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Livro-Texto - Unidade II (3)

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48
Unidade II
Unidade II
5 DIÁRIO DE CAMPO, ESTUDO SOCIAL, ESTUDO SOCIOECONÔMICO
Neste momento, serão abordados os instrumentais utilizados no cotidiano do assistente social. 
No entanto, o profissional não deve ter a sua prática reduzida aos instrumentais, mas não se pode 
depreciá‑los. Os instrumentais são basais à categoria. Eles auxiliam o profissional no processo de 
sua prática de trabalho, na efetivação dos direitos sociais, além de imprimirem a necessidade social 
da profissão.
Assim sendo, o estudo será focado nos instrumentais técnico‑operativos, ou seja, os dispositivos 
dos quais nos valemos para dar concretude à ação profissional. Mas quais são eles? O diário de campo, 
a entrevista, os estudos sociais e socioeconômicos, o laudo social, a observação, o parecer social, a 
perícia social, os relatórios e as visitas domiciliares e institucionais. Também será discutido o trabalho 
com grupo e com as comunidades, a educação popular e a elaboração de planos, programas e projetos, 
incluindo a compreensão para a elaboração de orçamento público.
5.1 Diário de campo
Certamente, você já ouviu falar do diário de campo. Ele é um instrumental do profissional que está 
atuando, que tanto pode ser usado como um elemento para registro e reflexão quanto por profissionais 
que já estão habilitados.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre o diário de campo, leia o texto a seguir:
ARAÚJO, K. S. R. da S.; KIAZURA, M. A. Análise da prática do estágio 
em serviço social. In: I SIMPÓSIO DE PESQUISA SOCIAL E I ENCONTRO 
DE PESQUISADORES EM SERVIÇO SOCIAL, 2018, Curitiba. Anais [...]. 
Curitiba: Uninter, 2018. Disponível em: <https://www.uninter.com/
cadernosuninter/index.php/humanidades/article/view/787/557>. Acesso 
em: 8 jul. 2019.
Nele temos o relato de experiência de estágio que cita o diário de 
campo e demais elementos que estão presentes na vivência do estagiário 
de serviço social.
49
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
O diário de campo é um documento em que se relata cotidianamente as ações do estagiário ou do 
assistente social. O que é registrado no diário de campo vai depender, em grande medida, da situação 
vivenciada no momento, ou seja, se estagiário ou se profissional em um dado contexto específico. 
Em tese, o diário de campo faz menção a “[...] uma forma de registro de observações, comentário e 
reflexões para uso individual do profissional e do aluno” (LIMA, MIOTO, DAL PRÁ, 2007, p. 99). No 
entanto, há alguns aspectos que precisam ser observados na elaboração do diário de campo, os quais 
aplicam‑se tanto ao profissional habilitado quanto ao aluno ou estagiário de serviço social.
Em sua análise sobre o diário de campo, Fraga, Gaviragui e Goerk (2015) indicam que um critério 
importante para tal documento é a redação. Isso porque o diário de campo pressupõe a descrição de 
situações vivenciadas no cotidiano das práticas profissionais ou de formação. Assim, um bom diário 
de campo é aquele em que o autor descreve, de forma clara e contextualizada, uma experiência. 
Para ser elaborado, o diário de campo não precisa de uma linguagem composta por uma série de 
palavras rebuscadas, diferenciadas, mas sim de um texto que transmita o conhecimento àquele que 
o lê. Ou seja, não há necessidade de termos incompreensíveis, mas, observa‑se a norma culta e a 
construção de sentido.
 Observação
O analfabeto funcional é aquela pessoa que, apesar de alfabetizada, não 
consegue decodificar os textos, apresentando grande comprometimento 
em sua interpretação até mesmo de textos simples.
Os autores chamam a atenção para os vários fatores que comprometem negativamente a redação 
de um texto dessa natureza. Dentre eles, apresentam a dificuldade de interpretação a que alunos e 
profissionais estão submetidos cotidianamente. No caso, os autores precisam que a dificuldade dessa 
natureza está vinculada a deficiências nos anos iniciais da escolarização, ou seja, a pessoa não vivenciou 
de forma positiva seu processo formativo antes de ingressar na universidade. Dessa forma, é esperado 
que o profissional apresente maior dificuldade para escrever e interpretar ou decodificar símbolos. Aliás, 
essa deficiência, gestada em anos de escolarização precária, emerge na universidade, mas representa 
um longo ciclo evolutivo de degradação da educação brasileira. Interessante que os autores destacam 
o conceito de analfabeto funcional, que seria a pessoa que conhece o alfabeto, mas não sabe fazer uso 
dele quando necessário, sobretudo, na leitura de um texto. É a dificuldade de interpretação. Por outro 
lado, seguindo o caminho dos autores, pode‑se inferir que aquele que tem dificuldade de interpretar, 
que não consegue ler texto, também apresentará dificuldade para a escrita.
De acordo com Fraga, Gaviragui e Goerk (2015), aqueles que chegam às universidades com essa 
dificuldade podem minimizá‑la, sendo que para isso é importante a realização das leituras. Os autores 
até indicam que têm ciência de que o cotidiano dos universitários e também dos profissionais acaba 
dificultando que eles façam leituras que os ajudem a superar essas deficiências. Para tanto, eles indicam 
que a realização de leituras seria o único caminho para a superação das dificuldades comumente 
apresentadas na escrita e, por conseguinte, na elaboração do diário de campo. Claro que a leitura não 
influencia positivamente somente nesse aspecto, mas em toda a produção de alunos e profissionais.
50
Unidade II
 Lembrete
Aos que possuem dificuldade, a leitura amplia a capacidade de 
interpretação e de escrita, aos que não possuem dificuldade, a leitura 
amplia o repertório e a capacidade intelectiva, então é sempre bom tentar 
conservar o hábito de ler.
Além de uma boa redação e de leitura, para elaborar o diário de campo, também é necessário 
que o autor desenvolva uma postura investigativa, a qual requer que o assistente social sempre 
busque manter‑se informado, atualizado e fortalecido no sentido do aprimoramento intelectual. 
Aliás, o Código Profissional de Ética do Assistente Social apresenta o aprimoramento intelectual dos 
profissional como um direito do assistente social, considerando‑o como algo basal para a efetivação 
dos princípios indicados no referido código. No momento em que apresenta os direitos do assistente 
social, o Código indica, no item f, “[...] aprimoramento profissional de forma contínua, colocando‑o a 
serviço dos princípios desse código” (CFESS, 1993, p. 26). Apesar de o Código estar orientado para os 
profissionais habilitados, é importante que os alunos também observem esses aspectos vinculados ao 
Código, buscando incorporá‑los já durante seu processo formativo e sempre usando em seu benefício 
para melhor qualificação constantemente.
Já no sentido da elaboração escrita, Fraga; Gaviragui e Goerk (2015) oferecem também algumas 
indicações para a elaboração do diário, como, por exemplo, a necessidade de relatar o que aconteceu 
no dia de trabalho ou de estágio. Mas, para isso, os autores indicam que é necessário não perder a 
sensibilidade diante das situações com as quais os profissionais se deparam (FRAGA; GAVIRAGUI; GOERK, 
2015). Portanto, citar autores, analisar os fenômenos à luz de um referencial teórico é muito válido e 
importante, mas ficar preso a esse formato de relato e não expor a perspectiva do autor do diário de 
campo torna este processo mecânico, comprometendo a capacidade crítica do autor. Por outro lado, na 
elaboração do diário de campo, é importante “[...] usarem a sensibilidade, escutarem o que sentem [...]” 
(FRAGA; GAVIRAGUI; GOERK, 2015, p. 266).
É preciso estar à vontade com a escrita, estar envolvido com esse processo, o qual deve ser um 
momento de reflexão, que permita a junção entre teoria e prática. Portanto, não deve ser elaborado para 
atender à necessidade dos supervisores, ou seja, não deve ser escrito de forma a “agradar” supervisor 
acadêmico ou supervisor de campo, mas sim deve ser elaborado para que o estagiário consiga realizar 
uma análise dialética da realidade.No caso do profissional habilitado, também é importante que o 
registro não seja condicionado a interesses que lhes são superiores, de instâncias superiores, mas que, de 
fato, represente a realidade vivida no espaço de trabalho. Esse tipo de documento, por sua vez, representa 
a identidade profissional. Ou seja, ao ler um documento desse formato, temos muitas informações a 
respeito do profissional que as elaborou ou mesmo do aluno.
No caso específico do estagiário, o diário de campo é um instrumento de supervisão, mas também 
pode ser usado como um recurso de pesquisa, indicando possíveis temas para a elaboração do TCC. Para 
o profissional, trabalhador, o diário de campo pode oferecer elementos para a análise crítica das ações 
51
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
realizadas e, consequentemente, para o planejamento de ações futuras. O diário de campo é, em ambos 
os casos, o registro de memórias de uma trabalho realizado.
O diário de campo é um instrumento que nos possibilita retornar a uma 
situação já passada e nela perceber determinações que constituem o 
presente. Também nos permite assimilar mais facilmente a continuidade 
de uma intervenção que está sendo ou já foi objeto de sistematização da 
intervenção profissional, colaborando com a memória profissional e com a 
qualificação das ações [...] (COSTA; GUINDANI, 2012, p. 270 apud FRAGA; 
GAVIRAGUI; GOERK, 2015, p. 266).
