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Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 �1 FARMACOLOGIA MÉDICA I Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Farmacocinética 4 ........................................................................................................ Processos farmacocinéticos 4 .................................................................................................. Questões de prova 7 .............................................................................................................. Farmacodinâmica 8 ..................................................................................................... Mecanismo de ação 8 ............................................................................................................ Conceitos 8 ........................................................................................................................... Receptores 8 ......................................................................................................................... Potência x Eficácia 9 .............................................................................................................. Agonistas x Antagonistas 10 ................................................................................................... Questões de prova 11 ............................................................................................................ Farmacologia do Sistema Nervoso I - Parassimpático 12 ............................................ Receptores colinérgicos 13 ..................................................................................................... Parassimpáticomiméticos diretos 13 ......................................................................................... Parassimpáticomiméticos indiretos 14 ...................................................................................... Parassimpáticolíticos 16 .......................................................................................................... Placa motora - Bloqueadores Neuromusculares 18 ................................................................... Questões de prova 18 ............................................................................................................ Farmacologia do Sistema Nervoso II - Simpático 19 ................................................... Simpáticomiméticos diretos 19 ................................................................................................ Simpáticomiméticos indiretos 23 ............................................................................................. Simpáticomiméticos mistos 23 ................................................................................................. Simpáticolíticos 23 ................................................................................................................. Questões de prova 24 ............................................................................................................ Farmacologia Cardiovascular: Anti-Hipertensivos 25 .................................................. Diuréticos 26 ......................................................................................................................... Betabloqueadores 27 ............................................................................................................. Bloqueadores alfa-1 28 .......................................................................................................... Agonistas alfa-2 28 ................................................................................................................ Vasodilatadores 28 ................................................................................................................ Inibidores da Enzima de Conversão de Angiotensina 29 .......................................................... Bloqueadores dos receptores de Angiotensina II 29 ................................................................. Inibidores da renina 29 ......................................................................................................... Bloqueadores dos canais de cálcio 29 .................................................................................... Esquema de tratamento em casos específicos 30 ...................................................................... Questões de prova 31 ............................................................................................................ Farmacologia Cardiovascular: Insuficiência Cardíaca 32 ............................................. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina 33 ........................................................... �2 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Bloqueadores dos receptores de angiotensina II 33 ................................................................. Betabloqueadores 33 ............................................................................................................. Diuréticos 33 ......................................................................................................................... Vasodilatadores 34 ................................................................................................................ Inotrópicos 34 ....................................................................................................................... Inibidores da fosfodiesterase 34 ............................................................................................. Sintomas x Sobrevida 35 ........................................................................................................ Questões de prova 36 ............................................................................................................ Farmacologia Cardiovascular: Anti-arrítmicos 37 ........................................................ I - Bloqueadores do canais de sódio 37 .................................................................................. II - Betabloqueadores 38 ........................................................................................................ III - Inibidores da repolarização 38 ......................................................................................... IV - Bloqueadores dos canais de cálcio 38 ............................................................................... Adenosina 38 ........................................................................................................................ Farmacologia Cardiovascular: Cardiopatia Isquêmica 39 ........................................... Angina Estável 39 .................................................................................................................. Angina Instável 39 ................................................................................................................. Infarto agudo do Miocárdio 40 .............................................................................................. Questões de prova 41 ............................................................................................................ Farmacologia Cardiovascular: Dislipidemia 42 ........................................................... Estatinas 42 ........................................................................................................................... Niacina 43 ............................................................................................................................ Fibratos 43 ............................................................................................................................ Resinas 43 ............................................................................................................................. Inibidores da absorção de colesterol43 .................................................................................. Associações de fármacos no tto da dislipidemia 44 .................................................................. Farmacologia Cardiovascular: Anti-trombóticos 45 ..................................................... Antiplaquetários 45 ............................................................................................................... Anticoagulantes 46 ................................................................................................................ Trombolíticos / Fibrinolíticos 46 .............................................................................................. Antagonistas da trombina 46 .................................................................................................. Inibidores do receptor IIIa-IIb 47 ............................................................................................ Inibidores diretos do fator Xa 47 ............................................................................................ Casos especiais 47................................................................................................................. �3 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O C I N É T I C A A farmacocinética estuda todos os processos que envolvem a absorção e a reação do organismo ao fármaco. P R O C E S S O S FA R M A C O C I N É T I C O S • Permitem definir os parâmetros de uma prescrição correta, informar o início da resposta (latência do fármaco) e o tempo para atingir o pico sérico, duração e magnitude do efeito e seu desaparecimento. • Para garantir o sucesso do tratamento, deve-se garantir que o medicamento de escolha atinja o órgão ou sistema alvo, gerando efeito benéfico. A faixa terapêutica se situa entre concentrações parcialmente eficazes e potencialmente tóxicos. O intervalo entre as duas chama-se janela terapêutica, em que o fármaco irá agir de forma mais adequada e gerar o efeito esperado. • Para poder ajustar a medicação, são considerados fatores como situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação), hábitos do paciente (fumo e ingestão de álcool) e algumas doenças (insuficiência renal e hepática). • Após a administração, o fármaco irá passar por 4 fases: absorção, distribuição, biotransformação e eliminação. 1. ABSORÇÃO: • Consiste na transferência do fármaco desde o local de administração até a entrada na corrente sanguínea • Fatores que aumentam a absorção do fármaco: Lipossolúveis, apolares Não ionizados Baixo peso molecular Maior concentração do fármaco • Os fatores que diminuem a absorção do fármaco serão os opostos da tabela: hidrossolúveis, ionizados, alto peso molecular, concentração do fármaco baixa. �4 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 • Metabolismo de 1ª passagem: concentração da droga é reduzida significativamente ao passar pela biotransformação hepática, podendo ser completamente metabolizada e inativada, não atingindo níveis na forma sistêmica em sua forma ativa • Efeito do pH no metabolismo dos fármacos: os ácidos serão melhores absorvidos em meio ácido, enquanto as bases serão melhores absorvidos em meio básico VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • Enterais: forma de administração em que o fármaco passa pelo trato gastrointestinal a) Oral - sofre metabolismo de primeira passagem, pode ser biotransformado antes de atingir alvo ou absorção sistêmica; absorção principal no duodeno e no jejuno; via mais segura, comum e econômica. b) Bucal - utilizadas para efeito local, absorvidas na mucosa oral, sofrem metabolismo de primeira passagem. c) Sublingual - não irão sofrer metabolismo de 1ª passagem; geralmente utilizados para fármacos que não devem sofrem biotransformação precoce, para que atinja alvo de forma adequada. d) Retal - evita o efeito do metabolismo de 1ª passagem, utilizada em pacientes com êmese (vômitos) ou em coma • Parenterais: forma de administração em que fármaco não irá passar pelo trato gastrointestinal a) Intravenosa - absorção não necessária; valiosa em situações de emergência, podendo ter efeitos imediatos; maioria das substâncias devem ser injetadas de forma lenta e gradual para evitar concentração muito alta na corrente sanguínea. b) Intramuscular - se solução do fármaco é aquosa, tem liberação imediata; com preparação de depósitos, irá ter liberação lenta gradual; adequada em volumes moderados e no caso de o paciente se autoadministrar. c) Subcutânea - mesma forma de absorção da intramuscular; adequada para fármacos de absorção lenta, muito utilizada em contraceptivos d) Transdérmica - adesivo; vai evitar metabolismo de 1ª passagem, indolor e ideal para fármacos de baixa biodisponibilidade oral e lipofílicos. �5 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 2. DISTRIBUIÇÃO: • Processo pelo qual o fármaco abandona o vaso para entrar no interstício em direção às células dos tecidos • Em fármacos administrados por via intravenosa, a primeira fase será de distribuição, em que os fármacos saem da circulação em direção ao tecido-alvo. • A passagem do fármaco para o interstício depende do débito cardíaco, do fluxo sanguíneo regional, da permeabilidade capilar, do volume do tecido, do grau de ligação do fármaco às proteínas plasmáticas • A permeabilidade capilar é determinada pela estrutura dos capilares do local e pela natureza química do fármaco; por exemplo, para um fármaco entrar no cérebro, esse precisa passar pelas células endoteliais dos capilares do SNC (como acontece com os fármacos lipossolúveis) ou por transporte ativo através de transportadores específicos (como acontece com a levodopa) • Volume de distribuição: dose / concentração plasmática 3. BIOTRANSFORMAÇÃO: • Passo seguinte à entrada do fármaco na entrada ao organismo, início do processo de eliminação • Vias: fígado, rins, pulmões, mucosa intestinal, pele, placenta • Pode inativar o fármaco ou prepará-lo para ser eliminado, dependendo da via que irá seguir, visando a deixá-lo mais hidrossolúvel • No fígado - participação da enzima P450 (oxidação, redução, hidrólise) • No rim - conjugação, excreta o fármaco já inativo ou transforma-o em polar/ inativo para ser excretado 4. ELIMINAÇÃO: • Pode ocorrer por duas vias: biliar e renal. • Associada com processo de biotransformação • Os processos de biotransformação e eliminação irão atuar diminuindo exponencialmente a concentração do fármaco no plasma, ou seja, uma fração constante do fármaco irá ser eliminada por unidade de tempo, o que é definido pela cinética (de primeira ordem ou de ordem zero) �6 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 • Tempo de meia vida: tempo para que a concentração do fármaco no organismo se reduza à metade Q U E S T Õ E S D E P R OVA 1. Qual das características que acarreta menor absorção gástrica de um fármaco (ATM 2019/2): a) Maior dosagem b) Pequeno peso molecular c) Lipossolubilidade d) Base fraca 2. Sobre os processos farmacocinéticos, assinale a alternativa correta (ATM 2019/2): a) A via sublingual é especialmente útil para fármacos que sofrem metabolismo de 1ª passagem b) A via intravenosa oferece mais segurança que a via oral c) Os fármacos usualmente são melhores absorvidos em sua forma ionizada d) A distribuição de um fármaco independe da ligação a proteínas plasmáticas 3. Qual via de administração é menos indicada para um fármaco que sofre extenso metabolismo de 1ª passagem: (ATM 2018/2) a) Oral b) Retal c) Intravenosa d) Subcutânea e) Sublingual 4. Um fármaco altamente ionizado (ATM 2021/2): a) É excretado principalmente pelo rim b) Pode atravessar facilmente a barreira placentária c) É bem absorvido no intestino d) Acumula-se no tecido adiposo Cinética de 1ª ordem Cinética de ordem zero Meia vidaconstante: eliminação é de proporção constante Meia-vida é alterada, fármacos são eliminados em quantidade constante O aumento da dose não irá alterar a meia vida Aumento da dose irá aumentar a meia-vida Metabolização depende da saturação enzimática e não da concentração e dose do fármaco Há saturação enzimática Em doses muito aumentadas, podem ser de ordem zero AAS e fenitoína �7 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O D I N Â M I C A A farmacodinâmica irá estudar a reação do organismo ao fármaco a partir das modulações às funções fisiológicas deste, além da influência das suas concentrações na magnitude das respostas (efeitos desejados e indesejados). M E C A N I S M O D E A Ç Ã O FÁRMACO C O N C E I T O S • Janela Terapêutica - intervalo entre dose mínima eficaz e a dose em que o fármaco se torna tóxico; quando estreita, mais fácil de desencadear intoxicação • Efeito adverso - reações inadequadas que um fármaco gera quando em doses habituais; pode ou não ocorrer; desencadeada pelo fármaco • Efeitos colaterais - efeitos associados à ação do fármaco que, para produzir seu efeito, gera respostas que podem ser tanto maléficas quanto benéficas • Efeitos secundários - não são causados pelo fármaco, mas sim como consequência do efeito esperado • Idiossincrasia - sensibilidade peculiar associada à genética do indivíduo; são efeitos individuais/pessoais, que o indivíduo desenvolve em resposta ao fármaco • Tolerância - resistência ao efeito do fármaco nas doses usuais, necessitando de um