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gestao de emergencias e primeiros socorros

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Prévia do material em texto

GESTÃO DE 
EMERGÊNCIAS 
E PRIMEIROS 
SOCORROS
Professora Me. Ludmila Lopes Maciel Bolsoni
Professora Me. Simone Santana Pereira
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; BOLSONI, Ludmila Lopes Maciel; PEREIRA, Simone 
Santana. 
 
 Gestão de Emergências e Primeiros Socorros. Ludmila Lopes 
Maciel Bolsoni; Simone Santana Pereira. 
 Maringá-Pr.: Unicesumar, 2021.
 168 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Gestão. 2. Emergência. 3. Primeiros Socorrros. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-1768-7
CDD - 22 ed. 610
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação
Kátia Coelho
Diretoria de Pós-graduação 
Bruno do Val Jorge
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas
Gerência de de Contratos e Operações
Jislaine Cristina da Silva
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisora de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel 
Coordenador de Conteúdo
Renata Cristina de Souza Chatalov
Designer Educacional 
Hellyery Agda Gonçalves da Silva
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Ellen Jeane da Silva
Qualidade Textual
Ana Caroline de Abreu
Ariane Andrade Fabreti
Ilustração
Marta Kakitani
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal 
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Crian-
do oportunidades e/ou estabelecendo mudanças 
capazes de alcançar um nível de desenvolvimento 
compatível com os desafios que surgem no mundo 
contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógi-
ca e encontram-se integrados à proposta pedagógica, 
contribuindo no processo educacional, complemen-
tando sua formação profissional, desenvolvendo com-
petências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos 
em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no 
mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm 
como principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o 
desenvolvimento da autonomia em busca dos conhe-
cimentos necessários para a sua formação pessoal e 
profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fó-
runs e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma 
equipe de professores e tutores que se encontra dis-
ponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
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Professora Me. Ludmila Lopes Maciel Bolsoni
Mestre em Promoção da Saúde pelo Centro Universitário Cesumar 
(Unicesumar/2014). Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão 
da Educação a Distância-PIGEAD pela Universidade Federal Fluminense 
(UFF/2015). Especialista em Assistência de Enfermagem na UTI Adulto, 
Pediátrica e Cardiológica pela Faculdade Católica Salesiana de Vitória 
(UNISALES/2010). Bacharel em Enfermagem pelo Centro Universitário São 
Camilo - Campus Espírito Santo (CUSC/2007). Docente do curso de Medicina 
nas disciplinas Habilidade Clínicas e Atitudes I e Interação Comunitária 
I e II. Docente do curso de Enfermagem nas disciplinas Enfermagem em 
Saúde do Adulto e Organização do Processo de Trabalho no Unicesumar. 
Experiência nas áreas da Administração, Educação e Educação a Distância, 
Saúde Coletiva, Saúde e Segurança do Trabalho, Saúde da Criança, Saúde do 
Idoso, Assistência de Enfermagem e Epidemiologia. Membro do banco de 
avaliadores do Programa de Residência em Área Profissional da Saúde MEC/
INEP. 
<http://lattes.cnpq.br/0143302513779218>.
Professora Me. Simone Santana Pereira
Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (UEM 
2017). Especialista em Centro Cirúrgico e Central de Materiais e Esterilização 
pela Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (FAFIPA, 
2012). Especialista em Urgência e Emergência pela Pontifícia Universidade 
Católica de Maringá (PUC, 2009). Graduação em Enfermagem pelo Centro 
Universitário de Maringá (Unicesumar, 2006). Atuou como docente no 
curso de Enfermagem no Centro Universitário de Maringá nas disciplinas 
de Práticas Clínicas em Saúde do Adulto e Idosos, Centro Cirúrgico e Estágio 
Supervisionado. Atuou como enfermeira e responsável técnica do Centro de 
Materiais e Esterilização do Unicesumar como enfermeira coordenadora de 
Pesquisa Clínica na Clínica de Endocrinologia e Pesquisa - Clipem. Atualmente, 
é docente do curso de graduação Tecnologia em Segurança do Trabalho 
módulo à distância. Desenvolve trabalhos na área da saúde e enfermagem.
<http://lattes.cnpq.br/7740123029630369>.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a), este material é para você. Diante da busca do conhecimento e apri-
moramento profissional, iniciaremos o nosso módulo na disciplina Gestão de Emergên-
cias e Primeiros Socorros. Enfatizaremos várias áreas de atuação, desde a aprendizagem 
da anatomia e fisiologia descrita até como coordenar, no atendimento primário, um pro-
cedimento em primeiros socorros.
Prestar osprimeiros socorros não significa fazer a respiração artificial e chamar o aten-
dimento de urgência, mas conduzir, de forma calma e precisa, todo o primeiro atendi-
mento e, além disso, estar atento à sua exposição frente ao ambiente e à vítima. Desta 
forma, seguimos uma padronização no primeiro atendimento priorizando a segurança 
do atendente, ambiente e vítima. O processo de gestão do atendimento é de grande 
valia, pois permite um atendimento seguro e eficiente.
Para iniciar este material, a Unidade I está vinculada ao conhecimento da anatomia e da 
fisiologia dos sistemas, contemplando o sistema nervoso, cardiovascular, respiratório e 
musculoesquelético, evidenciando as suas partes e as atribuições de cada sistema. Re-
conheceremos que estão interligados, um dependendo do outro para o funcionamento 
de todo o organismo. 
Para uma conduta eficaz no momento do atendimento, é importante compreender a 
diferença de um socorrista para o atendente, o respaldo legal na lei e a contribuição 
desse atendimento para a vítima, principalmente quando falamos de primeiros socorros 
em ambiente de trabalho, como discutiremos, na sequência, este tema na Unidade II. 
Tendo em vista a grande incidência de acidentes em ambientes de trabalho, evidencia-
remos, nas Unidades III e IV, a necessidade de reconhecer os diferentes acidentes e saber 
como proceder neste acontecimento. Você perceberá que conhecer os sinais e sintomas 
permitirá que o atendimento transcorra de modo seguro e, em todo o momento, o aten-
dente manterá o controle da situação e do local. 
Neste sentido, manter a vítima com vida até o momento da chegada do suporte avan-
çado é o objetivo do atendente. Outro ponto importante é o fato de partirmos na busca 
de explicações sobre as etapas de cada procedimento, levando em consideração o tipo 
de acidente, o manuseio da vítima e a segurança do local. 
Para finalizar, a Unidade V abordará o resgate e o transporte da vítima, sendo este pro-
cedimento primordial para mantê-la com vida e que seja possível a reabilitação efetiva 
após o acidente. Conheceremos a classificação das vítimas, por meio da identificação 
e classificação dos sinais e sintomas, os tipos de transporte, como e quando utilizá-los. 
Além disso, outro tema importante é como proceder no óbito da vítima, seguindo nor-
mas e instruções para preservar a vítima e o local, com segurança, até a chegada do 
profissional competente para executar os procedimentos de investigação e retirada da 
vítima. 
APRESENTAÇÃO
GESTÃO DE EMERGÊNCIAS E PRIMEIROS 
SOCORROS
Conheceremos a notificação do acidente de trabalho mediante o preenchimento da 
Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT), documento este imprescindível para 
a empresa e o profissional acidentado. Por meio dele, será possível, pela legislação, 
contribuir na assistência à vítima e dar respaldo jurídico para a empresa.
Caro(a) aluno(a), esta foi uma breve apresentação do que contemplará o referido 
livro com o intuito de direcionar os seus estudos sobre cada tema que será aborda-
do. Por intermédio da comunicação e da informação, o livro possibilita explorar e 
alinhavar os estudos teóricos para a condução do seu exercício profissional. Então, 
uma excelente leitura! 
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
15 Introdução 
16 Sistema Nervoso 
23 Sistema Cardiovascular 
26 Sistema Respiratório 
29 Sistema Musculoesquelético 
36 Considerações Finais 
43 Referências 
44 Gabarito 
UNIDADE II
PRINCÍPIOS GERAIS DE PRIMEIROS SOCORROS
47 Introdução 
48 Definição de Primeiros Socorros 
55 Aspectos Legais/Biossegurança 
58 Procedimentos Emergenciais em Casos de Primeiros Socorros Individual 
e Coletivo 
63 Considerações Finais 
69 Referências 
70 Gabarito 
SUMÁRIO
10
UNIDADE III
AVALIAÇÃO INICIAL DA VÍTIMA E CONDUTA I
73 Introdução 
74 Parada Cardiorrespiratória 
82 Fraturas e Lesões das Articulações 
85 Queimaduras 
94 Acidentes Causados por Eletricidade 
97 Considerações Finais 
103 Referências 
104 Gabarito 
UNIDADE IV
AVALIAÇÃO INICIAL DA VÍTIMA E CONDUTA II
107 Introdução 
108 Desmaio e Convulsões 
114 Intoxicação e Obstruções de Vias Aéreas 
118 Envenenamento por Animais Peçonhentos 
122 Acidente com Material Perfurocortante 
126 Considerações Finais 
133 Referências 
134 Gabarito 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
RESGATE E TRANSPORTE DE PESSOAS ACIDENTADAS
137 Introdução 
138 Avaliação e Atendimento Local 
140 Locomoção/Remoção da Vítima/Tipos de Transporte 
151 Falecimento 
155 Considerações Finais 
162 Referências 
163 Gabarito 
164 CONCLUSÃO
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Professora Me. Ludmila Lopes Maciel Bolsoni 
Professora Me. Simone Santana Pereira
NOÇÕES DE ANATOMIA E 
FISIOLOGIA APLICADAS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer os sistemas do corpo humano.
