silva & Silva Mineira Lda. 
Com o estágio e a visita foi possível o desenvolvimento de trabalhos práticos, através 
do acompanhamento do ciclo operacional, para os cortes realizados com esta tecnologia. 
Quanto ao método de investigação usou-se o dedutivo. 
Quanto a classificação da pesquisa foi realizado segundo seus objectivos em que a 
pesquisa pode ser exploratório, descritiva e explicativa. 
 
 
 
19 
 
Durante o processo de investigação para o cumprimento do objectivo principal do 
trabalho terá o seguinte caracter: 
 Pesquisa Bibliográfica; 
 Trabalho de Campo; 
 Trabalho de Gabinete. 
Pesquisa Bibliográfica - Nesta etapa, levantou-se todas as informações que enunciam 
teórias que sustentam o estudo como teses, dissertações, cartas geológicas. Isto porque é 
necessário que se faça esse levantamento de modo, a saber tudo quanto já foi publicado sobre 
o tema, o que já foi feito de modo a termos uma base sólida para a pesquisa. 
Trabalho de Campo - Para esta etapa, fez-se o levantamento da área de recolha de 
dados por meio de entrevista ou questionario, conhecimento das principais técnicas de corte 
do material rochoso. 
Trabalho de Gabinete - Permitiu-nos interpretar processar os dados e informações 
relevantes, levantados durante a pesquisa Bibliográfica e de Campo. O trabalho de gabinete 
foi executado nas dependências da IMETRO. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
I. REFERENCIAL TEÓRICO 
1.1 - ASPECTO HISTÓRICO DA MINERAÇÃO 
Os primeiros mineiros, datam provavelmente de 300 000 anos a.c. e ocupavam-se 
sobretudo da obentenção de sílex e cherte para a fabricação, obtenção de utensílios e armas de 
pedras. As suas pedreiras e cortes levaram a criação da primeira galeria e mais tarde de poços 
e finalmente as primeiras explorações subterrânia durante o neolítico, que para (Tommsi, 
1993) “marcas da actividade mineral neolítico são ainda visiveis até hoje na região de 
Norfolk, Inglaterra”. 
Surpreendentemente, algumas destas minas subterrâneas, escavadas em giz no sul da 
Inglaterra e norte da França atingiam os 90 metros de profundidade. A partir daí a 
humanidade passou a dirigir a sua atenção também para os minérios, inicialmente os metais 
eram apenas apreciados como pedras ornamentais. 
Por volta de 40 000 anos a.c. era extraída hematite, na actual Suazilândia, para 
utilização em pinturas rituais. Em “alguns povoados de Jericó, no Oriente Médio, datados de 
9000 anos a.c., (Barreto M. L., 2011). 
1.1.1 - Mineração 
A mineração é um termo que abrange os processos, actividades e indústrias cujo 
objectivo é a extração de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas minerais. 
Podem incluir-se aqui a exploração de petróleo e gás naturale até de água. Como 
actividade indústrial, a mineração é indispensável para a manutenção do nível de vida e 
avanço das sociedades modernas, desde os metais às cerâmicas e ao betão, dos combustíveis 
aos plásticos, equipamentos eléctricos e electronicos, cablagens, computadores, cosméticos, 
passando pelas estradas e outras vias de comunicação e muitos outros productos e materias 
que se utiliza na indústria ou que se desfruta todos os dias, tudo têm origem na actividade da 
mineração. 
Pode-se dizer sem dúvidas que sem a mineração a civilização moderna, da qual se 
conhece hoje, pura e simplesmente não existiria. 
 
 
21 
 
1.1.2 - Tipos de mineração 
Os tipos de mineração referem-se as técnicas utilizadas ao longo da extração do 
mineiro. Essa técnica são chamadas de (lavras), e as lavras são escolhidas segundo as 
caracteristicas do local selecionado para realização da actividade mineradora, bem como 
forma da profundidade da jazida (Maior, 2013). 
Existem deversos tipos de lavra e em uma unica lavra podem ser utilizadas mais de um 
tipo de metodo. Os dois principais tipos de lavra são: 
 A lavra a céu aberto - Consiste em extrair o minério que se encontra em depósito de 
menor profundidade. É aplicavel nos depósitos rasos ou espessos que ocorrem na superfície. 
Em função da profundidade, quando a relação estéril/minério aumenta, não sendo mais 
econômico continuar a lavra a céu aberto, pode ser justificado o aproveitamento do minério 
remanescente por métodos subterrâneos. 
 Lavra subterrânea - Consiste na exploração de mineiro que se encontra em depósito 
de maior profundidade. É aplicável para depósitos que ocorrem em profundidade, em rochas 
duras ou brandas bem consolidadas. Na lavra subtêrranea o corpo mineralizado precisa ser 
muito bem delimitado e as suas caracteristicas precisam ser bem definidas por sondagens 
ambientais. 
Ilustração 1 - A) Exploração a ceu aberto; B) Exploração subterranea 
 
Fonte: (Instituto minere, 2019). 
A escolha dos métodos de lavra, além de levar em conta as características da área a ser 
explorada, como profundidade e aspectos geológicos, considera também os aspectos sociais, 
econômicos e ambientais (Maior, 2013). 
 
 
22 
 
1.2 - LAVRA DE ROCHAS ORNAMENTAIS 
Os métodos de lavra definem a sequência espacial e temporal de operações unitarias e 
ciclos de trabalho para o aproveitamento de uma jazida. A escolha do tipo de lavra é em 
função da morfologia dos afloramentos, do volume da reserva, do seu estado de fraturamento, 
da localização geográfica da área e das características intrínsecas do material objecto da 
exploração (Regadas, 2006). 
O fluxegrama 1. Representa, de forma esquemática, os tipos de lavas usados para 
rochas ornamentais. 
Fluxograma 1 - Esquemá dos tipos de lavra de rochas ornamentais 
 
