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1 Osteossíntese – Ortopedia – Ana Cláudia Neves (adaptado Heloá Santos e Maria Clara Wagner) A osteossíntese é todo o processo de fixação do osso. Princípios da AO: o A restauração da anatomia. o A estabilização da fratura. o A preservação do suprimento sanguíneo: se não for preservado não há reparação correta. o A mobilização precoce do membro e do paciente: a não mobilização desencadeia complicações, como tromboembolismo e infecções. Estabilização das fraturas: o Uma fratura estável é aquela que não se desvia visivelmente sob carga fisiológica, ou seja, não pode haver deformidades. o Rígida: por meio de compressão entre fragmentos; não há nenhum tipo de movimento no foco de fratura. Exemplo: quando faz estabilização com placa e parafuso. o Não rígida: na qual consolidação se faz por meio de pequenos movimentos no foco de fratura = hastes intramedulares, placas em ponte, fixadores externos e gesso. Permite formação de calos ósseos com mais frequência. Estabilidade: o Absoluta ( estabilização rígida): nenhum movimento (não produz calo osséo = consolidação direta = primária). o Relativa (estabilização não rígida): permite movimento (com calo ósseo = predominantemente periosteal, por estímulo do periósteo = consolidação indireta = secundária). Qualidade dos implantes: (não cobra em prova) o Resistência à corrosão, à degradação e à fadiga. o Elasticidade (para acompanhar a pequena elasticidade óssea) e ductilidade (limite em que a mobilidade é feita; tolerância a deformação plástica, determina o grau até o qual uma placa pode ser moldada). Implantes utilizados: o Aço inoxidável: liga metálica mais utilizada como matéria prima (começou na década de 1920), boa relação custo benefício, reação alérgica pode ocorrer com o uso de aço, devido principalmente ao níquel. Mais utilizado. o Titânio puro: excelente biocompatibilidade, resistência a corrosão, ausência de reação alérgica e menor módulo de elasticidade do que o aço. Desvantagens são o alto custo e dificuldade técnica na retirada do implante (quebra do material). Técnicas de fixação para estabilidade relativa: o Encavilhamento intramedular – haste intramedular: o material de síntese é colocado no processo medular ósseo, fazendo fixação relativa; fraturas simples. o Placas em ponte: fraturas multifragmentares complexas (cominutiva), principalmente de úmero e fêmur, por vezes de tíbia; a preocupação é corrigir o alinhamento e rotação, não havendo preocupação com os fragmentos; é feita estabilidade relativa. o Fixador externo: permite controle do dano local, grave lesão partes moles, permite correção de deformidades e transporte ósseo; principalmente em fraturas expostas. Parafusos: de posição e de tração. o Parafuso cortical: vai de uma cortical a outra, fechando a fratura; promove fixação mais rígida. o Parafuso esponjoso: não atravessa a cortical, fazendo a fixação apenas na parte medular do osso; em regiões metafisárias ou regiões com muita destruição, em que a cortical é muito fina, impedindo a estabilização com parafuso cortical. Ex.: região metafisária do fêmur, região maleolar. 2 Osteossíntese – Ortopedia – Ana Cláudia Neves (adaptado Heloá Santos e Maria Clara Wagner) o FOTO 1: parafuso esponjoso para fratura de maléolo; fixa-se na porção esponjosa da tíbia. o FOTO 2: descolamento da cabeça do fêmur, geralmente por deslocamento epifisário – parafuso esponjoso; o cortical promoveria destruição articular. Placas: quanto à técnica de aplicação: o Realiza compressão absoluta. o Neutralização: placa em ponte; a instabilidade é neutralizada e o alongamento/rotação são corrigidos. o Compressão: fraturas simples; o parafuso entra na placa e o parafuso é colocado distal à fratura (dois parafusos); o parafuso escorrega na placa e empurra os fragmentos ósseos um contra o outro. (FOTO1) o Suporte: a placa segura o parafuso para que ele não desça. o Banda de tensão. o FOTO 2: placa de suporte – utilizada para sustentação do parafuso. o FOTO 3: compressão do foco de fratura. o FOTO 4: fratura transidesmal – abertura da articulação sindesmoide. 