O diário de campo se constitui ainda como um dispositivo de reflexão sobre a questão social, além 
de ser um instrumento que mobiliza o autor à pesquisa. Ele é:
[...] um instrumental qualitativo que fornece dados empíricos e 
subsídios para a análise e reflexão da prática, e potencialmente pode ser 
transformado num espaço de mediações teórico‑práticas e elaborações 
teóricas, isto é, num instrumento de pesquisa e investigação sobre o 
cotidiano profissional (COSTA; GUINDANI, 2012, p. 273 apud FRAGA; 
GAVIRAGUI; GOERK, 2015, p. 270).
Ou seja, não é um instrumental aleatório, mas congrega, em tese, a capacidade teleológica do 
profissional que, por meio de uma análise, consegue rever as ações do passado e projetar ações futuras. 
Afinal, o fato do diário de campo se consolidar como um instrumento de pesquisa e de investigação 
profissional é condição imprescindível para que o estagiário ou o profissional possa reorganizar 
intervenções futuras. Lima, Mioto e Dal Prá (2007) destacam que há profissionais que fazem o registro 
das atividades relacionadas aos processos de trabalho e há outros que o utilizam especificamente com 
a finalidade de realização de pesquisa. Assim, há casos de pesquisadores, escritores e todo um público 
específico que utiliza o diário de campo somente como uma metodologia de pesquisa.
Nesse sentido, Lima, Mioto, Dal Prá (2007) enfatizam que a documentação incorpora um importante 
aspecto do trabalho do assistente social. A sistematização da documentação é um dos elementos da 
ação profissional. Dito de outra forma, apesar de os documentos de ação profissional serem flexíveis e 
dinâmicos, eles permitem ao profissional uma revisão da ação, bem como o planejamento da intervenção 
futura. De qualquer forma, a documentação, assim como o diário de campo, são elementos integrantes 
do exercício profissional do assistente social. Assim, “[...] a documentação pode ser considerada como 
um elemento constitutivo da ação profissional, uma vez que ela lhe dá materialidade ao compreender a 
realização da ação” (LIMA; MIOTO; DAL PRÁ, 2007, p. 95).
Tanto Lima, Mioto e Dal Prá (2007) quanto Fraga, Gaviragui e Goerk (2015) nos advertem quanto ao 
fato de que tanto profissionais atuantes quanto estagiários apresentam dificuldades em registrar suas 
atividades todos os dias. No entanto, ao incorporar a documentação como um elemento constitutivo 
da ação profissional, com o tempo, essa e outras dificuldades, como a de elaboração do relato, acabam 
sendo suprimidas. No entanto, isso só é possível a partir de muito treino e leitura.
52
Unidade II
Dentro dessa compreensão, os autores ainda indicam o diário de campo como um exemplo de 
documentação, que representaria a “inteligência coletiva” (LIMA, MIOTO; DAL PRÁ, 2007, p. 95) da 
categoria. Outrossim, quando é escrito um diário de campo e realizada a análise dos fenômenos 
estudados à luz de uma teoria, que foi produzida ao longo dos anos pela categoria profissional, não é 
uma análise com base em argumentos individualistas, mas sim com recorrência a saberes produzidos 
e acumulados ao longo dos anos pelos assistentes sociais.
Mas Lima, Mioto e Dal Prá (2007) realizam ainda orientações mais específicas, sobre quais aspectos 
devem ser observados quando elaboramos o diário de campo. Na verdade, alguns deles já salientamos 
aqui, como a capacidade de escrever os relatos com clareza. As orientações de Lima, Mioto e Dal Prá 
(2007), no entanto, oferecem um mapa de como elaborar o diário de campo. A primeira orientação 
dos autores é que o diário seja elaborado todos os dias. Somente dessa maneira é possível uma “[...] 
sistematização e detalhamento possível” (LIMA; MIOTO; DAL PRÁ, 2007, p. 99), conforme requer um 
registro dessa natureza. Aliás, os autores ressaltam que, mesmo com todas as dificuldades, somente o 
registro diário permite captar maiores detalhes e dados da realidade, até porque, quando não é feito 
esse registro no dia, corre‑se o risco de acabar esquecendo de alguns detalhes e comprometendo 
a descrição. Ao fazer o registro todos os dias, o profissional está com a memória mais recente e 
fará o detalhamento das situações com as quais se deparou durante suas atividades. Uma indicação 
interessante de Lima, Mioto e Dal Prá (2007) nesse sentido é que o diário de campo deve ser datado.
 Observação
O diário de campo deve ser composto por três itens: descrição, 
interpretação do observado e registro das conclusões preliminares, dúvidas, 
imprevistos etc.
Mas, afinal, o que deve conter em um diário de campo? Quais são os elementos que o integram? O 
que o compõe? Nesse sentido, o trabalho de Lima, Mioto e Dal Prá (2007) é extremamente válido, uma 
vez que as autoras indicam como elementos‑chave do diário de campo a descrição, a interpretação 
e o registro das conclusões preliminares. Dessa maneira, não apresentam um modelo rígido para 
a elaboração da documentação, mas sugestionam sobre elementos que podem ser usados como 
referência para a elaboração do diário de campo. Veja a seguir:
[...] (1) descrição; (2) interpretação do observado, momento no qual é 
importante explicitar, conceituar, observar e estabelecer relações entre 
os fatos e as consequências; (3) registro das conclusões preliminares, das 
dúvidas, imprevistos, desafios tanto para um profissional específico e/ou 
para a equipe, quanto para a instituição e os sujeitos envolvidos no processo 
(LIMA; MIOTO; DAL PRÁ, 2007, p. 99).
A interpretação deve vir assentada em valores e parâmetros defendidos pela profissão. Outrossim, a 
análise deve ser construída com base no conhecimento acumulado pela categoria, e não com respaldo 
do senso comum. Além das atividades cotidianas, rotineiras, o diário deverá ainda registrar debates 
53
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
e embates que por ventura foram vivenciados durante o trabalho. Além disso, informações sobre a 
economia, a realidade social e demais dados que ajudem a contextualizar o espaço onde a intervenção 
acontece são vitais para o entendimento de todo o contexto em que a ação está acontecendo. Dessa 
maneira, também é possível compreender como a realidade externa afeta as intervenções do serviço 
social, além de um rol amplo de aspectos afins.
 Lembrete
O diário de campo deve possuir a descrição das atividades desenvolvidas, 
seguida de análise.
A elaboração do diário de campo pressupõe ainda a interação entre o autor e o instrumento de 
registro. Para facilitar a apresentação de informações no diário de campo, é proposta a utilização de um 
esquema de cores para identificar e separar informações descritivas e analíticas. Ou seja,para que após 
a elaboração do instrumental, este seja revisitado pelo autor que o elaborou e possa, assim, facilmente 
identificar as informações que descrevem o espaço da intervenção e para que possa também encontrar 
com maior facilidade os dados que compuseram a análise. Aliás, interessante ressaltar que a análise, 
sempre que possível, deve acontecer à luz de uma referência teórica, além dos parâmetros que regem a 
profissão. Dessa forma, o diário de campo se consolida, de fato, como um instrumento de reflexão, de 
crítica e de avalição das intervenções desenvolvidas.
As informações descritivas correspondem ao relato de todos os aspectos que abarcam o exercício 
profissional, ao passo que as anotações analíticas correspondem à crítica atribuída aos fenômenos 
apresentados. Ou melhor dizendo:
[...] as anotações descritivas realizadas em diário de campo pretendem 
transmitir com exatidão a exposição dos fenômenos sociais – requisito 
essencial da pesquisa qualitativa e de uma intervenção profissional 
preocupada não somente com ações imediatas, mas com o planejamento 
destas. Consiste, portanto, em um primeiro passo para avançar na explicação 
e compreensão da totalidade do fenômeno em seu contexto, captando seu 
dinamismo e suas relações. Já as anotações de cunho analítico‑reflexivo, 
surgidas da observação dos acontecimentos e dos processos, indicam 
quais questões devem ser aprofundadas a partir de maiores informações 
ou indagações, pois se entende que estas reflexões avançam na busca de 
significados e explicações dos fenômenos apreendidos, tanto na realização 
de uma pesquisa, como em situações de atendimento no cotidiano da 
intervenção profissional (LIMA; MIOTO; DAL PRÁ, 2007, p. 100).
Por isso, as informações precisam ser registradas todos os dias e, sempre que possível, com o 
máximo de dados que for possível. Afinal, o que caracteriza um diário como um material de qualidade 
são os dados que ele apresenta. O detalhamento de informações é condição indispensável para um 
diário de campo com qualidade. Claro que o diário de campo elaborado por aluno será diferente 
54
Unidade II
daquele que é feito por um profissional já atuante. Ao menos, espera‑se maior maturidade profissional 
e intelectiva por parte do profissional. No entanto, é necessário ressaltar que nada disso é inato. Não 
nascemos sabendo fazer diário de campo, mas vamos aprendendo. E só podemos aprender quando 
tentamos várias vezes fazer uma atividade. Por isso, não importa, nesse momento, se você ainda têm 
dificuldade, se acha o processo difícil ou cansativo demais. Importa é que você é capaz, mas, para isso, 
é necessário treino e repetição.