 ■ Compreender a fisiologia dos sistemas.
 ■ Entender a importância e a aplicabilidade para área de segurança.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Sistema nervoso
 ■ Sistema cardiovascular
 ■ Sistema respiratório 
 ■ Sistema musculoesquelético
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)!
Iniciaremos as nossas discussões nesta disciplina. Abordaremos alguns aspec-
tos, como a ciência da anatomia humana, que proporciona a compreensão das 
estruturas do corpo; a fisiologia, que corresponde à ciência que estuda as fun-
ções do corpo, ou seja, como cada parte do corpo atua para a organização dos 
sistemas e como cada estrutura está intimamente relacionada, definindo anato-
micamente os sistemas.
Além disso, ao longo desta unidade de aprendizagem, veremos como algumas 
das principais estruturas do corpo exercem uma função e como é a sua aplicabili-
dade em todos os sistemas do corpo humano. Esta máquina complexa e perfeita, 
com interligações entre os sistemas, realiza a sua função como elos para o bom 
desempenho do trabalho em que cada sistema, isto é, funciona como na área 
administrativa. Portanto, é a colaboração dos sistemas para o desenvolvimento 
de metas ao funcionamento adequado e também o planejamento estratégico para 
todas as situações enfrentadas pelo corpo humano.
Por meio da compreensão das diferentes funções dos sistemas e o conhe-
cimento de órgãos importantes e vitais, como coração, pulmão e cérebro, nesta 
unidade, você poderá ampliar o seu conhecimento sobre o corpo humano. 
Também compreenderá que um corpo em situação de risco e/ou perigo apre-
senta alterações significativas em suas funções vitais.
Outro ponto na fisiologia dos sistemas propõe o reconhecimento e a aplica-
ção do seu funcionamento para o desenvolvimento do trabalho físico e mental. 
A estrutura de uma parte do corpo permite a atividade de determinadas funções. 
Como o sistema cardiovascular, que leva, por meio do seu trabalho, oxigênio e 
nutrientes necessários para todos os sistemas; ou o sistema musculoesquelético, 
que proporciona a proteção e a locomoção do ser humano. Esta compreensão é 
imprescindível para a avaliação e a condução na prática do atendimento a uma 
vítima, assim como a prevenção de acidentes.
Então, este é o convite: tenha excelentes leitura e aprendizagem!
Introdução
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NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
Reprodução proibida. A
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SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é o responsável por toda a integração do nosso corpo com 
o meio externo. Além das funções orgânicas que nos mantêm vivos, todos os 
nossos pensamentos, ideias, sentimentos e aprendizados são controlados, inter-
pretados e coordenados pelo sistema nervoso. Além de controlar e coordenar 
as funções de nosso organismo, ele ainda tem a capacidade de captar estímulos 
internos e externos a todo momento, gerando respostas adequadasa cada estí-
mulo diferente (SLEUTJS, 2008).
Para iniciar os nossos estudos, veremos a estrutura do sistema nervoso, res-
ponsável por monitorar e coordenar a atividade dos músculos. A movimentação 
dos órgãos constrói e finaliza estímulos dos sentidos e inicia as ações de um ser 
humano. Um sistema vital para a execução de todo o processo de trabalho de 
todos os outros sistemas. Então, vamos lá!
O estudo da anatomia, para melhor entendimento, é subdividido. 
Conduziremos a aprendizagem do sistema nervoso por meio da neuroanato-
mia, que é caracterizada como o ramo da anatomia que estuda a organização 
anatômica do sistema nervoso, com o objetivo de facilitar a compreensão do 
sistema. Começaremos nas divisões anatômicas do sistema nervoso, o qual é 
dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
Sistema Nervoso
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Na anatomia, o sistema nervoso central é um conjunto 
que constitui o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo 
é a parte mais desenvolvida do corpo humano, cons-
tituído de neurônios e células gliais. As células gliais 
exercem a função de sustentar e proteger os neurônios, 
e estes componentes são utilizados para nutrição. Além 
destas células, outros elementos do sistema nervoso res-
ponsáveis como barreira de proteção são o crânio e a 
coluna vertebral (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
O encéfalo é constituído de hemisfério direito e 
esquerdo, o tálamo, o hipotálamo, o mesencéfalo, a ponte, o cerebelo, o bulbo 
ou a medula oblonga e a medula espinhal. O tronco encefálico é a parte do encé-
falo que fica após a remoção dos hemisférios cerebrais e do cerebelo, os quais são 
envolvidos por membranas protetoras denominadas meninges. Para a nutrição 
e a excreção das células nervosas, as substâncias existentes entre o espaço das 
meninges e as cavidades do encéfalo denominam-se liquor (líquido cérebro-es-
pinhal) (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Figura 1 - Encéfalo (hemisfério direito e esquerdo)
NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
O tálamo é a parte do sistema nervoso central (SNC) a qual se acredita exercer a 
função na regulação dos estados de consciência, de alerta e de atenção, atuando 
no controle das emoções que acompanham a percepção sensorial. O hipotálamo 
tem a sua estrutura compatível com o tamanho de uma ervilha, exercendo a 
função de controlar a temperatura corporal, o apetite e o equilíbrio de água no 
corpo, sendo o principal centro da expressão emocional e do comportamento 
sexual (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
O mesencéfalo está envolvido na recepção e na coordenação de informações, 
além de ser a ponte que liga o córtex cerebral ao cerebelo, constituído de fibras 
nervosas. É outra atividade exercida na composição de centros coordenadores de 
movimentação de todo o corpo e na manutenção da postura corporal correta, no 
equilíbrio e no estado de tensão do corpo (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
O cerebelo é a parte posterior do cérebro e da ponte, ele recebe as informa-
ções de diversas partes do encéfalo sobre a posição das articulações e o grau de 
estiramento dos músculos, assim como informações auditivas e visuais. Tem a 
função de coordenar os movimentos e orientar a postura corporal. Já o bulbo 
contém importantes centros controladores de funções vitais, um exemplo são 
os reguladores dos movimentos respiratórios e dos batimentos cardíacos. Outra 
parte trivial para a condução das informações colhidas dos sistemas do orga-
nismo para o SNC é a medula espinhal, presente no canal existente nos espaços 
ao longo da coluna vertebral (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Sistema Nervoso
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Lobo frontal Lobo parietal
Lobo
occipital
Cerebelo
Lobo temporal
Medula espinhal
Cérebro
Figura 2 - Sistema Nervoso Central
Você deve ter percebido como o SNC é importante para o organismo humano, 
visto que ele tem a função de armazenar informações, o funcionamento e a ati-
vação de todos os sistemas do organismo humano. Para que as informações ou 
a comunicação se estendam para a parte exterior e/ou para outros sistemas, o 
sistema nervoso periférico exerce essa função de conduzir e controlar todo o 
organismo.
O sistema nervoso central divide-se em encéfalo e em medula espinhal. O 
encéfalo é a parte do SNC que compreende o cérebro e o tronco encefálico. O 
cérebro corresponde a maior parte do encéfalo, e do tronco encefálico emergem 
12 pares de nervos cranianos (TORTORA; DERRICKSON, 2010; SLEUTJS, 2008).
NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
Neste item, observamos que o sistema nervoso central tem 
função primordial para todos os sistemas, promovendo 
estímulos para a execução de todo o trabalho. Cada parte 
do sistema nervoso contempla uma ação específica que, 
em conjunto, desempenha atribuições em todo o pro-
cesso para o funcionamento do organismo. Isto tudo em 
associação ao sistema nervoso periférico, tema da nossa 
próxima discussão. 
 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Como mencionado anteriormente, compreendemos o 
sistema nervoso central e as suas respectivas funcio-
nalidades. Agora, ingressaremos no sistema nervoso 
periférico, composto de suas minuciosas estruturas, que 
garantem a interligação dos outros sistemas (TORTORA; 
DERRICKSON, 2010).