aumento na dose; pode ser natural ou adquirido. • Taquifilaxia - ocorre quando há administração repetida de um fármaco que acaba dessensibilizando o seu receptor; é uma tolerância relacionada à frequência de utilização do fármaco R E C E P T O R E S Ionotrópicos • Na superfície da membrana, regulam a entrada e a saída de íons • São basicamente canais iônicos que recebem informação que altera o potencial de membrana ou a concentração iônica no interior da célula, causando efeitos intracelulares • Exemplo: receptores colinérgicos nicotínicos �8 Interação com RECEPTOR Desencadeamento de reações químicas RESPOSTA AO ESTÍMULO Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Metabotrópicos • Receptores acoplados à proteína G • A sua parte extracelular contém a área de fixação do ligante (fármaco, hormônio, neurotransmissor) e sua parte intracelular interage com a proteína G (quando ativada mediante informação do ligante) ou com molécula efetora • A partir da ligação na parte extracelular, a proteína G libera GDP e liga-se com GTP. Uma parte da molécula da proteína G (subunidade alfa) irá se dissociar e ativar a adenililciclase, que irá produzir o segundo mensageiro (AMPc, IP3 e DAG), que iria desencadear uma cascata de efeitos fisiológicos na célula • Exemplo: adrenoreceptores alfa e beta Enzimáticos • Localizados na superfície interna da membrana • Geralmente a ativação interna é feita pela tirosinoquinase, gerando reação cascata de fosforilação de proteínas e resultando na multiplicação do sinal inicial • Exemplo: receptores de insulina Intracelulares • O ligante precisa difundir-se para dentro da célula para conseguir interagir com ele, devendo ser suficientemente lipossolúvel e tendo como alvo os fatores de transcrição no núcleo da célula • O complexo ligante-receptor ativado vai em direção ao núcleo da célula, onde se dimeriza e liga-se aos fatores de transcrição que regulam a expressão gênica • Exemplo: antimicrobianos como macrolídeos (eritromicina), trimetoprima. P O T Ê N C I A X E F I C Á C I A POTÊNCIA = Concentração de fármaco necessária para produzir efeito de uma dada intensidade; fármaco mais potente é aquele que consegue produzir um efeito maior que o outro com a mesma dose EFICÁCIA = Mais importante terapeuticamente; intensidade máxima de efeito produzido por determinado fármaco; pode ser igual para fármacos com diferentes potências, pois não tem relação com a dose, e sim com a capacidade de ocupar o receptor. EFEITO BIOLÓGICO = habilidade do fármaco de produzir/provocar resposta ao interagir com o receptor �9 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 A G O N I S TA S X A N TA G O N I S TA S AGONISTAS • Ligam-se a receptores e provocam resposta que mimetiza a resposta do ligante endógeno e conseguem ativar resposta intrínseca • Fármaco diferente que produz a mesma ação quando ligada a um mesmo receptor • Melhor afinidade e efeito • Total - resposta biológica máxima, melhor efeito, afinidade e resposta • Parcial - eficácia maior que ZERO, mas menor que agonista total, não consegue sensibilizar todos os receptores; sendo assim, ação esperada é menor • Inverso - é agonista por agir no receptor, ligando-se a este, porém não desencadeia resposta, nem mimetiza efeito; sua ação é de reduzir o número de receptores ativos ANTAGONISTAS • Possuem mais afinidade pelo receptor e efeito ZERO • Necessita da presença do agonista, desloca curva de potência para a direita • Não tem atividade intrínseca, nem provocam efeitos por conta própria • Competitivos - ligam-se ao local do agonista e mantém receptor inativo enquanto estiver ocupando; efeito pode ser superado acrescentando um agonista • Irreversíveis - são os não competitivos; diminuem efeito biológico e eficácia, sem superação do efeito ao acrescentar um agonista; não há bloqueio do receptor, este é modificado por duas formas: ‣ 1 - modificação da quantidade de receptores disponíveis para agonista se ligar (redução) ‣ 2 - liga-se em local diferente, uma vez que agonista está ligado ao receptor, porém sua ação está relacionada ao ato de “atrapalhar” a atividade do agonista, inativando receptor que estava, a princípio, ativo. �10 A e B possuem a mesma eficácia por terem efeito máximo igual. No entanto, A é mais potente que B e C, porque irá atingir maior efeito em mesma dose. Na concentração máxima apresentada, o efeito de A e de B é superior ao de C, mas A não mostra superioridade de efeito em relação a B. Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Q U E S T Õ E S D E P R OVA 1. Sobre processos de farmacocinética e farmacodinâmica, assinala alternativa incorreta (ATM 2018/2): a) Para fármacos de primeira ordem, a taxa de metabolismo é proporcional à dose b) Um fármaco mais potente é um fármaco mais eficaz c) O aumento da dose de um fármaco preserva seu efeito na presença de um antagonista competitivo d) Reações idiossincráticas não são previsíveis farmacologicamente 2. Receptores que atuam mediante segundos mensageiros são denominados (ATM 2019/2): a) Ionotrópicos b) Metobotrópicos c) Enzimáticos d) Intracelulares 3. Supondo que os 3 fármacos A, B e C exercem o mesmo tipo de efeitos nas magnitudes do gráfico abaixo, qual das alternativas abaixo NÃO é adequada para obter um aumento do efeito biológico (ATM 2019/B): a) Dobrar a concentração do fármaco C b) Trocar o fármaco C pelo fármaco B, mantendo a concentração máxima c) Trocar o fármaco C pelo fármaco A, mantendo a concentração máxima d) Trocar o fármaco B pelo fármaco A, mantendo a concentração máxima 4. Analise o gráfico e assinale a correta (ATM 2019/A): a) O fármaco A é mais eficaz que o fármaco B e C b) O fármaco C é mais potente que os fármacos A e B c) Os fármacos A e B têm a mesma eficácia d) Os fármacos