5.2 Entrevista
A entrevista sempre será uma das técnicas mais utilizadas pelos assistentes sociais. Trata‑se de um 
dispositivo de intervenção que está presente em praticamente qualquer área de atuação do assistente 
social. No entanto, um dos livros mais populares da categoria, o qual discute os instrumentos e as 
técnicas utilizados pelos assistentes social, foi inicialmente idealizado pensando na intervenção desse 
profissional junto à área jurídica.
 Saiba mais
Selma Marques Guimarães é assistente social do Tribunal de Justiça do 
Estado de São Paulo. Grande parte da produção da autora discute a questão 
dos instrumentos e técnicas usados por assistentes sociais no Judiciário. 
Observe o texto a seguir, em que a autora figurou como colaboradora e no 
qual há muitas indicações sobre a prática profissional do assistente social.
TJSP; ESCOLA PAULISTA DA MAGISTRATURA. Material da capacitação 
técnica das varas da infância e juventude do estado de São Paulo. São 
Paulo: Escola de Magistratura, 2011. Disponível em: <https://www.tjsp.
jus.br/Download/Corregedoria/pdf/Material_Capacitacao.pdf>. Acesso 
em: 8 jul. 2019.
Lewgoy e Silveira (2007) nos dizem que a utilização da entrevista como abordagem do serviço social 
é algo muito recorrente. Os autores dizem que a entrevista foi proposta como abordagem dos assistentes 
sociais por Mary Richmond, nos anos 1950, com sua obra Diagnóstico Social. Nessa época, a entrevista 
era defendida como uma conversa inicial, por meio da qual o assistente social conseguiria alcançar seus 
objetivos profissionais.
No entanto, conforme Magalhães (2006), fazer uma boa entrevista demanda ao assistente social 
a observação de alguns aspectos basais, dentre os quais as posturas que devem ser fortalecidas pelo 
assistente social e outras que devem ser evitadas. Então, podemos inferir que o assistente social deve 
sempre demonstrar uma posição atenta e não paternalista, compreendendo, sempre, que o sujeito 
entrevistado é portador de direitos.
55
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Magalhães (2006) ainda coloca que, durante a entrevista, cabe ao profissional ouvir mais do que 
falar. Apesar desta dever ser usada como um meio de reflexão do usuário, é preciso evitar as críticas 
aos atendidos. Quando critica‑se um entrevistado, pode haver o afastamento dele com relação às 
intervenções, perdendo‑se o sentido do trabalho do assistente. O profissional deve sempre falar de 
forma com que o usuário o compreenda, porém, não deve usar a mesma linguagem dele. Aliás, há um 
grande reforço para que sempre façamos uso da linguagem culta, ou seja, evitar vícios de linguagem ou 
falar de forma não condizente com a norma culta da língua portuguesa.
Para o direcionamento da entrevista, é possível usar um roteiro, sem, obviamente, ficar muito preso 
a ele. Ele ajuda a conduzir a entrevista aos objetivos e finalidades. No entanto, ele não é uma camisa de 
força. Pode‑se alterá‑lo a depender da necessidade. Em todo caso, é comum que, durante a realização 
de uma entrevista, o assistente social precise anotar alguns dados e informações dos atendidos, e é 
importante que o entrevistado tenha ciência do porquê de tais anotações. No caso, o técnico deve 
explicar ao atendido a metodologia que utiliza para que o entrevistado não se sinta envergonhado 
(MAGALHÃES, 2006).
Já Lewgoy e Silveira (2007) dizem que o primeiro passo para a realização de uma entrevista é 
planejá‑la, defendem ainda que todas as ações do assistente social demandam um planejamento e 
organização prévia. Cabe ao assistente social, nesse processo de planejamento, identificar para qual 
política social a entrevista está sendo realizada. Depois disso, o profissional precisa delimitar o objetivo 
da entrevista e como será feita a coleta de dados. Por fim, o terceiro passo corresponderia a decidir 
horário e local em que a abordagem será realizada.
Após o planejamento, passa‑se à execução, que também tem etapas a serem desenvolvidas, quais 
sejam: inicial, coleta de dados, contrato, síntese (registro) e, por fim, a avaliação. A etapa inicial é 
aquela em que o entrevistador dá início à intervenção, explicando ao entrevistado o objetivo da 
entrevista. Os demais procedimentos em questão são assim definidos pelos autores:
A coleta de dados requer habilidades do entrevistador na identificação 
e na seleção das necessidades e demandas apresentadas pelos 
entrevistados. As informações colhidas servirão de subsídios para 
a avaliação das prioridades e definição das situações que, ao longo 
da(s) entrevista(s), serão questionadas e aprofundadas, tendo como 
referência os objetivos definidos anteriormente, ou (re)definidos no 
seu processo [...].
O contrato pode ser traduzido como a manifestação de um acordo de 
vontades entre as partes; por isso a necessidade de explicitar os objetivos da 
entrevista e dos serviços disponíveis em relação às expectativas do usuário. 
Nas entrevistas de seguimento, o contrato pode reformular‑se [...].
A terceira etapa é a do registro da entrevista, que se fundamenta no direito 
do usuário em ter a evolução do seu atendimento documentado e no acesso 
aos dados registrados, sendo este intransferível. O registro também tem como 
56
Unidade II
objetivo contribuir para a integralidade do atendimento e compartilhar o 
conhecimento com os demais trabalhadores da instituição[...].
A avaliação da(s) entrevista(s) é o momento de retomar os objetivos e as 
expectativas do usuário, revisão dos diferentes momentos e de planejamento, 
conjunto de novas estratégias. É o momento também de organizar as ideias 
para o registro [...] (LEWGOY; SILVEIRA, 2007, p. 237‑238).
Após essas etapas, é necessário que o profissional registre as informações do procedimento realizado. 
Aqui também não há uma sequência flexível, mas sim indicações de como o processo de entrevista pode 
ser conduzido no cotidiano das práticas profissionais de assistentes sociais.
Lewgoy e Silveira (2007) ainda colocam que há técnicas que devem ser observadas pelos 
assistentes sociais quando estes realizam uma entrevista. São elas que garantem que o profissional 
consiga alcançar seus objetivos profissionais, além de tornar a realização da entrevista um processo 
de humanização da relação firmada entre assistente social e o sujeito entrevistado. Os autores ainda 
colocam que a primeira técnica que deve ser utilizada no momento da entrevista é o acolhimento, 
o qual consiste em uma aproximação que o técnico faz com aquele que irá atender, podendo ser 
descrito pelas seguintes práticas:
[...] cordialidade e a preservação das regras de educação. Na primeira 
entrevista, o entrevistador apresenta‑se com clareza, solicitando que o 
usuário também o faça. Também é o momento em que ambos devem dizer 
por que estão ali. O entrevistado diz por que veio e o(a) assistente social 
explicita qual o seu objetivo (LEWGOY; SILVEIRA, 2007, p. 240).
Essa técnica deve ser usada pelo assistente social logo que ele inicia a abordagem, buscando 
fazer com que o entrevistado se sinta bastante à vontade e confiante com o processo em que está 
inserido. Os autores chamam a atenção para que os vícios de linguagem (como “mãe”, por exemplo) 
sejam evitados, fortalecendo a necessidade de usar os nomes das pessoas; aliás, isso é vital para o 
acolhimento se efetivar.
Outra técnica que seria de grande importância a essa abordagem é o questionamento. Afinal, não há 
como realizar uma entrevista sem fazer perguntas para aqueles que estão sendo atendidos. Para definir 
as questões a serem realizadas, é preciso ter muita clareza dos objetivos e também amplo conhecimento 
do caso pelo profissional. “O questionamento tem de ir ao encontro da finalidade da entrevista, o que 
exige do assistente social estudo e conhecimento para tanto” (LEWGOY; SILVEIRA, 2007, p. 245).
Vinculado ao processo de questionamento vem a reflexão, momento em que o técnico viabiliza a 
análise da situação vivida pelo atendido. A entrevista não pode ser usada como um meio do técnico 
impor ao atendido a sua perspectiva, mas deve funcionar como um dispositivo de reflexão ao próprio 
usuário. Para tanto, existe a técnica de clarificação, que consiste em deixar o conteúdo da entrevista 
compreensível ao atendido, ou seja, deixar claro e bem explicado tudo aquilo que fora discutido.
57
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Durante a realização da entrevista, o assistente social é conduzido a realizar uma exploração 
ou aprofundamento, que é momento de repensar sobre quais áreas o usuário demanda maior 
intervenção por parte do fazer profissional. “A exploração é uma técnica pela qual o assistente 
social procura investigar áreas da vida do usuário que requerem exame mais profundo” (LEWGOY; 
SILVEIRA, 2007, p. 246).