O sistema nervoso periférico é composto de termina-
ções nervosas, gânglios e nervos. Os nervos são conjuntos de dentritos (do grego 
dendron, que significa árvore), prolongamentos finos e, geralmente, ramifica-
dos, que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em 
direção ao corpo celular. Os axônios são prolongamentos finos, geralmente mais 
longos que os dendritos, cuja função é transmitir para as outras células os impul-
sos nervosos provenientes do corpo celular. Este parte do encéfalo e da medula 
como uma rede, ramifica-se e atinge a todas as regiões do corpo (TORTORA; 
DERRICKSON, 2010; SLEUTJS, 2008).
Os gânglios são dilatações de corpos de neurônios presentes em certos ner-
vos. Os neurônios são considerados células do sistema nervoso responsáveis pela 
transmissão de sinais elétricos e químicos, ou seja, pela propagação do impulso 
nervoso (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Figura 3 - Medula espinhal
Sistema Nervoso
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21
O sistema nervoso periférico é dividido em autô-
nomo, que regula o ambiente interno do corpo, 
subdividindo-se em simpático ou parassimpático. O 
sistema nervoso periférico voluntário tem a função 
de reagir segundo os estímulos externos do corpo. 
Como dito anteriormente, cada especificação 
tem a função predeterminada e trabalha para o equi-
líbrio de todo o sistema nervoso, inerva o mesmo 
órgão, mas como opositor de funções. O sistema 
nervoso desempenha um papel primordial na com-
posição do corpo humano, atua como coordenador 
das funções e na comunicação com todos os sistemas 
(TORTORA; DERRICKSON, 2010; SLEUTJS, 2008).
Cada movimento inconsciente, como o piscar dos olhos, até a ação volun-
tária de levantar os braços, depende do sistema nervoso. Este sofisticado 
mecanismo espalha-se por todas as partes do corpo, trazendo inúmeras 
informações, transmitindo ordens e estimulando as ações musculares e as 
dos demais órgãos. Sendo assim, o sistema constitui uma complexa rede 
transmissora que possibilita a relação do organismo com o ambiente, seja 
ele externo ou interno. 
Fonte: adaptado de Revista Cultura e Cidadania (2013, on-line)1.
Figura 4 - Esquematização doneurônio
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Figura 5 - Sistema nervoso parassimpático e simpático
O sistema nervoso é importante para todo o funcionamento do organismo 
humano e se destaca pela transmissão da condução nervosa, além de armaze-
nar informações e projeções futuras. Evidenciamos o trabalho das principais 
estruturas que compõem o sistema nervoso central e periférico, que é respon-
sável pela integração de todos os sistemas. 
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SISTEMA CARDIOVASCULAR
Agora, conheceremos o nosso sistema cardiovascular, composto pelo coração 
e pelos vasos sanguíneos. Este sistema funciona como uma bomba que impul-
siona os sistemas, gerando energia. É considerado um sistema fechado, onde o 
sangue circula dentro dos vasos sanguíneos, bombeando para todo o corpo por 
meio das contrações do coração.
Para compreender a função desse sistema, abordaremos, anatomicamente, o 
coração, localizado no centro do tórax, na região denominada mediastino e com 
o ápice voltado para o lado esquerdo, aproximadamente do tamanho de uma mão 
fechada e pesando 400 gramas em uma pessoa adulta. É composto de três cama-
das: o pericárdio (parte externa); o miocárdio (constituído de tecido muscular 
estriado cardíaco) e o endocárdio (parte interna) (TORTORA; DERRICKSON, 
2010).
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Veia cava
Aorta
Artéria pulmonar
Veia pulmonar
Átrio esquerdo
Válvula mitral
Válvula aórtica
Ventrículo direito Ventrículo esquerdo
Válvula
tricúspide
Átrio direito
Figura 6 - Coração humano em visão frontal
O coração, como demonstrado, é subdividido em quatro cavidades, as superiores 
e inferiores. As cavidades superiores são denominadas átrios cardíacos direito/
esquerdo, enquanto que as inferiores, de ventrículos cardíacos direito/esquerdo. 
Há características diferentes, uma vez que os ventrículos possuem uma parede 
mais espessa e musculosa, sendo esta aplicada na função que estas câmaras exer-
cem na circulação sanguínea (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
O sistema cardiovascular é responsável pela circulação de sangue para todos 
os sistemas. Ela é dividida em pequena circulação e grande circulação. A pequena 
circulação ou circulação pulmonar é impulsionada por meio da contração do 
ventrículo direito, em que o sangue chega aos pulmões para ser oxigenado, retor-
nando para o átrio esquerdo. 
O pulso periférico que podemos perceber ao apalpar uma artéria ou um 
grande vaso, como a veia jugular, nada mais é do que o reflexo das ondas de pres-
são que partem do coração e viajam por todo o corpo. Algumas variáveis como 
elasticidade e/ou diâmetro da artéria podem influenciar na forma desse pulso 
(WARD; LINDEN, 2014). 
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Observe, na Figura 7, que esse sangue com oxigênio em vermelho é bom-
beado por meio de contração do ventrículo esquerdo para todos os sistemas 
mediante as artérias. O retorno desse sangue, agora venoso, destacado em azul 
na Figura (Vide AVA.), rico em gás carbônico dos sistemas para o coração, é con-
duzido ao coração por intermédio das veias, retornando ao átrio direito. Este 
trajeto corresponde à grande circulação ou à circulação sistêmica (TORTORA; 
DERRICKSON, 2010).
Note que, pelo lado direito do nosso coração, só 
passa sangue não oxigenado e, pelo lado esquerdo, 
só passa o oxigenado. Não ocorre, portanto, a mis-
tura de sangue oxigenado com o não oxigenado. A 
separação completa entre estes dois tipos de sangue 
contribui para a manutenção de uma temperatura 
constante em nosso organismo. Observamos que o 
sistema circulatório desempenha um papel impor-
tante para os sistemas, gerando energia, oxigenação e 
nutrição em todos eles. Para a adequação desta fina-
lidade, é imprescindível a interligação com o sistema 
respiratório, o próximo tema de estudo (TORTORA; 
DERRICKSON, 2010). 
Figura 7 - Representação esquemática 
da circulação sistêmica e pulmonar
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SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório corresponde a um conjunto de órgãos responsáveis pela 
ventilação, difusão e perfusão dos gases do organismo. Este processo envolve 
várias estruturas anatômicas, as quais são subdivididas em parte superior ou 
vias aéreas superiores: nariz, nasofaringe, faringe, traqueia; parte inferior ou vias 
aéreas inferiores: pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos.
Sistema Respiratório
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Faringe
Narinas
Traqueia
Alvéolos
Bronquíolos
Pulmão
Brônquios
Figura 8 - Sistema respiratório
Observe, na Figura 8, que cada estrutura desempenha um papel importante. 
Começaremos pela cavidade nasal ou fossas nasais, onde, no seu interior, com 
a presença de muco de polissacarídeos, células epiteliais e pelos realizam o pro-
cesso de filtração das impurezas e dos micro-organismos retidos no ar inspirado, 
além do aquecimento e da umidificação (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Ao passar pela cavidade nasal, o ar inspirado passa pela faringe, que serve 
como passagem do ar para a traqueia e dos alimentos para o esôfago. Este fenô-
meno é controlado por uma válvula, a epiglote, que está situada acima da faringe. 
Em seguida, como destacado na Figura 8, o ar atinge a laringe, sendo uma estrutura 
formada por cartilagem e onde estão localizadas as cordas vocais (responsáveis 
pela voz). Por meio da passagem do ar entre estas estruturas, ocorre uma vibra-
ção das pregas vocais, produzindo o som (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
O ar é conduzido para a traqueia, formada por anéis cartilaginosos e divi-
dida em dois ramos chamados de brônquios em direção ao pulmão direito, que 
tem três lóbulos, e o pulmão esquerdo, com dois lóbulos. Após a passagem nos 
brônquios, o ar é conduzido aos bronquíolos e, finalmente, aos alvéolos, que são 
sacos aéreos onde ocorre a difusão do ar (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Neste momento, ocorre a hematose, processo pelo qual o ar se difunde 
mediante a concentração de gradientes. O oxigênio inspirado passa para o sangue, 
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e o gás carbônico existente no sangue passa para os alvéolos, seguindo o trajeto 
inverso e saindo pela expiração. O sangue chega ao coração, onde é bombeado 
para todo o organismo, levando nutrientes e oxigênio para as células e retirando 
o gás carbônico (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Todo esse processo ocorre por intermédio da movimentação do diafragma 
e dos músculos intercostais. Quando o diafragma desloca-se para baixo, e os 
músculos intercostais contraem, permite-se que a cavidade torácica tenha o seu 
volume aumentado, proporcionando uma baixa pressão no interior do pulmão, ou 
seja, a entrada de oxigênio para a inspiração (TORTORA; DERRICKSON, 2010). 
Para o processo de expiração, o diafragma desloca-se para cima, e os múscu-
los intercostais exercem a função de relaxamento. A cavidade torácica tem o seu 
volume reduzido, proporcionando o aumento da pressão no interior do pulmão, 
ou seja, a saída do gás carbônico para a expiração (TORTORA; DERRICKSON, 
2010). 