A e B têm a mesma potência �11 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A D O S I S T E M A N E R VO S O I - PA R A S S I M PÁ T I C O O sistema nervoso parassimpático faz parte do SN autônomo, responsável por regular as funções neurovegetativas cujo controle é involuntário. É em sentido craniossacral. Composto por neurônio pré-ganglionar longo, pós-ganglionar curto e o gânglio é mais próximoao órgão efetor. • Reações parassimpáticas: bradicardia, vasodilatação, salivação fluida, contração do músculo liso, hipotensão, broncoconstrição, miose (contração da pupila), aumento do peristaltismo • Neurotransmissor: acetilcolina • Receptores colinérgicos muscarínicos e nicotínico �12 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 R E C E P T O R E S C O L I N É R G I C O S Muscarínicos: • Gânglios do SNP, órgãos efetores autônomos (musculatura lisa, cérebro, coração, glândulas exócrinas) • M1 = células parietais e gástricas • M2 = células cardíacas e músculo liso • M3 = bexiga, glândulas exócrinas e músculo liso Nicotínicos: • SNC • Medula da adrenal • Gânglios autônomos • Junção neuromuscular PA R A S S I M PÁ T I C O M I M É T I C O S D I R E T O S Atuam mimetizando os efeitos da acetilcolina, ligando-se aos receptores colinérgicos, principalmente os muscarínicos. Os efeitos adversos incluem: sudorese, salivação, rinorreia, cólica, cefaleia, dificuldade de acomodação visual ACETILCOLINA - BETANECOL - CARBACOL - METACOLINA - PILOCARPINA ACETILCOLINA • Liberação de forma endógena através da massagem do seio carotídeo • Ação: diminui a FC (cronotropismo negativo), o débito cardíaco e a PA (através da ativação dos receptores M3 localizados no músculo liso dos vasos sanguíneos, que irão liberar óxido nítrico e realizar a vasodilatação) • Causa aumento da motilidade do TGI, aumento de secreções brônquicas, micção e constrição acentuada da pupila • Uso: reversão de taquiarritmias BETANECOL • Apresenta forte atividade muscarínica, com ações principais na musculatura lisa da bexiga e no TGI • Ação: aumenta motilidade gastrointestinal, relaxa esfíncter urinário (aumenta micção), aumento da salivação • Uso: íleo paralítico, bexiga neurogênica (hipoativa), retenção urinária, xerostomia (boca muito seca) �13 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 • Efeitos adversos: sudoração, salivação, rubor, hipotensão, nauseas, dor abdominal, diarreia e broncoespasmo CARBACOL • Ações muscarínicas e nicotínicas • Ação: causa miose e espasmo de acomodação (músculo ciliar em constante contração) • Uso: fármaco para tratamento de glaucoma por reduzir pressão intraocular e causa contração pupilar • Efeito adverso: nas doses utilizadas em oftalmologia, não há efeito por não penetrar no sistema METACOLINA • Utilizada em teste de broncoprovocação em uma espirometria • Degrada rapidamente • Produz secreções respiratórias e aumenta salivação PILOCARPINA • Apresenta atividade muscarínica, usada primariamente na oftalmologia e possui penetração no SNC em dosagens terapêuticas • Ação: miose e contração do músculo ciliar, salivação • Uso: síndrome de Sjogren (para tratamento da xerostomia e da falta de lágrimas), glaucoma (fármaco de escolha na redução emergencial da pressão intraocular) • Efeitos adversos: visão turva, cegueira noturna, dor na testa; pode causar intoxicação (sudoração e salivação, atropina irá reverter o efeito) PA R A S S I M PÁ T I C O M I M É T I C O S I N D I R E T O S Agem pela inibição da colinesterase (enzima que degrada a acetilcolina), evitando que haja degradação. Provocam resposta em todos os receptores colinérgicos (muscarínicos e nicotínicos), e também nas junções neuromusculares e no cérebro. 1. Reversíveis: EDROFÔNIO - FISOSTIGMINA - NEOSTIGMINA EDROFÔNIO • Usado para diagnóstico de miastenia gravis (diferencia crises colinérgicas e miastênicas) • Possui meia-vida de segundos (eliminação renal rápida) �14 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FISOSTIGMINA • Uso tópico como colírio para tratamento de glaucoma • Estimula receptores muscarínicos e nicotínicos, pode entrar no SNC • Uso: tratamento de atonia do intestino e da bexiga (aumenta motilidade de ambos), antídoto para casos de intoxicação por atropina • Efeitos adversos: convulsões (em doses elevadas), bradicardia e queda da PA, paralisia dos músculos esqueléticos (inibição da acetilcolina nas junções neuromotoras) NEOSTIGMINA • Inibe reversivelmente a acetilcolina • Ação: estímulo da contratilidade dos músculos esqueléticos e posterior paralisia, não entra no SNC • Uso: íleo paralítico e atonia de bexiga, tratamento sintomático da miastenia gravis • Efeitos adversos: efeitos da estimulação colinérgica (salivação, rubor, hipotensão, nausea, dor abdominal, diarreia, broncoespasmo) • Contraindicação: obstrução intestinal ou obstrução da bexiga MIASTENIA GRAVIS ➡ O que é? Fraqueza muscular flutuante por defeito na transmissão dos impulsos nervosos entre nervo e músculo; é causada pela produção de anticorpos contra os receptores de acetilcolina (doença autoimune) ou por alteração genética dos receptores nicotínico pós-sinápticos. Melhora com repouso e piora com exercício físico; pode ser em grupos musculares específicos ou generalizada. ➡ Tratamento: Ambemônio - Neostigmina - Piridostigmina ➡ Teste diagnóstico: realizado com Edrofônio, teste ultra-rápido ➡ Efeitos Adversos: aumento de secreção traqueo-brônquica, aumento da motilidade do trato gastrointestinal ALZHEIMER ➡ O que é? Tipo de demência mais comum, causa problemas na memória, no pensamento e no comportamento; perda de funções cognitivas causada pela morte de células do cérebro, inicialmente no hipocampo (deficiência nos receptores colinérgicos centrais) ➡ Tratamento: Rivastigmina - Galantamina - Donazepil ➡ Prevenção primária: não tem indicação de uso (sem comprovação científica) - reposição hormonal, AINES, estatinas, vitaminas, ácidos graxos, procaína, Ginko biloba �15 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 2. Irreversíveis: INSETICIDAS • Paration • Malation • Carbamatos (carbaril, propoxur, aldicarb) GASES TÓXICOS • Tabun • Sarin • Soman INTOXICAÇÕES • Geralmente por organofosforados • Diminuição da acuidade visual, dificuldades respiratórias, sintomas gastrointestinais, bradicardia, hipotensão, micção e defecação involuntárias, paralisia, ataxia, convulsões, coma, paralisia respiratória e morte • Antídotos: - Atropina: 2-4mg IV, seguidos de 2mg de 5 em 5 segundos até melhora - Pralidoxima: liberação de enzima de organofosforado, sem efeito caso não seja precoce, uma vez que a ligação é duradoura - Obidoxima: utilizada quando envenenamento por gás PA R A S S I M PÁ T I C O L Í T I C O S Antagonistas competitivos de M1, M2 e M3 (acetilcolina, em receptores muscarínicos), fazendo bloqueio atividade parassimpático endógena; Efeitos semelhantes ao simpático por agirem contra o parassimpático; Efeitos adversos: xerostomia, palpitações, visão borrada ATROPINA - ESCOPOLAMINA ATROPINA • Antídoto para reversão do parassimpático • Liga-se competitivamente à ACh (acetilcolina) e impede sua ligação com esses receptores, atuando central e perifericamente • Os órgãos neuroefetores têm sensibilidade variável à atropina • Ações: - Olho - midríase persistente, ausência de resposta à luz e ciclopegia (incapacidade de focar a visão para perto) - TGI - antiespasmódico para reduzir atividade do TGI (redução de motilidade) �16 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 - Sistema cardiovascular - produz efeitos divergentes e dose-dependentes; em doses baixas, o efeito predominante é a diminuição da FC (bloqueio receptores M, nos neurônios pré-juncionais/pré-sinápticos inibitórios, com aumento da liberação de acetilcolina; doses mais altas resultam no aumento da FC progressiva (bloqueio dos receptores M2 no nódulo sinoatrial -NSA) - Secreções - xerostomia, redução de secreções brônquicas, broncodilatação • Uso: bradicardias, antiespasmódico para redução da motilidade do TGI, antissecretor (bloqueio de secreções do trato respiratório), tratamento de intoxicação com organofosforados, de envenenamentopor cogumelos, de dosagens excessivas de anticolinesterásicos como fisostigmina • Efeitos adversos: xerostomia, visão turva, sensação de areia nos olhos, taquicardia, constipação, intranquilidade, confusão, alucinações, delírio, colapso dos sistemas cardiovascular e respiratório e morte ESCOPOLAMINA • Maior ação no SNC (atravessa barreira hematoencefálica) e duração de ação mais longa, afetam receptores M1 (células parietais e gástricas) • Ação: anticinético (relaxa músculo liso e reduz peristaltismo intestinal), produz sedação • Uso: prevenção da cinetose e de náuseas e meses pós-cirúrgicas • Efeitos adversos: sedação, amnésia, hipnose • Pode causar intoxicação = dificuldade na fala e na deglutição, inquietação, fadiga, retenção urinária, obliteração da íris, visão embaçada, alucinações e coma ✴ Obs: os fármacos Ipratrópio e Tiotrópio são derivados da atropina e serão estudados no capítulo de antiasmáticos; usado no broncoespasmo da asma e aprovado como broncodilatador para tratamento de manutenção da DPOC �17 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 P L A C A M O T O R A - B L O Q U E A D O R E S N E U R O M U S C U L A R E S Bloqueiam a transmissão colinérgica entre terminal nervoso motor e receptor nicotínico do músculo esquelético, atuando como antagonista ou agonista nos receptores da placa motora nas junções neuromusculares Úteis durante cirurgias para facilitar intubação endotraqueal e oferecer relaxamento muscular completo em doses anestésicas baixas, permitindo recuperação mais rápida da anestesia e diminuindo depressão respiratória pós-op Reversão com neostigmina, edrofônio ou ciclodextrinas 1. Bloqueadores neuromusculares: • Curare: imobilização, baixa absorção em VO • São os não despolarizantes (competitivos) • Outros - pancurônio, rocurônio, vecurônio • Uso: em dosagens baixas, são usados para diminuir a duração do bloqueio neuromuscular causado pela anestesia • Efeitos adversos: mínimos - dor muscular pós-cirúrgica por hiperpotassemia e aumento da pressão intraocular e da intragástrica 2. Intubação orotraqueal: • Suxametônio/succinilcolina - início rápido e relaxamento profundo; tem riscos de mialgia, trauma, hipertermia maligna, hipercalemia; uso durante fase de indução da anestesia para intubação mais rápida • Rocurônio - alternativa em emergências Q U E S T Õ E S D E P R OVA 1. Paciente em 3º dia de pós-operatório de apendicectomia está com distensão abdominal e você diagnostica pseudo-obstrução intestinal, qual fármaco você pode prescrever para resolver mais rapidamente o quadro? (ATM 2021/2) a) Neostigmina b) Omeprazol c) Odansetrona d) Loperamida 2. Qual dos fármacos abaixo não é usado no tratamento do glaucoma? a) Apraclonidina b) Timolol c) Pilocarpina d) Atropina �18 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A D O S I S T E M A N E R VO S O I I - S I M PÁ T I C O O sistema nervoso autônomo simpático atua de forma contrária ao parassimpático, realizando a ação de luta/fuga. Neurotransmissores: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) Receptores nicotínicos e adrenoreceptores alfa 1, alfa 2, beta 1 e beta 2 A sinapse simpática tem início por exocitose do neurotransmissor na região terminal do neurônio; de acordo com o receptor que irá se ligar, a ação é diferente: beta pré-sináptica (estimula mais liberação de neurotransmissores), alfa 1 pós-sináptica, beta 1 e 