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Transtornos Psicóticos

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Emanuelly Lopes Cardoso 
Transtornos Psicóticos 
 
Síndromes psiquiátricas importantes são: 
 Transtorno esquizofreniforme = idênticos aos da esquizofrenia, exceto que estiveram presentes, no 
mínimo, por um mês, porém menos de seis meses. 
 Transtorno esquizoafetivo = caracteriza-se pela presença de uma síndrome completa de sintomas 
tanto de esquizofrenia quanto de trans- torno do humor. 
 Transtorno delirante = transtorno crônico + caracterizado pela presença de delírios como o sintoma 
predominante. 
 Transtorno psicótico breve = caracteriza-se, primariamente, pela curta duração (pelo menos um dia, 
mas menos de um mês) dos sintomas esquizofrênicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNOS PSICÓTICOS ATÍPICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos e Epidemiologia 
Transtorno Psicótico Devido a Uma Condição Médica Geral e 
Transtorno Psicótico Induzido Por Substância 
 Avaliação de um paciente psicótico exige a consideração da 
possibilidade de que os sintomas psicóticos sejam 
decorrentes de uma condição médica geral ou ingestão de 
uma substância. 
 Inexistem dados epidemiológicos relevantes acerca do 
transtorno psicótico devido a uma condição médica geral e 
transtorno psicótico induzido por substância. 
 São encontrados mais frequentemente em pacientes que 
abusam em longo prazo de álcool ou outras substâncias. 
 Síndrome delirante que pode acompanhar convulsões parciais 
complexas é mais comum em mulheres que em homens. 
Etiologia 
 Condições físicas 
 Neoplasias cerebrais (áreas occipital ou temporal) 
podem provocar alucinações. 
 Privação sensorial (pessoas cegas e surdas) pode 
resultar em experiências alucinatórias ou delirantes. 
 Lesões envolvendo o lobo temporal e outras regiões 
cerebrais (hemisfério direito e o lobo parietal) = 
associadas com delírios. 
 Substâncias psicoativas são causas comuns de síndromes 
psicóticas. 
 Substâncias mais comumente envolvidas = álcool, 
alucinógenos indólicos (dietilamida do ácido lisérgico 
(LSD) anfetamina, cocaína, m escalina, fenciclidina 
(PCP) e cetamina); 
 Substâncias incluindo esteróides e tiroxina = podem 
estar associadas com alucinações induzidas por 
substâncias. 
 
Transtorno Depressivo Pós-psicótico 
da Esquizofrenia 
 Sintomas depressivos após um 
episódio psicótico em um 
paciente esquizofrênico; 
 Ausência de critérios específicos 
de diagnóstico = incidência 
relatada de depressão pós-
psicótica da esquizofrenia varia de 
menos de 10 a mais de 70%; 
 Estimativa razoável obtida é de 
cerca de 25%; 
 
Transtorno Deteriorante Simples (Esquizofrenia Simples) 
 Sintomas similares aos sintomas deficitários e declínio 
cognitivo da esquizofrenia; 
 Alucinações e delírios não fazem parte do padrão sintomático; 
 O termo “esquizofrenia simples” pode implicar 
incorretamente uma relação estreita com a esquizofrenia = 
estigmatização indevidas dos pacientes que recebem o 
diagnóstico; 
 Os critérios podem definir um grupo superinclusivo de 
pacientes talvez melhor classificados como tendo transtorno 
depressivo maior + transtorno distímico + abuso de substância 
+ transtorno da personalidade. 
 A falta de uma literatura científica, envolvendo os critérios, 
limita sua utilidade em termos de precisão de prognóstico e 
sugestões de tratamento. 
 A categoria diagnostica pode ter implicações prognostica e 
terapêuticas 
Transtorno Psicótico Com partilhado (Foulie à Deux) 
 Transtorno raro 
 Sintomas psicóticos desenvolveram-se durante um relacionamento de longo prazo com outra pessoa que apresentava 
uma síndrome psicótica similar antes de iniciarem os sintomas no paciente com o transtorno psicótico compartilhado; 
 Envolve 2 pessoas: 1 dominante (indutor/ principal/ paciente primário) + 1 submisso (paciente com o transtorno 
psicótico compartilhado); 
 Esta síndrome também recebem as denominações de insanidade comunicada, insanidade contagiosa, insanidade 
contagiosa, psicose de associação e insanidade dupla. 
 Folie imposée = forma mais comum e clássica do transtorno -> pessoa dominante desenvolve um sistema delirante que 
progressivamente impões a outra = a separação provoca melhora dos sintomas na pessoa submissa; 
 Folie simultanée = sistemas delirantes desenvolvem-se independente em duas pessoas estreitamente ligadas -> a 
separação não causa melhora nos pacientes; 
 Folie comuniquée = pessoa dominante está envolvida na indução de um sintoma semelhante na pessoa submissa 
(desenvolve seu próprio sistema delirante + não presenta remissão após a separação das partes) 
 Folie induite = pessoa delirante amplia seus delírios ao tomar para si os de uma segunda pessoa; 
 Os vários tipos de folie são difíceis de diferenciar na prática -> mais interessa histórico que clínico; 
 Mais de 95% dos casos envolvem dois membros da mesma família; 
 1/3 dos casos envolvem 2 irmãs + 1/3 = marido e mulher + 1/3 = mãe e filho/filha; 
 Dois irmãos, um irmão e uma irmã, e um pai e seu filho ou filha = são relatados com menor frequência; 
 Indivíduo dominante, em geral, é portador de esquizofrenia ou transtorno psicótico similar; 
 25% dos casos = pessoa submissa é portadora de deficiências físicas (surdez) + doenças cérebro vasculares + 
incapacitações que aumentam a dependência com individuo dominante; 
 Mais comum em grupos socioeconômicos inferiores + e em mulheres; 
 
Psicose Autoscópica 
 Consiste em experiências alucinatórias nas quais o corpo é percebido como se 
estivesse aparecendo em um espelho; 
 Espectro incolor e transparente + com nitidez + aparece subitamente e sem aviso + 
imita os movimentos do indivíduo; 
 O fantasma (parte do corpo) tende a aparecer subitamente e sem aviso 
 Raro + sexo, idade, hereditariedade e inteligência = não tem relação com sua 
ocorrência; 
 Algum as pessoas têm esta experiência apenas uma vez na vida, mas outras a têm 
mais frequentemente. 
 
