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PEDIATRIA GERAL A dor abdominal pediátrica é um problema comum que, muitas vezes, representa um dilema diagnóstico. A maioria dos episódios é benigna e autolimitada, mas a dor abdominal persistente pode significar uma patologia subjacente que requer intervenção urgente. A avaliação e a intervenção em tempo hábil são essenciais em crianças que apresentam dor abdominal. A dor é um mecanismo de defesa que sinaliza que há algo de errado. o Corresponde a 4% das consultas pediátricas de emergências; o 10 a 20% das crianças e adolescentes vão ter queija de dor abdominal durante infância; o Mais frequente no sexo feminino. Classificação Aguda: de curto prazo, aproximadamente 21 dias, quando passa disso fica persistente; estão mais associadas a doenças orgânicas e normalmente vem associado a outros sinais e sintomas a exemplo do vomito e da febre; Crônica: duração mais de 2 meses; pode ser constante ou intermitente (em surtos), não tem uma característica bem definida, as pessoas podem apresentar diferentes padrões de dor; mais comum entre as faixa etárias de 4-6 anos e 7-12 anos. DOR ABDOMINAL AGUDA / ABDOME AGUDO Tem início súbito e pode apresentar características diversas quanto à localização, à intensidade e aos sintomas associados. Na pediatria, o desafio da dor abdominal aguda é ainda maior, pois a reduzida capacidade de cooperação dos pacientes e a grande variedade de etiologias podem dificultar o diagnóstico preciso. A dor abdominal é sintoma inicial de doenças de apresentação grave. O objetivo principal é afastar as emergências cirúrgicas. As patologias clínicas podem ser divididas entre causas intra e extra- abdominais. Ou, ainda, as etiologias podem ser divididas entre causas gastrointestinais e outras causas, como demonstra a Tabela. O que avaliar? Idade do paciente; Anamnese e exame físico minucioso, sinais de alarme; Observação clínica; Exames subsidiários disponíveis; Tentar definir qual o tipo de dor: de origem intrabdominal ou de origem extra-abdominal, se é sistêmica ou funcional. Sinais de alarme: podem ser procurados no momento em que se caracteriza a dor, avaliar se ela começou subitamente, se começou durante o sono, ou alguma brincadeira, se esta acompanhada de choro = a intensidade é maior. Se tem vomito, quando os vômitos começaram, avaliar sintomas sistêmicos associados, sinais de toxemias, aumento da FC, da FR, má perfusão, alterações físicas, presença de diarreia, etc. Medidas iniciais: o Se o paciente está instável: Estabilização respiratória e circulatória: - Avaliar intervenção cirúrgica imediata; - Principais: apendicite aguda/perfuração intestinal; o Exames laboratoriais e de imagem Na fase inicial do quadro, é frequente encontrar certa dificuldade em definir sua causa precisa. Nessas situações, a faixa etária do paciente pode auxiliar no estabelecimento do diagnóstico, pois a prevalência de cada etiologia pode variar de acordo com a faixa etária. Faixa etária para o diagnostico diferencial Observações: Menores de 2 anos: o Dificilmente vão verbalizar, se mostram mais irritados e chorosos; no exame físico é interessante buscar sinais e peritonite e massas; o Nessa idade considerar para emergências cirúrgicas: volvo, intussuscepção, hernia, obstrução; o Volvo: “nó” nas alças intestinais; o Intussuscepção: os vasos sanguíneos ficam presos entre as camadas do intestino, o que causa redução do suprimento de sangue, edema, estrangulação intestinal e gangrena. Por conseguinte, podem ocorrer sepse, choque e óbito. o O mais comum nessa faixa etária são gastroenterite, constipação e infecção urinaria (que não são causas cirúrgicas). Entre 2 e 5 anos: o Mais fácil de diferenciar causas cirúrgicas e clinicas; buscar sinais de peritonite ou massas que vão sugerir uma causa cirúrgica; o Começam a surgir os traumas. Entre 5 e 12 anos: o Atenção maior para os traumas; Acima de 12 anos o Se atentar ao desenvolvimento puberal; perguntar sobre a vida sexual da criança. Além da faixa etária, a sistematização da abordagem do paciente também pode facilitar o diagnóstico. Alguns autores propõem a abordagem do paciente em alguns passos: ▪ primeiro passo: afastar emergências cirúrgicas; ▪ segundo passo: descartar causas obstrutivas; ▪ terceiro passo: avaliar a possibilidade de afecções infecciosas; ▪ quarto passo: investigar doenças hepatobiliares; ▪ quinto passo: identificar possíveis doenças funcionais DOR ABDOMINAL CRÔNICA Classificação Funcional: ocorre na ausência de um