As autoras ainda indicam outras técnicas que podem ser usadas quando realizamos uma entrevista, 
como, por exemplo, o silêncio sensível, pois há momentos em que é necessário não interferir nas 
expressões do entrevistado. Indicam ainda a apropriação do conhecimento como outra técnica por 
meio da qual o profissional obtém as informações de que precisa para intervir da melhor forma 
junto ao caso atendido, buscando sempre resguardar os direitos dos usuários. E, por fim, destaca 
a síntese integradora como a metodologia final para a realização da entrevista, que consistiria 
em: “O encerramento da entrevista é introduzido pela elaboração da síntese integradora daquele 
momento e não pode ser confundida com resumo” (LEWGOY; SILVEIRA, 2007, p. 248). Ou seja, 
são passos que estão presentes em todas as entrevistas e, por meio das colocações de Lewgoy e 
Silveira (2007), nos auxiliam na realização de uma boa entrevista. Magalhães (2006) não indicou 
tantos aspectos de forma tão pormenorizada, mas ofereceu informações genéricas. No âmbito 
da especificidade, para tanto, são extremamente relevantes as colocações da autora sobre os 
tipos de entrevista.
Para Magalhães (2006), há quatro tipos de entrevista, a saber:
• Livres: são abordagens em que o entrevistador traz à tona o tema a ser debatido e partindo do que 
o entrevistado diz, orienta o atendimento.
• Dirigidas: intervenções em que o entrevistador conduz toda a entrevista, buscando esgotar um 
assunto específico.
• Semidirigidas: são aquelas técnicas em que o entrevistador deixa que o entrevistado tenha maior 
liberdade para falar, discorrer e, somente partindo de suas falas, vai conduzindo o processo de 
atendimento. Essa seria uma junção da entrevista livre com a dirigida.
• Devolutivas: são intervenções em que o entrevistador confere uma devolutiva ao entrevistado de 
uma abordagem realizada, a qual é orientada a dar um retorno ao atendido de uma situação que 
tenha sido constatada pelo entrevistador.
Todas essas modalidades de entrevista estão presentes no cotidiano dos assistentes sociais. 
Em grande parte, elas provêm da demanda contemplada pelo profissional.
A seguir, é apresentado um quadro com a síntese dos conteúdos, para que fique simples a diferenciação 
entre esses instrumentais.
58
Unidade II
Quadro 4 – Síntese de conteúdos
Características – entrevista Características – diário de campo
Presentes em várias áreas de atuação profissional Elaborado diariamente, com datas
Figura como abordagem do assistente social ao 
longo dos anos
Escrito por assistentes sociais e estagiários de 
serviço social
Possuem formatos diferentes: livres, dirigidas, 
semidirigidas e devolutivas Composto por descrição, interpretação e conclusão
Devem sempre preservar o indivíduo e a 
efetivação dos direitos sociais Apresenta informações descritivas e analíticas 
Dependem do objetivo do profissional e também 
do serviço a que ele está vinculado
Usado para a pesquisa e para o registro de dados 
relacionados ao trabalho
5.3 Estudo social e socioeconômico
Outro instrumental que é largamente utilizado pelos assistentes sociais é o estudo social ou estudo 
socioeconômico. O estudo é compreendido como uma “[...] análise sobre algo que se quer conhecer 
por meio da observação e do exame detalhado, ou seja, é a pesquisa sobre determinado assunto” 
(MAGALHÃES, 2006, p. 50). O estudo em tese está presente em todos os momentos do fazer profissional. 
No entanto, a história nos mostra que no contexto do surgimento do serviço social no Brasil, o estudo era 
nomeado com o termo socioeconômico. Neste momento, serão estudados os aspectos que demarcam 
essa mudança terminológica, bem como a postura dos assistentes sociais.
 Observação
Mary Richmond é considerada uma das grandes referências do serviço 
social de casos, método de abordagem que trouxe ao Brasil.
O termo estudo surgiu no serviço social brasileiro por influência do aporte ao serviço social de 
casos individuais, trazido por Mary Richmond no contexto dos anos 1950. Inicialmente, o estudo era 
usado visando ao conhecimento do indivíduo e seu consequente ajustamento à ordem social vigente. 
No entanto, a incorporação do termo socioeconômico adveio da utilização desse dispositivo para 
viabilizar o acesso a elementos materiais, ligados à sobrevivência dos atendidos (MIOTO, 2000).
Em tese, a abordagem proposta por Mary Richmond pressupunha o estudo do caso, seguido pelo 
diagnóstico, no qual o assistente social deveria identificar informações individuais e ambientais do caso 
atendido e os recursos para corrigir a situação apresentada. Assim, os recursos não eramrestritos às 
situações econômicas, mas incorporavam também a mobilização de aspectos ligados à subjetividade dos 
atendidos. Caberia ao assistente social analisar caso a caso que lhe era apresentado por meio do estudo 
e, quando necessário, também realizar o estudo socioeconômico.
Mioto (2000), no entanto, aponta muitas mudanças na categoria ao longo dos anos; dentre as quais, 
o movimento de reconceituação do serviço social, que proporcionou à profissão uma profunda revisão 
de sua base teórica e metodológica. Dentre as alterações processadas no interior da categoria, temos a 
59
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
alteração do termo estudo socioeconômico para estudo social. Isso porque se passou a compreender 
que o termo estudo socioeconômico restringia a ação do assistente social a uma análise financeira, 
pontual, ao passo que o estudo social busca evocar para a profissão uma análise alicerçada na noção 
de efetivação dos direitos sociais e que, sobretudo, vai além da demanda econômica apresentada pelos 
usuários. Assim, não houve apenas uma mudança terminológica, mas sim alterações na forma de 
compreender como abordar um indivíduo.
Hoje, o estudo social tem como missão a realização de uma análise ampla, crítica e calcada na noção 
de totalidade junto aos indivíduos. Conforme salienta Mioto: “[...] o estudo social tem por finalidade 
conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma determinada situação ou expressão da questão 
social, objeto da intervenção profissional especialmente nos seus aspectos socioeconômicos e culturais” 
(FÁVERO, 2004, p. 42 apud MIOTO, 2000, p. 6). Ou seja, trata‑se de estudo e pesquisa de questões e 
situações específicas, mas compreendendo‑as ligadas à noção de totalidade.
Via de regra, os estudos sociais são desenvolvidos em vários serviços públicos e privados, e, em grande 
parte, estão ligados ao acesso aos benefícios por parte da população. Dentre esses benefícios, podem 
ser citados os materiais e os financeiros. Nesse espectro, pode‑se citar como exemplo da utilização 
desse instrumental a prática desenvolvida nos plantões, em que há concessão de benefícios financeiros. 
Porém, o estudo social também tem sido cada vez mais usado para subsidiar decisões judiciais. Nesse 
sentido, junto ao Judiciário, é comum que os profissionais confiram o estudo social em face do caso que 
lhe foi apresentado, sendo usado como referência para as decisões judiciais em casos específicos.
A definição de Mioto (2000, p. 9) sobre o estudo social chama a atenção para o fato de que esses 
dispositivos condensam atos do profissional, que são realizados de maneira consciente e que devem 
estar alicerçados nos princípios éticos da nossa categoria. A autora assim o define:
Os estudos socioeconômicos/estudos sociais, como toda ação profissional, 
consistem num conjunto de procedimentos, atos, atividades realizados 
de forma responsável e consciente. Contêm tanto uma dimensão 
operativa quanto uma dimensão ética e expressa, no momento em 
que se realiza a apropriação pelos assistentes sociais dos fundamentos 
teórico‑metodológico e ético‑políticos da profissão em determinado 
momento histórico (MIOTO, 2000, p. 9).
Pode‑se inferir também que todos os instrumentais, assim como as técnicas usadas pelos assistentes 
sociais, devem ser condicionados ao Código Profissional de Ética. O texto a seguir é bastante interessante 
e apresenta relação com o conteúdo que estudamos.
Benefício BPC‑Loas do INSS: valor pode ser pago para quem nunca contribuiu
É possível que a pessoa que nunca pagou o INSS tenha direito a um benefício da Previdência 
Social? A resposta é sim. Mas apenas tem direito a este benefício quem tem mais de 65 anos 
de idade ou, de qualquer idade, se tiver alguma incapacidade de longa duração.
60
Unidade II
O benefício é uma ajuda do Governo Federal, no valor de um salário mínimo, para as 
pessoas de família de baixa renda.
Lembrando que além da idade ou da incapacidade, o interessado ao benefício deverá 
provar também que a família não tem condições de manter este idoso ou esta pessoa com 
deficiência, que pode ser de natureza mental, física, intelectual ou sensorial.
É como se fosse uma aposentadoria?
Exatamente isso. Na prática, é um benefício da Lei Orgânica da Assistência Social 
(LOAS), conhecido como Benefício de Prestação Continuada (BPC). A diferença é que as 
aposentadorias e pensões têm o décimo terceiro e o BPC não tem.
Tem direito ao BPC o brasileiro, nato ou naturalizado, e as pessoas de nacionalidade 
portuguesa, desde que comprovem residência fixa no Brasil e renda por pessoa do grupo 
familiar inferior a ¼ de salário mínimo atual. Além disso, devem se encaixar em uma das 
seguintes condições:
• Para o idoso: idade igual ou superior a 65 anos, para homem ou mulher;
• Para a pessoa com deficiência: qualquer idade – pessoas que apresentam 
impedimentos de longo prazo (mínimo de 2 anos) de natureza física, mental, 
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições 
com as demais pessoas.