Emanuelly Lopes Cardoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROMES PSICÓTICAS LIGADAS A CULTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome de Capgras 
 Sintoma característico = 
delírio de que outras pessoas 
foram substituídas por 
impostores que assumem os 
papéis da pessoa que 
personificam e comportam-se 
de maneira idêntica; 
 Síndrome rara + mais 
frequente entre mulheres 
 Ás vezes é classificada como 
um transtorno delirante, 
podendo ser uma 
manifestação da esquizofrenia 
em algumas pessoas; 
 
Síndrome de Cotard 
 Paciente queixa-se de ter 
perdido as posses, 
status, força, coração 
sangue e intestinos; 
 Mundo além dele é 
resumido a nada; 
 Síndrome percursora de 
um episódio 
esquizofrênico ou 
depressivo; 
 Relativamente rara -> 
com a difusão das drogas 
antipsicóticas a 
frequência diminui; 
 
Esquizofrenia atípica. 
 Forma particular de 
esquizofrenia; 
 Pacientes apresentam crises 
periódicas de catatonia 
estuporosa ou excitada que 
estão relacionadas a alterações 
metabólicas no equilíbrio do 
nitrogênio; 
 É rara + respondem bem aos 
agentes antipsicóticos 
convencionais + prevenida pela 
medicação de manutenção; 
 
 Se as síndromes são específicas e limitadas a determinadas culturas é possível que fatores culturais ou biológicos 
específicos estejam contribuindo para psicose; 
 São formas de diagnósticos convencionais + sua existência sugere que o conteúdo dos delírios e alucinações são 
fortemente influenciados pela sociedade e cultura; 
 
Amok 
 Amok = entrar furiosamente em batalha; 
 Síndrome de Amok = súbita e injustificada explosão de raiva (ira) que faz o individuo ataque, mutile ou mate 
indiscriminadamente qualquer pessoa ou animal que esteja em seu caminho; 
 O ataque homicida é precedido por um período de preocupação e ligeira depressão; 
 Após o ataque o indivíduo sente-se exausto + apresenta completa amnésia para o episódio + comete suicídio; Pessoas que padecem de esquizofrenia + transtorno bipolar + um transtorno depressivo; 
 A causa pode ser uma condição médica geral, como epilepsia ou outra lesão cerebral; 
 Explicação cultural = uma cultura que impõe restrições rígidas sobre adolescente e adultos mas permite que as 
crianças deem plena manifestação a sua agressividade pode estar propensa a reações psicopatológicas do tipo 
Amok; 
 Crença na possessão mágica por demônios e espíritos maus (culturas primitivas) = outro fator cultural que 
contribui para o desenvolvimento da síndrome do amok. 
 O único tratamento imediato consiste em conter o indivíduo com amok, obtendo completo controle físico sobre 
ele. 
 O ataque termina em algumas horas -> depois disso, o paciente pode necessitar de tratamento para um 
transtorno psicótico crônico (causa básica); 
 
Koro 
 Delírio de que o pênis do paciente está encolhendo e desaparecerá dentro de seu abdome causando a morte; 
 Ocorre em populações do sudeste asiático e áreas da China; 
 Mulheres = encolhimento da vulva, lábios e seios; 
 Transtorno psicogênico resultante de fatores culturais + sociais + psicodinâmicos em personalidades 
predispostas; 
 Temores culturalmente elaborados sobre polução noturna, masturbação e excessiva permissividade sexual 
parecem dar surgimento à condição; 
 Transtorno delirante ou sintoma de um outro transtorno psicótico; 
 TTO = psicoterapia, drogas antipsicóticas, terapia eletroconvulsiva (poucos casos); 
 
 Pacientes que tem sintomas psicóticos, mas não satisfazem os critérios diagnósticos para outros transtornos 
psicóticos especificamente definidos; 
 O diagnóstico de transtorno psicótico sem outra especificação pode ser usado quando não se dispõe de 
informações suficientes para fazer um diagnóstico específico. 
 
Psicose Pós-parto 
 Síndrome caracterizada por depressão + delírios + pensamentos da mãe sobre ferir o bebê ou a si mesma; 
 Ideação de suicídio ou infanticídio = deve ser monitorada; 
 Estreita relação entre a psicose pós-parto e transtornos do humor (T. bipolares + T. depressivo maior); 
 Incidência de 1:1000 partos; 
 50-60% das mulheres afetadas são primíparas e 50% envolvem partos associados a complicações perinatais 
não-psiquiátricas; 
 50% das mulheres tem uma história familiar de transtornos de humor; 
 Casos raros afetam os pais -> marido sente-se deslocado pela criança e torna-se competitivo pelo amor e 
atenção da mãe + pai precede de um transtorno mental coexistente (exacerbado pela paternidade); 
 
TRANSTORNO PSICOTICO SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO 
Emanuelly Lopes Cardoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transtorno Esquizofreniforme 
 Idêntico em todos os aspectos a esquizofrenia 
-> exceto pela duração de seus sintomas 
(mínimo 1 mês, máximo 6); 
 Pacientes retornam a seu nível de 
funcionamento básico após a resolução do 
transtorno esquizofreniforme; 
 Incidência + prevalência + razão entre os 
sexos = não relatos; 
 Mais comum em adolescentes e adultos 
jovens; 
 
Transtorno Esquizoafetivo 
 Tem características da esquizofrenia e dos 
transtornos afetivos (T. de humor); 
 Melhor diagnóstico para pacientes cuja 
síndrome clínica seria distorcida se fosse 
considerada apenas como esquizofrenia ou 
transtorno do humor; 
 Prevalência de menos de 1% -> 0,5-0,8%; 
 Prática clínica -> um diagnóstico preliminar 
de transtorno esquizoafetivo é 
frequentemente usado caso haja dúvidas 
quanto ao diagnóstico. 
 Prevalência maior em mulheres -> 
principalmente mulheres casadas; 
 Idade de inicio em mulheres é mais tardia do 
que para os homens; 
 Os homens com transtorno esquizoafetivo 
tendem a exibir um comportamento 
antissocial e a ter acentuado embotamento 
ou inadequação do afeto. 
 