Os sistemas respiratório e cardiovascular estão interligados e exercem a fun-
ção de oxigenação para todo o organismo. A manutenção dos sistemas é 
fundamental para mantero funcionamento adequado das células, órgãos e 
tecidos e, em consequência, promove a qualidade de vida do ser humano.
Fonte: Lima e Matão (2010, p. 148).
Sistema Musculoesquelético
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SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Neste momento, veremos os sistemas esquelético e muscular, os quais são respon-
sáveis pelo movimento do corpo humano, porém cada sistema mantém funções 
específicas. O sistema esquelético, por intermédio da estrutura óssea, serve para 
proteção, produção de células sanguíneas, armazenamento de minerais e auxí-
lio na sustentação e locomoção.
O sistema ósseo é constituído de 206 ossos, estes interligados ao sistema 
muscular por meio das articulações, servindo de apoio. A estrutura consiste de 
ossos longos, como exibidos na Figura 9, que têm como característica principal 
suportar o peso do corpo. Por exemplo: fêmur, tíbia e fíbula. Os ossos curtos 
são esponjosos e do mesmo tamanho em largura e comprimento. Por exemplo: 
as falanges (TORTORA; DERRICKSON, 2010).
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Figura 9 - Ossos longos e curtos
A estrutura óssea também contempla ossos finos, formados por lâminas, deno-
minados ossos planos ou chatos. Ossos ocos que, em sua cavidade, são revestidos 
de mucosa (ossos pneumáticos). Já os ossos suturais são encontrados entre as 
articulações e no crânio, como em destaque na Figura 10. 
Figura 10 - Ossos suturais
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O sistema muscular é composto por 212 músculos e tem papel fundamental na 
movimentação por meio da contração e também auxilia na manutenção da tem-
peratura corporal e do fluxo sanguíneo. 
Visualizamos, a seguir, o sistema muscular. Em destaque, os músculos evi-
denciados na cor vermelha, e os tendões e ligamentos, na cor branca (Vide AVA) 
(TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Figura 11 - Sistema muscular
Os músculos, para exercer os movimentos, estão sempre em pares, um de cada 
lado do osso ou das articulações e com funções opostas: quando um deles se 
contrai, o outro se estende. Alguns grupos de músculos trabalham juntos ao 
invés de isolados. Por exemplo, a respiração, que requer a atividade coordenada 
de vários músculos. 
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Para a movimentação do tronco e membros, os nervos espinhais têm uma 
raiz anterior e uma raiz posterior na coluna vertebral. A anterior conduz impulsos 
do sistema nervoso central para os músculos, enquanto que a posterior conduz 
mensagens dos receptores sensoriais para o sistema nervoso central (TORTORA; 
DERRICKSON, 2010).
A padronização do movimento pode ser iniciada pela medula espinhal agindo sozi-
nha. No entanto alguns movimentos requerem participação de níveis cada vez mais 
altos do cérebro, como equilíbrio, progressão, coordenação e intencionalidade. 
O sistema musculoesquelético possui seis grandes partes móveis, quais 
sejam: cabeça, tronco, dois braços e duas mãos. Também apresenta partes móveis 
menores: mãos, pés e dedos dos pés, que podem se mover, independentemente, 
(TORTORA; DERRICKSON, 2010).
Cada parte do corpo é capaz de exercer vários movimentos:
 ■ Abdução: movimento para fora do eixo central. 
 ■ Adução: movimento em direção ao eixo central.
 ■ Flexão: o ato de se curvar.
 ■ Extensão: o ato de se estender.
 ■ Hiperextensão: extensão além do limite normal de movimento.
O corpo é a prisão da alma em Platão, um relógio em Descartes, uma tábua 
rasa em Locke. Mas, provavelmente, em nenhuma época como na atual, fi-
lósofos, cientistas e artistas anunciam com tanta convicção a obsolência do 
corpo humano.
(Adroaldo Gaya). 
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Figura 12 - Movimentos de abdução, hiperextensão e adução
 ■ Deslizamento: movimento em superfície plana, por exemplo, escorregar.
 ■ Rotação: girar em torno de um eixo.
 ■ Circundução: movimento circular de um membro.
Figura 13 - Movimento de rotação
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 ■ Pronação: virar para baixo em direção ao chão.
 ■ Supinação: virar para cima.
Figura 14 - Movimento supinação e pronação
 ■ Inversão: virar para dentro.
 ■ Eversão: virar para fora do corpo.
Figura 15 - Movimentos inversão e eversão
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Para o desenvolvimento e a funcionalidade do organismo em mover as suas diver-
sas partes móveis e manter o controle desses movimentos (sejam eles realizados 
coordenadamente), depende-se da integridade dos músculos, ossos, das articu-
lações e da circulação que suprem e nutrem esse organismo. Quando acontece 
algum trauma, doença ou problemas congênitos que afetam os sistemas, pode 
haver distúrbios do funcionamento. Vale ressaltar, aqui, que o conhecimento 
sobre os sistemas permite identificar as anormalidades e, assim, a planejar estra-
tégias (cuidados) para o atendimento ao trabalhador.
NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, buscou-se levar a você, de forma breve, infor-
mações sobre anatomia e fisiologia dos sistemas. Você aprendeu o conceito, a 
identificação anatômica e a fisiologia dos sistemas que são fundamentais para o 
trabalho, o exercício, a atividade e o bem-estar do ser humano.
Compreendemos que cada sistema está interligado, desempenhando papéis 
importantes, e que o sistema nervoso tem o papel de fazer a condução das ações 
necessárias para o trabalho de todo os sistemas, mediante os estímulos e impul-
sos nervosos realizados pelos neurônios. O sistema cardiovascular, responsável 
pelo bombeamento do sangue conduzido por intermédio dos principais vasos, 
como artérias e veias, trabalha em conjunto com o sistema respiratório, per-
mitindo a troca gasosa, a nutrição e a oxigenação dos sistemas. Outro sistema 
importante, o muscular esquelético, é, por meio da contração de seus múscu-
los, imprescindível para a proteção e a locomoção do ser humano, assim como 
os tendões, os ligamentos e a estrutura óssea.
Esta unidade permitiu identificar o funcionamento dos sistemas e o que 
corresponde à normalidade, conhecendo o processo de trabalho dos sistemas, 
proporcionando um atendimento imediato em primeiros socorros e a conduta 
após o acidente, promovendo, assim, a prática segura. Desta forma, ao com-
preender a anatomia e a fisiologia dos sistemas e ao seguir os protocolos de 
atendimento, você poderá desempenhar uma assistência de forma segura e com 
qualidade. Este conhecimento também permite evidenciar ações por meio das 
condutas de gestão para a prática na assistência, na organização e na gestão em 
primeiros socorros.
Por falar em organização e segurança, convidamos você a conhecer as con-
dutas dos primeiros socorros, tema da nossa próxima unidade. Um forte abraço! 
37 
1. O sistema respiratório promove a ventilação, a perfusão e a difusão dos ga-
ses em nosso organismo. Na inspiração, existe a contração dos músculos que 
participam do processo respiratório e, na expiração, observa-se o relaxamento 
espontâneo desses músculos. A respeito do sistema respiratório, analise as in-
formações aseguir:
I. A laringe é um importante órgão de condução do ar e responsável pela pro-
dução do som da voz. 
II. Os brônquios principais direito e esquerdo conduzem o ar diretamente aos 
segmentos pulmonares que realizam a hematose.
III. Os pulmões são órgãos que se encontram na cavidade denominada cavi-
dade pulmonar. O pulmão direito possui dois lóbulos e, o esquerdo, três 
lóbulos.
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
2. Quando existe uma dificuldade respiratória ou dispneia, normalmente se tem 
a sensação de uma respiração insuficiente ou incompleta. Ela é comum em ca-
sos de acidentes com objetos que obstruem a passagem do ar, quando se inala 
fumaça ou gases tóxicos, ou ainda, nos casos de doenças pulmonares como 
bronquite ou asma. Considerada uma situação de urgência, qual estrutura dei-
xará de receber o oxigênio se existir uma obstrução dos bronquíolos? Assinale 
a alternativa correta:
a) A faringe.
b) O esôfago.
c) A laringe.
d) A traqueia.
e) Os alvéolos.
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3. O sistema cardiovascular é responsável pela circulação de sangue para todos 
os sistemas. Caracteriza-se por duas principais circulações: circulação sistêmica 
ou grande circulação, e pequena circulação promovendo a oxigenação, nu-
trição e suporte para todo o organismo. Sabendo da importância do sistema 
cardiovascular, avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para 
falsas:
 ) ( A pequena circulação ou circulação pulmonar é impulsionada por meio da 
contração do ventrículo direito, em que o sangue chega aos pulmões para 
ser oxigenado, retornando para o átrio esquerdo. 