dano tecidual. Não há lesão/alteração de órgão alvo. Após criteriosa avaliação Dor abdominal na infância médica, os sintomas não podem ser atribuídos a qualquer outra condição médica. Os critérios de Roma IV são utilizados para classificar a dor como funcional ou não. Orgânica: dor que tem lesão de órgão, alteração sistêmica. Os sintomas são potencialmente causados por enfermidades orgânicas, as, quais, por usa vez são definidas como anormalidades anatômicas, inflamatórias, neoplásicas e/ou bioquímicas. Classificação da dor abdominal crônica História clínica e exame físico da criança com DAC Características da dor: Localização, intensidade, frequência, periodicidade, relação com alimentação, dor noturna, interferência com as atividades habituais. (a dor muitas vezes é avaliada em pontos de acordo com a face de dor que criança tem); Sintomas gastrintestinais associados: Pirose, saciedade precoce, empachamento pós-prandial, náuseas, vômitos, diarreia, constipação, tenesmo, sangramentos digestivos, icterícia. Sinais/sintomas de outros sistemas: Sintomas urinários, cefaleia, sonolência após as crises de dor, artralgias/artrites, tosse crônica, asma, respiração bucal. Sinais de comprometimento orgânico: Perda de peso, retardo no crescimento, retardo puberal, palidez cutâneo- mucosa, febre. Medicações em uso ou utilizadas: Antibióticos, anti- inflamatórios, corticosteroides. História alimentar: Consumo de leite e produtos lácteos, consumo de sucos naturais e artificiais, bebidas gaseificadas, consumo de balas e chicletes, alimentos irritantes gástricos (alimentos industrializados, condimentos picantes), conteúdo de fibra na dieta. História familiar: Parentes com doenças do TGI ou de outro sistema e que evolua com dor abdominal, enxaqueca, manifestações alérgicas, tuberculose, quadros depressivos. Antecedentes pessoais: Infecção viral recente, trauma abdominal, intervenção cirúrgica prévia. Perfil psicológico e comportamental da criança. Conhecimento de situações geradoras de ansiedade. Exame físico: Peso, estatura, velocidade de crescimento, estágio puberal. Exame abdominal detalhado: localização da dor, massas, fígado, baço, loja renal. Avaliação perianal e toque retal. DOR FUNCIONAL CRÔNICA Transtornos gastrointestinais funcionais nas crianças e adolescentes 1. Transtornos funcionais de náuseas e vômitos o Síndrome dos vômitos cíclicos: vômitos intensos, paroxísticos o Náusea funcional e vomito funcional o Síndrome de ruminação 2. Transtornos da dor abdominal funcional o Dispepsia funcional o Síndrome do intestino irritável o Enxaqueca abdominal o Dor abdominal funcional inespecífica 3. Transtornos funcionais de evacuação o Constipação funcional o Incontinência fecal não retentora Síndrome dos vômitos cíclicos: o 0,2% a 1% das DAC o Idade mediana dos sintomas varia dos 3,5 aos 7 anos Critérios diagnósticos da síndrome dos vômitos cíclicos o A ocorrência de dois ou mais episódios de vômitos intensos, paroxísticos, sem remissão, durando de horas a dias dentro de um período de seis meses; o Episódios são estereotipados para cada paciente; o Episódios são separados por semanas ou meses com retorno a condição basal desaúde entre os episódios; o Após avaliação médica apropriada os sintomas não podem ser atribuídos a outra condição clínica. Náusea funcional e vômito funcional Podem estar associados a sintomas autonômicos – transpiração, tonturas, palidez e taquicardia. Critérios diagnósticos para náusea funcional e vômito funcional a) Náusea funcional Necessita incluir todos os seguintes sintomas ocorridos nestes últimos dois meses: o Náuseas incomodante como sintoma predominante, ocorrendo pelo menos duas vezes por semana e geralmente não relacionada com as refeições o Consistentemente não associada com vômito o Após avaliação apropriada, a náusea não pode ser totalmente explicada por outra condição médica. b) Vomito funcional Devem incluir os sintomas que seguem: o Em média um ou mais episódios de vômitos por semana o Ausência de vômito auto-induzido o a existência de algum critério para um transtorno alimentar ou ruminação o Após avaliação apropriada o vomito não pode ser totalmente explicado por outra condição médica - Critérios preenchidos por pelo menos 2 meses antes do diagnóstico. Síndrome de ruminação o Regurgitação repetitiva, desprovida de esforço acompanhada de reingestão e/ou o ato de cuspir o alimento no prazo de alguns minutos após ter iniciado a alimentação o Transtorno psiquiátrico causado principalmente por privação