Transtorno Delirante 
 Sintomas predominantes = delírios; 
 Era chamado de paranoia ou transtorno paranoide -> 
implicam incorretamente que os delírios sejam sempre 
de conteúdo persecutórios = não é o caso; 
 Delírios são grandiosos, eróticos, de ciúme somáticos e 
mistos (em seu conteúdo primário); 
 O transtorno delirante deve ser diferenciado tanto dos 
transtornos do humor quanto da esquizofrenia; 
 Os pacientes por ter humor consistente com o conteúdo 
de seus delírios, mas ele não evidenciam toda a gama 
de sintomas afetivos vistos nos transtornos de humor; 
 Estes pacientes diferem dos pacientes esquizofrênicos 
no que diz respeito à natureza não-bizarra de seus 
delírios; 
 Pacientes com transtorno delirante não apresentam 
outros sintomas vistos na esquizofrenia (alucinações 
proeminentes, embotamento afetivo e sintomas 
adicionais de transtorno do pensamento); 
 Avaliação é dificultada pelos seguintes fatores: raridade 
do transtorno + mudanças na definição + é sub-relatado 
(pacientes raramente buscam o auxílio psiquiátrico); 
 Presente na população em taxa relativamente 
constante; 
 Prevalência de 0,025-0,03%; 
 Muito mais raro que a esquizofrenia (prevalência de 1%) 
e transtorno do humor (5%); 
 Incidência anual 1-3 novos casos por população de 
100.000 indivíduos -> cerca de 4% de todas as primeiras 
admissões em hospitais psiquiátricos por psicoses não 
devido a uma condição médica geral ou substância; 
 Idade média de início = 40 anos -> varia dos 25-90 anos; 
 Muitos pacientes são casados e têm emprego fixo, e 
pode haver alguma associação com imigração recente 
ou baixa situação socioeconômica; 
 
Transtorno Psicótico Breve 
 Transtorno com curta duração (inferior a 1 mês e pelo menos 1 dia) + sintomas podem ou não reunir os critérios de 
diagnóstico para esquizofrenia; 
 Desenvolvido em resposta a um severo estressor psicológico ou grupo de estressores; 
 Estimativas confiáveis sobre a incidência, prevalência, proporção entre os sexos e idade média de início para o 
transtorno não estão disponíveis; 
 Transtorno incomum; 
 Mais comum em indivíduos jovens + classe socioeconômica mais baixa + pacientes com transtornos de 
personalidade preexistentes (histriônica, narcisista, paranoide, esquizotípica e borderline) + pessoas que passaram 
por desastres ou importantes mudanças culturais (imigrantes); 
 
Esquizofrenia 
Epidemiologia 
 Prevalência de 1-1,5%; 
 0,025-0,05% da população total recebem tratamento para esquizofrenia -> 2/3 necessitam de hospitalização -
> metade de todos os pacientes esquizofrênicos obtém tratamento; 
Idade e Sexo 
 Igual prevalência em homens e mulheres -> diferem no inicio e curso da doença; 
 Homens = inicio precoce -> antes dos 25 anos -> idades de pico de início = 15-25 anos e 25-35 anos; Início 
antes dos 10 anos e após os 50 anos é extremamente raro; 
 Homens são mais propensos a sofrerem comprometimento pelos sintomas negativos; 
 Mulheres são mais propensas a terem um melhor funcionamento social; 
 O resultado para as mulheres é melhor. 
Sazonalidade do Nascimento 
 Indivíduos nascidos no inverno e início da primavera -> maior probabilidade de apresentarem esquizofrenia; 
Indivíduos nascidos no final da primavera e no verão apresentam menor possibilidade; 
 Hemisfério norte = indivíduos esquizofrênicos haviam nascido mais frequentemente nos meses de janeiro a 
abril. 
 Hemisfério sul = indivíduos esquizofrênicos haviam nascido, com maior freqüência, nos meses de julho a 
setembro. 
 Hipóteses = operação de algum fator de risco -> vírus ou mudança sazonal da dieta + predisposição genética 
esquizofrenia têm uma vantagem biológica aumentada para a sobrevivência a insultos específicos à estação. 
Distribuição Geográfica 
 Não se distribui homogeneamente pelas regiões do mundo; 
 Algumas regiões geográficas do mundo tem uma prevalência alta de esquizofrenia -> devido a uma causa 
infecciosa (interpretação de alguns autores); 
Taxas de Reprodução 
 Uso de drogas psicoterapêuticas + politicas de portas abertas nos hospitais + desinstitucionalização noshospitais públicos +ênfase sobre a reabilitação e cuidados comunitários para pacientes com esquizofrenia -> 
levaram a um aumento geral nos índices de casamento e fertilidade entre as pessoas esquizofrênicas 
 Taxa de fertilidade das pessoas esquizofrênicas atualmente está próxima à taxa da população geral 
Doenças Não-psiquiátricas 
 Esquizofrênicos apresentam maior índice de mortalidade por acidentes e causas naturais do que a população 
geral -> não explicados por variáveis relacionadas à institucionalização ou tratamento; 
 Os índices mais elevados podem estar relacionados ao fato do diagnóstico e tratamento de condições 
médicas e cirúrgicas nos pacientes esquizofrênicos constituírem um desafio clínico. 
 Até 80% de todos os pacientes esquizofrênicos têm doenças não-psiquiátricas significativas e que até 50% 
dessas condições podem deixar de ser diagnosticadas. 
SÍNDROMES PSIQUIÁTRICAS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA 
 
 Esquizofrenia + transtornos esquizofrênicos = grupo de distúrbios mentais graves + sem sintomas 
patognomônicos + caracterizados por distorções do pensamento e da percepção por inadequação e 
embotamento do afeto sem prejuízo da capacidade intelectual (ao longo do tempo podem aparecer prejuízos 
cognitivos); 
 Não é uma dupla personalidade; 
 É chamada esquizo (fragmentada ou partida) frenia (mente) porque faz com que suas vítimas sofram 
profundas deficiências na capacidade de pensar com clareza e sentir emoções normais. 
 Atinge as pessoas no exato momento de preparação para entrar na fase de suas vidas em que podem 
alcançar seu maior crescimento e produtividade -> deixando a maioria delas incapaz de retornar à vida 
adulta normal: estudar, trabalhar, casar e ter filhos; 
 