3 Osteossíntese – Ortopedia – Ana Cláudia Neves (adaptado Heloá Santos e Maria Clara Wagner) FOTO 1: placa e parafuso em fratura distal da fíbula e fratura de maléolo, placa com parafuso cortical e dois parafusos esponjosos. FOTO 2: placa de suporte para segurar o osso na posição anatômica. FOTO 1: placa em ponte – alinhamento do fêmur, correção de erros rotacionais e mantém próximo ao alongamento do osso. FOTO 2: placa de suporte em fratura distal de radio com desvio dorsal – placa de sustentação para reduçaõ e fixação da fratura; fio Kirschner para estabilizar ao máximo a fratura. FOTO 3: fios de Kirschner – fratura de clavícula; estabilização relativa. FOTO 1: fratura do epicondilo medial do úmeo em um adulto fixação com 2 fios de Kirschiner.. FOTO 2: fratura do úmero de uma do rádio em criança, tratada com dois fios de Kirschner; 4 Osteossíntese – Ortopedia – Ana Cláudia Neves (adaptado Heloá Santos e Maria Clara Wagner) Haste intramedular da tíbia. Na foto temos um pino com uma placa trocantérica, precisa ser de 135° para não gerar encurtamento. Princípio da banda de tensão: o “É um princípio que visa obter estabilidade absoluta.” o Converte a força tênsil em força de compressão na cortical oposta. o Permite movimento imediato na articulação. o Geralmente utilizado em fratura de olecrano e de patela (força do quadríceps); pouco utilizados em fratura de maléolo. o Fratura de olecrano: o tríceps faz uma força de arrancamento muito grande. o FOTO 2: dois fios de Kirschner são passados furando a ulna; ao apertar, a força do tríceps é transformada em força de compressão – Banda de tensão. Nessas fotos do femur vemos o principio de banda de tensão, permitindo o movimento imediato da articulação, sendo mais usado na patela e no olécrano. Encavilhamento intramedular – haste: o É a técnica padrão para fraturas diafisárias dos ossos longos. o Vantagens sobre a placa: Acesso/exposição mais limitados, ou seja, incisão mínima. Menor taxa de infecção. Menor aderência (cicatriz no quadríceps) – na fratura de fêmur é preciso fazer destruição muscular para que a placa e parafusos sejam colocados; com a haste medular, apenas uma pequena incisão é feita no quadril. Menor estresse tênsil. 5 Osteossíntese – Ortopedia – Ana Cláudia Neves (adaptado Heloá Santos e Maria Clara Wagner) Placa em ponte: Se esquece o foco de fratura e faz um acesso proximal, e faz a fixação. o Deve-se reduzir a fratura antes aplicação da placa. Usada muito em fraturas que são muito cominutivas; o Alinhamento rotacional, angular e ganho de comprimento: não é necessário redução anatômica, pelos multifragmentos, há redução indireta – estabilização relativa. Fixação externa: o Indicações: politraumatismo, fraturas expostas (grande indicação), transporte ósseo (o ajuste é feito diariamente; há formação de regenerado; é feito uma osteotomia na região metafisária – região mais vascularizada – o encurtamento deve ser de até 3cm e a movimentação não pode ultrapassar 1mm por dia), alongamento ósseo e infecção (material de síntese é meio de cultura para bactéria). o Permite controle do dano local, principalmente de partes moles. Por tal motivo é mais usado em fraturas expostas. o Permite correção de deformidades. 6 Osteossíntese – Ortopedia – Ana Cláudia Neves (adaptado Heloá Santos e Maria Clara Wagner) 7 Osteossíntese – Ortopedia – Ana Cláudia Neves (adaptado Heloá Santos e Maria Clara Wagner) Cuidados pós-cirúrgicos: o Dreno de sucção. o Membro elevado, facilitando a drenagem venosa (uso de férulas). o Mobilização precoce do membro lesado. o Fisioterapia respiratória. Osteossíntese x infecção – fatores de risco: o Obesidade. o Desnutrição. o Cirurgia prévia:aumenta mais a chance de infecção. o Doenças de base (artrite reumatóide, diabetes mellitus), pois também contruibuem para infecção. o Infecção à distância (pneumonia, uretrite, piodermite). o Todo paciente cirurgico ortopdeico precisa fazer um bom controle pré operatório, ter vaga na UTI, avaliar risco cirúgico. Princípios da AO: Estabilização das fraturas: Estabilidade: Qualidade dos implantes: (não cobra em prova) Implantes utilizados: Técnicas de fixação para estabilidade relativa: o Banda de tensão. Na foto temos um pino com uma placa trocantérica, precisa ser de 135 para não gerar encurtamento. Princípio da banda de tensão: Encavilhamento intramedular – haste: Placa em ponte: Se esquece o foco de fratura e faz um acesso proximal, e faz a fixação. Fixação externa: Cuidados pós-cirúrgicos: Osteossíntese x infecção – fatores de risco:
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