social-depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo estresse pós traumático, transtorno comportamental e transtorno de déficit de atenção-hiperatividade o Adolescentes do sexo feminino Critérios diagnósticos para síndrome de ruminação Devem incluir todos os sintomas que sequem: 1. Regurgitação repetitiva e remastigação ou expulsão do alimento: inicia-se logo após a ingestão de um alimento; não ocorre durante o sono 2. Não é precedido de eructação 3. Após avaliação apropriada os sintomas não podem ser explicados por outra condição médica. Algum outro transtorno alimentar deve ser descartado - Critérios preenchidos por pelo menos dois meses antes do diagnostico Aerofagia Ingestão de ar é excessiva o gás preenche o lumem gastrointestinal, resultando em eructações excessivas, distensão abdominal, eliminação de flatus e dor = distensão abdominal Critérios diagnósticos para aerofagia Devem inclui todos os sintomas que seguem: 1. Excessiva ingestão de ar 2. Distensão abdominal devido ao ar intraluminal, cuja distensão aumenta durante o dia 3. Eructações repetitivas e/ou aumento da eliminação de flatus 4. Após avaliação apropriada, os sintomas não podem ser totalmente explicados por outra condição médica Critérios preenchidos por pelo menos 2 meses antes do diagnóstico Dispepsia funcional o Anormalidades da função gástrica motora, hipersensibilidade visceral devido a sensibilização central ou periférica o Acomodação gástrica prejudicada, determinada pela diminuição da capacidade de relaxamento do estomago, em resposta ao alimento Critérios diagnósticos para dispepsia funcional Deve incluir um ou mais dos seguintes sintomas ao menos 4 dias por mês: 1. Plenitude pós-prandial 2. Saciedade precoce 3. Dor epigástrica que não se associa à defecação 4. Após avaliação adequada, os sintomas não podem ser plenamente explicados por outra doença. Estes critérios devem ocorrer por pelo menos 2 meses antes do diagnóstico Os seguintes subtipos estão agora adotados dentro da Dispepsia Funcional: 1. Síndrome de dificuldade pós-prandial inclui desconforto da plenitude pós-prandial ou saciedade precoce que impede o término da refeição regular. Os critérios de suporte incluem distensão abdominal superior, náusea pós-prandial ou eructações excessivas. 2. Síndrome de dor epigástrica, que inclui todos os seguintes sintomas: dor ou queimação (grave o suficiente para interferir com as atividades) localizada no epigástrio. A dor não pode ser generalizada, nem pode se localizar em outra parte do abdômen ou tórax e não é aliviada pela evacuação ou eliminação de flatos. Os critérios que suportam o diagnóstico podem incluir: (a) dor tipo queimação, mas sem o componente retroesternal e (b) a dor comumente é induzida ou aliviada pela ingestão de uma refeição, mas pode ocorrer durante o jejum. Síndrome do intestino irritavel o Transtorno do eixo cérebro/trato digestivo o Diarreia ou constipação com dor intensa e estresse psicossocial o Disturbio funcional mais comum o Pode haver presença de muco nas fezes. Criterios diagnosticos para sindrome do intestino irritavel Deve incluir todos os critérios a seguir: 1. Dor abdominal ao menos 4 dias por mês associada com um ou mais dos seguintes sintomas: a. relação com a evacuação b. alteração na frequência das fezes c. alteração na aparência das fezes 2. Em crianças com constipação, a dor pode não resolver com a resolução da constipação (crianças nas quais a dor resolve, têm constipação funcional e não síndrome do intestino irritável) 3. após avaliação adequada, os sintomas não podem ser plenamente explicados por outra condição médica. Estes critérios devem ocorrer por pelo menos 2 meses antes do diagnóstico Enxaqueca abdominal o Mecanismos deflagradores – estresse, fadiga e viagem. o Podem estar associados a sintomas – anorexia, náuseas e vômitos. o Fatores de alivio, a saber, repouso e sono o 1 a 4% das crianças de 7 a 12 anos o Historia familiar de enxaqueca o Precursora de cefaleia na vida futura Critérios diagnósticos para enxaqueca abdominal Deve incluir todos os seguintes sintomas ocorrendo ao menos duas vezes: 1. Episódios paroxísticos de dor abdominal intensa, aguda e periumbilical, na linha média ou difusa, durando 1 hora ou mais (deve ser o sintoma mais grave e aflitivo) 2. Episódios intervalados por semanas ou meses 3. A dor é incapacitante e interfere com as atividades normais 4. Padrões estereotipados e sintomas individualizados para cada paciente 5. A dor está associada a dois ou mais dos seguintes