Fonte: (Regadas, 2006) – adaptado por Autor, 2020. 
1.2.1 –Técnicas de corte 
O desenvolvimento tecnológico do sector aprimorou as alternativas operacionais dos 
métodos de lavra, permitindo que estes fossem optimizados. As tecnologias denominadas 
tradicionais, podem ser divididas em dois grupos principais: as (cíclicas e as de corte 
contínuo), incluindo neste segundo grupo as tecnologias modernas de corte (Regadas, 2006). 
 Cíclicas - Os cortes necessários para isolar um volume de rocha são realizados 
através da sucessão de diversas operações, algumas parcialmente ou totalmente sobrepostas, 
que vão constituir as fases de um ciclo. Estas tecnologias baseiam-se, principalmente, na 
técnica de perfuração, e são caracterizadas por uma grande versatilidade e poder de adaptação 
em situações de actividades extrativas. Está dividida em diversas partes: 
 
23 
 
 Corte por meio de perfuração e explosivos - Utilização de explosivos carregados 
em furos dispostos próximos entre si; 
 Perfuração contínua - Execução de furos justapostos de modo a se obtenha um 
plano de ruptura contínuo ou intercalado por diafragmas suficientemente sutis permitam sua 
completa separação; 
Ilustração 2 - A) Corte por meio de perfuração e explosivos. B) Perfuração contínu 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (Enaex-Britanite, 2012). 
 Divisão mecânica por meio de cunhas - Utiliza os dispositivos com cunhas, 
responsáveis pelas operações de subdivisão da rocha; 
 Divisão por intermédio de agentes expansivos – O expansivo e aplicado 
diretamente sobre os blocos ou na separação de grandes massas rochosa. 
Ilustração 3 - A) Divisão mecânica por meio de cunhas. B) Divisão por intermédio de agentes expansivos 
 
Fonte: A) CPRM, 2013. B) Cimepe, 2016. 
A B 
A B 
 
 
24 
 
 Corte contínuo - As tecnologias de corte contínuo constituem-se basicamente 
operações efetuadas sem o uso predominante da perfuração e explosivo, principalmente na 
lavra de rochas de origem carbonatadas (mármores). Esta tecnica de corte de rochas em lavras 
reparte-se em: 
 Fio helicoidal – São cabos de aço torcidos em forma de hélice que corre por cima 
de roldanas em circuito fechado, tensionado contra a superfície rochosa sercortada. 
 Jet-flame (maçarico) – O corte é realizado através de uma lança contendo na sua 
extremidade um maçarico que provoca uma chama de temperatura na ordem de 1.500ºC. 
Ilustração 4 - A) Esquema ilustrativo da utilização da técnica de corte por fio helicoidal. B) Jet-Flame 
 
Fonte: A) Regadas, 2006. B) Menezes 2005. 
 Cortador a corrente - É constituído essencialmente por um “braço” sobre o qual 
desliza uma corrente dentada que gira na periferia do mesmo e direciona o corte. 
Ilustração 5 - Cortador a corrente 
 
Fonte: (Regadas, 2006). 
A B 
 
25 
 
 Modernas técnicas de corte - Segundo (CICCU, 1989), as novas tecnologias de 
corte introduzidas, em nível industrial, nas pedreiras são as baseadas no uso de elementos 
diamantados (fio e correntes diamantadas) e aquelas que utilizam jatos d’água a grande 
velocidade (sem ou com abrasivos). Divisões das técnicas modernas de corte: 
 Cortador a corrente diamantada - São dentes de metal são substituídos por peças 
diamantadas, um em “braço” sobre o qual desliza uma corrente dentada que gira na periferia 
do mesmo e direciona o corte. 
 Jato de água (waterjet) - O corte é realizado por um ou mais jatos de água, gerados 
a alta pressão, que podem atingir a casa dos 400MPa. 
 Fio diamantado - O fio diamantado, é composto por um cabo de aço inox de tipo 
flexível, formado de fios torcidos, com diâmetro interno de 5mm, sobre o qual são colocadas 
pérolas diamantadas, de 11mm de diâmetro, separadas por anéis de borracha e/ou molas 
espaçadoras (DIAMANT-BOART, 2005). 
Ilustração 6 - Fio diamantado 
 
Fonte: (Gushi, 2020). 
1.2.2 - Teoria do corte com fio diamantado 
A Tribologia é um ramo da engenharia mecânica que se dedica ao estudo do desgaste 
de produtos oriundos da interação de elementos submetidos a um determinado tipo de atrito. 
O beneficiamento de rochas ornamentais compreende uma sucessão de etapas de desgaste que 
se inicia na extração dos blocos até o final do polimento das placas. O desgaste, segundo tal 
enfoque, se insere no chamado tribossistema, cujo resultado final retrata a interação entre as 
propriedades intrínsecas da rocha, do abrasivo e das variáveis operacionais do processo 
(Ribeiro, 2005). 
 
 
26 
 
Por se tratar de um tipo específico de desgaste, o corte com fio diamantado, à luz da 
Tribologia, pode ser melhor entendido à medida que é possível estudar tal processo 
considerando um maior número de variáveis que se interagem. Por apresentar o elemento 
cortante fixo na liga metálica, o fio diamantado se enquadra na classificação tribológica, como 
sendo um desgaste do tipo abrasivo a dois corpos (Ribeiro, 2005). 
Figura 1 - Tipos de desgaste abrasivo 
 
Fonte: (ZUM-GAHR, 1987). 
De acordo com trabalhos realizados na área da Ciência dos Materiais, o desgaste 
abrasivo a dois corpos se caracteriza por apresentar um melhor rendimento e uma superfíciemais lisa se comparado ao processo que utiliza abrasivos soltos (abrasão a três corpos). 
Comparado com os abrasivos livres, a rugosidade média (Ra) obtida por processo a dois 
corpos é de 1/5 a 1/10 (TOMITA & H., 1996). 
O desgaste abrasivo pode também ser dividido em relação ao carregamento (tensão) 
em que o sistema apresenta, a saber: 
 Abrasão por riscamento – Conhecido com abrasão em baixas tensões, este tipo se 
dá por contato da superfície com partículas abrasivas, em que, devido à baixa tensão 
envolvida, não ocorre fragmentação do abrasivo. As tensões causadas são devidas, 
principalmente, à velocidade relativa entre os corpos (velocidade de corte). Este é o tipo em 
que melhor se enquadra a abrasão verificada no corte de rocha com fio diamantado; 
 Abrasão por goivamento – Devido às altas tensões envolvidas neste processo, o 
goivamento envolve a remoção de partículas relativamente grosseiras da superfície do corpo. 
Este tipo de desgaste envolve a fragmentação das partículas abrasivas e remoção de grande 
quantidade de material da peça de trabalho (Rabinowicz, 1966). 
 