Emanuelly Lopes Cardoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suicídio 
 Causa comum de morte entre pacientes esquizofrênicos -> médicos costumam associar o suicídio com 
transtornos de humor do que com os pacientes psicóticos; 
 50% dos pacientes tentam suicídio pelo menos 1x durante a vida -> 10-15% morrem durante o 
seguimento de 20 anos; 
 Ambos os sexos estão propensos ao suicídio; 
 Fatores de Risco: sintomas depressivos + pouca idade + altos níveis de funcionamento pré-mórbido 
(formação universitária); 
Uso e Abuso Associados de Substâncias 
 Tabagismo = mais de ¾ dos pacientes esquizofrênicos fumam + está associado com o uso de altas doses 
de drogas antipsicóticas (hábito de fumar aumenta o metabolismo dessas drogas); 
 Abuso de substâncias = cerca de 30-50% dos pacientes esquizofrênicos podem reunir os critérios 
diagnósticos para abuso de álcool ou dependência de álcool; As substâncias são cannabis (15-25%) e 
cocaína (5-10%); 
 Pacientes usam as drogas para reduzir os sintomas de depressão e ansiedade; 
 Indicador de mau prognóstico; 
Densidade Populacional 
 Prevalência de esquizofrenia tem sido correlacionada com a densidade populacional local em cidades 
com mais de 1 milhão de habitantes; 
 Correlação mais fraca são cidades com populações de 100.000 a 500.000 habitantes + inexistente em 
cidades com menos de 10.000 habitantes; 
 Incidência de esquizofrenia em filhos de um ou ambos os pais esquizofrênicos é 2x maior nas cidades do 
que em áreas rurais -> os estressores sociais podem afetar o desenvolvimento da esquizofrenia em 
pessoas de risco. 
Considerações Culturais e Socioeconômicas 
 Esquizofrenia = presente em todas as culturas e grupos socioeconômicos; 
 Nações industrializadas = número desproporcional de pacientes encontra-se nos grupos 
socioeconômicos inferiores -> hipótese da mobilidade descendente = pessoas afetadas movem-se para 
um grupo socioeconômico mais baixo ou deixam de sair desses grupos mais baixos em virtude da 
doença; 
 Explicação alternativa = estresses vivenciados por essas pessoas contribuem para o desenvolvimento da 
esquizofrenia + o estresse da industrialização causa esquizofrenia; 
 Alta prevalência em imigrantes recentes -> mudança cultural abrupta como um estressor; 
 Prevalência aumenta entre as populações dos países em desenvolvimento a medida que aumenta o 
contato com culturas tecnologicamente avançadas; 
 Culturas podem ser esquizofrenogênicas -> depende de como a doença mental é percebida na cultura + 
da natureza do papel do paciente + do sistema disponível de suporte social e familiar + da complexidade 
da comunicação social; 
 É prognosticamente benigna em nações menos desenvolvidas onde os pacientes são reintegrados às 
suas comunidades e famílias mais completamente do que nas sociedades ocidentais altamente 
civilizadas. 
 Desabrigados = relação com a alta hospitalar de pacientes esquizofrênicos que não estavam 
adequadamente engajados num serviço de acompanhamento + estima- se que a porcentagem seja de 
30-60%. 
Leitos em Hospitais Psiquiátricos 
 Desenvolvimento de drogas antipsicóticas efetivas + mudanças nas atitudes políticas e populares em 
relação ao tratamento e direitos dos doentes mentais -> mudança nos padrões de hospitalização para 
pacientes esquizofrênicos nas últimas quatro décadas. 
 A probabilidade de reinternação dentro dois anos após a alta da primeira hospitalização = 4-60%. 
 Pacientes esquizofrênicos ocupam cerca de 50% de todos os leitos de hospitais psiquiátricos + 
respondem por cerca de 16% de todos os pacientes psiquiátricos que recebem qualquer tipo de 
tratamento. 
 
Fatores de risco 
Associação genética 
 Parentes de primeiro grau de um paciente esquizofrênico = 10% (prevalência); 
 Taxa de concordância para gêmeos monozigóticos é de 44% -> o fato de que ser gêmeo monozigótico de um paciente 
esquizofrênico constitui o maior fator de risco isolado para esquizofrenia; 
 A herdabilidade para esquizofrenia = 0,83, uma das mais altas taxas entre todas as doenças psiquiátricas; 
 A carga genética vista isoladamente não determina o desenvolvimento da doença -> favorece um modelo aditivo de 
interação entre fatores genéticos e ambientais. 
Fatores de risco precoces - Complicações obstétricas 
 Reportadas em até 20% dos casos envolvendo pacientes esquizofrênicos; 
 Indivíduos do sexo masculino que apresentaram retardo no crescimento uterino = risco 3x maior; 
 Essas complicações levariam a um dano ao cérebro que predisporia ao desenvolvimento da esquizofrenia -> 
hipóxia/isquemia. 
Fatores de risco na infância 
 Crianças que apresentam parentes de primeiro grau esquizofrênicos = observadas alterações de função executiva, 
atenção, linguagem receptiva e desenvolvimento cognitivo; 
 Maior prevalência de alterações comportamentais, como ansiedade social e retraimento, e outras características 
esquizotípicas; 
 Alterações = expressão de redes neuronais aberrantes em desenvolvimento, sendo o surgimento da psicose um 
evento último numa maturação cerebral anormal. 
Fatores de risco tardios – Uso de maconha 
 Hipótese da automedicação = uso de maconha pelos pacientes para aliviar sintomas negativos (ansiedade, depressão 
e efeitos adversos dos antipsicóticos); 
 Hipótese de vulnerabilidade = maconha funciona como fator de risco para o desenvolvimento da esquizofrenia -> o 
uso da maconha precede o surgimento da doença + está relacionado a um risco maior de desenvolvê-la; 
 Uso de maconha aumenta 3x a chance de desenvolver esquizofrenia ou transtorno esquizofreniforme; 
 É necessária a ocorrência simultânea de outros fatores de risco; 
 A interação genes-fatores ambientais deve ocorrer em etapas específicas do desenvolvimento para a gênese da 
esquizofrenia. 
 
Manifestações Clínicas 
 Nenhum sinal ou sintoma clínico é patognomônico de esquizofrenia; 
 Cada sinal ou sintoma visto na esquizofrenia pode ser encontrado em outros transtornos psiquiátricos e neurológico; 
 Os sintomas podem mudar com o tempo -> um paciente pode ter alucinações intermitentes e variações em sua 
capacidade de comportar-se em situações sociais + sintomas sugestivos de um T. de humor podem ir e vir durante o 
curso da esquizofrenia; 
 É precisolevar em conta o nível educacional + capacidade intelectual + afiliação cultural e subcultural do paciente -> 
comprometimento de compreender conceitos abstratos pode refletir na escolaridade ou inteligência do paciente; 
 Alterações em quase todas as funções da esfera psíquica -> percepção, pensamento, linguagem, memória e funções 
executivas. 
 Os sintomas podem ser divididos em dois grupos: sintomas positivos e negativos: 
 Sintomas positivos = presença de manifestações psíquicas que deveriam estar ausentes; 
 Sintomas negativos = ausência de manifestações psíquicas que deveriam estar presentes. 
 