 ) ( A grande circulação ou circulação sistêmica ocorre quando o sangue veno-
so, rico em gás carbônico, é conduzido ao coração por intermédio das veias, 
retornando ao átrio direito. 
 ) ( No lado direito do nosso coração, só passa sangue oxigenado e, pelo lado 
esquerdo, só passa sangue não oxigenado. 
A sequência correta para a resposta da questão é: 
a) V, F, V. 
b) F, F, V. 
c) V, V, F. 
d) F, V, F. 
e) F, F, F.
4. O sistema esquelético, por intermédio da estrutura óssea, possui as mais di-
versas funções, entre elas, a de armazenar cálcio e fósforo, proteger os órgãos, 
fornecer sustentação ao corpo e produzir células sanguíneas. Em relação ao 
sistema esquelético, avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F 
para falsas:
 ) ( O sistema ósseo é constituído de 206 ossos, estes interligados ao sistema 
muscular por meio das articulações, servindo de apoio.
 ) ( Os ossos curtos têm como característica principal suportar o peso do corpo. 
Por exemplo: fêmur, tíbia e fíbula. 
 ) ( Os ossos suturais são encontrados entre as articulações e também no crânio. 
39 
A sequência correta para a resposta da questão é: 
a) V, F, V. 
b) F, F, V. 
c) V, F, F. 
d) F, V, F. 
e) F, F, F.
5. O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal. 
O encéfalo é a parte mais desenvolvida do corpo humano, constituído pelo 
cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Considerando o que diz respeito às fun-
ções deste sistema, analise as afirmações a seguir: 
I. O hipotálamo é a parte do sistema nervoso central (SNC) que tem a função 
de nos manter alerta.
II. O cerebelo, entre outras funções, coordena os movimentos do nosso corpo.
III. O hipotálamo também exerce a função de controlar o apetite.
IV. Os axônios transmitem para outras células os impulsos nervosos provenien-
te do corpo celular.
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I, II e III, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
40 
PROMOÇÃO DA SAÚDE E TRABALHO: UM ENSAIO ANALÍTICO
Desde o despertar do século XX, a promoção da saúde é um conceito que vem sendo 
discutido incansavelmente, devido a sua importância para a viabilização da qualidade 
de vida. Em 1946, Henry Sigerist, suíço, médico-docente e amante da história da medici-
na, foi considerado iniciador da Medicina Social nos Estados Unidos, pois defendia que 
quando se oferecia boas condições de vida e de trabalho, educação, formas de lazer e 
repouso para os indivíduos, então, estava sendo realizada promoção à saúde, em seu 
sentido amplo.
Entusiasmado e ansioso por modificações, aproveitava para exigir dos políticos uma 
postura de responsabilidade que assegura a qualidade de vida das pessoas, bem como 
enfatizava a importância da participação dos setores sindicais e empresariais, além de 
não dispensar a influência de médicos e educadores nas tomadas de decisão.
Sigerist conseguiu colher frutos em um curto prazo, pois em 1948, a Organização das 
Nações Unidas (ONU) afirmou na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu 
artigo 25, que todo cidadão tem direito à saúde; também que todo indivíduo tem direito 
a uma qualidade de vida capaz de assegurar a sua saúde e o bem-estar de si mesmo e 
a sua família.
Posteriormente, em 1976, a partir do modelo da história natural das doenças, utilizou-se 
a expressão “promoção da saúde” para caracterizar um nível de atenção da medicina 
preventiva cuja concepção baseava-se na prevenção da patologia e de sua evolução, 
porém o enfoque ainda era no indivíduo. Já durante a Segunda Revolução Epidemioló-
gica, com a grande incidência de doenças crônicas, a promoção da saúde passou a ser 
associada a medidas preventivas sobre o ambiente físico e estilos de vida.
Em 1974, o relatório Lalonde (Canadá) valorizou e impulsionou o crescimento desse 
conceito, pois qualificou a promoção à saúde como uma forma de intervenção sobre os 
determinantes das patologias, visando à melhoria das condições de vida e, consequen-
temente, a obtenção da saúde da população.
Em 1986, houve a 1ª Conferência Internacional de Promoção de Saúde, realizada no Ca-
nadá, onde foi elaborada a Carta de Ottawa, que ampliou os conceitos de Promoção à 
saúde, passando a ser considerada a influência dos aspectos sociais, econômicos, políti-
cos e culturais sobre as condições de vida e saúde. Também a Promoção à saúde passou 
a ser vista como estratégia para incentivar as pessoas a buscarem meios de melhorar sua 
saúde, por meio da modificação dos determinantes do processo saúde/doença (empre-
go, renda, educação, cultura, lazer e hábitos de vida), ficando sob a responsabilidade do 
Estado reduzir as diferenças sociais e assegurar a igualdade de oportunidades.
As ideias sobre promoção da saúde no Brasil foram introduzidas e alimentadas pelo de-
bate em torno da Reforma Sanitária. A discussão dessas ideias recebeu destaque na 8ª 
Conferência Nacional da Saúde, em 1986, cujos conceitos e objetivos para a sociedade 
41 
brasileira eram bastante semelhantes àqueles propostos durante a 1ª Conferência Glo-
bal sobre Promoção da Saúde, em Ottawa, Canadá, naquele mesmo ano.
Outras conferências trataram sobre os diversos aspectos do tema abordado pela Carta 
de Ottawa e chegaram a uma concepção mais ampla, em que a promoção à saúde teria 
que partir do processo saúde/doença e de seus determinantes para, então, propor a ar-
ticulação entre saberes técnicos e populares e a mobilização de recursos institucionais e 
comunitários, públicos e privados para seu enfrentamento e resolução.
No Brasil a Política Nacional de Promoção da saúde propõe intervenções em três eixos 
temáticos, a saber: modos de viver (alimentação, atividade física, lazer, redução de riscos 
e danos, entre outros); condições e relações de trabalho (melhoria dos ambientes de 
trabalho, redução das doenças ocupacionais e acidentes de trabalho e serviços de saúde 
humanizados); e ambientais (violência, redução da morbi/mortalidade por causas exter-
nas, saneamento e qualidade das águas e saúde nas escolas).
Fonte: Cavalcante et al. (2008).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Germinal
Ano: 1993
Sinopse: durante o século XIX, os trabalhadores franceses eram 
explorados pela aristocracia burguesa, que dava condições 
miseráveis para seus empregados. Em uma cidade francesa, os 
mineradoresde uma grande mineradora decidem realizar uma 
greve e se rebelam contra seus chefes, causando o caos.
REFERÊNCIAS
43
CAVALCANTE, C. A. A.; NÓBREGA, J. A. B.; ENDERS, B. C.; MEDEIROS, S. M. Promoção 
da saúde e trabalho: um ensaio analítico. Rev. Eletr. Enf., v. 10, n. 1, p. 241-248, 2008.
LIMA, I. L.; MATÃO, M. E. L. Manual do Técnico e Auxiliar de Enfermagem. 8. ed. São 
Paulo: ABDR, 2010.
SLEUTJS, l. Anatomia Humana. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis, 2008.
TORTORA, G.; DERRICKSON, B. Princípios da anatomia e Fisiologia. 12. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
WARD, J. P. T.; LINDEN, R. W. A. Fisiologia básica. Guia ilustrado de conceitos funda-
mentais. 2. ed. Barueri: Manole, 2014.
REFERÊNCIA ON-LINE
1Em: https://revistaculturacidadania.blogspot.com.br/2013/01/artigos-sistema-ner-
voso.html>. Acesso em: 10 dez. 2018.
https://revistaculturacidadania.blogspot.com.br/2013/01/artigos-sistema-nervoso.html
https://revistaculturacidadania.blogspot.com.br/2013/01/artigos-sistema-nervoso.html
GABARITO
1. Alternativa E.
2. Alternativa E.
3. Alternativa C.
4. Alternativa A.
5. Alternativa D.
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Professora Me. Ludmila Lopes Maciel Bolsoni
Professora Me. Simone Santana Pereira
PRINCÍPIOS GERAIS DE 
PRIMEIROS SOCORROS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Definir primeiros socorros. 
 ■ Compreender aspectos legais/biossegurança. 
 ■ Entender a importância e a aplicabilidade nos procedimentos 
emergenciais e coletivos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Definição de primeiros socorros
 ■ Aspectos legais/biossegurança
 ■ Procedimentos emergenciais em casos de primeiros socorros 
individual e coletivo
Introdução
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INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a)! Nesta unidade de estudo, evidenciaremos o conceito de primeiros 
socorros, as atividades desempenhadas pelo socorrista atendente, a sua função, 
o protocolo de conduta e a finalidade de cada procedimento. Veremos, também, 
o que cabe ao atendente de emergência, como profissional, desenvolver durante 
a assistência à vítima de acidente de trabalho, utilizando as técnicas necessárias 
para o primeiro atendimento. Apresentaremos as informações existentes que 
norteiam a finalidade do atendimento e o respaldo legal, evidenciando a segu-
rança do socorrista e do acidentado.