27 
 
1.3 - TÉCNICA DO CORTE COM FIO DIAMANTADO 
De acordo com (Capuzzi, 1988), o aparecimento e o desenvolvimento do fio 
diamantado decorreram da necessidade de superar as inconveniências técnicas típicas do fio 
helicoidal. Atualmente esta nova técnica já difundida em todo o mundo, continua a ser objeto 
de desenvolvimento e aperfeiçoamento. 
 Atualmente esta nova técnica já difundida em todo o mundo, continua a ser objeto de 
desenvolvimento e aperfeiçoamento. A melhoria desta técnica tem proporcionado maior 
velocidade de corte das rochas, melhor compartimentação do desmonte da rocha, otimização 
dos componentes constituintes do próprio fio diamantado, custo de produção reduzido e 
diminuição da poluição devido aos resíduos gerados são os principais fatores da 
implementação desta técnica no mercado. 
1.3.1 – Constituíção e tipos de fio diamantado 
O fio diamantado é constituído por um cabo de aço galvanizado de 5 mm de diâmetro, 
que funciona como suporte para as pérolas diamantadas, as quais são separadas, ao longo do 
cabo por molas metálicas quando utilizado na extração de blocos de “mármore” ou por 
material plástico ou borracha, quando utilizado para rochas silicatadas (Ilustração 8 - B). 
Geralmente o comprimento do fio diamantado, usado em lavra de rocha granítica, varia de 
50m a 70m. 
Ilustração 7 - Constituíção do Fio diamantado 
 
A – Cabo com molas metálicas. B - Material plástico ou borracha no cabo. Fonte: (Regadas, 2006). 
Normalmente a montagem do fio diamantado é realizada obedecendo a uma 
freqüência de 29 a 35 pérolas/metro, para “mármores” e 39 a 41 pérolas/metro, para 
“granitos”. O diâmetro externo da pérola varia de 10,0mm até 11,5mm e tem comprimento de 
6mm. 
Pérola 
Mola 
A 
Pérola 
Material plástico 
B 
 
 
28 
 
Na fabricação dos fios diamantados existem três tipos bem distintas de revestimento 
do cabo de aço: 
 Fio com Mola; 
 Fio com Plastificação; 
 Fio com Vulcanização (borracha). 
O que define a escolha de um ou de outro tipo de fio é a finalidade em que eles vão ser 
aplicados, isto é, em que campo de aplicação vão ser usados, tipo de rocha (mármores ou 
granitos) e local (pedreiras ou serraria monofio ou multifio). 
Ilustração 8 - A diversidade de fios diamantados existentes no mercado 
 
A) - Fios com molas; B) Fios vulcanizados; C) Fio plastificado. Fonte: (Regadas, 2006). 
De acordo com Crespo (1992), o componente mais importante do fio consiste nas 
pérolas, fabricadas por 2 métodos distintos: (Eletrodepositadas ou sinterizadas). 
 Eletrodepositadas - São constituídas segundo um processo químico, que consiste 
num banho galvânico com um componente de sal de níquel e diamante sintético como 
eletrólito. 
 Sinterização - Consiste em homogeneizar o metal com o diamante sintético, 
fazendo uso de elevadas pressões e temperaturas. A principal diferença entre os dois tipos de 
pérolas é que nas eletrolíticas, a velocidade de corte decresce linearmente com o uso, 
enquanto que as sinterizadas mantém uma velocidade de corte constante, durante a vida da 
pérola. 
 
29 
 
1.4 - EQUIPAMENTO DE CORTE 
Depois da apresentação das variáveis rocha e fio diamantado, será tratada a máquina 
de acionamento e seus acessórios o que representa o terceiro elemento do sistema tribológico 
existente na lavra de rochas ornamentais. 
As máquinas de fio diamantado, utilizadas atualmente em lavra ornamentais, são 
basicamente movidas a eletricidade e apresentam grande robustez, com ótima estabilidade e 
desempenho, mesmo nos cortes de grandes dimensões. Consistem de uma plataforma 
utilizada para abrigar a motorização e o deslocamento da máquina é realizado por meio de um 
sistema cremalheira-pinhão, ou por patins solidários ao chassi, que deslizam sobre os trilhos. 
O seu acionamento é feito à distância, por meio de um painel de comando. De modo geral, o 
volante principal possui diâmetro que varia de 500mm a 1000mm e é posicionado na máquina 
lateralmente aos trilhos, possibilitando ser rotacionado 360º, o que permite a execução de 
cortes verticais paralelos e de levante (corte horizontal). O volante é responsável pelo 
movimento de translação (circular) do fio, cujo tensionamento é feito de maneira controlada, 
por meio do deslocamento para trás da unidade tracionadora. As polias, que servem como 
guia para o fio diamantado, tem um diâmetro de aproximadamente 350mm (Capuzzi, 1988). 
Fotografia 1 - Equipamento de corte 
 
A) Painel de control; Maquina de corte. B) Operdor da maquina de corte. Fonte: (Autor, 2020.) 
Os parâmetros mais importantes que devem ser observados na máquina de corte são a 
(potência e a velocidade periférica linear). 
Máquina 
de corte 
Painel de 
Control 
A B 
 
 
30 
 
1.4.1 – Cortes realizados 
O fio diamantado nos dias de hoje, pode ser utilizado em todas as operações de corte 
numa pedreira, sem dúvida, de forma mais destacada na extração primária de blocos. A figura 
2 representa de uma forma esquemática os processos mais comuns de extração de blocos. 
Inicia-se por realizar furos coplanares 1, 2 e 3 como indicado na figura 2 (a), que permitem a 
passagem do fio diamantado tanto para cortes verticais (laterais) como para os cortes 
horizontais (levante) figura 2 (b). O corte da face posterior da massa rochosa é feito com uso 
de explosivo (cordel e/ou pólvora negra) figura 2 (c). Esse volume desmontado é desdobrado 
em volumes secundários (filões/pranchas) figura 2 (d), que serão tombados e esquadrejados 
em blocos figura 2 (e), (Coelho & Vidal, 2003). 
Figura 2 - Ciclo de corte com fio diamantado 
 
Fonte: (Coelho & Vidal, 2003) 
O corte com fio diamantado tem por princípio básico puxar uma alça formada pelo fio 
diamantado, enlaçada na rocha pelos dois furos que se interceptam, formando um circuito 
fechado, onde através do movimento de translação (circular) do fio e da constante força de 
tração exercida sobre ele, promove-se o desenvolvimento do corte. Em conjunto com a 
máquina do fio diamantado existem alguns acessórios, com os quais se podem obter uma 
maior variedade de cortes, consoante a necessidade da frente de lavra. 
 