2 pós-sinápticas, alfa 2 pré-sináptica (inibe a liberação); com tais ligações, há ligação do neurotransmissor com o receptor, recaptação deste e reação no metabolismo. S I M PÁ T I C O M I M É T I C O S D I R E T O S Os diretos irão ligar-se aos receptores adrenérgicos, ativando diretamente o receptor pós-sináptico do órgão efetor sem interferir no primeiro neurônio da sinapse e sem interagir com neurônio pré- sináptico. O receptor ativado inicia a síntese do segundo mensageiro e dos sinais intracelular subsequentes. CATECOLAMINAS - AGONISTAS α1 - AGONISTAS α2 - AGONISTAS α MISTOS - AGONISTAS ß2 �19 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 1. CATECOLAMINAS: EPINEFRINA • Catecolamina natural sintetizada na glândula suprarrenal; é liberada junto com pequenas quantidades de norepinefrina na corrente sanguínea • Receptores: todos os alfa e todos os beta • Dose-dependente: em doses baixas, os efeitos beta irão predominar no leito vascular, causando vasodilatação, e, em altas doses, os efeitos alfa são mais intensos (causando vasoconstrição) • Ações: ‣ Lipólise - atividade agonista nos receptores beta ‣ Hiperglicemia - aumento da glicogenólise no fígado (beta 2) e diminuição da liberação de insulina (alfa 2), causando tal efeito ‣ Sistema respiratório - promoção da broncodilatação (beta 2), inibição da liberação de mediadores da alergia (histamina nos mastócitos), causa alívio de broncoconstrições alérgicas/induzidas por histamina (por isso seu uso em casos de choque anafilático) ‣ Cardiovascular - inotropismo positivo (reforço na contratilidade do miocárdio) e cronotropismo positivo (aumento da FC), com consequente aumento no débito cardíaco (beta 1); liberação de renina nos rins por ativação do receptor beta 1; contração das arteríolas da pele, das mucosas e de vísceras (alfa 1), dilatação de vasos que se direcionam ao fígado e ao tecido musculoesquelético (beta 2); diminuição do fluxo de sangue aos rins, causando efeito cumulativo na PA sistólica e diminuição na PA diastólica • Uso: choque anafilático, parada cardiorrespiratória (quando paciente apresenta ritmos chocáveis, como fibrilação ventricular e taquicardia ventricular, ou ritmos não chocáveis, como assistolia ou AESP, independente da etiologia), auxilio a anestésicos (aumentando duração da anestesia local) • Efeitos adversos: distúrbios do SNC (medo, ansiedade, tensão, cefaleia e tremores), arritmias cardíacas (cuidar associação com digoxina), edema pulmonar, hemorragia (aumento da PA pode causar hemorragia cerebral) • Interações com outros fármacos: ‣ Pacientes com hipertireoidismo devem ter a dose de epinefrina reduzida por risco de efeitos cardiovasculares aumentados ‣ Betabloqueadores - vão inibir os efeitos da epinefrina nos receptores beta, deixando a estimulação alfa sem compensação, o que pode causar aumento da resistência periférica e da PA ‣ Cocaína - prolonga a permanência da adrenalina na fenda sináptica ‣ Anestésicos inalatórios - podem causar taquicardia pela sensibilização do coração aos efeitos da epinefrina �20 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 NOREPINEFRINA • Principal neurotransmissor do simpático • Tem maior efeito nos receptores alfa-adrenérgico (principalmente alfa 1) • Ações: ‣ Vasoconstrição ‣ Aumento da resistência periférica desencadeada pela vasoconstrição dos leitos vasculares, incluindo os rins ‣ Aumento da PA sistólica e da diastólica • Uso: tratamento de choque séptico • A norepinefrina causa mais vasoconstrição do que a epinefrina por não causar vasodilatação compensatória dos receptores beta 2 dos vasos sanguíneos que fazem suprimento do músculo esquelético • Utilizado por via IV para ação rápida, efeito dura de 1-2 minutos após fim da infusão • Se houver extravasamento de sangue do vaso para os tecidos na região da injeção, pode utilizar o antagonista alfa (fentolamina) ISOPROTERENOL • Estimulação predominante dos receptores beta 1 e 2, porém não apresenta seletividade, o que faz com que este não seja tão utilizado na prática • Ação: aumento leve da PA sistólica, aumento da contratilidade (inotropismo positivo com ação em beta 1), redução da PA média e da diastólica (vasodilatação em excesso por ação em beta 2) DOPAMINA • Precursora imediata da norepinefrina na glândula suprarrenal e no SNC através dos gânglios basais • Ações: ‣Dose-dependente ‣ Doses baixas: estímulo de beta 1 (inotropismo e cronotropismo positivos) ‣ Doses altas: vasoconstrição por estímulo de beta 1 ‣ Dilatação das arteríolas renais e esplâncnicas, aumentando fluxo para estes locais • Uso: escolha para tratamento de choque cardiogênico e de choque séptico (mantém PA e garante perfusão dos principais órgãos) • Efeitos adversos: hipertensão, nausea, arritmias • Por ser de curta duração, efeitos adversos são pequenos DOBUTAMINA • Agonista do receptor beta 1 • Ação: aumento do débito cardíaco sem comprometimento significativo da demanda de oxigênio pelo miocárdio (inotropismo positivo e menor estimulação cronotrópica) �21 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 • Uso: aumento do débito cardíaco em casos de ICC (insuficiência cardíaca congestiva), pós-operatório de cirurgia cardíaca 2. AGONISTA α1: FENILEFRINA - METOXAMINA - MENEFERTEMINA - MATARAMINOL - MITODRINA • Ação: vasoconstrição local e midríase • Uso: descongestionante nasal de uso tópico e soluções oftalmológicas 3. AGONISTAS α2: CLONIDINA - METILDOPA - GUANFACINA - GUANABENZO • Atua como antagonista do simpático e inibe a liberação de norepinefrina • Clonidina: ‣ Uso - anti-hipertensivo, redução de sintomas da retirada de opioides, de cigarro ou de benzodiazepínicos ‣ Evitar interrupção abrupta da medicação para não ocorrer uma hipertensão rebote • Metildopa: ‣ Anti-hipertensivo