Outro ponto relevante é compreender e mantê-lo(a) informado(a) sobre 
os aspectos legais para o processo de atendimento e a biossegurança do local, 
dos funcionários e da vítima, permitindo a você desenvolver estratégias e habi-
lidades na organização do processo de gestão e no atendimento ao trabalhador 
acidentado. Estes procedimentos mantêm o acidentado vivo, proporcionando 
condições seguras até a chegada do suporte avançado de vida.
Merecem destaque as atribuições do socorrista em como proceder no pri-
meiro contato com a vítima e proporcionar um atendimento individual e coletivo, 
em cumprir com as etapas para a assistência ao acidentado e manter sempre o 
ambiente seguro, evitando a ocorrência de outros acidentes. 
As etapas nas condutas realizadas pelo socorrista permitem a conscienti-
zação sobre a sua atuação no atendimento à vítima, utilizando como método a 
classificação de START. Por meio das cores preto, verde, amarelo e vermelho há 
uma priorização no primeiro atendimento à vítima de acordo com a necessidade 
e o grau de comprometimento, contribuindo para a eficiência e a organização 
de todo o processo.
Caro(a) aluno(a), aproveite a leitura para aprimorar o conhecimento e desem-
penhar, de forma clara e concisa, as atribuições de um atendente de emergência.
Boa leitura!
PRINCÍPIOS GERAIS DE PRIMEIROS SOCORROS
Reprodução proibida. A
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DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS
A palavra primeiros socorros é definida pelos referenciais curriculares do 
Ministério da Educação (2000) como o tratamento inicial e temporário minis-
trado a acidentados, vítimas de mal súbito ou em perigo de vida, no esforço de 
preservar a vida, diminuir a incapacidade e minorar o sofrimento. Quando res-
saltamos o tratamento inicial e temporário, estes correspondem aos atendimentos 
logo após a ocorrência do acidente, tendo por finalidade manter a vítima ou o 
acidentado vivo até o atendimento do suporte avançado. 
A Cruz Vermelha Brasileira (2016) é uma instituição modelar para socorros 
aos feridos em combate de guerras e de grandes catástrofes mundiais. Ela define 
primeiros socorros como prestação de assistência médica imediata a uma pes-
soa doente ou ferida até a chegada de ajuda profissional. 
O socorro deve ser prestado no local da ocorrência sempre que a vítima não 
tiver condições de cuidar de si própria e, imediatamente, um serviço de atendi-
mento especializado deverá ser acionado. Além da assistência aos danos físicos, 
o apoio psicológico para os que sofrem emocionalmente, devido à vivência ou 
ao testemunho de um evento traumático se faz necessário.
Definição de Primeiros Socorros
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Figura 1 - Imagem representando os primeiros socorros
Para o processo de atendimento em primeiros socorros, o atendente de emergên-
cia necessita desempenhar algumas habilidades por meio das seguintes etapas:
a. Contatar o serviço de atendimento emergencial
Nesta primeira etapa, é importante saber para qual instituição de suporte avan-
çado o profissional atuante deverá manter o primeiro contato. Para acidentes com 
traumas, quedas, queimaduras e soterramentos, o contato deverá ser feito com 
o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (SIATE/Corpo 
de Bombeiros) pelo telefone 193. Estes também atuam nos casos de proteção 
dos cidadãos em caso de contato com animais que possam atacar. Um exemplo 
é o ataque por enxame de abelhas (PARANÁ, [2018], on-line)1.
Para atendimento, como em caso de infarto ou derrame, quando alguém 
passa mal, tem mal súbito, crises hipertensivas, entre outros, o profissional deverá 
manter o contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 
pelo telefone 192. O profissional necessita desta informação para proceder de 
forma correta, manter o controle e a organização do evento para o qual ele está 
prestando assistência (PARANÁ, [2018], on-line)1.
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b. Fazer o que deve ser feito, no momento certo, a fim de salvar uma vida
A busca por informação permite intervir de forma adequada. Neste momento, 
faça somente o que for de sua atribuição, seguindo protocolos e sendo efetivo 
no atendimento.
Figura 2 - Assistência à vítima
c. Prevenir danos maiores
Este é um conceito importante a ser considerado no ato do atendimento. O fato 
de não movimentar a vítima pode prevenir lesões graves. Por exemplo, quando 
a vítima sofreu uma queda, como mostra a Figura 3, e, ao atingir o chão, ela 
obteve uma fratura exposta em membro inferior. Assim, quanto menos movi-
mentos, maior a probabilidade de reabilitação.
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Figura 3 - Acidente de trabalho
d. Manter o acidentado vivo até a chegada do atendimento
A resposta da vítima, logo após o acidente, é importante para a execução dos 
procedimentos. Esta análise inicial permite ao atendente estabelecer critérios 
que mantenham a vítima viva até a chegada do suporte avançado.
Figura 4 - Acidente de trabalho
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e. Manter a calma e a serenidade frente à situação, inspirando confiança
Aplique, calmamente, os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado. 
Mediante a atuação no primeiro atendimento e mantendo a calma, o gestor será 
capaz de coordenar melhor os cuidados, mostrando confiança à vítima.
f. Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado 
Afaste as pessoas do local do acidente, evitando, assim, causar o chamado “segundo 
trauma”, isto é, quando se ocasiona outras lesões ou se agrava as existentes. Não 
tente transportar um acidentado ou medicá-lo (FIOCRUZ, 2003). 
g. Ser o elo das informações para os serviços de atendimento emergencial 
Todas as informações repassadas para a equipe do suporte avançado são impor-
tantes para o atendimento, tais como: caracterizar o tipo de acidente (queda, 
choque, perfuração, entre outros); o horário e o número de vítimas, informar se 
a vítima ficou consciente e se ela estava utilizando os Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs).
Figura 5 - Interação com a equipe de suporte avançado
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h. Agir somente até o ponto de seu conhecimento e de sua técnica de 
atendimento
Saber avaliar os seus limites físicos e de conhecimento sempre. Na dúvida, não faça.
No manual da Fiocruz (2013), para que ocorra uma assistência de qualidade, 
é necessário proceder com etapas básicas que permitem a organização no atendi-
mento e resultados mais eficazes. A avaliação do local do acidente é imprescindível 
para a organização dos primeiros atendimentos, sendo capaz de assumir o con-
trole da situação, fazendo a avaliação da ocorrência de forma segura e rápida.
É importante observar rapidamente se existem perigos para o acidentado 
e para quem estiver prestando o socorro nas proximidades da ocorrência. Por 
exemplo: fios elétricos, vazamento de gases, entre outros. Vale também identifi-
car pessoas que possam ajudar e afastar aquelas desprotegidas. 
Para a proteção do acidentado, é preciso sempre avaliá-lo na posição em que 
ele se encontra, imobilizá-lo com segurança (sem aumentar o trauma e os riscos). 
Sempre que possível, deve-se manter o acidentado deitado em decúbito dorsal. 
A Norma Regulamentadora n. 7 (NR-7) trata do Programa de Controle Mé-
dico de Saúde Ocupacional, estabelecido pela Portaria 3.214/1978 do Mi-
nistério do Trabalho (MT). De acordo com a norma, no artigo 7.5.1, “todo 
estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à presta-
ção dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade 
desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado e aos cui-
dados de pessoa treinada para esse fim”. 
Fonte: adaptado de Brasil (1978).
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Além de promover a assistência, o atendente de emergência determina todo o 
processo de assistência, desenvolvendo as habilidades apresentadas a seguir:
ComunicaçãoLiderança
Tomar
decisões
Organização 
e liderança
Autocontrole 
e responsabili-
dade
Figura 6 - Habilidades no atendimento
Fonte: as autoras.
O atendimento emergencial, quando executado de forma correta, pode salvar 
vidas, diminuir o sofrimento e as chances de complicações decorrentes do trauma. 
Algumas habilidades são importantes para a prestação desse socorro. São elas:
 ■ Autocontrole e sentido de responsabilidade: habilidades fundamentais 
na tomada de decisões. O autocontrole dos sentidos e das situações per-
mite promover a primeira assistência de forma coerente e precisa. Manter 
a calma, identificar os possíveis riscos envolvidos na cena e compreen-
der a importância do acionamento do socorro médico imediatamente.
 ■ Capacidade de organização e liderança: designar funções não é uma 
tarefa fácil, mas com conhecimento e destreza, a capacidade de organização 
de todo o processo desencadeia de forma positiva a assistência à vítima.
 ■ Capacidade de comunicação: o diálogo é fundamental para a estraté-
gia de gestão, cabe ao líder comunicar de forma clara e concisa para que 
ocorra uma resposta imediata da situação. 