31 
 
 O corte vertical - É o mais comumente utilizado devido a sua simplicidade. É 
utilizado para cortes laterais onde o espaço para o movimento da máquina não é problemático 
figura 3 (A). São colocadas ainda duas polias de forma a auxiliar o corte figura 3 (A). 
 Corte vertical em “L” - Por vezes o espaço em pedreira torna-se limitado, devido ao 
número de frentes de lavra e ou acentuada irregularidade do terreno, dessa forma existe a 
necessidade de alguns artifícios. No caso do corte vertical em “L”, a máquina está 
impossibilitada de se movimentar no sentido paralelo ao corte. Desta forma coloca se uma 
torre formada por duas polias na parte superior e duas na parte inferior,formando assim um 
“L” entre a máquina e o corte figura 3 (B), (Coelho & Vidal, 2003). 
Figura 3 - Dispositivo para inicío e fim de corte. Dispositivo para corte a 90º (em L) 
 
Fonte: (Regadas, 2006). 
 Corte horizontal - Também chamado de levante, é o corte efetuado na base do 
maciço. Para a realização deste corte o volante da máquina é rodado para horizontal ficando 
paralelo ao terreno (Figura 4). 
Figura 4 - Dispositivo para corte na horizontal 
 
Fonte: (Regadas, 2006). 
A B 
 
 
32 
 
 Corte horizontal em “L” - O horizontal em “L” é realizado pelos mesmos motivos. 
Neste caso, por se trabalhar no solo, não há necessidade de torre; são colocadas duas polias na 
entrada e na saída dos furos invertendo a direção (figura 5). 
Figura 5 - Corte horizontal em “L” 
 
Fonte: (Regadas, 2006). 
 Corte cego - Até ao momento foram referidos somente cortes na base da bancada 
com furos coplanares, mas por vezes o espaço é diminuto ou inexistente e não é possível a 
execução desses furos. Quando isto acontece surge a necessidade da realização de um corte 
“cego” figura 6 (A). O corte “cego” consiste na realização de dois furos na vertical, onde vão 
ser introduzidas duas torres. Estas torres são constituídas por um tubo que na parte inferior 
contem uma polia de pequena dimensão, que vai estar dentro do furo e na outra extremidade 
uma polia de tamanho normal que ficara fora do furo. O corte contrariamente a todos os 
outros que já foram referidos, inicia de fora para dentro daí o nome de corte “cego” figura 6 
(B). 
Figura 6 - Execução do corte “cego” 
Fonte: (Regadas, 2006). 
A B 
 
33 
 
1.5 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CORTE COM FIO DIAMANTADO 
 (Danesi, 2016) e Caranassios & Pinheiro (2004) concluiram que o emprego da 
tecnologia do fio diamantado permite a organização racional dos trabalhos de lavra, através da 
realização do planejamento da atividade extrativa, otimizando o ciclo de produção da 
pedreira. 
 Vantagens 
 Manutenção da integridade física da rocha, com nenhum tipo de dano à mesma; 
 Espessura média de corte de apenas 10mm, o que é insignificante quando 
comparado a outras tecnologias; 
 Regularidade e excelente acabamento das superfícies cortadas; 
 A partir dos três itens acima, tem-se uma maior qualidade da produção, com 
obtenção de um maior volume comercial de blocos, eliminando-se os tradicionais 
“descontos”; 
 Elevadas velocidades de corte (m²/h), com ganhos de produtividade; Menor custo 
unitário de corte ($/m²), em relação a tecnologias tradicionais de corte; 
 Melhor relação custo-benefício, com comprovada viabilidade econômica; 
 Versatilidade de uso para as mais variadas condições operacionais, permitindo a 
realização dos mais variados tipos de cortes; 
 Atividade silenciosa, com ausência de poeira e vibrações, contribuindo para 
melhoria das condições de trabalho. 
 Desvantagens 
 Largura do corte, na execução do corte com o fio diamantado a largura do corte e 
limitada pelo diametro do fio diamantado que vai de 10-12mm. 
 Ruido, o equipamento de corte e todo processo de corte com fio adiamantado 
produz ruídos ensurndecedor. 
 Tempo de desmonte, de uma prancha pode leva de 1 a 2 dias de corte consute a 
dimemsão do bloco e as frentes de trabalho. 
 
 
 
 
 