Emanuelly Lopes Cardoso 
 
 
 
Teorias de neurotransmissores 
Teoria dopaminérgica 
 Antipsicóticos agem por intermédio do antagonismo de receptores dopaminérgicos -> causam um aumento compensatório 
nos níveis de dopamina; 
 Anfetaminas são utilizadas como drogas de abuso + podem induzir quadros psicóticos em indivíduos sem patologia 
psiquiátrica prévia e precipitar crises em pacientes com esquizofrenia; 
 Atuam por meio da inibição do transportador de dopamina e do transportador vesicular de monoaminas -> leva à 
liberação de dopamina armazenada nos neurônios pré-sinápticos. 
 Antipsicóticos eram capazes de inibir a ativação e os movimentos estereotipados induzidos por anfetaminas; 
 Há uma relação entre a potência dos diferentes antipsicóticos e sua afinidade pelos receptores dopaminérgicos D2; 
 Há um maior aumento da liberação da dopamina após a administração de anfetamina em pacientes com esquizofrenia; 
 Hipofunção dopaminérgica no córtex pré-frontal responsável pelos sintomas negativos + um evento primário na 
esquizofrenia -> leva a uma hiperfunção dopaminérgica secundária no estriado -> leva ao surgimento dos sintomas positivos; 
 A teoria dopaminérgica quando vista isoladamente é falha em explicar algumas questões, tais como: o porquê de o início dos 
sintomas ocorrer usualmente na adolescência e no começo da vida adulta, como se dão as alterações estruturais cerebrais e 
os prejuízos cognitivos e o motivo de os antipsicóticos não serem igualmente eficazes sobre sintomas negativos. 
 
Fisiopatologia 
Teoria serotoninérgica 
 Uso de LSD causa sintomas como desrealização, despersonalização e alucinações visuais, experiências 
semelhantes a alguns sintomas da esquizofrenia -> esses efeitos se dão por intermédio do antagonismo de 
receptores serotoninérgicos; 
 Hipótese = déficit de serotonina na patogênese da esquizofrenia; 
 As evidências em favor da teoria dopaminérgica fizeram com que essa ideia fosse colocada de lado até o final da 
década de 1980, quando surgiram os antipsicóticos atípicos. 
 Esses antipsicóticos apresentavam ações antipsicótica com baixa capacidade de induzir sintomas 
extrapiramidais + afinidade maior por receptores serotoninérgicos do que por receptores dopaminérgicos; 
 Ação serotoninérgica seria responsável por um melhor efeito sobre sintomas negativos e teria reações 
protetoras sobre a indução de sintomas extrapiramidais; 
 Discordância dessa observação -> de acordo com as seguintes evidencias: 
a) Antipsicóticos típicos mostram grau comparáveis aos atípicos de ocupação 5-HT2A; 
b) A ocupação máxima 5-HT2A é obtida com doses de atípicos que não são antipsicóticas e os atípicos só se 
tornam efetivos quando a ocupação de D2 excede 65%, limiar que não difere do necessário para a ação 
do haloperidol. 
 
Teoria glutamatérgica 
 Infusão intravenosa de ketamina em indivíduos normais induz delírios, desorganização, ilusões visuais e 
auditivas e um estado amotivacional marcado por embotamento afetivo, isolamento e retardo psicomotor. 
 Os sintomas psicóticos são menos frequentes em crianças do que em adultos, sugerindo uma dependência da 
idade semelhante para a ação dos antagonistas NMDA e o início da esquizofrenia. 
 Estudos post-mortem = alteração na densidade de receptores glutamatérgicos e em sua composição no córtex 
pré-frontal, tálamo e lobo temporal, áreas que apresentam ativação diminuída durante testes de performance 
em esquizofrênicos. 
 Demonstrações de interligação dos sistemas glutamatérgico e dopaminérgico = são conceitos complementares 
na compreensão da patogênese da esquizofrenia. 
 Glutamato tem um papel importante na migração neuronal, no desenvolvimento de neurites, na sinaptogênese 
e na poda neuronal por apoptose. 
 Há uma grande diversidade de subtipos de receptores glutamatérgicos que são codificados geneticamente cuja 
expressão pode ser alterada por fatores ambientais durante o desenvolvimento cerebral -> cria um modelo de 
disfunção glutamatérgica para a interação de fatores de risco genéticos e ambientais observados na 
esquizofrenia; 
 
Outros neurotransmissores 
 Adenosina = ação modulatória sobre os sistemas glutamatérgicos e dopaminérgicos -> seu aumento durantes as fases 
iniciais do desenvolvimento cerebral = relacionado ao alargamento ventricular + alterações difusas de substância 
branca e cinzenta + redução do volume axonal; 
 Hipóxia + convulsões + infecções + traumas -> aumentam os níveis de adenosina; 
 Tratamentos farmacológicos que aumentam a atividade de adenosina têm se mostrado efetivos quanto à redução de 
sintomas positivos em pacientes esquizofrênicos 
 Há evidências do envolvimento de neurotransmissores colinérgicos; 
 
Hipótese Neurodesenvolvimental 
 Proliferação neuronal + das células da glia + migração celular + diferenciação morfológica e bioquímica + formação de 
sinapses = dependem de interações intracelulares com o ambiente celular -> determinam cada fase do processo de 
desenvolvimento cerebral; 
 Uma variação genética ou um fator ambiental -> leva a uma cadeia de eventos -> ocorrendo numa fase sensível -> 
podem determinar um desenvolvimento cerebral alterado -> provocando uma estrutura mais vulnerável ao 
surgimento e perpetuação da psicose e/ou de outros sintomas que compõem a esquizofrenia. 
 
 É dificil estabelecer uma causa única; 
 São necessários fatores predisponentes (genéticos, constitucionais, bioquímicos) + fatores ambientais para o 
desenvolvimento da doença; 
 Hipótese dopaminérgica = dopamina (neurotransmissor central liberado em vesículas nas sinapses do SNC) + 
envolvimento dos sistemas mesolímbico e mesocortical; 
 A mediação antipsicóticas bloqueia os receptores pós-sinápticos da dopamina do subtipo D2 -> melhora a 
sintomatologia; A administração de agonistas da dopamina piora a sintomatologia; 
 Antipsicóticos “de segunda geração” (atípicos)-> possuem perfil mais amplo + além do bloqueio dos receptores da 
dopamina, há o bloqueio dos receptores da serotonina do tipo 2 (5-HT2) -> sugere um papel para a serotonina na 
fisiopatologia da esquizofrenia. 
 Glutamato = relacionado ao desenvolvimento da esquizofrenia; 
 Hipótese glutamatérgica -> quantidades excessivas desse neurotransmissor são liberadas e exercem um efeito 
neurotóxico que desencadeia os sintomas da esquizofrenia. 
 Há um questionamento sobre o fato de a teoria dopaminérgica ser a única disfunção relacionada à esquizofrenia. 
 
