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Anexos embrionários e fetais

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INTRODUÇÃO 
Anexos embrionários e fetais→ derivam dos 
folhetos germinativos. Se atrofiam/são 
eliminados ao nascimento. Atuam no 
crescimento e desenvolvimento por 
promoverem proteção, nutrição e excreção 
etc. 
• Anexos fetais: placenta, cordão 
umbilical e membranas ovulares( 
âmnio e cório). 
• Anexos embrionários e fetais: âmnio, 
cório, alantoide e vesícula vitelínea. 
PLACENTA 
Órgão transitório específico da gravidez. 
Possui origem mista, devido aos seus 
componentes materno e fetal. Importante 
para o crescimento e bem-estar do feto e 
fator determinante da saúde na idade adulta. 
Possui funções de intercâmbio gasoso 
materno-fetal, a transferência de nutrientes 
ao concepto, a excreção de catabólitos de 
origem fetal e a produção de hormônios e 
enzimas. 
FORMAÇÃO 
Estrutura e morfologia definidas a partir do 
início do quinto mês e não se modifica com 
as etapas seguintes até o termo. Estrutura 
definitiva: 
a) placa basal: porção materna 
constituída pela decídua basal. 
b) placa coriônica: porção ovular 
formada pelo cório frondoso ou 
placentário. 
As placas são separadas pela câmara ou 
espaço interviloso, repleto de sangue 
materno. 
• Placa basal: tem coloração vinhosa e 
exibe um número estável de 10 e 38 
subdivisões, denominadas lobos ou 
cotilédones. É o endométrio que sofreu o 
processo de decidualização (acúmulo de 
glicogênio e lipídios pelas células do 
endométrio). a implantação do blastocisto no 
endométrio leva a reação decidual→ 
aumento do volume das células do estroma 
endometrial e acúmulo de glicogênio e 
lipídios. Reação dependente de estrógenos, 
progesterona e fatores secretados pelo 
blastocisto implantado. Função: preparo de 
um local imunologicamente adequado para o 
desenvolvimento. Endométrio modificado 
tem o nome de decídua ou caduca. Até o 4º 
mês, 3 porções da decídua são identificadas: 
a) decídua basal: placa basal ou decidual. 
Porção materna da placenta, relação íntima 
com cório frondoso; b) decídua capsular ou 
reflexa: elevada pelo desenvolvimento 
ovular. Sofre estiramento e degeneração 
devido ao aumento do volume da cavidade 
coriônica; c) decídua parietal ou vera: recobre 
a cavidade uterina, exceto a zona de 
implantação. Oblitera a cavidade uterina ao 
fundir-se com o cório liso. 
Na placa basal há 3 camadas: 
a) camada basal: porção profunda que 
origina os septos deciduais; 
b) camada esponjosa: no seu interior 
ocorre a separação placentária na 
dequitadura; 
c) camada compacta: seguimento 
superficial totalmente eliminado no 
secundamento. As camadas compacta e 
esponjosa formam a camada funcional; as 
porções remanescentes da camada basal 
originam o novo endométrio após o parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenhos esquemáticos que mostram a relação das 
membranas ovulares com a parede uterina. A. Ausência 
de vilosidades no cório liso e presença da vesícula 
vitelina no interior da cavidade coriônica (final do 
segundo mês). B. Desaparecimento da cavidade 
coriônica e da cavidade uterina (final do terceiro mês). 
• Placa coriônica: encontra-se em 
contato com a cavidade amniótica e 
apresenta aspecto liso e brilhante, devido ao 
revestimento pelo âmnio. O cordão 
normalmente está inserido no centro da face 
fetal. A placenta começa a se formar com a 
implantação endometrial, porém, ocorrem 
eventos preparatórios. A mórula já apresenta 
uma diferenciação entre massas interna e 
externa de células. Ocorre, simultaneamente 
à entrada da mórula na cavidade uterina, um 
acúmulo de líquido nos espaços 
intercelulares da massa interna, formando a 
blastocele. As células da massa interna 
(embrioblasto – origina embrião) deslocam-
se para um dos polos (embrionário), 
enquanto as da externa (trofoblasto – 
origina cório) se aplanam, formando a parede 
do blastocisto. Blastocisto: processo de 
implantação em torno do 6º dia; ocorre 
diferenciação do trofoblasto em 
citotrofoblasto, a camada interna que 
constitui a parede do blastocisto, e 
sinciciotrofoblasto, cujas células estão em 
contato direto com o endométrio, possuem 
grande capacidade de proliferação e invasão. 