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 ■ Capacidade para tomar decisões: no processo de primeiros socorros, 
as decisões deverão ser precisas e hábeis, saber como, quando e por que 
proceder naquele momento.
 ■ Compreensão e respeito pelo outro: esta habilidade está aliada à comu-
nicação, à interação e ao fundamento básico no processo de gestão, como 
flexibilidade e resiliência, tornando-se um processo harmonioso e com 
resultados satisfatórios.
 ■ Consciência das suas limitações: conhecer o seu limite é importante 
para o atendimento, não sabemos tudo e, por isto, necessitamos sempre 
do próximo para o desenvolvimento do trabalho. Compartilhar infor-
mações e interagir com a equipe de trabalho permite identificar erros, 
experiências, vitórias e metas futuras. 
 ■ Neste contexto, para o desenvolvimento no procedimento de primeiros 
socorros, a necessidade de manter o controle da situação e colocar em 
prática as condutas e/ou etapas de todo o processo é importante, pois, por 
meio da calma, ao realizar a avaliação da situação do acidente, é possí-
vel proceder com cautela e destreza. Isto impede danos maiores à vítima, 
mantendo o suporte adequado com base nos aspectos legais. Além disso, 
a segurança do local de ocorrência é imprescindível (conforme apresen-
tado neste tópico), prevenindo a ocorrência de outros acidentes.
ASPECTOS LEGAIS/BIOSSEGURANÇA
Nesta aula, enfatizaremos os princípios legais que permitem ao profissional que 
desempenhar o primeiro atendimento à vítima e a biossegurança do local. Em 
um primeiro momento, ressaltaremos os termos utilizados para a identificação 
dos atendentes de emergências que estão sujeitos aos mesmos estatutos legais 
que outros prestadores de emergências.
Para conduzir o primeiro atendimento, o atendente necessita respeitar os 
seguintes critérios: ele não deve interferir no atendimento de outro socorrista; 
deve receber instruções de um profissional da área da saúde, como policial militar, 
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bombeiro, socorrista, enfermeiro ou médico e fazer ações que um socorrista faria 
neste momento; o atendente deve realizar o procedimento conforme o manual 
de primeiros socorros; deve respeitar a privacidade da vítima, documentar-se e 
preservar as provas do acidente.
Outro ponto importante e de responsabilidade do atendente é o dever de 
agir. Esta é uma expressão utilizada como obrigatoriedade em prestar socorro 
ou em proporcionar o atendimento de emergência. Esta obrigação legal pode 
existir em determinadas situações, como: se houve uma necessidade preexis-
tente ou se a pessoa estabeleceu um relacionamento, o que a obriga, legalmente, 
a prestar o socorro. Por exemplo: plantonista de primeiros socorros de cam-
pus universitário, ou de empresa privada ou pública, quando o emprego exigir, 
quando iniciados os procedimentos de primeiros socorros.
Além disso, o atendente necessita de treinamento para executar o procedi-
mento, seguir as diretrizes e o atendimento de forma padronizada, realizando o 
que for da sua responsabilidade e de seu respaldo, diferente do padrão exercido 
pelo médico e pelo enfermeiro socorrista.
Como forma de proteger o socorrista, foi criada, nos Estados Unidos, a Lei 
do Bom Samaritano, com a essência de proteção e de norteamento da negligên-
cia caso ela aconteça. Para que o ato corresponda como negligência, o tribunal 
deve seguir os critérios: a vítima sofreudanos, as ações causaram (ou não) danos 
à vítima, o atendente tinha o dever de agir, o atendente agiu de maneira inco-
mum, não demonstrou bom senso ou foi imprudente.
Outro ponto está vinculado à defesa da negligência ou o teste do bom senso, 
em que todos os quesitos na prestação da assistência são avaliados judicialmente, 
para respaldo do atendente quando o atendimento prestado foi de acordo com 
as diretrizes e houve algum dano à vítima.
Para a execução do atendimento, é necessário informar à vítima o pro-
cedimento e cabe ao atendente analisar a situação. Consideram-se termos de 
consentimento: 
 ■ Real ou informado: a vítima consciente recebe informações antes de qual-
quer procedimento.
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 ■ Implícito: aquele em que a vítima está inconsciente. Neste caso, a lei define 
que ela teria consentido o cuidado se estivesse consciente.
Para reflexão, apresentamos o que estabelece o Art. 135 do Código Penal Brasileiro 
(1940). O artigo esclarece que é crime deixar de prestar socorro à vítima de aci-
dentes ou a indivíduos em perigo eminente, mesmo podendo fazê-lo e mesmo 
que a pessoa não seja a causadora do evento. 
Código Penal Omissão de Socorro - Art. 135 - Deixar de prestar as-
sistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança aban-
donada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparado 
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro 
da autoridade pública. Pena: Detenção de 01 (um) a 6 (seis) meses ou 
multa. Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se a omissão 
resulta lesão corporal de natureza grave, e triplica, se resulta em morte 
(BRASIL, 1940, on-line).
Quando falamos sobre a biossegurança do local de trabalho, referimo-nos ao con-
trole e à diminuição dos riscos, utilizando práticas de diferentes de tecnologias 
que estão desenvolvidas em laboratórios, indústrias, hospitais, meio ambiente, 
entre outros. A biossegurança é regulada por um conjunto de leis que ditam e 
orientam com o objetivo principal de criar um ambiente de trabalho onde se 
promova a contenção do risco de exposição a agentes potencialmente nocivos 
ao trabalhador, a pacientes e meio ambiente, de modo que esse risco seja mini-
mizado ou eliminado (SOARES, 2008).
Para o atendimento de primeiros socorros, há a necessidade de se manter a 
segurança do local, considerando os riscos que os acidentes podem gerar naquele 
Quando você cuida de alguém que realmente está precisando, você vira um 
herói. O arquétipo de herói é a pessoa que, se precisar, enfrenta a escuridão 
e segue com amor e coragem porque acredita que algo pode ser mudado 
para melhor.
(Patch Adams).
http://www.infoescola.com/direito/codigo-penal-brasileiro/
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momento ou qualquer fator que coloque os outros trabalhadores em situação de 
perigo e possa afetar a sua integridade e o seu bem-estar físico (SOARES, 2008).
A informação e a conscientização sobre os aspectos legais, sobre a biosse-
gurança de primeiros socorros e a aplicabilidade no ambiente de trabalho são 
fundamentais para que a participação na prestação do primeiro cuidado seja efe-
tiva. Estes fatores são necessários também para resultar no comportamento que 
evite a exposição desnecessária ao risco no momento do atendimento. 
PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS EM CASOS DE 
PRIMEIROS SOCORROS INDIVIDUAL E COLETIVO
Trata-se de procedimentos de emergência, um suporte de atendimento que deve 
ser aplicado a vítimas de acidentes, mal súbito (parada cardiorrespiratória) ou 
em perigo de morte, priorizando os sinais vitais (respiração, pulso, temperatura 
e pressão arterial), procurando evitar o agravamento do quadro em que a pes-
soa se encontra.
Quando falamos em sinais vitais, priorizaremos o pulso (frequência cardíaca) 
e a respiração (frequência respiratória). Devemos destacar os valores de refe-
rências para cada conduta. O pulso pode ser sentido pelo tato sobre as artérias 
e determina a frequência, ou seja, o número de batidas do coração por minuto. 
Os valores da frequência cardíaca de um adulto correspondem, em média, de 60 
a 100 bpm (batimentos por minutos). A Figura 7 mostra as regiões para a veri-
ficação da pulsação.
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Figura 7 - Regiões para a verificação da pulsação
Já na avaliação da respiração, podemos lançar mão da técnica de ver, ouvir e sen-
tir para identificar o número de ciclos de inspiração e expiração por minuto. Os 
valores de frequência respiratória de um adulto correspondem de 12 a 20 rpm/
mrm (respiração por minutos/movimentos respiratórios por minutos) como refe-
rência. Importante destacar que, quando avaliamos a respiração de uma pessoa, 
busca-se também identificar a regularidade ou a irregularidade dos intervalos da 
respiração, assim como a profundidade, ou seja, superficial, profunda ou difícil.
Figura 8 - Procedimento de ver, ouvir e sentir
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O atendimento tem ação individual ou coletiva, dentro de suas devidas limita-
ções em auxílio ao próximo, acompanhando a vítima até que o socorro avançado 
esteja no local para prestar uma assistência mais minuciosa e definitiva. O socorro 
deverá ser prestado rapidamente, recebendo um primeiro atendimento e logo 
acionando o atendimento especializado, existente, por sua vez, na maioria das 
cidades.
Você deve determinar se, no acidente, há a presença de uma vítima ou várias. 
O atendimento individual consiste em você estabelecer critérios para manter a 
vítima viva, evitando ao máximo danos maiores. 
