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Resumo de fisiologia do músculo esquelético

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Ludmila Almeida 
 
 
Músculo esquelético 
Composto por fibras, cada fibra é inervada por uma 
terminação nervosa. O sarcolema é a membrana celular 
que reveste a fibra muscular esquelética. Cada fibra 
muscular contém miofibrilas, que são compostas por 
filamentos de actina e miosina. 
Sarcômero: filamentos mais grossos são de miosina e os 
mais finos de actina. 
Faixa I: Isotrópicos à luz polarizada, mais clara devido os 
filamentos de actina. 
Faixa A: anisotrópicos à luz polarizada, mais escura 
devido aos filamentos de miosina. 
Pontes cruzadas: contida na faixa A, filamentos de 
miosina entrelaçados. 
Disco Z: compostos de proteínas filamentosas cruzando 
transversalmente as miofibrilas e de uma miofibrila a 
outra, conectando-as desta forma por toda a fibra 
muscular. 
Segmentos de miofibrilas situados entre dois discos Z 
sucessivos é denominado sarcômero. 
Filamentos de titina mantém o posicionamento lado a 
lado dos filamentos de actina e miosina. 
O espaço entre as miofibrilas são preenchidos pelo 
sarcoplasma (citoplasma do músculo). 
Retículo sarcoplasmático: RE especializado do músculo 
esquelético. Fibras musculares de contração rápida 
possui retículo sarcoplasmático muito extenso. Ele 
serve de depósito de cálcio. 
O íons Cálcio ativa as orças atrativas entre os filamentos 
de actina e miosina, proporcionando o deslizamento ao 
lado um do outro, que é o processo contrátil. Após sua 
liberação a bomba de Ca+ da membrana bombeia os 
íons cálcio de volta para o retículo sarcoplasmático. 
O mecanismo de contração ocorre por deslizamento 
dos filamentos e são as pontes cruzadas que permitem 
esse deslizamento. 
Miosina: filamentos de miosina são compactos por 
múltiplas moléculas de miosina. Cada molécula é 
composta por 6 cadeias polipeptídicas (2 pesadas e 4 
leves). As pesadas se espiralam em duplas-hélice. As 
extremidades livres dessas cadeias se dividem como 
braços, formando, no final, as cabeças. Cada ponte 
cruzada é flexível em 2 lugares (dobradiça). 
Actina: os filamentos de actina são compostos por 
actina F, tropomiosina e troponina. Troponina é um 
complexo de 3 subunidades proteicas (troponina I, 
troponina T e troponina C). 
Troponina I: muita afinidade coma actina. 
Troponina T: afinidade coma tropomiosina. 
Troponina C: afinidade muito grande com íons cálcio. 
A interação de um filamento de miosina com dois 
filamentos de actina e com íons cálcio para causar a 
contração. 
• Inibição dos filamentos de actina pelo complexo 
troponina-tropomiosina: 
A troponina forma um complexo com a tropomiosina, 
devido sua afinidade, esse complexo cobre os pontos 
ativos inibindo o filamento de actina. Logo, ao cobrir 
esses pontos, há o impedimento da ligação das cabeças. 
Quando os íons Ca+ são liberados pelo reticulo 
sarcoplasmático, eles vão inibir a inibição as actina. 
• Integração entre o filamento de actina “ativado” e as 
pontes cruzadas “teoria da catraca” 
Com o filamento de actina já ativado, vai ocorrer uma 
hipertensão das pontes cruzadas. Nesse momento, há o 
golpe de força, em que as cabeças de miosina se 
conectam aos pontos ativos da actina e em seguida 
“puxa” o filamento de actina, ao desfazer a 
hiperextensão. 
• ATP como fonte de energia para a contração: 
O sarcoplasma possui muitas mitocôndrias, para a 
produção de ATP. O ATP se liga na cabeça da ponte 
cruzada, em seguida haverá a clivagem vai gerar energia 
que permitirá o movimento o movimento do golpe de 
força. Em seguida ADP+ Pi se soltam da cabeça, 
ocasionando sua volta para a posição inicial, até que 
outro ATP se ligue. 
Além de permitir a teoria da catraca, o ATP também é 
necessário para: 
Ludmila Almeida 
 
 
1. Bombear cálcio do sarcoplasma para o retículo 
sarcoplasmático quando cessa a contração. 
2. Bombeamento de íons Na+ e K+, através da 
membrana da fibra muscular para manter o 
ambiente iônico apropriado para a propagação do 
potencial de ação. 
As mitocôndrias do retículo sarcoplasmático não 
conseguem suprir totalmente a demanda de ATP, para 
isso ocorre outros mecanismos, como a refosforilação 
em que ADP+Pi retornam à forma de ATP. Para a 
refosforilação há outras fontes de energia, como: 
a) Fosfocreatina: libera um Pi para o ADP, formando 
ATP. 
b) Glicogenólise: o glicogênio é um depósito de glicose 
e durante sua quebra há a formação de ácido 
pirúvico e ácido lático que geram energia e 
promove a refosforilação (esse processo é favorável 
por ocorrer na ausência de O2 e produz energia 
capaz de manter a contração por mais tempo) 
c) Metabolismo oxidativo: o produto da glicogenólise 
e glicólise unido a O2, gerando energia. 
Soma das forças: significa a soa de abalos individuais 
para aumentar a intensidade da contração total. Ocorre 
por 2 meios: 
1. Aumento do número de unidades motoras que se 
contraem ao mesmo tempo (princípio do tamanho). 
Quando a fibra muscular aumenta de tamanho, 
aumentando o número de unidades que se 
contraem. 
2. Aumento da frequência de contração, que pode 
levar à tetanização (ocorre a contração em maior 
frequência) em que não é mais possível o 
relaxamento da fibra.

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