Etapas para realização desse serviço:
• Efetuar o cadastramento do beneficiário e sua família no Cadastro Único de 
Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico.
• As famílias já inscritas devem estar com o CadÚnico atualizado (máximo de 2 anos da 
última atualização) para fazer o requerimento no momento da análise do benefício.
• Solicitação do benefício através de um dos seguintes canais de atendimento: 
meu.inss.gov.br/Telefone 135/Aplicativo Meu INSS: Google Play, App Store/Agência 
de Previdência Social.
Como o INSS avalia se a pessoa é de uma família de baixa renda?
A avaliação será realizada através de um assistente social. Para isso, será necessário que 
o interessado leve no INSS, no dia do protocolo do pedido, um estudo social feito por um 
assistente social.
http://mds.gov.br/assuntos/cadastro-unico/o-que-e-e-para-que-serve
http://mds.gov.br/assuntos/cadastro-unico/o-que-e-e-para-que-serve
61
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Como conseguir um estudo social?
É necessário procurar um assistente social no Centro de Referência de Assistência Social 
(CRAS). Toda cidade tem pelo menos um CRAS (encontre o CRAS da sua cidade). A família 
deve estar inscrita e atualizada no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal 
(CadÚnico) antes da apresentação de requerimento à unidade do INSS.
Fonte: Moreira (2019).
É possível verificar que o estudo social é apresentado como um elemento basal para acesso ao 
benefício de prestação continuada. Nesse sentido, pode‑se dizer que o estudo social é um meio de 
afirmar a importância da profissão, fortalecendo a noção de ser uma atividade socialmente necessária.
O estudo social deve ser planejado e organizado previamente e sempre deve partir das necessidades 
apresentadas pelos sujeitos, compreendidos como sujeitos de direitos. Os estudo sociais não podem 
observar apenas o indivíduo de forma isolada, fragmentada, mas considerar a família na qual está inserido 
o atendido. Para Mioto (2000), é basal identificar aspectos relacionados ao domicílio dos atendidos, seus 
parentescos e afetos. Após a realização de toda essa análise, a qual deve ser essencialmente construída 
de maneira dialógica com aqueles que são atendidos, é necessária a emissão de um parecer.
 Observação
O estudo social é concluído quando o profissional emite um parecer.
Mas como realizar o estudo social? O técnico deve recorrer a abordagens individuais, grupais, 
assim como aos instrumentais: entrevista, observação, reunião, visita e análise documental. Ou seja, 
deve se valer de todos os elementos que estejam a sua disposição e assim identificar todos aspectos 
possíveis em relação aos atendidos. No entanto, toda e qualquer intervenção do assistente social 
deverá ser desenvolvida considerando‑se o projeto ético‑político e os documentos que embasam a 
ação profissional.
A seguir, a síntese do que foi discutido anteriormente.Quadro 5 – Síntese de conteúdos
Estudo social/socioeconômico
Assentado na noção de totalidade
Utilizados em empresas públicas e privadas
Podem ser usados para concessão de benefícios materiais e como apoio para decisões judiciais
Desenvolvidos por meio de abordagens individuais e grupais
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/mops/
http://www.caixa.gov.br/cadastros/cadastro-unico/Paginas/default.aspx
62
Unidade II
6 LAUDO SOCIAL, PARECER SOCIAL, PERÍCIA SOCIAL, RELATÓRIOS, VISITA 
DOMICILIAR E VISITA INSTITUCIONAL
Agora serão vistos outros instrumentais que são largamente utilizados por assistentes sociais: os 
laudos e os pareceres. Dada a sua especificidade, laudos e pareceres ainda provocam muitas confusões 
entre os profissionais. Na sequência, tal conteúdo será esmiuçado.
6.1 Laudo social
Em matérias de serviço social, é importante ressaltar que laudos, pareceres e perícias são atribuições 
privativas dos profissionais habilitados na área. Conforme indicado pela lei que regulamenta a 
profissão, são atribuições privativas do assistente social: “IV – realizar vistorias, perícias técnicas, 
laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social” (BRASIL, 1993). Ou seja, 
somente assistentes sociais podem emitir tais documentos que discutam matéria de serviço social. 
Outros profissionais podem emitir laudos, relatórios ou pareceres, porém, em matéria de serviço social, 
somente assistentes sociais.
Visando orientar o trabalho dos profissionais, a Resolução CFESS nº 557/2009, de 15 de setembro de 
2009, no artigo 1º, fortalece que a emissão de tais documentos é uma prerrogativa para o trabalho do 
assistente social. Nos artigos seguintes, a resolução indica que o técnico deve ter autonomia para emitir 
pareceres, laudos e demais documentos, incluindo quando estiver inserido em equipes multidisciplinares 
ou multiprofissionais. Além de reforçar a necessidade de que exista respeito às demais profissões, a 
resolução indica ainda a eminência, que sejam respeitadas também as atribuições privativas do 
assistente social e assevera que as discussões sobre dados casos podem ser coletivas, mas a emissão de 
laudos e pareceres deve destacar a perspectiva do assistente social, enfatizando‑a. Assim, não há como 
um assistente social emitir um parecer sobre conteúdos afetos à psicologia, e o parecer ou o laudo do 
assistente social precisa estar orientado apenas às discussões que sua formação o permitem fazer.
Tendo tais colocações arroladas, segue‑se ao estudo do laudo social, o qual é “[...] um documento 
escrito que contém um parecer ou opinião conclusiva do que foi estudado e observado sobre determinado 
assunto” (MAGALHÃES, 2006, p. 60). Ou seja, o laudo só pode ser realizado se anteriormente a ele o 
técnico realizar um estudo amplo sobre o assunto que lhe foi requerido.
Após o estudo, o laudo social deve apresentar uma análise da situação, seguida por uma opinião 
técnica. Em alguns casos, é preciso que o emissor do laudo social, via de regra, um perito, possa até 
mesmo responder a quesitos já previamente formulados em forma de análise conclusiva. O laudo deve 
incorporar ainda diretrizes e sugestões de ação, as quais sempre devem ser fundamentadas.
Os laudos sociais são mais comuns para os assistentes sociais que atuam junto ao Judiciário ou ao 
INSS. No entanto, para a emissão de um laudo social, é preciso que o profissional tenha domínio do 
assunto. Obviamente, o laudo é emitido somente após a realização de um estudo. Mas, como documento, 
precisa ser sistematizado e deve demonstrar que o profissional tem compreensão daquilo que está 
fazendo (MAGALHÃES, 2006).
63
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Magalhães destaca ainda que, via de regra, os laudos devem possuir cabeçalho, indicando dados do caso e 
a quem se destina o documento. Deve apresentar ainda os instrumentos usados na construção do documento 
e os sujeitos que dele participaram. Além disso, Magalhães (2006) salienta que há instituições, citando como 
exemplo o INSS, que já possuem um modelo específico de laudo social, denominado laudo impresso, porque se 
trata de formulário já previamente elaborado para que o profissional faça o preenchimento. Esse documento 
deveria ser elaborado de maneira democrática, mas nem sempre isso é possível.
Já Mioto (2000), que parte de uma análise mais voltada para a utilização do laudo social no sistema 
Judiciário por assistentes sociais, fortalece a noção de laudo social como um instrumento, um dispositivo 
que pode ser usado como prova perante uma situação processual. Assim, um laudo, ao final, pode 
apresentar um parecer conclusivo emitido pelo profissional que realizou o estudo. A autora assim define 
o laudo social:
O laudo é o registro que documenta as informações significativas, recolhidas 
por meio do estudo social, permeado ou finalizado com interpretação e 
análise. Em sua parte final, via de regra, registra‑se o parecer conclusivo, do 
ponto de vista do serviço social. Conclusivo no sentido de que deve esclarecer 
que, naquele momento e com base no estudo científico realizado, chegou‑se 
à determinada conclusão. Para a efetivação desse registro, o profissional 
vai ter como referência conteúdos obtidos por tantas entrevistas, visitas, 
contatos, estudos documental e bibliográfico que considerar necessários 
para a finalidade do trabalho (MIOTO, 2000, p. 28).
Para ser elaborado, o laudo demanda que o técnico recorra a outros instrumentos e técnicas, os 
quais servem de sustentação para a realização do estudo social. O laudo social também deve incorporar 
as noções e referências que são usadas e defendidas pela categoria profissional.
Além de enfatizar que o laudo social precisa ser escrito em norma culta, Mioto (2000) ainda destaca o 
fato de que no laudo não é necessário fazer descrições muito detalhadas das intervenções desenvolvidas, 
uma vez que isso cabe aos relatórios. Para melhor orientar a elaboração dos laudos sociais, a autora 
propõe também um modelo para a elaboração desse documento, composto pela estrutura: introdução, 
identificação dos envolvidos, metodologia de ação e os conceitos usados, conduzindo para a emissão de 
um parecer conclusivo.
Sua apresentação geralmente segue uma estrutura constituída por: introdução, 
indicando a demanda judicial e objetivos do trabalho; identificação das 
pessoas envolvidas na ação e que direta e indiretamente estão incluídas no 
estudo; a metodologia utilizada para a efetivação do trabalho (entrevistas, 
visitas, contatos, estudos documental e bibliográfico etc.) e a definição breve 
de alguns conceitos utilizados, na medida em que o receptor da mensagem 
contida nesse documento não necessariamente tem familiaridade com os 
conhecimentos da área do serviço social (MIOTO, 2000, p. 29).
