Diagnóstico de Doenças Fúngicas

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Thaís Cimino Moreira Mota 3º período 2020 
 
Diagnóstico laboratorial de doenças fúngicas 
 
Importância diagnóstico etiológico relacionado à escolha da estratégia terapêutica. 
Procurar saber que é o MO. Cada grupo produzi determinada toxina, o que está ligado ao 
potencial de patogenicidade e também determina a sensibilidade aos medicamentos 
antimicrobianos. Quanto mais informações a respeito do agente, melhor a conduta 
terapêutica tanto no sentido de enfrentamento do agente etiológico, como também agredir 
minimamente o organismo humano. 
Etapas importantes: anamnese, avaliação clínica e escolha do material biológico. 
Superficial: raspagem da lesão. Doenças mais graves, exemplo pulmonar: escarro. 
Metodologia adequada para manipulação. 
 
Maneiras pelas quais os fungos causam danos à saúde (não é apenas através 
de infecções – colonizações e adaptação): 
- Intoxicação (micotoxicoses): ingestão de alimentos que contenham previamente 
toxinas que tem ações variadas, como por exemplo: neurotóxicas agindo direto no SNC, 
enterotoxinas (fonte de proteínas, sendo utilizados como fonte de alimentação) causando 
danos gastrointestinais. Muitas espécies se assemelham macroscopicamente. Processos 
agudos e rápidos. Pode ter também micotoxicoses crônicas através da ingestão de 
alimentos contaminados (aspergilus) que produzem micotoxinas, sem manifestações 
agudas. Ex: carcinoma hepatocelular primário: ingestão de micotoxinas (aspergilus) e 
hepatite B. 
- Hipersensibilidade: diminuição da umidade relativa do ar. O fungo passa a fazer 
mais esporulação. As estruturas de reprodução assexuada tornam-se alergênicas. As 
conídias ao serem inaladas, estimulam respostas imunológicas e desenvolvem uma cadeia 
de eventos ligados a resposta e reações de hipersensibilidade que são responsáveis por 
manifestações alérgicas. Antecedem infecções respiratórias. Desencadeiam reações 
imunológicas. 
- Colonização do hospedeiro (infecções): micoses superficiais, subcutâneas 
(envolvimento de canais linfáticos), e profundas. Todas são consideradas infecciosas 
oportunistas. Importância da anamnese: fatores coadjuvantes no processo de 
adoecimento: doenças de base, ocupação que o predispõe a um contato frequente e com 
carga elevada de fungos (questão ocupacional). 
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Thaís Cimino Moreira Mota 3º período 2020 
 
Fungos unicelulares (leveduriformes), pluricelulares (filamentosos, bolores) e 
dimórficos (na natureza: micelial, hospedeiro humano: leveduriformes). 
Clarificação do material: tratamento primário no laboratório (com hidróxido de 
potássio) por ser estruturas delicadas, é necessário fazer isso para destruir estruturas 
celulares humanas que contaminam o material biológico, preservando estruturas fúngicas. 
De modo que, quando observar na microscopia, terá uma digestão parcial (clarificação) 
do material, visualizando melhor estruturas fúngicas que são resistentes ao KOH. Melhor 
qualidade do material. 
Colocar KOH e levar diretamente ao microscópio: exame direto. Para fungos tem 
muita importância, uma vez que, muitos podem ser cultivados em laboratórios, mas é um 
processo extremamente demorado. O cultivo de fungo exige meios diferentes e muito 
tempo (mínimo 10 dias). Essa demora pode retardar o início do tratamento do paciente e 
comprometer o estado de saúde no caso de doenças graves e profundas. Ao fazer exame 
direto observa-se: estruturas fúngicas (informação importante) permitindo diagnóstico 
diferencial entre fungos e bactérias. 
Fungos multicelulares: metodologias mais utilizadas são baseadas nas 
características morfológicas, já leveduriformes: testes relacionados à fisiologia do MO 
(fermentação de açúcares, produção de enzimas). 
- Filamentosos: tratamento com KOH, exame direto, meio de cultura (rico em 
açúcar), antibacterianos para inibir crescimento de bactérias no meio, evitando que seja 
mascarado o crescimento fúngico. Utiliza-se também cicloheximida, antifúngico que atua 
sobre fungos contaminantes, de baixo potencial de patogenicidade. 
- Miceliais: observação de aspectos morfológicos é fundamental. Precisa fazer 
cultura (exame direto), mas faz também o de observação. O tempo de espera varia de 
acordo com o tipo de fungo envolvido no processo infeccioso. Leveduras crescem mais 
rápido. Observação macroscópica: coloração, textura, tamanho, aspecto. Montagem de 
lâminas (adiciona lactofenol). No microscópio observa-se: hifas, se são septadas ou não, 
micro e macroconídias. 
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Aspectos macroscópicos. 
 