História Natural 
 A história natural da esquizofrenia pode ser dividida em quatro fases: pré-mórbida, prodrômica, 
progressão e estabilização. 
 Fase pré-mórbida -> baixa sociabilidade + predileção por atividades solitárias ou ansiedade social + 
alterações cognitivas (principalmente déficits de memória verbal, atenção e funções executivas) -> 
identificadas já em filhos de indivíduos portadores de esquizofrenia = alterações pré-mórbidas; Essas 
alterações no comportamento (observadas desde a infância) podem progredir e estar associadas ao 
desenvolvimento da esquizofrenia. 
 Fase prodrômica -> período variável de tempo (meses) antecedendo a eclosão da psicose -> indivíduo 
pode apresentar um estado de apreensão e perplexidade sem um foco aparente = sentimento de que algo 
está para acontecer; Nota-se uma mudança no comportamento (individuo passa a ficar mais isolado e 
demonstra atitudespeculiares e excêntricas) -> pode ocorrer psicóticos breves e transitórios; 
 Progressão -> período prodrômico culmina com o primeiro episódio de psicose e inicia-se a chamada fase 
progressiva da esquizofrenia, podendo ocorrer deterioração. 
 Estabilização -> esquizofrenia evolui para fase estável, sujeita a recaídas + os sintomas negativos muitas 
vezes são detectáveis desde o princípio + os sintomas positivos ocorrem durante o período de 
exacerbação. 
 
Emanuelly Lopes Cardoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquizofrenia pelo CID-10 
• Esquizofrenia Paranoide -> delírios relativamente estáveis, geralmente acompanhados por alucinações, sobretudo 
auditivas, e outras alterações perceptivas. Distúrbios do afeto, volição, discurso e sintomas catatônicos não são 
proeminentes. Começo: mais ou menos aos 35 anos de idade (adultos maduros). O curso pode ser episódico (com remissões 
completas ou parciais) ou crônico. No curso crônico, os sintomas floridos persistem por anos, sendo difícil identificar 
episódios bem delimitados. Inclui-se aqui a chamada esquizofrenia parafrênica. 
• Esquizofrenia Hebefrênica -> mudanças afetivas = dominantes. O comportamento é irresponsável, imprevisível, e os 
maneirismos são comuns. Os delírios e alucinações são fugazes e fragmentários. O afeto é inadequado e, muitas vezes, 
acompanhado por risos imotivados, caretas, maneirismos, brincadeiras e queixas hipocondríacas. Humor do tipo alegre-
alvar. Pensamento desorganizado com discurso cheio de divagações e incoerente. O comportamento mostra-se 
extravagante, atoleimado, parecendo ao observador vazio de sentido e sentimento. Começo: mais ou menos aos 20 anos de 
idade (adolescentes e adultos jovens). O prognóstico geralmente é mau em razão do rápido desenvolvimento dos sintomas 
negativos, em especial embotamento afetivo e perda da volição. 
• Esquizofrenia Catatônica -> Distúrbios psicomotores proeminentes são aspectos essenciais e dominantes que podem se 
alternar entre extremos, tais como hipercinesia e estupor ou obediência automática e negativismo. Atitudes e posturas 
forçadas podem ser mantidas por longos períodos. Pacientes que não se comunicam, com manifestações clínicas de tipo 
catatônico, o diagnóstico de esquizofrenia deve ser considerado como provisório, até que outros sintomas mais evidentes 
possam permitir o estabelecimento do diagnóstico definitivo. Além dos critérios gerais para o diagnóstico de esquizofrenia 
um ou mais dos seguintes comportamentos deve dominar o quadro clínico: estupor ou mutismo + excitação + posturas 
inapropriadas ou bizarras + negativismo + rigidez + flexibilidade cérea + obediência automática, perseveração de palavras e 
frases; Começo: por volta dos 25-30 anos sob a forma de surtos agudos, de remissão fácil, inicialmente; em alguns casos, já 
desde o início pode apresentar curso crônico. Incluem-se: estupor catatônico, catatonia esquizofrênica, flexibilidade cérea 
esquizofrênica e catalepsia esquizofrênica. 
• Esquizofrenia Residual -> estágio crônico na evolução do transtorno esquizofrênico em que houve uma progressão clara de 
um estágio inicial (um ou mais episódios inequívocos de esquizofrenia) para um estágio mais tardio com predominância de 
sintomas negativos de longa duração, embora não absolutamente irreversíveis. 
• Depressão pós esquizofrênica -> Episódio depressivo eventualmente prolongado que ocorre ao fim de uma afecção 
esquizofrênica. Ao menos alguns sintomas esquizofrênicos “positivos” ou “negativos” devem ainda estar presentes mas não 
dominam mais o quadro clínico. Este tipo de estado depressivo acompanha-se de um maior risco de suicídio. Se o paciente 
não apresenta mais nenhum sintoma esquizofrênico, deve-se fazer um diagnóstico de episódio depressivo (F32). Se os 
sintomas esquizofrênicos ainda são aparentes e proeminentes, deve-se manter o diagnóstico da forma clínica apropriada da 
esquizofrenia. 
• Esquizofrenia Simples/Indiferenciada -> transtorno caracterizado pela ocorrência insidiosa e progressiva de excentricidade 
de comportamento, incapacidade de responder às exigências da sociedade, e um declínio global do desempenho. Os 
padrões negativos característicos da esquizofrenia residual (por exemplo: embotamento do afeto e perda da volição) se 
desenvolvem sem serem precedidos por quaisquer sintomas psicóticos manifestos 
 