Com 9 dias→ blastocisto totalmente incluído 
no endométrio, no local da implantação há 
deposição de fibrina ou de um coágulo, que 
pode se desprender e gerar erros no cálculo 
da IG a partir da DUM. 
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA 
Constituída por duas circulações 
independentes: a) circulação materna ou 
circulação uteroplacentária; b) circulação 
fetal ou circulação fetoplacentária; são 
separadas pela superfície placentária de 
trocas ou barreira placentária, constituída 
por tecidos ovulares. 
A barreira placentária não garante a 
separação absoluta entre as circulações fetal 
e materna, um fato que pode ser constatado 
pela presença constante de células fetais no 
sangue materno em gestações de evolução 
normal. 
Inicialmente, a barreira placentária 
apresenta as seguintes estruturas: endotélio 
capilar fetal, tecido conjuntivo no centro das 
vilosidades, citotrofoblasto e 
sinciciotrofoblasto. A partir do quarto mês, a 
barreira diminui em muito a sua espessura, 
porque a maioria das vilosidades perde a 
camada citotrofoblástica e o tecido 
conjuntivo que envolve os capilares fetais, os 
quais aumentam em número e tamanho. 
Como consequência, o endotélio capilar põe-
se em contato com a camada sincicial, 
possibilitando um aumento significativo das 
trocas materno-fetais. A espessura da 
barreira placentária diminui 
progressivamente no transcurso da gravidez 
e alcança cerca de 4 μm no termo 
gestacional. 
CIRCULAÇÃO ÚTEROPLACENTÁRIA 
A partir de duas ondas de invasão das 
artérias espiraladas maternas pelo 
trofoblasto: 
• Primeira onda: antes de 12 semanas 
pós fertilização e consiste na invasão e na 
modificação das artérias espiraladas até a 
transição entre decídua e miométrio. 
• Segunda onda: entre 12 e 16 semanas 
e envolve segmento intramiometriais das 
artérias espiraladas 
O trofoblasto intravascular destrói o 
endotélio e a musculatura lisa e o tecido 
conjuntivo da camada média das artérias 
espiraladas, que se transformam em vasos 
uteroplacentários mais amplos e de baixa 
resistência, permitindo a acomodação 
vascular ao aumento maciço da perfusão 
uterina que ocorre durante a gestação. A 
remodelação das artérias espiraladas ocorre 
em 95% dos vasos do leito placentário e com 
menor intensidade na periferia intervilosa. O 
sangue materno chega ao espaço interviloso 
através da placa basal e, devido à pressão 
arterial materna, banha em jatos a placa 
coriônica antes de dispersar-se 
lateralmente. A porção periférica do espaço 
interviloso é denominada seio marginal e 
está quase sempre desprovida de vilosidades. 
Após banhar as microvilosidades, o sangue é 
drenado através de orifícios venosos 
existentes na placa basal e retorna ao 
organismo materno pelas veias uterinas. 
CIRCULAÇÃO FETOPLACENTÁRIA 
O sangue pouco oxigenado proveniente do 
feto chega à placenta através das duas 
artérias umbilicais que se dividem após 
atravessar o âmnio placentário. As divisões 
arteriais repetem-se sequencialmente 
através da árvore vilosa e acabam 
constituindo uma rede de capilares dentro 
das vilosidades terminais, formando um 
complexo e extenso sistema arteríolo-
capilar-venoso no interior das vilosidades 
com a aproximação adequada para as trocas 
entre os sangues fetal e materno. A 
quantidade de fluxo sanguíneo fetal que 
chega à placenta é dependente do débito 
cardíaco do concepto e da resistência 
vascular exercida pelas arteríolas do sistema 
viloso terminal. A resistência vascular na 
circulação fetoplacentária depende da ação 
de substâncias vasoconstritoras e 
vasodilatadoras, porque não existe inervação 
autônoma local. O retorno ao feto do sangue 
com alto teor de oxigênio ocorre através da 
veia umbilical única. 
SISTEMA AMNIÓTICO 
Unidademorfofuncional constituída pelo 
conjunto das membranas ovulares (âmnio e 
cório) e o líquido amniótico (LA). O âmnio 
internamente e o cório liso externamente 
revestem a cavidade amniótica, que abriga o 
feto e o LA. O sistema amniótico apresenta 
propriedades fisiológicas próprias e as trocas 
materno-amnióticas e feto-amnióticas, em 
conjunto com as trocas materno-fetais, 
suprem o ovo e, posteriormente, o feto de 
líquidos, solutos e nutrientes essenciais para 
o seu desenvolvimento. 