Quanto + pigmentos + patogênicos. Escuros: dermatiáceos. 
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Estruturas observadas à microscopia: cada grupo apresenta estruturas diferentes. 
Hifas (filamentosos), podem ser septadas ou não, microconídias, macroconídias, 
microconídias com pedúnculo (penicilium). Aspergilus (formato de sol). 
 
Microcultivo em lâminas: preservação de arranjos estruturais. 
Leveduras: processo tem como base observações fisiológicas. Prova do tubo 
germinativo (ex: cândida. Quando em processo infeccioso, emite prolongamentos 
imitando hifas que tem como objetivo fixação e invasão de tecidos nas células humanas. 
Pode causar infecções mais profundas. Filamentosos e/ou dimórfico: superficiais.). 
Fisiopatologia semelhança às bactérias: produção de adesinas, produção de toxinas e 
citotoxinas. Fermentação de carboidratos, produção de enzimas, assimilação de diferentes 
fontes de nitrogênio: testes bioquímicos que ajudam a identificar. 
Para fungos, o diagnóstico diferencial é importante para direcionar o melhor grupo 
de drogas antimicrobianas a ser utilizado. Saber qual é o gênero e espécie, tem se tornado 
importante também. O arsenal terapêutico é reduzido, então, basicamente como alvo 
eficaz, há somente ergosterol. Se as doenças causadas por fungos são mais superficiais 
(menos agressivo: tópico), devem ser tratadas de forma diferente das profundas (mais 
agressivas: droga de circulação ou uso oral). Saber a espécie é importante para sinalizar 
que é fungo, mas também, sinalizar o tipo de fungo. Associado à avaliação clínica, 
escolhe-se a conduta terapêutica correta. A forma de utilizar esse arsenal antifúngico, 
pode minimizar impacto da toxicidade quanto para o efeito de modo geral. Realização de 
antibiograma e determinação de concentração inibitória mínima (menor concentração da 
droga capaz de inibir o crescimento). Coloração de cápsula. 
 
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Determinação de concentração inibitória mínima. 
 
 
Transparente: cápsula. 
 
Cryptococos: capsulada, muito agressiva, principais causa de meningite, principal 
causa de meningite não bacteriana. Tropismo pelo SNC. Presente no líquor, faz punção, 
coleta material biológico e faz a coloração especial (ex acima) por exame direto. 
 
Testes de sensibilidade: susceptibilidade e concentração inibitória mínima. 
Utilização de meios líquidos ou sólidos. Em meios sólidos: usa uma fita embebida no 
fluconazol ou outras drogas antifúngicas. Cada ponto da fita mostra uma concentração. 
Pega a placa de petri com meio adequado para o crescimento do MO que deseja testar, 
faz-se semeio com uma camada do MO, deixa secar e absorvere coloca-se essa fita. A 
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tarja amarela mais escura reflete que o MO cresceu. A transparente significa que houve 
inibição. Observa-se a quantidade mínima que foi capaz de inibir o crescimento. 
 
 
 
 OBS: Importância para escolha certa. Arsenal reduzido. Toxicidade. Possibilidade 
de outras doenças de base quando há infecções mais graves. Contrário da localizada é 
sistêmica. Contrário da superficial é profunda. Pode ser superficial sistêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
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