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Maria Carolina B. de Castro AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA EM ANIMAIS SILVESTRES • Importante saber a diferença de densidade dos materiais. • Sempre avaliar anatomia e fisiologia das espécies, planejar ações para minimizar estresse, realizar projeções adequadas a suspeita diagnóstica, evitar sobreposição de imagens na área de interesse, considerar particularidades anatômicas que interferem na qualidade da imagem, analisar viabilidade de contenção física, analisar possibilidade de contenção química, conhecer as formas de defesa da espécie contida. • O posicionamento inadequado pode levar a distorção de imagem, o que leva a interpretações errôneas. Aves - Posicionamento ventrodorsal: É o posicionamento padrão. Deve-se observar a simetria da cavidade celômica (posicionar o animal em um eixo correto), realizar a sobreposição do esterno e da coluna e evitar sobreposição de membros torácicos e pélvicos. - Posicionamento laterolateral: Deve-se evitar sobreposição e realizar a extensão e abdução dos membros. • O posicionamento ventro-dorsal em pequenos animais pode ser feito com fitas adesivas, para melhorar a imagem. Isso só funciona se ocorre contenção química. Deve-se ter cuidado com as penas, para que não sejam retiradas na retirada das fitas. • Lembrar que o sistema respiratório possui os sacos aéreos, que são vistos em uma VD e LL (maior radioluscência). - Principais afecções em aves: Fraturas em ossos pneumáticos nos fazem pensar em pneumonias, osteomielite ou aerossaculites, visto a comunicação do saco aéreo; a retenção de ovos também é recorrente (diferenciar da postura normal, que pode estar ocorrendo); presença de corpos estranhos também podem acontecer, podendo levar a obstruções, perfurações e septicemia; alterações degenerativas, principalmente neoplasias; processos inflamatórios. Répteis (serpentes, lagartos, crocodilianos e quelônios) • Carapaça e plastrão dos quelônios interferem na imagem. • O sistema respiratório requer posicionamentos adequados (LL, CC). - Posicionamento dorsoventral: Torna possível avaliar a cavidade celômica como um todo, mas haverá sobreposições. - Posicionamento anteroposterior ou craniocaudal: Visualização dos pulmões, permite a visualização da simetria dos pulmões e ausência de sobreposição. - Posicionamento laterolateral: Há a visualização dos pulmões, mas fica sobreposto um ao outro. Não há a visualização de cada um deles separado. - Principais afecções em répteis: Retenção de ovos (apatia, edema de membros posteriores), corpos estranhos, fraturas. • É possível utilizar contraste, cuidando com os contrastes a base de bário (pode desidratar, e como os animais são ectotérmicos, se tiverem com o metabolismo baixo podem impactar”. • Nos lagartos, também é importante o conhecimento das estruturas anatômicas. • O posicionamento latero-lateral permite que não haja sobreposição, no entanto os dois pulmões ficam no mesmo eixo de visualização. • O posicionamento dorso-ventral leva a sobreposição. • Em jacarés, para evitar a sobreposição pode-se utilizar canos de pvc na boca do animal. - Principais afecções de pequenos lagartos: Traumatismo, degeneração óssea, retenção de ovos (a densidade é mais sutil), corpo estranho, fraturas. • Em relação a serpentes, também é importante conhecer as estruturas anatômicas. • Duas densidades de pulmões. • O posicionamento das serpentes pode ser dorsoventral ou laterolateral. - Principais afecções de serpentes: Pneumonias, formação de cáseos na coluna, fratura, neoplasia. Mamíferos • Estruturas semelhantes aos mamíferos domésticos. • Particularidades anatômicas de cada espécie. • Posicionamentos semelhantes também. • Uso de contraste adequado, pela via adequada. - Principais afecções: Problemas odontológicos (roedores), dilatações gástricas, gestação, afecções de casco, doenças degenerativas, doenças metabólicas, traumas (fraturas), corpo estranho. Ultrassonografia • Possui como vantagem a visualização dos órgãos em tempo real, é possível ser feita em um grande número de espécies silvestres, porém dependendo da espécie é difícil.
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