Escrita clara, estruturada e bem elaborada são requisitos basais para a elaboração de um laudo social.
64
Unidade II
6.2 Parecer social e perícia social
O parecer social é um apontamento que o profissional pode fazer ao final do relatório ou 
do laudo social. Também pode ser emitido para responder a quesitos específicos, não sendo 
inserido ao final de nenhum documento. Em geral, o parecer social é uma manifestação sucinta 
sobre uma dada situação apresentada. Pode ser feito em decorrência de decisão judicial que o 
requisitou e, nesse caso, deve ser considerado todo o processo e demais informações do caso 
(MAGALHÃES, 2006).
Já no caso de emissão de parecer com base em um estudo social, todas as informações 
necessárias ao caso devem ser consideradas para a emissão do documento. Em tais documentos, 
o parecer funciona como uma espécie de finalização, de caráter conclusivo ou indicativo. 
Conforme Magalhães (2006), o parecer também pode apresentar propostas de intervenção ou 
recomendações afins.
Agora será abordado o conceito de perícia social. Em tese, a perícia é descrita como “[...] a vistoria ou 
o exame de caráter técnico especializado” (GOMES, 2018, p. 7). Pode‑se inferir que uma perícia requer 
que aqueleque a realize possua domínio de conhecimento. Essa premissa é válida para qualquer área 
de conhecimento, incluindo o serviço social. Não podemos atuar com perícia social se não possuirmos 
domínio de conhecimento.
Além disso, a perícia é requerida para subsidiar uma decisão. Em grande medida, a perícia social é 
solicitada no Judiciário, sendo comum também no INSS e outros órgãos como a Defensoria Pública, por 
exemplo. Independentemente do local de atuação do assistente social, ao realizar uma perícia social, é 
fundamental que esse profissional esteja assentado no saber que fundamenta a sua profissão. Por outro 
lado, é igualmente validada a premissa de que o assistente social não pode atuar como perito em temas 
que não estejam vinculados a sua área de formação.
Ao buscar deixar clara a noção de perícia social vinculada ao serviço social, Gomes (2018, p. 8) indica 
dois conceitos de perícia social, sendo o primeiro:
[...] um processo através do qual um especialista, no caso assistente 
social, realiza o exame de situações sociais com a finalidade de emitir 
um parecer sobre as mesmas. A autora ainda destaca os eixos de 
sustentação da perícia social como: competência técnica, competência 
teórico‑metodológica, autonomia e compromisso ético (MIOTO, 2001, 
p. 141 apud GOMES, 2018, p. 8).
Ou seja, a perícia é compreendida como uma atuação que requer um especialista, um saber 
específico para a emissão do parecer. Além do saber específico do assistente social, é necessário ainda 
o desenvolvimento de competências nas áreas técnica e teórico‑metodológica, além de autonomia e 
compromisso ético. Somente com essas características o profissional poderá desenvolver uma ação 
realmente de qualidade e efetivadora de direitos.
65
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Outra definição interessante, apresentada por Gomes (2018), refere‑se ao seguinte conceito:
Perícia social trata‑se de estudo e parecer cuja finalidade é subsidiar uma 
decisão, via de regra, judicial. [...] a perícia é o estudo social, realizado 
com base nos fundamentos teórico‑metodológicos, ético‑políticos e 
técnico‑operativos, próprios do Serviço Social [...] (FÁVERO, 2005, p. 44 apud 
GOMES, 2018, p. 8).
Apesar de ambas as autoras concordarem que a perícia social é usada para subsidiar uma decisão, 
e que os parâmetros que regem o exercício do profissional devem ser considerados no processo de 
elaboração da perícia social, para Mioto (2000), a perícia social é construída por meio do estudo social, 
ao passo que, para Fávero (2000), a perícia social é o estudo social.
Em que pese as divergências das autoras, pode‑se inferir que o perito é aquele que detém um 
saber específico e que emite um parecer com base nos parâmetros da sua profissão, da sua formação. 
Independentemente do fato de o estudo anteceder a perícia ou de o estudo se constituir na perícia, 
é necessário que o assistente social faça uso dos seus instrumentos e técnicas. Assim, a perícia pode 
requerer visitas, entrevistas e outros instrumentais afins.
Fávero (2000) ainda nos coloca que a perícia social deve ser construída pelo assistente social seguindo 
dois passos básicos: o primeiro seria o conhecimento amplo da situação, e no caso de perícia judicial, 
isso importa conhecer todo o processo. No caso de perícia social desenvolvida fora do espaço judiciário, 
esta demanda o conhecimento de todos os dados e documentos da situação analisada. No segundo 
passo, seria necessária a definição dos instrumentos que serão utilizados para a realização da perícia, 
ou seja, quais instrumentos e quais técnicas permitirão ao assistente social uma maior aproximação da 
realidade analisada.
A perícia social demanda competência teórico‑metodológica, além de compromisso ético‑político, 
aliás, elementos imprescindíveis para a atuação do assistente social em qualquer área profissional. Ela 
ainda deve, por conseguinte, estar relacionada a qualquer conteúdo do serviço social. Pode ser emitida 
por meio de documentos como o laudo social, por exemplo. Como visto, são muitos os instrumentos 
e técnicas que podem ser usados pelos assistentes sociais. Para facilitar a apreensão desses conteúdos, 
veja o quadro a seguir:
Quadro 6 – Síntese de conteúdos
Laudo social Parecer social Perícia social
Emitido por aquele que tem domínio 
do tema Manifestação sucinta
Demanda domínio de conhecimento 
por parte do perito
Pode ser usado como uma prova judicial Inserido ao final dos documentos ou resposta a quesitos
Vinculada à fundamentação teórica da 
categoria.
Pode ser construído em modelos 
impressos e previamente elaborados
Finalização do documento de caráter 
conclusivo e indicativo
Requer competência teórico‑metodológica 
e compromisso ético.
Pode apresentar um parecer social ao final Pode ser feito em razão de determinação judicial ou para outras atividades
Demanda a utilização de instrumentos 
e técnicas do serviço social
66
Unidade II
6.3 Relatórios
Há uma infinidade de abordagens no serviço social que buscaram, e buscam, ainda delimitar aspectos 
relacionados aos relatórios que existem em nosso cotidiano profissional. A perspectiva metodológica 
usada para elaborar o presente livro‑texto recorre à análise de Magalhães (2006), uma vez que essa é 
uma literatura corrente e amplamente utilizada pela categoria.
 Saiba mais
Observe um modelo de relatório que foi incorporado a um artigo 
científico por meio do acesso ao texto no link a seguir:
ORTIZ, M. C. O relato de um caso. Psicol. cienc. prof. Brasília, v. 8, n. 1, p. 26, 
1988. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S1414‑98931988000100016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 8 jul. 2019.
O relatório apresentado foi elaborado com nomes fictícios e usa uma 
experiência prática desenvolvida junto ao Judiciário.
A autora define o relatório elaborado pelo assistente social como uma forma de descrever a “[...] 
pesquisa e a apresentação de atividades desenvolvidas em determinado setor, a visitas realizadas”, sendo 
também possível a elaboração de relatórios que descrevam providências tomadas diante do caso ou à 
situação que motivou a elaboração do relatório.
O relatório também deve ser construído usando‑se como referência princípios teórico‑metodológicos 
e ético‑políticos que norteiam o exercício profissional. Demandam ainda competência técnica e domínio 
da língua culta. Martins (2017, p. 91‑92) assevera também a importância das capacidades do assistente 
social na elaboração dos relatórios:
Os relatórios são registros descritivos sobre as situações da intervenção, 
utilizados para fixar aspectos importantes dos fenômenos enfrentados 
pelos profissionais. Relatar supõe o preparo do locutor para dialogar com 
o destinatário da informação, seja este um assistente social, membro do 
Judiciário, gestor ou um agente de outra profissão (MARTINS, 2017, p. 91‑92).
Os relatórios que são elaborados para arquivo de um dado serviço devem ser elaborados consoantes 
com os aspectos indicados anteriormente, ou seja, norma culta e vinculação aos parâmetros difundidos 
pela categoria. Aliás, Martins indica que os relatórios não devem ter uma suposta neutralidade científica, 
mas sim defender os parâmetros da categoria. Assim,
[...] escreve‑se a partir de um ponto de vista, de um conjunto de valores 
e experiências sociais e pessoais que condicionam o texto. Nesses termos, 
relatar é também avaliar, escolher o que comporá ou não a narrativa 
elaborada (MARTINS, 2017, p. 92).
67
ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
A própria elaboração do relatório deve ser um processo de análise crítica do profissional sobre a sua 
conduta e sobre o objeto de sua intervenção.
 Observação
A visita de inspeção ou institucional é realizada pelo assistente social 
junto a alguma instituição ou serviço.
Magalhães (2006) nos apresenta quatro tipos de relatórios, a saber: 
• Informativo: é aquele que o profissional descreve dados ou fatos importantes e encaminhamentos 
simples, apenas com o objetivo de participar aos interessados sobreas ações desenvolvidas.