34 
 
 1.6 - IMPACTE AMBIENTAL GERADO PELA EXPLORAÇÃO EM LAVRAS 
De modo geral, a mineração causa impacte significativo ao meio ambiente, pois quase 
sempre o desenvolvimento dessa actividade implica supressão de vegetação, exposição do 
solo aos processos erosivos com alterações na quantidade e qualidade dos recursos hídricos 
superficiais e subterrâneos, além de causar poluição do ar, entre outros aspectos negativos. 
1.3.1 - Enquadramento legal 
Lei base do ambiente 
 (Artigo 4º alínea g) - Com base nos princípios gerais previsto no artigo 3.º da presente 
lei devem ser observados os seguintes princípios sobre impactes ambientais e gestão ao 
ambiente: 
1. Princípio de prevenção: Este princípio enuncia a conveniência de evitar as causas 
que provocam uma gestão ambiental inadequada, em lugar de tratar de contrarrestar os efeitos 
perniciosos da mesma; e para consegui-lo, aconselhar e incorporar os critérios ambientais na 
fase mais curta possível da tomada de decisão. A fórmula actualmente mais utilizada consiste 
no requisito de elaborar previamente o início de uma determinada actuação e sua 
correspondente avaliação de impacte ambiental (AIA). 
2. Princípio de equilíbrio: Este princípio diz que a utilização dos recursos naturais 
acarrecta, por um lado, impactos adversos ao ambiente e por outro lado gera impactos 
benéficos a sociedade. Portanto, as consequências positivas e negativas devem ser 
consideradas no planeamento de qualquer atividade que demanda o uso dos recursos naturais 
a fim de atingir o equilíbrio entre os prós e contras da instalação e operação das atividades no 
local. 
3. Princípio de “o que contamina, paga”: Este princípio que também é conhecido como 
princípio de responsabilidade, faz referência aos custos associados aos danos ambientais ou 
aos derivados das medidas necessárias para evitá-los. O princípio contaminador pagador 
(PCP), assegura que estes custos hão-de ser suportados por contaminador e não pelos 
possíveis afectados ou pelo conjunto da sociedade e não deve ser considerado de forma 
inversa como pagador-contaminador, isto é, pagou, então pode contaminar. 
 
35 
 
Da responsabilização - Confere responsabilidade a todos os agentes que como 
resultado das suas acções provoquem prejuízos ao ambiente, degradação, destruição ou 
delapidação de recursos naturais, atribuindo-lhes a obrigatoriedade da recuperação e/ou 
indemnização dos danos causados, sendo para os casos anteriores à publicação da presente lei, 
aplicados o previsto no artigo 18º desta mesma lei; 
Na mesma senda do Direito ao Ambiente, a Constituição da República de Angola no 
seu Art. 39º Números 1, 2 e 3 consagram: 
1. Todos têm direito de viver num ambiente sadio e não poluído, bem como o dever de 
defendê-lo e preservar. 
2. O Estado adopta as medidas necessárias à protecção do ambiente e das espécies da 
flora e da fauna em todo o território nacional, à manutenção do equilíbrio ecológico, à 
correcta localização das actividades económicas e à exploração e utilização racional de todos 
os recursos naturais, no quadro de um desenvolvimento sustentável e do respeito pelos 
direitos das gerações futuras e da preservação das diferentes espécies. 
3. A lei pune os actos que ponham em perigo ou lesem a preservação do ambiente. 
 
 
36 
 
II – ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO E GEOLOGICO 
2.1- GEOGRAFIA DA PROVÍNCIA DO NAMIBE, MUNICÍPIO DO VIREI 
A província do Namibe, hoje com a nova divisão politica e administrativa possui uma 
superficie de 57.091 k𝑚2, com 5 municipios dentre os quais: Moçamedes, Tômbwa, Virei, 
Bibala, Camucuio. A mesma carateriza-se por grandes variedades de ocorrências de minerais 
metálicos e não-metálicos. A provincia possui as seguintes coordenadas geograficas Latitude -
15° 11'' 45'S Longitude 12° 09'' 07'E . 
A área de estudo corresponde ao municipio do Virei pertecente a província do 
Namibe. O município tem cerca de 15.095 K𝑚2 e cerca de 117.233 habitante segundo o (INE, 
2014) . É limitado a norte pelos municípios de Bibala e Humpata (província da Huíla), a leste 
pelos munícios da província da Huíla, Chibia e Chiange, a sul pelos municípios de Curoca 
(província do Cunene) e Tômbwa, e a oeste pelo município de Moçâmedes. 
Mapa 1 - Localização geográfica da área de estudo província do Namibe município do virei 
 
Fonte: (TCOSTONE, 2019). 
2.1.1- Vias de acesso 
O trajecto até área de estudo foi feita pelo estrada nacional (EN) Nº100 no sentido 
Moçamedes à Tombwa, que esta a uma distancia de 10km do entrocamento da estrada 
 
37 
 
nacional Nº290 que interliga o município do Virei. Do entrocamentoaté a pedreira são 75km, 
que infelizmente a estrada não se encontra em bom estado, é necessario que os meios de 
transporte estejam bem equipado pelas dificuldade que as estrada apresentam. 
Fotografia 2 - Vias de acesso da área de estudo 
 
A- Via da estrada nacional (EN) 100; B- Via da estrada Nacional (EN) 290 que acesso a área de estudo. 
Fonte: (Autor, 2020). 
2.2 - Clima e vegetação 
 Segundo a classificação climática, é praticamente todo o território municipal do Virei 
está incluído no clima desértico quente e seco. Apesar do clima desértico, pelo menos no 
litoral municipal a corrente de Benguela modifica esta realidade. A temperatura média da 
cidade do Virei é de 25°C sendo as temperaturas baixas na estação seca e altas na estação do 
cacimbo. Os meses de março e maio são onde ocorrem com maior frequência as chuvas. Já 
junho e julho são os meses mais frios, com eventuais geadas. Os meses mais quentes são 
dezembro, janeiro e fevereiro, onde a variação térmica vai dos 8°C aos 35°C. 
Os dados referentes a vegetação da área de estudo foram compilados através de 
observações de campo, bem como apartir de informações extraídas maioritariamente das 
publicações feitas Minestério do Meio Ambiente de Angola, existem três tipos de vegetação: 
 Estepes sub-costeiras - Com compenentes lenhosos e herbáceos. Esse tipo de vegetação 
é uma formação sub-costeira do tipo africana, dominada pelas espécies Ácácia, Commiphora, 
Colophosphormum, Aristida, Schmidita e Staria. 
A B 
 