Sintomas Negativos 
 Embotamento afetivo -> expressão facial inalterada + diminuição dos movimentos espontâneos + pobreza de gestos 
expressivos + pouco contato visual + diminuição ou ausência de resposta afetiva + afeto inapropriado + falta de modulação 
vocal 
 Alogia-> pobreza de fala + pobreza de conteúdo de fala + bloqueio do pensamento + maior latência de resposta 
 Abulia-apatia -> deficiência nos cuidados pessoais e na higiene + falta de persistência no trabalho ou nos estudos + anergia 
física 
 Anedonia -> pouco interesse + poucas atividades recreativas + comprometimento das relações afetivas + poucos 
relacionamentos com amigos 
 Atenção -> diminuição de concentração 
Sintomas Positivos 
 Alucinações 
 Delírios 
 Comportamento bizarro 
 Alterações na forma do pensamento 
Critérios Diagnósticos 
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante um 
período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3): 
1. Delírios. 
2. Alucinações. 
3. Discurso desorganizado. 
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. 
5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia). 
B. Por período significativo de tempo desde o aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento em uma 
ou mais áreas importantes do funcionamento, como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado, está 
acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início (ou, quando o início se dá na infância ou na 
adolescência, incapacidade de atingir o nível esperado de funcionamento interpessoal, acadêmico ou 
profissional). 
C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. Esse período de seis meses deve 
incluir no mínimo um mês de sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que precisam satisfazer ao 
Critério A (sintomas da fase ativa) e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses 
períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas 
negativos ou por dois ou mais sintomas listados no Critério A presentes em uma forma atenuada (crenças 
esquisitas, experiências perceptivas incomuns). 
D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características psicóticas são 
descartados porque 1) não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos concomitantemente com os 
sintomas da fase ativa, ou 2) se episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração 
total foi breve em relação aos períodos ativo e residual da doença. 
E. A perturbação pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou 
a outra condição médica. 
F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da comunicação iniciado na infância, o 
diagnóstico adicional de esquizofrenia é realizado somente se delírios ou alucinações proeminentes, além dos 
demais sintomas exigidos de esquizofrenia, estão também presentes por pelo menos um mês (ou menos, se 
tratados com sucesso). 
Especificar se: 
 Os especificadores de curso a seguir devem somente ser usados após um ano de duração do transtorno e se não 
estiverem em contradição com os critérios de curso diagnóstico. 
 Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo: A primeira manifestação do transtorno atende aos sintomas 
diagnósticos definidos e ao critério de tempo. Um episódio agudo é um período de tempo em que são satisfeitos os 
critérios de sintomas. Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial: Remissão parcial é um período de tempo durante o qual é 
mantida uma melhora após um episódio anterior e em que os critérios definidores do transtorno são atendidos 
apenas em parte. 
 Primeiro episódio, atualmente em remissão completa: Remissão completa é um período de tempo após um 
episódio anterior durante o qual não estão presentes sintomas específicos do transtorno. 
 Episódios múltiplos, atualmente em episódio agudo: Múltiplos episódios podem ser de- terminados após um 
mínimo de dois episódios (após um primeiro episódio, uma remis- são e pelo menos uma recaída). 
 Episódios múltiplos, atualmente em remissão parcial 
 Episódios múltiplos, atualmente em remissão completa 
 Contínuo: Os sintomas que atendem aos critérios de sintomas diagnósticos do transtorno permanecem durante a 
maior parte do curso da doença, com períodos de sintomas em nível subclínico muito breves em relação ao curso 
geral. 
 Não especificado 
Especificar se: Com catatonia 
Especificar a gravidade atual: 
 A gravidade é classificada por uma avaliação quantitativa dos sintomas primários de psicose, o que inclui delírios, 
alucinações, desorganização do discurso, comportamento psicomotor anormal e sintomas negativos. 
 Cada um desses sintomas pode ser classificado quanto à gravidade atual (mais grave nos últimos sete dias) em uma 
escala com 5 pontos, variando de 0 (não presente) a 4 (presente e grave). 
Nota: O diagnóstico de esquizofrenia pode ser feito sem a utilização desse especificador de gravidade. 
 
 
Emanuelly Lopes Cardoso 
 
 
Diagnóstico Diferencial 
 Sintomas psicóticos = encontrados em outras doenças + abuso de substâncias (alucinógenos, fenilciclidina, 
anfetaminas, cocaína, álcool) + intoxicação devido a medicamentos de prescrição comum 
(corticosteroides, anticolinérgicos, levodopa) + infecções + alterações metabólicas e endrocrinológicas + 
tumores + epilepsias do lobo temporal. 
 Transtornos mentais primários que devem ser diferenciados: transtorno esquizoafetivo, o transtorno do 
humor, o transtorno delirante e os transtornos de personalidade; 
 Principal distinção em relação ao transtorno esquizoafetivo ou os transtornos do humor com sintomas 
psicóticos = na esquizofrenia uma síndrome depressiva ou maníaca completa ou está ausente ou se 
desenvolve após os sintomas mais significativos. 
 A diferença em relação aos transtornos delirantes = na esquizofrenia os delírios tendem a ser bizarros, 
com presença de alucinações e marcados por prejuízos na esfera afetiva. 
 Transtorno depressivo maior ou transtorno bipolar com características psicóticas ou catatônicas -> A 
distinção depende da relação temporal entre a perturbação do humor e a psicose + da gravidade dos 
sintomas depressivos ou maníacos -> se delírios ou alucinações ocorrem exclusivamente durante um 
episódio depressivo maior ou maníaco = transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características 
psicóticas. 
 Transtorno esquizoafetivo -> o diagnóstico de transtorno esquizoafetivo exige que um episódio 
depressivo maior ou maníaco ocorra ao mesmo tempo em que ocorrem os sintomas da fase ativa e que os 
sintomas de humor estejam presentes na maior parte do tempo da duração total dos períodos ativos. 
 Transtorno esquizofreniforme e transtorno psicótico breve -> esses transtornos têm duração menor que 
a esquizofrenia + no transtorno esquizofreniforme, a perturbação está presente durante menos de seis 
meses + no transtorno psicótico breve os sintomas estão presentes durante pelo menos um dia, em 
tempo inferior a um mês. 
 Transtorno delirante -> pode ser diferenciado da esquizofrenia pela ausência dos demais sintomas 
característicos de esquizofrenia (delírios, alucinações auditivas ou visuais proeminentes, discurso 
desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos). 
 Transtorno da personalidade esquizotípica -> pode ser diferenciado de esquizofrenia por sintomas 
subliminares associados a características persistentes de personalidade. 
 Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno dismórfico corporal -> esses transtornos são diferentes da 
esquizofrenia por apresentarem obsessões proeminentes, compulsões, preocupações com aparência ou 
odores do corpo, acumulação compulsiva, comportamentos repetitivos com foco no corpo. 
 Transtorno de estresse pós-traumático -> pode incluir flashbacks com uma qualidade alucinatória, e a 
hipervigilância pode atingir proporções paranoides. Todavia, há necessidade de um evento traumático e 
de aspectos sintomáticos característicos relativos a revivências ou reações ao evento para que seja feito 
um diagnóstico. 
 Transtorno do espectro autista ou transtornos da comunicação -> diferem pelos déficits na interação 
social, com comportamentos repetitivos e restritos e outros déficits cognitivos e de comunicação. Um 
indivíduo com transtorno do espectro autista ou transtorno da comunicação deve ter sintomas que 
satisfaçam todos os critérios de esquizofrenia, com alucinações ou delírios proeminentes durante pelo 
menos um mês a fim de ser diagnosticado com esquizofrenia como uma condição comórbida. 
 Outros transtornos mentais associados com um episódio psicótico -> diagnóstico de esquizofrenia é feito 
apenas quando o episódio psicótico é persistente, não podendo ser atribuído a efeitos fisiológicos de uma 
substância ou a outra condição médica. 
 Indivíduos com delirium ou transtorno neurocognitivo maior ou menor podem apresentar sintomas 
psicóticos -> estes devem ter relação temporal com o início das mudanças cognitivas consistentes 
com esses transtornos. 
 Indivíduos com transtorno psicótico induzido por substância/medicamento podem apresentar 
sintomas característicos do Critério A para esquizofrenia, porém o transtorno psicótico induzido por 
substância/medicamento pode ser geralmente diferenciado pela relação cronológica do uso da 
substância com o início e a remissão da psicose na ausência do uso de substância. 
 