ÂMNIO 
Em torno de sete a oito dias de 
desenvolvimento embrionário e 
simultaneamente ao desenvolvimento do 
cório, pode ser identificado o âmnio ou 
membrana amniótica. As células subjacentes 
à região dorsal do embrião transformam-se 
em células amniogênicas e surge 
inicialmente uma minúscula vesícula, que se 
expande e envolve de forma gradual o 
embrião. A face interna da cavidade recém-
formada, denominada cavidade amniótica, é 
recoberta pelo âmnio e está preenchida pelo 
LA. 
CÓRIO 
Após a implantação do blastocisto no 
endométrio, as suas paredes se transformam 
na camada externa das membranas ovulares 
que circundam o embrião durante o seu 
desenvolvimento e que é denominada cório. 
A diferenciação entre cório liso ou 
membranoso e cório frondoso ou placentário 
inicia-se nas primeiras semanas e completa-
se no transcorrer do terceiro mês. Enquanto 
o cório frondoso evolui como principal 
componente da placenta, a restrição do 
aporte sanguíneo causa degeneração das 
vilosidades na porção coriônica voltada para 
a cavidade endometrial, formando o cório 
liso. 
LÍQUIDO AMNIÓTICO 
Necessário para a normalidade do 
crescimento e do desenvolvimento do feto. 
Funções do LA: a) proteção contra 
traumatismos externos; b) prevenção de 
adesões entre o feto e a membrana 
amniótica; c) prevenção de contratura dos 
membros ao permitir a livre movimentação 
fetal; d) contribuição para o 
desenvolvimento dos pulmões fetais; e) 
auxílio no controle da temperatura corporal 
do feto; f) atuação como barreira contra 
infecções, devido às suas propriedades 
bacteriológicas. No trabalho de parto, em 
conjunto com o âmnio e o cório, o LA forma 
a bolsa das águas, que atua como cunha 
hidráulica na dilatação do colo uterino 
Também permite fácil acesso a células e 
produtos do metabolismo do concepto e tem 
sido utilizado para diagnóstico pré-natal 
mais frequentemente do que qualquer outro 
tecido gestacional. A análise dos seus 
componentes permite a obtenção de dados 
sobre doenças genéticas e cromossômicas, 
além de informações acerca da vitalidade e 
da maturidade fetais. 
VESÍCULA VITELINA 
Surge no início do desenvolvimento 
embrionário e sofre atrofia com a evolução 
da gestação. Raramente, a porção intra-
abdominal da vesícula vitelina pode 
permanecer como um divertículo do íleo, 
denominado divertículo de Meckel, que, no 
entanto, é considerado a anomalia congênita 
mais comum do sistema digestório. Funções: 
a) transferência de nutrientes para o 
embrião durante a segunda e a terceira 
semana, quando a circulação 
uteroplacentária ainda não se estabeleceu; 
b) atividade hematopoética da terceira até a 
sexta semana, quando o fígado inicia a 
formação de elementos sanguíneos; c) na 
terceira semana, células germinativas 
primordiais aparecem nas paredes da 
vesícula vitelina e migram posteriormente 
para desenvolver as gônadas; d) na quarta 
semana, a parte dorsal do saco vitelino é 
incorporada ao embrião, constituindo o 
intestino primitivo. Esse tecido endodérmico 
também dá origem a epitélios do trato 
respiratório. 
VESÍCULA ALANTOIDIANA 
Pequeno divertículo na parede posterior do 
saco vitelino. 
Função hematopoética, entre a terceira e a 
sexta semanas; transformação dos seus 
vasos sanguíneos na veia e nas artérias 
umbilicais 
 
CORDÃO UMBILICAL 
Duas artérias e uma veia envolvidas pela 
geleia de Wharton, um tecido conjuntivo 
indiferenciado. A presença de artéria 
umbilical única é a anormalidade funicular 
mais frequente e pode estar associada a 
síndromes genéticas e a malformações, 
principalmente renais e cardíacas. As 
artérias umbilicais transportam o sangue do 
organismo fetal para a placenta, enquanto a 
veia é responsável pelo retorno do sangue 
oxigenado e rico em nutrientes para o feto. 
 
REFERÊNCIAS 
• Tratado de Obstetrícia Febrasgo 
• Aula da Profa. de Ginecologia e 
Obstetrícia dra. Vaneska de Carvalho 
Melhado, no curso de Medicina do Centro 
Universitário Claretiano.

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