 
38 
 
 Estepes costeiras - Correspondem a vegetação semelhante ao sub-deserto. Este tipo de 
vegetação é dominada pelas espécies Aristida, Cissus, Salvadora e Welwitcha. 
 Deserto com dunas em movimento - Este tipo de vegetação é dominado pelas espécies 
Odyssea e Sporobolus. 
Fotografia 3 - Vegetação da área de estudo 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
2.3- GEOLOGIA REGIONAL E LOCAL 
A Província do Namibe é caracterizada por uma grande variedade de ocorrência de 
minerais metálicos e não-metálicos. No maciço ultra-básico do Morro Vermelho ocorrem 
diques carbonaticos e cromites relacionadas com dunitos. No morro vermelho e em rochas 
cristalinas assinala-se, também, a ocorrência de níquel, considerando-se a possibilidade da 
ocorrência de platina. 
Na província do Namibe ocorrem seis dos nove agrupamento geológico do sudoeste de 
Angola. Esses agrupamentos correspondem a (i) granitos, granodioritos, quartzodioritos e 
gnaisses, (ii) à intrusão gabro-anortosítica, (iii) a xisto metamorficos, (iv) a quarzitos e 
calcários, (v) a arenitos e conglomerados, (vi) e a filões de rochas eruptivas básica (Cesar, 
2014). 
As formções que afloram a área de estudo cerca de metade da área de estudo é 
abrangida pelas folhas 355, 356 e 376 da Carta Geológica de Angola na escala 1/100.000 
(IGA, 1972), em que se detecta a ocorrência das seguintes formações: (i) granitos e 
granitóides do complexo xisto-quartzitico, pórfiros e porfiróides e pórfiros de diferentes 
texturas e geralmente avermelhados, (ii) a intrusão básica do Sudeste de Angola (complexo 
gabro-anortosítico, granodioritos, rochas básicas e ultrabásicas), (iii) e complexos de materiais 
 
39 
 
xistosos que incluem quartzo, granito, migmatitos, dioritos e rochas básicas. Dado que a área 
de estudo está apenas parcialmente coberta pela Carta Geológica de Angola, na escala 
1/100.000 (IGA, 1972), o enquadramento espacial da respectiva geologia/litologia em toda a 
sua extensão foi efectuado de acordo com a Folha nº 4 da Carta Geológica de Angola na 
escala 1/1.000.000 (Carvalho, 1982). Segundo este autor, verifica-se a ocorrência na área de 
estudo de formações antigas de rochas eruptivas, sedimentares e metamórficas do Pré-
câmbrico com várias orogenias, sendo as do Mesozóico as mais recentes. 
2.3.1 - Geomorfologia e Hidrografia 
Do ponto de vista geomorfológico, na província do Namibe distribui-se por duas 
grandes unidades geomorfológicas, a Cadeia Marginal de Montanhase a peneplenície que 
também é conhecida como zona de transição. A oriente, a cadeia marginal de montanhas 
estende-se desde o topo do imponente paredão, a Escarpa da Chela, que descai abruptamente 
para ocidente e vai introduzindo desníveis de altitude até 1000m. A peneplaníce corresponde 
a uma vasta aplanação que ocupa mais de 90% da área de estudo e vai descaindo 
gradualmente para poente a partir de cotas da ordem dos 600m até valores à volta de 300m 
(César, 2014). 
Na peneplanicie, descaindo da Escarpa da Chela para o oceano atlântico, sobre as 
formações graniticas destacam-se na paisagem formas de relevos residuais, os montes-ilhas 
ou insebergs que nalguns casos, assumem um aspecto majestoso com topos atingindo 
altitudes semelhantes as do planaltos superiores, como é o caso do Morro Maluco como 
resultado dos processos de pediplanação. 
Quanto a hidrografia da área de estudo, a pedreira está localizada dentro da Bacia do 
Curoca que faz fronteira com a Bacia do Cunene que desagua no Oceano Atlântico na 
fronteira entre Angola e Namíbia. 
O único rio perenal na região é o Rio Cunene, sendo os restantes rios intermitentes. 
Água de superfície é raro. As linhas de rios intermitentes são as veias que sustentam a vida no 
deserto. 
 
 
40 
 
III. LEVANTAMENTO DE CAMPO 
3.1- TRABALHO DE CAMPO 
O trabalho de campo realizou-se na província do Namibe municipio do Virei com o 
propósito de estudar a utilização da tecnologia de corte com fio diamantado na lavra de xisto-
quartzito tropical comerciais, assim foi realizado um estudo de campo junto à empresa com 
objectivo de enteder e abordadar aspectos excenciais ligados ou equipamento de corte, os tipos de 
cortes realizados a dimensão dos blocos cortadas, o tempo de preparação e corte dos blocos e os 
demais parâmetros envolvidos no processo. 
Os trabalhos feito no campo subidiviram-se em duas fases: 
 Observação directa da zona de exploração; 
 Técnica de corte dos blocos. 
Observação directa da zona de exploração (fotografia 4), em que foram identificadas 
técnicas de cortes, dimensionamento dos blocos, carregamento dos blocos para fins comercias e 
também foi feito um questionário de análise para observação do impacte que a utilização desta 
técnica pode gerar a nível dos operadores e ao meio ambiente. 
A técnica de corte dos blocos na pedreira paraiso esta baseada em técnicas modernas 
de corte com o auxicilio de um elemento fundamental o fio diamantado que tem com a 
finalidade de criar desgaste do tipo abrasivo entre dois corpos sólidos. 
Fotografia 4 - Área de exploração 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
 
41 
 
3.1.1 – Tecnologia de corte utilizada na Pedreira Paraiso 
As operações de desmonte e corte, são efectuadas através do uso da tecnologia do fio 
diamantado na Pedreira Paraiso. Esta tecnologia é responsável pelos cortes laterais da 
bancada, assim como o corte horizontal e vertical para que se desenvolva o corte regular de 
levante da bancada a ser isolada. 
Neste etapa torna-se necessário à realização de furos complementares por intermédio 
de uma perfuratriz pneumatica, que irão determinar a superfície a ser cortada, executa-se um 
furo na horizontal de diâmetro de 90 a 140mm, no nível inferior da bancada. Na face da 
bancada, no nível superior executa-se um furo vertical com o mesmo diâmetro, que irá 
encontrar o furo anterior. 
Fotografia 5 - Tecnólogias de corte 
 