sintomas: a. anorexia b. náusea c. vômito d. cefaleia e. fotofobia f. palidez 6. Após avaliação adequada, os sintomas não podem ser plenamente explicados por outra condição médica. Estes critérios devem ocorrer por pelo menos 6 meses antes do diagnóstico Dor abdominal funcional inespecífica o Se diferencia da SII pela ausência de hipersensibilidade retal Critérios diagnósticos para dor abdominal inespecífica Deve ser preenchido ao menos 4 vezes por mês e incluir todos os seguintes sintomas: 1. Dor abdominal episódica ou contínua que não ocorre exclusivamente durante eventos fisiológicos (ex: alimentação, menstruação) 2. critérios insuficientes para síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional ou enxaqueca abdominal 3. após avaliação adequada, a dor abdominal não pode ser plenamente explicada por outra condição médica. Estes critérios devem ocorrer por pelo menos 2 meses antes do diagnóstico Constipação funcional Potenciais sinais de alarme na constipação - Eliminação de mecônio após 48 horas do nascimento - Constipação que se iniciou no primeiro mês de vida - Historia familiar de doença de hishsprung - Fezes em fita - Fezes contendo sangue na ausência de fissura anal - Vômitos bilosos - Distensão abdominal intensa - Anormalidade na tireoide - Posição anormal do anus - Ausência de reflexo anal ou cremastérico - Diminuição do reflexo torácico das extremidades inferiores - Ondulação sacral - Tufo de pelos na coluna vertebral - Desvio da fenda glútea - Cicatriz anal. Critérios diagnósticos para constipação funcional Devem incluir dois ou mais dos seguintes sintomas que ocorrem pelo menos uma vez por semana por um período mínimo de um mês, com critérios insuficientes para o diagnostico de SII. 1. Duas ou menos evacuaçõespor semana em criança com idade de desenvolvimento de pelo menos 4 anos; 2. Pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana; 3. História de comportamento de retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes; 4. História de evacuações dolorosas ou duras; 5. História de fezes de grande diâmetro que podem obstruir o vaso sanitário; 6. Presença de grande massa fecal no reto. 7. Após avaliação apropriada os sintomas não podem ser totalmente explicados por outra condição médica. Incontinência fecal não retentora o Frequencia de evacuação e parametros de motilidade clonica e anorretal normais o Diferenciar de escape fetal o Melhor tratamento: terapia comportamental Cirtérios diagnosticos para incontinencia fecal não retentora Os seguintes sintomas, com dração de um mês em uma criança com idade de desenvolvimento de 4 anos ou mais: 1. Evacuaçoes em lugares inapropriados dentro do contexto sociocultural 2. Ausencia de evidencias de retenção fecal 3. Após avaliação médica apropriada, a IFNR não pode ser explicada por outra condição médica. Regurgitação do lactente o Retorno involuntário do alimento previamente deglutido para a boca ou para o meio externo. É fisiológico. Vomito é definido como um reflexo do sistema nervoso central que envolve a musculatura autonômica e esquelética, no qual o conteúdo do estomago é expelido para a boca em um movimento coordenado de intestino delgado, estomago, esôfago e diafragma. Critérios diagnósticos para regurgitação do lactente Devem incluir todos os seguintes sintomas em um lactente até então sadio com idades que variam de 3 semanas a 1 meses: 1. Regurgitação duas ou mais vezes por dia, durante 3 ou mais semanas; 2. Ausência de eructação e hematêmese, aspiração apneia “failure to thrive”, dificuldades para alimentação ou deglutição ou postura anormal. Cólica do lactente o Choro inconsolável, prolongado, após a alimentação, distensão abdominal, flatulência, flexão das pernas, sintomas que não são ecessariamente indicativos de dor ou doença. o Lactentes de até 4-5 meses de idade sem siais de alteração do sistema nervoso central ou do desenvolvimento, com exame físico normal e bom ganho pôndero-estatural. Critérios diagnósticos para cólica do lactente Devem incluir todos os seguintes sintomas nos lactentes desde o nascimento até os 4 meses de idade: 1. Irritabilidade paroxística, irritação ou choro que se inicia e finaliza sem uma causa obvia 2. Episódios com duração de 3 ou mais horas por dia e que ocorrem pelo menos 3 dias por semana, com inicio de pelo menos há uma semana 3. Ausência de “ failure to thrive” DOR ABDOMINAL CRÔNICA ORGÂNICA Sinais e sintomas de alerta: - História familiar de doença inflamatória intestinal, doença celíaca ou doença péptica - Dor persistente em quadrante superior ou inferior direito - Disfagia - Odinofagia - Vômitos persistentes - Sangramento gastrointestinal - Diarreia noturna - Diarreia crônica grave - Artrite - Icterícia - Doença perianal - Perda ponderal involuntária - Desaceleração do crescimento linear - Atraso da puberdade - Febre sem explicação - Sangue nas fezes Causas na infância: Esofagite de refluxo o Dor: processo inflamatório mucoso secundário à exposição acida ou alcalina: contrações descoordenadas durante a ingestão; o Dor em queimação, localizada em abdômen superior e ou retroesternal; o Pode estar associada a regurgitação ou vomito, eructações ou soluços excessivos, sintomas otorrinolaringológicos, sintomas repiratórios; o Indicar EDA quando tiver presença de: hematêmese, melena, disfagia, odinofagia, pera de peso, aversão alimentar e anemia ferroptiva inexplicada ou refratários ao tratamento empírico. Gastrite, duodenite e ulcera pelvica o Lesão da mucosa do estomago ou do duodeno o Dor em abdômen superior ou periumbilical no caso de crianças menores o Pode ter sintomas associados o Ulcera pélvica: infecção H pylori o Também é um diagnóstico clinico então indicar EDA apenas quando tiver presença de: hematêmese, melena, disfagia, odinofagia, pera de peso, aversão alimentar e anemia ferropriva inexplicada ou refratários ao tratamento empírico. Intolerância a lactose o Redução da enzima lactase o Dor abdominal tipo cíclica, distensão abdominal, flatulência ou diarreia após ingestão de lactose o Geralmente se inicia na fase préescolar o Secundária – infecção, alergia alimentar, doença celíaca Doença inflamatória intestinal *clinica depende do local e extensão do acometimento inflamatório Apresentações: o colite indeterminada: quando não é nem doença de crohn nem retocolite; o Retocitose ulcerativa - Perda de peso, sangramento retal, diarreia com muco e dor abdominal tipo cólica; - Envolve reto e área proximais e tem acometimento contínuo, atingindo mucosa e submucosa; o doença de crohn - Insidiosa, dor abdominal, diarreia e perda de peso - Mais comum manifestações extraintestinais (25, 35% dos casos) - Qualquer porção do trato gastrointestinal de maneira salteada, com inflamação transmural, podendo apresentar fístulas, úlceras, granulomas e vasculite Doença celíaca doença sistêmica imunomediada induzida por glúten – autoanticorpos específicos diarreia, alteração do crescimento, anemia e distensão abdominal manifestações extraintestinais – dermatológicas, endocrinológica, hematológica, hepática, óssea, ginecológica, neurológica, reumatológica, cardiovascular, renal e psiquiátrica. Dosagem de IgA antitransglutaminase humana e Antiendomísio ABORDAGEM PARA DOR ABDOMINAL o Dependerá da hipótese diagnóstica o Causa orgânica: especifico para cada doença quando houver suspeita de uma causa orgânica o Tratamento deverá ser individual e as metas da terapêutica visarão diferentes aspectos, nas diferentes doenças o Assegurar o paciente e a família quanto à benignidade do quadro. Abordagem dietética o Carboidratos fermentáveis não absorvíveis (FODMAPs) são de mais difíceis digestão, então é importante avaliar se existe alguma piora com esses carboidratos e então indicar a substituição desses FPDMAPs por alimentos que sejam mais pobres nesses carboidratos. o Em portadores de doença celíaca avaliar a sensibilidade ao glúten não celíaca o Aditivos alimentares o Em casos de DAC associada à distensão abdominal e diarreia = retirada de lactose pode ser considerada o Dispepsia funcional= cafeína, picantes, gosdurosos podem aumentar a sensação de queimor Abordagem farmacológica o Manipulação do microbioma intestinal é um potencial alvo terapêutico: lactobacillus rhamnosus GG, Lactobacillus reuteri DSM 17938 e o VSL#3 (não disponível no Brasil) o Anticolinérgicos: escopolamina, na suspeita de abdome agudo não é interessante o uso de anticolinérgicos por que eles atuam parando o trânsito intestinal. o Antidepressivos: diminuindo o trânsito intestinal, tratando a depressão, melhorando o sono, induzindo analgesia o Enxaqueca abdominal: ciproheptadina, amitriptilina, propranol, pizotifeno e flunarizina (avaliar caso a caso) o Dispepsia funcional: bloqueio ácido com antagonistas dos receptores de histamina (H2) ou inibidores da bomba de prótons Abordagem psicológica o Boa relação medico-paciente familia o Fatores psicologicos o Terapias, suporte familiar, terapia cognitivo comportamental e psicoterapia
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