• Circunstanciado: é elaborado tendo em vista a atenção de uma determinada situação de 
emergência, podendo ser acompanhado com um pedido de providência emitido em um parecer, 
indicando a urgência do caso.
• De visita domiciliar: apresenta informações, descrições de aspectos observados e analisados 
durante a realização de visita domiciliar.
• De inspeção: é aquele em que há a descrição da análise realizada por meio da visita às instituições 
de atendimento.
Quadro 7 – Síntese de conteúdos
Relatórios
(características)
Descrevem atividades desenvolvidas, visitas 
realizadas e providências tomadas
Demandam vinculação do assistente social aos 
parâmetros de sua profissão
Observação da linguagem culta
Há vários tipos de relatórios, e cada um deles se 
destina a descrever um tipo de ação desenvolvida 
pelo assistente social
6.4 Visita domiciliar e visita institucional
Neste momento, serão apresentadas duas técnicas que são basais aos assistentes sociais: a visita 
domiciliar e a visita institucional. Interessante pontuar que essas atividades não são atribuições 
privativas dos assistentes sociais. Em tese, vários outros profissionais podem usar a visita domiciliar ou 
institucional como método de ação. Isso depende muito das orientações e normativas de cada categoria 
(MAGALHÃES, 2006; PEREIRA; SOUZA, 2016).
68
Unidade II
No entanto, é uma técnica de abordagem muito usado pelo serviço social com o objetivo de 
conhecer um pouco mais da realidade observada. De acordo com Pereira e Souza (2016), as visitas 
surgiram no contexto de seu surgimento no Brasil, porém alicerçadas na perspectiva de possibilitar 
ao assistente social a realização da fiscalização e da moralização de determinados segmentos. Nesse 
contexto, vemos que a profissão era orientada pela ótica de que as ações profissionais deveriam 
alterar os comportamentos dos desajustados, ajustando‑os às necessidades capitalistas. A visita surge 
nesse momento, mais voltada a indivíduos e famílias, sendo apresentada como uma especialização do 
método de serviço social de casos, uma ação que viabilizava de maneira mais adequada o ajustamento 
de condutas dos atendidos. No contexto dos anos 1980, no entanto, perante as mudanças processadas 
no interior da categoria, a visita domiciliar passou a ser compreendida como um instrumento de 
conhecimento do público‑alvo das ações dos assistentes sociais, e não mais como um instrumento 
de fiscalização desse segmento.
 Lembrete
O método de serviço social de casos que objetivava o ajustamento de 
condutas foi idealizado por Mary Richmond e exerceu grande influência 
junto aos assistentes sociais brasileiros.
Atualmente, a visita domiciliar tem sido compreendida como um meio para “[...] clarificar 
situações, considerar o caso na particularidade de seu contexto sociocultural e de relações sociais” 
(MAGALHÃES, 2006, p. 54). Ou seja, um modo para ampliar os dados que o técnico possui sobre 
uma dada situação, visando assim melhor qualificar sua ação não mais com o objetivo de impor 
normas de conduta aos atendidos. A visita domiciliar permite a apreensão da singularidade da 
vida dos atendidos, além de ser um meio que possibilita a intervenção do assistente social sob um 
determinado aspecto, bem como é um espaço de reflexão em que o próprio profissional revê suas 
práticas e estimula os usuários atendidos em fazer o mesmo processo. A visita domiciliar pode ser 
assim compreendida como:
[...] um instrumento de trabalho que visa ao conhecimento aprofundado do 
modo e da condição de vida da população usuária, realizado diretamente no 
espaço de residência e/ou vivência dos sujeitos, propiciando uma aproximação 
com o seu cotidiano e com a realidade socioterritorial vivenciada pelos mesmos. 
Este instrumento é balizado por uma dimensão investigativa que possibilita 
apreender os processos sociais singulares em conexão com a dinâmica 
societária, juntamente com uma postura ético‑política comprometida com 
o atendimento das necessidades sociais e com o respeito da liberdade e da 
autonomia. Além disso, a visita domiciliar – como um instrumento interventivo 
– é desenvolvida em articulação com técnicas como a de observação, 
acolhimento, questionamento e reflexão, visando uma abordagem que tem 
como centralidade o diálogo e o estabelecimento de vínculo entre o profissional 
e a população usuária [...] (CLOSS; SCHERER, 2017, p. 5).
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ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Assim como os demais instrumentos e técnicas aos quais o serviço social recorre, a visita domiciliar 
também deve ser utilizada valendo‑se de parâmetros que orientam a ação do assistente social na 
contemporaneidade, motivo pelo qual abordagens invasivas e que deixam os usuários em situações 
desagradáveis devem ser refutadas. A definição anterior indica ainda que, apesar de a visita domiciliar 
buscar melhor compreender uma dada situação específica e singular, sua realização não pode ser 
desenvolvida de forma dissociada do todo. Assim, ao analisar uma determinada situação, deve‑se 
considerá‑la como resultado de questões econômicas, sociais e políticas que influenciam a vida dos 
seres humanos. Melhor dizendo, ao realizar uma visita domiciliar, é basal considerar o contexto histórico, 
político e societário vivenciado.
Closs e Scherer (2017), assim como Magalhães (2006), colocam que as visitas domiciliares devem 
ser planejadas previamente, mas a utilização desse instrumental e sua organização irá depender 
muito do contexto em que ele será utilizado. Aliás, quanto a isso, é interessante atentar‑se ao fato de 
que a visita domiciliar é um instrumento muito utilizado por assistentes sociais, independentemente 
da sua área de atuação.
Nessa direção, Closs e Scherer (2017) colocam que a visita domiciliar possui três etapas a saber: 
planejamento, execução e registro, sendo que cada uma delas apresenta especificidades que as definem 
e são basais para que os profissionais desenvolvam uma abordagem positiva e que seja promotora de 
direitos, e não um meio de fiscalização dos usuários atendidos.
 Observação
A recomendação é que as visitas domiciliares sejam agendadas 
previamente, além do planejamento da intervenção.
A fase do planejamento seria aquela em que o assistente social analisa se há a necessidade de 
relação da visita, sendo também nesse momento que o técnico define outros aspectos dentre os 
quais qual é o objetivo da abordagem, quais as informações prévias que temos sobre esse objeto 
de ação, quais dados já possuímos sistematizados e qual a data que a abordagem será realizada. 
Na segunda fase, temos a execução. Nela, vemos que o técnico, de fato, coloca em prática a visita 
domiciliar já programada. Na execução, o técnico firma um contrato com o atendido, buscando 
acolhê‑lo e fortalecer o vínculo entre o usuário e o assistente social. Também é na execução que 
o técnico realiza a coleta de dados, sempre considerando o objetivo pactuado para tal abordagem. 
É o momento da investigação no sentido do conhecimento. E, por fim, chega‑se então ao registro, 
uma vez que a abordagem só se consolida após o técnico registrar por sistemas de comunicação 
escrita a abordagem desenvolvida.
Magalhães (2006) ainda propõe que, na visita domiciliar, seja possível observar situações singulares, 
mas nunca tentar julgar aqueles que são atendidos segundo nossos parâmetros de vida. Além disso, a 
autora recomenda não realizar procedimentos invasivos e que comprometam a relação com os usuários. 
Como algo inerente à prática do assistente social, a visita deve, essencialmente, ser usada como meio de 
efetivação de direitos sociais e nunca como uma forma de fortalecimento da submissão dos atendidos.
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Unidade II
 Saiba mais
Acesse no link a seguir o guia para realização de visita domiciliar 
elaborado pelo Ministério de Desenvolvimento Social para o Programa 
Criança Feliz. Apesar de não ser específico para assistentes sociais, 
é muito interessante dar uma lida nesse material, o qual define 
parâmetros voltadosà realização de visita domiciliar junto a famílias 
vinculadas à assistência social.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social. Criança feliz: guia 
para visita domiciliar. Brasília: MDS, Secretaria Nacional de Promoção do 
Desenvolvimento Humano, 2017. Disponível em: <https://www.mds.gov.br/
webarquivos/arquivo/crianca_feliz/guia_visitador_PCF_versoweb_2.pdf>. 
Acesso em: 1º jul. 2019.
O material na sequência é extremamente válido e orientado para a 
abordagem de visita domiciliar desenvolvida por assistentes sociais. Ele 
pode ser acessado no link a seguir:
CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL (CRESS). Termo de 
orientação: realização de visitas domiciliares quando requisitadas a 
assistentes sociais. Rio de Janeiro: Cress. [s.d.]. Disponível em: <http://
www.cressrj.org.br/site/wp‑content/uploads/2013/07/VERS%C3%83O‑
FINAL‑Termo‑de‑Orienta%C3%A7%C3%A3o‑Visita‑Domiciliar.pdf>. 
Acesso em: 1º jul. 2019.
Por fim, há a visita institucional. Importante salientar que Magalhães (2006) a nomeia como visita de 
inspeção. Também nesse caso não é uma abordagem privativa do assistente social, mas pode ser realizada por 
qualquer profissional que dela necessite. A visita institucional ou visita de inspeção “[...] tem como finalidade 
verificar o trabalho desenvolvido nas instituições, bem como se suas instalações físicas atendem aos 
objetivos aos quais elas se destinam” (MAGALHÃES, 2006, p. 56).