Manejo terapêutico 
O tratamento da esquizofrenia é realizado principalmente com o uso dos neuropléticos (antipsicóticos de primeira ou 
segunda geração - atípicos) e as intervenções psicossociais. 
Antipsicóticos 
 Antipsicóticos de primeira geração -> agem bloqueando os receptores D2 de dopamina pós-sinápticos nas regiões 
mesolímbica e mesocortical -> esse bloqueio inicia uma cascata de eventos que são responsáveis pelas ações 
terapêuticas agudas e a longo prazo; 
 A alta afinidade pelos receptores dopaminérgicos no sistema nigroestriatal e túbero-infundibular está associada à 
indução das síndromes extrapiramidais + alterações dos movimentos + estado de menor motivação + indiferença a 
estímulos que pode mimetizar sintomas negativos. 
 Os antipsicóticos atípicos ou de segunda geração provavelmente bloqueiam os receptores serotoninérgicos pré-
sinápticos (5HT2) e a ação antagonista D2 seletiva em regiões mesolímbicas, caracterizando-se clinicamente por um 
menor potencial em provocar sintomas extrapiramidais e alterações do movimento, além de eficácia superior na 
melhora de sintomas negativos e cognitivos. 
Tratamento do episódio agudo da esquizofrenia 
 Episódio agudo = controle rápido da sintomatologia para aliviar o sofrimento e a angústia do paciente + familiares; 
 Hospitalização -> indicada quando há falta de suporte familiar e risco para o próprio paciente e os familiares. 
 Quando há suporte familiar não há necessidade de internação, e o paciente pode ser tratado ambulatoriamente. 
 Escolha da droga -> deve-se procurar usar uma só droga e evitar associações de medicamentos + considerar 
experiências anteriores do paciente em relação à resposta a determinada droga. 
 Os neurolépticos não diferem em relação à ação antipsicótica -> desde que sejam utilizadas doses equivalentes 
adequadas, a diferença se faz em relação aos efeitos colaterais; 
 O efeito terapêutico nos quadros agudosocorre entre 10 e 15 dias, e 95% dos pacientes que receberam a 
medicação em dose adequada apresentaram melhora entre 1 e 2 meses. 
Tratamento de manutenção 
 Pacientes que se beneficiaram do tratamento agudo com medicações antipsicóticas são candidatos ao tratamento 
de manutenção de longo prazo -> tem como objetivo o controle da remissão dos sintomas psicóticos. 
 Pelo menos 1 a 2 anos de tratamento são recomendados após o episódio psicótico inicial -> alto risco de recaída + 
possibilidade de deterioração social causada por novas recaídas. 
 Episódios múltiplos -> são recomendados pelo menos 5 anos de tratamento -> por aumentar o risco de recaídas e 
suas consequências + o tratamento por prazo indefinido ou talvez durante toda a vida será necessário na maioria 
dos casos. 
Neurolépticos de ação prolongada (depósito) 
 Uso contínuo de neuroléptico oral ou de depósito para o tratamento de manutenção de pacientes com 
esquizofrenia =uma das práticas clínicas em psiquiatria mais embasadas por evidências científicas. 
 Adesão ao tratamento = uma das principais dificuldades -> intimamente ligada às recaídas. 
 Neurolépticos de ação prolongada -> podem ser aplicados em intervalos de tempo mais prolongados, sem prejuízos 
dos níveis terapêuticos -> em vez de administrados diariamente são aplicados em intervalos de 1-4 semanas. 
 Indicados para pacientes que apresentam recaídas frequentes com neurolépticos orais -> decorrentes do 
prejuízo da adesão ou de metabolizadores rápidos. 
 Com as medicações de ação prolongada administradas por via intramuscular, evita-se a passagem pelo trato 
gastrintestinal e pelo fígado, permitindo maior biodisponibilidade. 
 São aplicados preferencialmente por via intramuscular profunda -> podem ocorrer irritações no local da 
aplicação, mas é um evento raro. 
 O perfil dos demais efeitos colaterais é semelhante ao dos neurolépticos orais. 
 Em relação ao haloperidol, a conversão da dose oral para a de ação prolongada é dose oral X 15-20 = a dose 
de ação prolongada/4 semanas. Essa dose pode ser dividida em períodos de duas semanas. 
 A dose habitual do decanoato de haloperidol é 50-100 mg/4 semanas. 
 
Emanuelly Lopes Cardoso 
 
Intervenções psicossociais 
 Hospitalizações tornam-se mais breves -> tratamentos se direcionam para o atendimento 
ambulatorial e comunitário; 
 Pacientes com esquizofrenia podem se beneficiar de programas de hospital-dia ou hospitalização 
parcial, especialmente aqueles com sintomas que não responderam de forma adequada à 
medicação. 
 Esses programas devem ter atendimento durante a semana, integrando a intervenção 
farmacológica às intervenções psicossociais, incluindo terapia ocupacional, psicoterapia individual 
ou grupal, grupos operativos, oficinas protegidas, treinamento de habilidades sociais e terapia 
familiar; 
 Terapia familiar + intervenções diretamente direcionadas ao paciente = redução das taxas de 
recaídas na esquizofrenia = melhor prognóstico. 
 As famílias necessitam de orientações sobre a natureza da doença, desenvolvimento de 
habilidades para o melhor relacionamento possível com o paciente + ajuste de suas expectativas 
aos reais limites de cada paciente + compartilhar o sofrimento com outros familiares e a equipe de 
saúde quanto às dificuldades em conviver com um de seus membros com um transtorno mental. 
 
 
 
Risperidona = efeitos colaterais mais comuns = insônia + agitação + ansiedade + cefaleia + 
sonolência + fadiga + exacerbação da DM;

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