Figura 9 - Atendimento individual
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No atendimento coletivo, serão necessárias habilidades em gestão, por exem-
plo: o comando, a comunicação e o controle para a organização do trabalho são 
imprescindíveis. Para estabelecer funções e destinar os atendimentos prioritá-
rios, é utilizada a classificação de risco. Este processo é conhecido como Simple 
Triage and Rapid Treatment (Sistema de Triagem Simples e Tratamento Rápido 
- START). Por meio da triagem, cada vítima é avaliada pelo grau de comprometi-
mento ou pela gravidade das lesões, e, assim ,é tomada a decisão: por prioridade 
de atendimento.
Para este trabalho, é necessário subdividir funções, classificar as vítimas por 
fitas coloridas, etiquetas (tarjetas) coloridas, cartões de triagem ou lonas coloridas. 
 ■ Cor vermelha: socorro imediato, primeira prioridade ou prioridade 
imediata. São vítimas que requerem atenção imediata no local ou têm 
prioridade no transporte. 
 ■ Cor amarela: segunda prioridade ou prioridade secundária. O socorro 
deve ser rápido, mas deve aguardar vítimas com maior prioridade.
 ■ Cor verde: terceira prioridade ou prioridade tardia. Vítimas deambu-
lando, com lesões menores e que não requerem atendimento imediato. 
 ■ Cor preta: prioridade zero ou última prioridade. Vítimas consideradas 
em morte óbvia ou em situações de grande dificuldade para reanimação. 
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Reprodução proibida. A
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Figura 10 - Simulação de acidente com múltiplas vítimas 
Fonte: Dias e Gava (2018, on-line)2. 
A classificação das vítimas pelo métodoSTART baseia-se nas condições das víti-
mas por ordem de prioridades, como pode ser visto na Figura 11:
COR VERMELHA: vítima viável emergencialmente, atendimento imediato.
COR AMARELA: vítima viável urgente para atendimento em até 1 hora.
COR VERDE: vítima viável estável, pode aguardar por 3 horas ou mais.
COR PRETA: vítima inviável, atendimento após as outras três cores.
Figura 11 - Cores para classificação no método START
Fonte: a autora.
Diversas situações podem necessitar de primeiros socorros, e, para que o aten-
dimento seja eficaz, analisamos e priorizamos as condutas. Sendo individual ou 
coletiva, seguimos critérios para a resolução da situação e a eficiência do suporte.
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), esta unidade possibilitou identificar e compreender a 
finalidade dos primeiros socorros, os conceitos básicos para o atendimento, o 
atendimento à vítima individual e ao coletivo, o conceito e as atribuições do aten-
dente de emergência e os critérios de prioridades para o primeiro atendimento. 
Conseguimos perceber a importância das atribuições do atendente de emer-
gência, ressaltamos como manter a calma para facilitar a gestão do processo de 
atendimento de primeiros socorros, tomando decisões até o momento da che-
gada do suporte avançado/ou da equipe qualificada para o atendimento. 
Observamos que todos os atendimentos estão vinculados e respaldados 
legalmente, então, cabe a cada atendente desempenhar o seu papel na avaliação 
da vítima. Integramos você na condução de um atendimento imediato em pri-
meiros socorros no momento do acidente de trabalho, promovendo a prática 
segura e o(a) alertando a respeito dos cuidados necessários para não agravar o 
estado da vítima.
Pontos importantes foram argumentados para o atendimento, como a avalia-
ção dos sinais vitais, a pulsação e os seus critérios de avaliação, além da respiração, 
seguindo a conduta de ver, ouvir e sentir. Além disso, destacamos os parâmetros 
normais para avaliação, permitindo a autoavaliação e a prestação dos cuidados 
imediatos.
Ressaltamos a classificação de risco para o atendimento individual e cole-
tivo, utilizando condutas de gestão e protocolos na organização do atendimento 
em primeiros socorros, como a escala de triagem de START. Assim, os pacientes 
são priorizados de acordo com o grau de comprometimento, sendo diferencia-
dos pelas cores verde, amarelo, vermelho e preto.
Na próxima unidade, conheceremos os procedimentos utilizados no pri-
meiro atendimento à vítima e a padronização da conduta de primeiros socorros 
por diferentes danos. 
Um abraço fraternal! 
64 
1. De acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, “deixar de prestar so-
corro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, 
é crime.” Considerando as ações iniciais de primeiros socorros a serem realiza-
das, o atendente de emergência deve:
a) Documentar as provas do acidente e depois chamar o Serviço de Atendi-
mento Móvel de Urgência (SAMU).
b) Verificar a segurança do local, antes de iniciar o atendimento de primeiros 
socorros.
c) Verificar a presença de hemorragias e chamar o serviço de urgência.
d) Transportar a vítima ao hospital mais próximo.
e) Chamar o serviço médico de urgência e aguardar o socorro.
2. O sistema respiratório promove a ventilação, a perfusão e a difusão dos gases 
em nosso organismo. Na inspiração, existe o relaxamento dos músculos que 
participam do processo respiratório, e, na expiração, observa-se a contração 
espontânea desses músculos. Em um incêndio em ambiente fechado, essa 
ventilação fica comprometida. Considerando o texto e a relação direta com a 
hematose, avalie as afirmações a seguir:
I. O sangue chega ao coração, onde é bombeado para todo o organismo, le-
vando nutrientes e gás carbônico para as células e retirando o oxigênio. 
II. Hematose é o processo pelo qual o oxigênio inspirado passa para o sangue, 
e o gás carbônico existente no sangue passa para os alvéolos, seguindo o 
trajeto inverso e saindo pela expiração. 
III. Quando existe um incêndio e o ambiente fica com elevada concentração de 
fumaça, pode ocorrer uma dificuldade no processo de ligação do oxigênio 
às hemácias.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
65 
3. Para que ocorra uma assistência de qualidade, é necessário proceder com al-
gumas etapas básicas que permitem a organização no atendimento e, con-
sequentemente, resultados mais eficazes. A avaliação do local do acidente é 
imprescindível para a organização dos primeiros atendimentos, sendo capaz 
de auxiliar no controle da situação e na realização do procedimento de forma 
segura e rápida. Avalie, nas asserções a seguir, as possíveis relações propostas 
entre elas: 
I. É de extrema importância que se observe no local a existência de perigo 
para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro,
PORQUE 
I. Para a proteção do acidentado, é preciso avaliá-lo na posição em que ele se 
encontra e imobilizá-lo com segurança. Sempre que possível, deve-se man-
ter o acidentado deitado em decúbito dorsal. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é justificativa 
correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II não é justifi-
cativa correta da I. 
c) A asserção I é proposição verdadeira, e a asserção II é proposição falsa. 
d) A asserção I é proposição falsa, e a asserção II é proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
66 
4. O atendimento coletivo é uma situação que necessita de habilidades em ges-
tão. O comando, a comunicação e o controle para a organização do trabalho 
são imprescindíveis. Para estabelecer funções e destinar os atendimentos prio-
ritários, é utilizada a classificação de risco. Este processo é conhecido como 
Simple Triage and Rapid Treatment (Sistema de Triagem Simples e Tratamento 
Rápido - START). Por meio da triagem, cada vítima é avaliada de acordo com 
o grau de comprometimento ou a gravidade das lesões. Contemplando a re-
flexão da Unidade II, discorra sobre os procedimentos para a classificação da 
vítima. 
5. Além de manter a calma e o controle no atendimento aos primeiros socorros, 
é importante saber qual suporte deverá ser acionado após uma rápida análi-
se da causa do acidente. Em caso de acidentes com trauma por queda, você, 
como o(a) primeiro(a) a prestar os cuidados iniciais, necessita informar sobre 
o acidente a equipe de suporte avançado. Sabendo que nos casos de trauma 
existe um serviço de urgência/emergência direcionado para este tipo de aten-
dimento, avalie as seguintes opções:
I. Polícia Militar.
II. SAMU.
III. SIATE.
IV. Polícia Federal.
É correto o que se afirma em:
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
67 
AVALIAÇÃO EDUCATIVA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE BASEADO EM COMPE-
TÊNCIAS NAS AÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA FISIOTERAPIA
A indústria da construção civil é o setor da economia que sofre influências de aspectos 
sociais e culturais, sendo responsável por grande (juízo de valor) oportunizar emprego 
nas camadas menos favorecidas da população masculina. Considerada uma das ativida-
des laborais mais perigosas em todo o mundo, lidera as taxas de acidentes de trabalho 
fatais, não fatais, as doenças ocupacionais (sintomas musculoesqueléticos, dermatites, 
intoxicações por chumbo e exposição a asbestos) e anos de vida perdidos sendo gera-
dora de inúmeras perdas de recursos humanas e financeiras (WUSCH FILHO, 1999; SAN-
TANA; OLIVEIRA, 2004). 
Inúmeras são as razões relacionadas à ocorrência desses agravos à saúde na construção

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