Assim, muitas dessas visitas são realizadas por assistentes sociais para verificar o serviço 
desenvolvido por instituições, não com o objetivo de empreender críticas ou julgamentos ao 
serviço disponibilizado, mas com o enfoque de analisar se o serviço atende às prerrogativas legais 
ao público para o qual se destina. Aliás, Magalhães (2006) cita como exemplo a visita à instituição 
que atende crianças e adolescentes. Quando o técnico faz essa abordagem, precisa observar se o 
serviço está de acordo, por exemplo, com as prerrogativas que Estatuto da Criança e do Adolescente 
preconiza. No caso da identificação de falhas, cabe ao profissional participar aos responsáveis, para 
que possam ser realizados ajustes.
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ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Dessa forma, a visita domiciliar destina‑se a situações específicas, envolvendo sujeitos e famílias, 
ao passo que a visita institucional ou de inspeção é orientada para serviços institucionalizados. Para 
consolidar esse conteúdo, segue o quadro síntese:
Quadro 8 – Síntese de conteúdos
Visita domiciliar
(características)
Visita institucional ou visita de inspeção
(características)
Observa‑se a singularidade, porém vinculada à 
noção de totalidade Destinada às organizações
Não devemos nos valer de juízos de valor Devemos nos respaldar em legislações e orientações específicas sobre os serviços
Comporta fases (planejamento, execução e registro) Falhas e deficiências devem ser apresentadas visando à mudança
Não é atribuição privativa do assistente social Não é atribuição privativa do assistente social
 Resumo
Foram vistos alguns dos principais instrumentais que são usados pelos 
assistentes sociais nas mais variadas esferas de atuação. Assim, nesse 
conteúdo inicial, foram abordados alguns conceitos, como o de diário de 
campo, o estudo social, o laudo social, o parecer social, os relatórios sociais, 
além das visitas domiciliar e a de inspeção ou institucional.
Em que pese todas as diferenciações de cada um desses instrumentais, 
observa‑se que, dada a variedade de autores consultados, o que é comum 
na grande massa de teóricos, é que todos asseveram a necessidade 
de o assistente social estar vinculado aos parâmetros de atuação que 
são defendidos pela categoria profissional como um todo. Além disso, 
domínio da norma culta para a estruturação dos documentos, assim 
como o desenvolvimento de competências, são basais aos assistentes 
sociais contemporâneos.
Dessa forma, somente quando é oferecido um trabalho de qualidade 
é que, de fato, o assistente social colabora com a efetivação dos direitos 
sociais. Conhecer os instrumentais e bem elaborá‑los é, portanto, uma 
maneira de efetivar direitos sociais dos segmentos mais vulneráveis.
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Unidade II
 Exercícios
Questão 1. Maria Lucia é assistente social do município de Cidadezinha, onde atua junto à Secretaria 
de Assistência Social. Em sua intervenção, utiliza alguns instrumentais, como o diário de campo e a 
entrevista, por exemplo. A profissional usa o registro do diário de campo para a pesquisa e para a 
entrevista, na qual busca potencializar a autonomia dos entrevistados, mostrando‑se atenta. Analisando 
a situação, podemos inferir que:
I. O diário de campo é um dispositivo de registro que deve ser utilizado especificamente por alunos, 
estagiários de Serviço Social, com a finalidade de registro e planejamento das ações. Assim, Maria Lucia 
não pode usar esse dispositivo de registro, pois já é profissional habilitada. 
II. O diário de campo é um instrumental que pode ser usado pelo assistente social como dispositivo 
de registro das ações desenvolvidas e também de pesquisa. Portanto, Maria Lucia utilizou o 
dispositivo corretamente. 
III. Para realizar uma boa entrevista é necessário que o assistente social não confira autonomia aos 
atendidos, posto que a maioria deles não tem muita clareza das suas reais necessidades. Portanto, a 
potencializar a autonomia não é indicada na realização das entrevistas e a postura de Maria Lucia 
está incorreta. 
IV. A entrevista é um instrumento de trabalho do assistente social, na qual é necessário que o 
profissional desenvolva uma postura atenta, e não paternalista. Assim, Maria Lucia desenvolveu uma 
postura correta.
V. A entrevista não é um instrumento eficiente para o assistente social, sendo até recomendado 
atualmente que esse dispositivo não seja utilizado pelos profissionais. Portanto, a postura de Maria Lucia 
está incorreta. 
Podemos concluir que estão corretas as afirmativas:
A) II e IV apenas.
B) I e IV apenas.
C) II e V apenas.
D) III e IV apenas.
E) IV e V apenas. 
Resposta correta: alternativa A.
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ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
Análise das afirmativas
I) Afirmativa incorreta.
Justificativa: em tese, o diário de campo é um dispositivo que pode ser usado pelo aluno em situação 
de estágio curricular de Serviço Social. No entanto, não é um instrumental específico dos alunos em 
situação de estágio e pode ser usado também por assistentes sociais ativos. Portanto, essa afirmativa 
está incorreta. 
II) Afirmativa correta.
Justificativa: em tese, o diário de campo é um instrumento que pode ser usado pelo assistente 
social já atuante para registrar as ações que desenvolveu. O diário de campo, por congregar uma grande 
quantidade de dados, por meio do registro realizado, também pode servir de apoio para a realização de 
pesquisas. Por conseguinte, a presente afirmativa está correta.
III) Afirmativa incorreta.
Justificativa: em tese, o assistente social deve realizar a entrevista articulando‑a e orientando‑a, 
porém deve sempre buscar fortalecer a autonomia dos atendidos. Nesse sentido, compete ao assistente 
social estimular em suas abordagens a autonomia daqueles que atende, e não o oposto. Portanto a 
afirmativa em questão está incorreta. 
IV) afirmativa correta.
Justificativa: a entrevista é uma das abordagens mais usadas pelo assistente social. Para bem fazer uso 
dessa metodologia, é importante que o profissional desenvolva uma postura atenta e não paternalista. 
Nesse sentido, o profissional deve possuir as bases da sua intervenção bem delimitadas para coordenar 
o processo. Portanto, a afirmativa em questão também está correta.
V) Afirmativa incorreta. 
Justificativa: a entrevista é um dos dispositivos mais utilizados pelos assistentes sociais ao longo dos 
anos e é utilizada pelos assistentes sociais contemporâneos. Assim, não há recomendações para que o 
assistente social não utilize mais a entrevista, e, dessa maneira, Maria Lucia deve usar a entrevista como 
metodologia de ação. A afirmativa em questão está incorreta.Questão 2. A ação do assistente social o coloca em contato com os mais variados instrumentos 
e técnicas. Dentre esses instrumentos temos os laudos, os pareceres e os relatórios. Cada um desses 
elementos possui características, especificidades e particularidades que os definem. Sobre esses 
instrumentais, analise as afirmativas a seguir, atribuindo os valores verdadeiro (V) ou falso (F).
I. A visita institucional é uma abordagem desenvolvida pelo assistente social para acompanhar e 
analisar situações de indivíduos e famílias ( ). 
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Unidade II
II. O laudo social é uma atribuição privativa do Assistente Social, portanto, outro profissional não 
pode elaborar laudo social ( ). 
III. A visita domiciliar é aquela que o assistente social realiza com o objetivo de verificar se o serviço 
de uma instituição está sendo executado adequadamente ( ).
IV. O parecer social é um apontamento que o profissional pode fazer no fim do relatório ou do 
laudo social ( ).
V. Os relatórios são documentos em que descrevemos atividades desenvolvidas, visitas realizadas e 
providências adotadas frente aos casos ( ).
A sequência correta aos valores atribuídos nas afirmativas supra pode ser expressa na alternativa:
A) F, V, F, V, V.
B) V, F, V, F, F.
C) F, F, F, V, V.
D) V, V, V, V, F.
E) F, F, V, V, V.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das afirmativas
I) Afirmativa falsa.
Justificativa: a visita institucional é aquela que o assistente social realiza quando é necessário 
analisar o serviço realizado por uma instituição, e não quando realiza intervenções com indivíduos 
e famílias. 
II) Afirmativa verdadeira.
Justificativa: o laudo social é um documento que só pode ser emitido pelo assistente social, conforme 
indicado pela lei que regulamenta a profissão do assistente Social. Assim, outro profissional não pode 
emitir laudo social. 
III) Afirmativa falsa.
Justificativa: a visita domiciliar é um instrumental que o assistente social utiliza para abordagem 
junto com as famílias e indivíduos. Assim, a visita domiciliar não é o dispositivo que o técnico utiliza para 
analisar o serviço de instituições. 
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ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
IV) Afirmativa verdadeira.
Justificativa: o parecer social é um elemento que pode integrar um relatório ou então um lado 
social. Geralmente, o parecer é alocado ao final do documento e pode consistir em uma manifestação 
específica acerca da situação que foi apresentada ao técnico. 
V) Afirmativa verdadeira.
Justificativa: os relatórios são instrumentais usados pelos assistentes sociais com a finalidade de 
registrar as ações que já foram desenvolvidas e também são utilizados como meios para registrar 
informações acerca das abordagens propostas frente aos casos atendidos.

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