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Embriologia e Histologia do Hipotálamo, Hipófise e glândula pineal GLÂNDULAS ENDÓCRINAS São sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após a diferenciação A conexão com o epitélio é obliterada e reabsorvida durante o desenvolvimento As secreções são lançadas diretamente no sangue e são transportadas para o seu local de ação pela circulação sanguínea Ou seja, as glândulas endócrinas não possuem ductos As glândulas endócrinas são classificadas em cordonais e foliculares Cordonais As células formam uma espécie de cordão anastomosado, entremeado por capilares sanguíneos Perdem a formação de ductos Exemplos: adrenal, paratireoide, adenohipófise Foliculares As células formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado Secreção: primeiro é liberada na matriz extracelular e depois passa para a corrente sanguínea Ex.: tireoide. Para relembrar... Origem SNC No início da terceira semana Derivado do ectoderma Aparece como uma placa de ectoderma espessado, a placa neural na região dorsal medial adjacente ao nó primitivo Suas bordas laterais se elevam para formar as pregas neurais Formação do sulco neural O fechamento final do neuróporo cranial ocorre no estágio de 18 a 20 somitos (25o dia) O fechamento do neuróporo caudal se dá aproximadamente 5 dias mais tarde. A extremidade cefálica do tubo neural apresenta três dilatações, vesículas encefálicas primárias, que após 5 semanas formam vesículas secundárias: o Prosencéfalo telencéfalo e diencéfalo o Mesencéfalo permanece o Rombencéfalo metencéfalo e mielencéfalo HIPOTÁLAMO Se desenvolve na região do diencéfalo Ocorre o desenvolvimento de três tumefações nas paredes laterais do terceiro ventrículo que mais tarde se transformam no tálamo, hipotálamo e epitálamo O hipotálamo surge pela proliferação de neuroblastos na zona intermediária das paredes diencefálicas, ventrais aos sulcos hipotalâmicos GLÂNDULA PINEAL Se desenvolve na região hipotalâmico do diencéfalo Desenvolve-se como um divertículo mediano da parte caudal do teto do diencéfalo A proliferação das células em suas paredes logo a converte em uma glândula sólida, em forma de cone A porção mais caudal da placa do teto se desenvolve em corpo pineal Inicialmente, esse corpo aparece como um espessamento epitelial na linha média, mas, até a 7ª semana, ele começa a evaginar Atividade endócrina ou neuroendócrina que regula o ritmo corporal diariamente Desenvolve-se a partir do neuroectoderma Constituída por 2 tipos celulares: Pinealócitos São as principais células Cordonais Secretam melatonina – regula os ritmos corporais Apresentam um grande núcleo profundamente invaginado, com um ou mais nucléolos proeminentes, e contêm gotículas de lipídios no citoplasma. Células intersticiais (gliais) Representam apenas 5% das células da glândula pineal Apresentam características de coloração e ultraestruturais muito semelhantes àquelas dos astrócitos e lembram os pituícitos da neurohipófise. Caracteriza -se pela existência de concreções calcificadas, denominadas areia cerebral ou corpos arenáceos Podem ser reconhecidas na infância, e o número aumenta com a idade Funções Relaciona a intensidade e a duração da luz com a atividade endócrina É um órgão fotossensível, regulador do ciclo dia/noite (ritmo circadiano) Obtém informações sobre os ciclos de luz e escuridão a partir da retina por meio do trato retino-hipotalâmico, que se conecta no núcleo supraquiasmático com os tratos neurais simpáticos que seguem o seu trajeto para dentro da glândula pineal Durante o dia, os impulsos luminosos inibem a produção da melatonina Atividade pineal, medida por alterações no nível plasmático de melatonina, aumenta durante a escuridão. HIPÓFISE Origem ectodérmica A hipófise desenvolve-se a partir de duas fontes: Crescimento para cima a partir do teto ectodérmico do estomodeu (boca primitiva), forma o divertículo hipofisário (bolsa de Rathke) Crescimento inferior do neuroectoderma do diencéfalo, o divertículo neuro-hipofisário Por isso possui 2 tecidos diferentes Adeno-hipófise (tecido glandular), ou lobo anterior, surge do ectoderma oral Neuro-hipófise (tecido nervoso), ou lobo posterior, surge do neuroectoderma. Na 3ª semana, o divertículo hipofisário projeta-se do teto do estomodeu e fica adjacente ao assoalho (parede ventral) do diencéfalo; Na 5ª semana, o divertículo alonga-se e estreita-se ao se ligar ao epitélio oral Nessa fase, entra em contato com o infundíbulo (derivado do divertículo neurohipofisário), um crescimento inferior ventral do diencéfalo; Durante a 6ª semana, a conexão do divertículo com a cavidade oral degenera O divertículo hipofisário do teto do estomodeu origina a adenohipófise – lobo anterior O divertículo neurohipofisário do assoalho do diencéfalo origina a neurohipófise – lobo posterior Uma extensão, a parte tuberal, cresce em torno do tronco infundibula A extensa proliferação da parede anterior do divertículo hipofisário reduz seu lúmen a uma fenda estreita As células na parede posterior da bolsa hipofisária não proliferam; originam a parte intermédia, fina e mal definida. Localiza-se na base do cérebro, onde se situa em uma depressão em formato de sela do osso esfenoide, denominada sela turca A hipófise é conectada ao hipotálamo por meio de um pedículo curto, o infundíbulo, e por uma rede vascular Regiões da Hipófise Pars distalis É uma glândula endócrina cordonal Constituída de vários tipos de células, que secretam diferentes tipos de hormônios o Cel. Mamotróficas = prolactina o Cel. Somatotróficas = GH o Cel. Corticotrófica = ACTH o Cel. Gonadotrófica = FSH e LH o Cel. Tireotrófica = TSH Pars nervosa Não produz hormônios É apenas o local de armazenamento de hormônios produzidos no hipotálamo É um prolongamento do infundíbulo, sendo ambos constituídos por tecido nervoso, pois se continuam com o hipotálamo É constituída de axônios de neurônios cujos corpos celulares se localizam nos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo Esses corpos de neurônios produzem ocitocina e ADH, que são transportados ao longo dos axônios até a pars nervosa (neurohipófise) O pituícito é a única célula específica da neuro-hipófise - célula de natureza glial, associada aos capilares fenestrados. Pars intermedia Estreita camada de tecido situada entre a pars distalis e a pars nervosa Epitélio de revestimento simples cúbico Pode estar separada da pars distalis por um espaço, remanescente da bolsa de Rathke. É pouco desenvolvida em humanos, sendo constituída par células basófilas e por folículos ocos com conteúdo homogêneo e revestidos por epitélio cúbico simples
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