 A) Perfuratriz pneumatica; B) Furo Horizontal; C) Furo vertical do topo D) Maquina de Corte. 
Fonte: (Autor, 2020). 
O fio diamantado, ele é composto por um fio de aço de 5mm de diâmetro, sobre o qual 
estão afixadas pérolas diamantadas de aproximadamente 10mm de diâmetro. O comprimento 
do fio diamantado usado na pedreira é de 28 metros e a sua extensão vai de acordo a dimensão do 
material rochoso a ser cortado. O tipo espcifico de fio diamantado usado no corte dos blocos na 
pedreira Paraiso é do tipo (vulcanizado), que é responsável pelo corte darocha. Para o caso do 
A 
Furo Vertical 
C 
Furo Horizonal B 
D 
 
 
42 
 
granito rocha dura com escala de 7 a 8 na escala de Mohs, são usadas 40 pérolas por metro de 
fio. 
Passa-se então o cabo diamantado pelos dois furos (horizontal e vertical). O fio 
diamantado é aplicado pelos furos que em seguida e feito um alça que é esticado e acionada 
por meio de roldanas que são movidas por um mecanismo a mortor (maquina de corte) no 
nível da inferior bancada. 
Antes de unir-mos o fio diamantado a máquina de corte é colocado o prumo apartir do 
topo passando pelo furo vertical até o horizontal que foram executado anteriomente, com prumo 
na saida do furo vertical, o mesmo foi amarrado ao fio diamantado e puxado entre os furos devolta 
até ao topo em seguida o fio desce a base onde e execudo a tecnica de giro, é dado um giro acada 
1m da estenção do fio diamantado esta técnica usada para que quando ele efectuar o corte do 
maciço possa dar volta em torno do seu eixo. Apois esta acção foi feita a união com a ajuada da 
(emenda) que é a maneira mais prática de “fechar” um fio diamantado. Despois de unido é fixado 
na maquina de corte que se encontra na base e posteriormente fica em formato de “o”. 
Fotografia 6 - Pasagem do cabo diamantado entre os furos 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
O fio de corte é tracionado por um motor com roldanas no sistema, o seu acionamento 
é feito à distância por um painel de controle. No início do corte deve ser aplicada uma baixa 
velocidade periférica, que deverá ser aumentada gradativamente à medida que se obtenha o 
arredondamento das cantos do corte. 
Nesta fase inicial de corte, o fluxo de água deve ser maior. o fio diamantado deve 
transportar a quantidade necessária de água para sua refrigeração, ao longo de toda a extensão 
do corte, de maneira a promover, também, a expulsão do material cortado (figura 7). 
 
43 
 
A utilização destas roldanas permite que o corte seja realizado em espaços reduzidos, 
tambem servem para guiar o fio diamantado em um circuito fechado tensionado o fio contra a 
suerfiecie superficeie rochosa a ser cortada. 
Fotografia 7 - Utilização roldanas condutoras para direcionar o fio sobre o volume de rocha 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
Os cortes verticais de fundo também são realizados com a utilização da máquina de fio 
diamantado. Para a execução deste corte, são utilizadas roldanas condutoras para direcionar o 
fio sobre o volume de rocha a ser isolado. 
Na sequência é realizado o tombamento da prancha. Esta operação consiste em causar 
um desequilíbrio na mesma através de macacos hidráulicos, bolsas de ar ou através de 
equipamento mecânica (Pá carregadora), até que esta caia numa "cama" previamente montada 
para amortecer o impacto da sua queda, minimizando a quantidade de fraturas induzidas pelo 
choque. A cama é normalmente construída com material terroso e fragmentos de rocha. 
Fotografia 8. Tombamento da Prancha
 
A) Tombamento com ajuda do equipamento mecânico (Pá carregadeira). B) Prancha na cama. 
Fonte: (Autor, 2020). 
A Tombamento B 
Roldana 
 
 
44 
 
3.1.2 - Prepação dos blocos 
A preparação dos blocos é a próxima etapa e consiste no recorte da prancha já 
tombada, que será subdividida em blocos de dimensões convencionadas pelo mercado 
consumidor. Este trabalho se inicia com a marcação das dimensões dos blocos de forma a ser 
obtido o melhor aproveitamento do volume da bancada considerada. 
Fotografia 9 - Prepação dos blocos 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
3.1.3 - Canteiramento 
Em seguida realiza-se o esquadrejamento dos blocos, onde os blocos terão suas faces 
canteiradas o que consiste em um trabalho rudimentar e manual, onde são retiradas as 
irregularidades nas laterais dos blocos (casqueiros). Este trabalho é realizado com uso de 
talhadeira, marretas e cunhas de aço de maneira tal que antes do carregamento e transporte, as 
laterais do bloco sejam acertadas. 
Fotografia 10 - Canteiramento 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
Prancha 
Marcação para o corte prancha 
 
45 
 
3.1.4 - Estocagem 
Obtidos os blocos, os mesmos não podem permanecer em qualquer local dentro da 
praça de manobras, devendo ser movimentados por pá-carregadeira sobre pneus ou 
empilhadeiras, tombando-se sequencialmente e cuidadosamente até o pátio de estocagem, 
para serem selecionados, medidos, enumerados e marcados. 
 Na figura (11), temos uma empilhadeira realizando o transporte de um bloco da frente 
de lavra para o pátio de estocagem 
Fotografia 11 - Pá-carregadeira 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
No pátio de estocagem, os blocos deverão ser organizados em filas paralelas, 
permitindo não só uma boa vistoria para o comprador, mas também uma fácil movimentação 
para o carregamento.. 
Fotografia 12 - Pátio de estocagem 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
 
 
46 
 
3.2 – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 
3.2.1 – Zona de depósitos de rejeitos 
Para o depósito dos rejeitos provenientes à exploração do Xisto-quartzito tropical, foi 
criada uma zona dentro dos perimetros da concessão, hamenizando os possíveis impactes 
ambientais cauados pela má deposição dos rejeitos. Nesta zona encontram-se apenas rejeitos 
da mesma característica obedecendo o principio da sepração de tipos de resíduos sólidos. Não 
obstante, esta zona criada não oferece perigosidade à diversidade aquática pois não circundam 
linhas de água, rios ou mares. Quanto à fauna, houve desmatação para a exploração, criando 
fragilidaes ao solo face a importância que as mesmas têm diminuindo o efeito splash das 
águas das chuvas. Há uma grande predominância de espécies raras como a Welwitchia 
Mirabilis devendo ser protegida. 
Durante o processo de exploração, faz-se recurso à àguas de cisternas, sem adição de 
quaisquer elementos químicos. O local não apresenta redes de escoamento, sendo que as 
descargas são feitas directamente ao solo. 
Fotografia 13 - Zona de depósitos de rejeitos 
 
Fonte: (Autor, 2020). 
3.2.2 – Impactes ambientais causados 
A fim de se determinar os impactes causados pelas actividades da Pedreira Paraíso, 
fez-se um inquéritos aos trabalhadores e consequentemente a análise técnica dos parâmetros 
observados. 
 
