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Transtorno esquizofreniforme - Thamirys Cavalcanti

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INTERNATO – Rodízio de psiquiatria 
Thamirys Cavalcanti 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
A: Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade signif icativa 
de tempo durante um período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso). Pelo 
menos um deles deve ser 1, 2 ou 3: 
1. Delírios 
2. Alucinações 
3. Discurso desorganizado (p. ex. descarrilamento ou incoerência frequentes). 
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. 
5. Sintomas negativos (expressão emocionada ou falta de vontade (avolia)). 
B: Um episódio do transtorno que dura pelo m enos um mês, mas menos do que seis 
meses. Quando deve ser um diagnóstico sem aguardar a recuperação, ele deve ser 
qualificado como “provisório” . 
 
C: Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou trans torno bipolar com 
características psicóticas foram descartados porque : 
1) Nenhum episódio depressivo maior ou maníaco ocorreu concomitantemente com os sintomas 
da fase ativa OU 
2) Se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, estiveram presentes 
pela menor parte da duração total dos períodos ativos e residual da doença. 
D: A perturbação não é atribuível aos efeitos fis iológicos de uma substância (ex . drogas, 
abuso de medicamentos) ou outra condição médica. 
➔ Especificar se: 
▪ Com características de bom prognóstico: 
Precisa ter a presença de pelo menos duas das seguintes características: 
- Início de sintomas psicóticos proeminentes em quatro semanas da primeira mudança 
percebida no comportamento ou funcionamento habitual. 
- Confusão ou perplexidade. 
- Bom funcionamento social e profissional pré-mórbido. 
- Ausência de afeto embotado ou plano. 
▪ Sem característica de um bom prognóstico: 
É aplicado se duas ou mais características anteriores não estiverem presentes. 
▪ Com catatonia. 
▪ A gravidade atual: 
Avaliação quantitativa dos sintomas primários de psicose: 
Delírios, alucinações, desorganização do discurso, comportamento psicomotor 
anormal e sintomas negativos. 
Escala de 5 pontos: 0 (não presente) a 4 (presente e grave). 
 
OBS: O diagnóstico pode ser feito sem a utilização do especificador de gravidade. 
 
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INTERNATO – Rodízio de psiquiatria 
Thamirys Cavalcanti 
CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS 
▪ Os sintomas característicos são idênticos ao da esquizofrenia (Critério A). 
▪ Se distingue por sua diferença na duração: a duração total da doença, incluindo as fases 
prodrômica, ativa e residual, é de pelo menos um mês, mas inferior a seis meses (Critério B). 
▪ Duas condições para o diagnóstico: 
1) Quando um episódio da doença dura entre 1 e 6 meses e a pessoa já se recuperou 
2) Quando um indivíduo está sintomático por menos de seis meses, tempo necessário para 
diagnóstico de esquizofrenia, mas ainda não se recuperou. Nesse caso é classificado como 
esquizofreniforme PROVISÓRIO, porque ainda não tem certeza se ele vai se recuperar em 6 
meses. Caso não se recupere, o diagnóstico muda pra esquizofrenia. 
CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS QUE APOIAM O DIAGNÓSTICO 
▪ Não existem exames laboratoriais ou testes psicométricos para o transtorno esquizofreniforme 
(como na esquizofrenia). 
▪ E em algumas regiões cerebrais algumas pesquisas indicam anormalidades na neuroimagem, 
neuropatologia e neurofisiologia, mas nada que seja diagnóstico. 
PREVALÊNCIA 
▪ Em diferentes contextos socioculturais é similar a esquizofrenia. 
▪ Estados unidos e países em desenvolvimento, é cerca de 5 vezes menor que a da esquizofrenia. 
▪ Países em desenvolvimento a incidência pode ser maior com o especificador de bom 
prognóstico e pode ser tão comum quanto a esquizofrenia. 
DESENVOLVIMENTO E CURSO 
▪ O desenvolvimento é similar ao da esquizofrenia. 
▪ 1/3 dos indivíduos com diagnóstico provisório se recupera em 6 meses e o diagnóstico final é 
transtorno esquizofreniforme. 
▪ 2/3 irá eventualmente receber um diagnóstico de esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo. 
FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO 
▪ Genéticos e fisiológicos 
▪ Familiares de pessoas com o transtorno tem maior risco de desenvolver esquizofrenia. 
CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS DO TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME 
▪ As pessoas que se recuperaram do transtorno têm melhor evolução funcional. 
▪ Se o paciente receber um diagnóstico de esquizofrenia ou esquizoafetivo, as consequências são 
de acordo com as dos transtornos. 
▪ A maioria tem disfunção em várias áreas como escolar ou trabalho, relações interpessoais e 
autocuidado. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
▪ Outros transtornos mentais e condições médicas. 
▪ Transtorno psicótico breve → dura menos de um mês.

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