47 
 
Na análise feita, recorreu-se à métodos baseados em avaliação de Check-list, onde por 
sua vez verificou-se a magnitude dos impactes ambientais confrme a tabela seguinte: 
Tabela 1- Avaliação dos Impactes ambientais método de check-list 
Factores ambientais Ordem Meio Natureza Tempo Espaço 
Fauna D B N LP LO 
Flora D B N LP LO 
Poluição do ar I B N LP LO 
Qualidade do solo I B N LP LO 
Valorização económica D A P MP R 
Empregabilidade D A P LP LO 
Escavação I F N LP LO 
Doenças Profissionais I A N LP LO 
D-DIRECTO; I-INDIRECTO; B-BIÓTICO; A-ANTRÓPICO; F-FISICO; 
N-NEGATIVO; P-POSITIVO; LP LONGO PRAZO; MP-MÉDIO PRAZO; 
LO-LOCAL; R-REGIONAL 
Fonte: (Autor, 2020). 
Apois a identificação e obecervação detalhada dos impactos, a partir de um 
diagnóstico ambiental, que deverá contemplar os (meios físico, biológico e socioeconômico) 
pelo metodo chek list facilita imediatamente a compreensão das informações na avalição 
qualitativa dos impactos mais relavantes. 
Pode-se salientar que as alterações da condições normais de funcionamento da 
natureza sem o monitoramente e vigilancia, tenhem causado impactos e são consequência 
exclusiva da atividade econômica, como tambem de toda atividade humana. 
É importante frizar que a pedreira deve adotar medidas para evitar que esses efeitos 
negativos aconteçam ou pelo menos, fazer o possível para minimizá-los. 
 
 
 
 
 
48 
 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
 Para o desmonte das rochas ornamentais na Pedreira Paraíso faz-se uso do fio 
diamantado quanto as técnicas de cortes. Esta técnica de corte usada na pedreira permite 
maior aproveitamento da matéria prima, custo de produção reduzido, velocidade maior de 
corte das rochas e a diminuição da poluição em relação à outros métodos como (as 
tecnologiasde cortes com fio helicoidal) que tem elevado custo abrasivo, lentidão durante o 
corte (3,0 m2/h) mecanização difícil e elevado custo de mão-de-obra. Esta técnica produz 
maior quantidade de poeira aumentando a possibilidade impactes ambientais e menor 
capacidade de aproveitamemto das jazidas. 
 Nos processos consequentes do uso desta tecnologia faz-se também recurso de 
roldanas que permite com que o corte seja realizado em espaços reduzidos, no caso de 
Pedreiras com várias frentes de trabalho essa redução de espaço facilita na produtividade da 
mesma e o corte pode ser feito tanto na vertical como na horizontal. 
 Durante a preparação do bloco e a prancha já tombada, o corte com a técnica em 
questão por si só evidencia a facilidade nos trabalhos de cantoneiramento pois apresenta-se 
com menor irregularidades nas suas laterais definindo-se melhor as dimensões e melhor 
aproveitamento do volume da bancada considerada. 
 Além disso a versatilidade do uso da técnica de corte por fio diamantado torna-se 
uma das formas mais destacadas na extração dos blocos, influenciada pela realização de 
vários tipos cortes podendo ser excutados de forma vertical nas laterais (corte vertical normal 
e em levantes), horizontal (normal e levantes) e corte cego que facilita o corte em zonas com 
maior nível de irregularidades, devido a exigência e condições operacionais. 
 
 
49 
 
CONCLUSÃO 
Respectivamente à toda consulta antecedente que serviu de base para interpretação de 
conceitos e consequentemente à avaliação em campo permitiu enunciar que: 
O equipamento de corte usado na pedreira é da marca Grani Roc98, modelo CBC-MD 
com a potência 55kw, voltage 400v frequência 50Hz fabricado em Março de 2018. 
O corte com fio diamantado, quanto as técnicas de cortes de bancada na pedreira 
estudada são do tipo horizontal, vertical e o transversal com recurso a sonda de perfuração do 
tipo SM85FBC28. 
Quanto a operacionalidade dos equipamentos usados para o corte de bancada é 
funcional, pois com este método aproveita-se melhor o corte dos blocos porque é feito de 
forma perfeita em relação à outros métodos, maior velocidade no corte, menor contaminação 
do ambiente, é ainda operacional em ambientes mais reduzidos e o fio diamantado oferece 
maior resistência abrasiva. 
O corte com fio diamantado na pedreira permite obter menos rugosidade nas 
superfícies da prancha. Por outra o processo de cantonamento é menos rudimentar permitndo 
então a diminuição de mão de obra. 
O corte dos blocos na Pedreira Paraíso são feitos em bancadas com as seguintes 
dimensões: altura máxima=13m, espessura=2m e largura=6m, com o volume de 
rocha=156𝑚3 
Relactivamente aos impactos ambientais causado pela exploração de Xisto quartzito 
na pedreira por consequência do plano de gestão de resido aceitável temos, impacte de 
magnitude media, alta e baixa e revercives. 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
RECOMENDAÇÕES 
O acompanhamento em pedreiras do corte com fio diamantado é um fator importante 
para a constatação de diversas anomalias, recomenda-se para futuras pesquisas que: 
Recomenda-se que se fasa um estudo aprefundado sobre o angolo de corte. 
Sugereri-se que se faça um estudo ambiental detalhado sobre os impactes gerados pelo 
demonte com fio diamantado. 
Recomenda-se que se realize-se um estudos relacionados a avaliação do material 
abrasivo. 
 
 
51 
 
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