que pode ser utilizado em gestantes 4. AGONISTAS α MISTOS: NAFAZOLINA - OXIMETAZOLINA • Descongestionantes nasais (alfa 1) com efeitos adversos de depressão do SNC (alfa 2) 5. AGONISTAS ß2: • Atuam como broncodilatadores no tratamento da asma • Inalatório de CURTA duração SALBUTAMOL - FENOTEROL • Inalatório de LONGA duração SALMETEROL - FORMOTEROL �22 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 S I M PÁ T I C O M I M É T I C O S I N D I R E T O S Aumentam a liberação de norepinefrina das vesículas dos neurônios pré-sinápticos ANFETAMINA - METILFENIDATO - PEMOLINA - COCAÍNA S I M PÁ T I C O M I M É T I C O S M I S T O S Mecanismo de ação direta e indireta Efeitos adrenérgicos são similares ao da epinefrina, porém menos potentes e com ação longa Excelente absorção via oral e penetram no SNC EFEDRINA - PSEUDOEFEDRINA S I M PÁ T I C O L Í T I C O S 1. BLOQUEADORES ALFA-ADRENÉRGICOS: • Amplo uso em HAS A) Bloqueadores competitivos de alfa 1: Tratamento da hipertensão e hipertrofia prostática benigna Efeito adverso: hipotensão postural PRAZOSINA - TERAZOSINA - DOXAZOSINA - TANSULOSINA - ALFUZOSINA B) Bloqueadores competitivos de alfa 2: Provocam taquicardia e aumentam desempenho sexual Utilizada para aliviar a vasoconstrição associada com a Síndrome de Raynaud IOIMBINA C) Bloqueadores de alfa 1 e alfa 2: Utilizados para reversão da epinefrina e podem provocar hipotensão postural como efeito adverso FENTOLAMINA - FENOXIBENZAMINA 2. BLOQUEADORES BETA-ADRENÉRGICOS: • Uso: taquicardia, IC, hipertireoidismo, tremores, angina, HAS, arritmias • Contraindicação: pacientes com diabetes mellitus (mascara a hiperglicemia) �23 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 A) NÃO SELETIVOS: • Bloqueiam receptores de beta 1 e beta 2 • Contraindicação absoluta: DPOC e asma (causam broncoespasmo) PROPANOLOL - TIMOLOL - NADOLOL - PINDOLOL B) SELETIVOS: • Bloqueiam receptores beta 1 • Esmolol é só IV • Nebivolol aumenta o óxido nítrico (NO), que funciona como vasodilatador METOPROLOL - ATENOLOL - BISOPROLOL - ESMOLOL - NEBIVOLOL 3. BLOQUEADORES ALFA E BETA ADRENÉRGICOS: • Usados em hipertensão arterial e insuficiência cardíaca • Labetalol: ‣ Uso: anti-hipertensivo para gestantes ‣ IV em emergências hipertensivas • Carvedilol: ‣ Uso: insuficiência cardíaca congestiva Q U E S T Õ E S D E P R OVA 1. Levando em conta o maior risco de quedas e hipotensão postural em idosos, qual anti- hipertensivo NÃO costuma ser usado em idosos: (ATM 2021/2) a) Enalapril b) Anlodipina c) Hidroclorotiazida d) Prazosina �24 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A C A R D I OVA S C U L A R : A N T I - H I P E R T E N S I VO S É uma alteração prevalente da pressão arterial, não considerada uma síndrome clínica, associada a problemas vasculares Distúrbios sistêmicos causam aumento da tensão nos vasos sanguíneos (força de volume), atingindo órgãos reguladores da PA, como coração, rins, cérebro, retina. FATORES DE RISCO • Dislipidemia • Obesidade abdominal • Intolerância à glicose e diabetes mellitus • Idade, etnia, fatores socioeconômicos • Ingestão de sal • Álcool • Sedentarismo • Genética (hipertensão familiar) MECANISMO DE AÇÃO �25 Maior fluxo sanguíneo nos vasos Lesão endotelial Menos ação endotelial Placas de arteriosclerose Aumento da PA Hipertrofia da camada muscular arterial média Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 A hipertensão pode causar angina pectoris, hipertrofia ventricular esquerda, IAM, doença arterial periférica, AVE, encefalopatia crônica hipertensiva, glomerulosclerose, glomerulopatias, retinopatia. TRATAMENTO • Tem como objetivo o alcance e a manutenção da PA abaixo de 130/80 mmHg em pacientes sem outras comorbidades associadas e abaixo de 140/90 mmHg em pacientes diabéticos ou com doença renal D I U R É T I C O S Fármacos de primeira escolha no tratamento de hipertensão 1. TIAZÍDICOS: • Primeira opção: reduz MORTALIDADE - indicada em monoterapia para hipertensos em classe I, podendo ser combinado com outros fármacos • Ação: atuam no túbulo contorcido distal (TCD), bloqueando a bomba de Na/Cl, inibindo a reabsorção de NaCl • Efeitos adversos: • Contraindicações: não usar em pacientes com função renal diminuída ou gota (acúmulo de ácido úrico nas articulações e na corrente sanguínea) ✴ OBS: na última diretriz de hipertensão, foi publicado que a terapia com tiazídicos em pacientes com gota pode ser utilizado mediante acompanhamento, controle adequado e uso de alopurinol) ✴ Hidroclorotiazida - Clortalidona - Indapamida 2. DE ALÇA: • Ação - reduzem a reabsorção de Na pela inibição do cotransportador Na/K/Cl na porção ascendente da alça de Henle (34-45% da reabsorção de NaCl filtrado) • Uso - crise hipertensiva, insuficiência renal com Creatinina > 2,5, edema periférico de causa não cardíaca, insuficiência cardíaca, ascite (causas hepáticas) • Eficácia em pacientes com função renal reduzida! • Efeitos adversos - acidose, hiponatremia, hipocalemia, hipotensão, ototoxicidade, hiperuricemia • Furosemida - bumetanida - torsemida 3. POUPADORES DE POTÁSSIO: • Ação - agem no túbulo coletor, inibindo a reabsorção de Na, reduzindo o principal estímulo para secreção de K e H • Uso - em associação com tiazídicos para prevenir hipocalemia causada por estes, casos de edema ou ascite relacionadas à insuficiência cardíaca, síndrome do ovário policístico �26 4 HIPO 3 HIPER HIPOVOLEMIA HIPOCALEMIA HIPONATREMIA HIPOMAGNESEMIA HIPERGLICEMIA HIPERLIPIDEMIA HIPERURICEMIA Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 • Efeitos adversos - ginecomastia, insuficiência renal aguda (IRA), problemas gastrointestinais, hirsutismo, gosto metálico • Espironolactona - antagonista da aldosterona, ligam-se ao receptor de diidrotestosterona, inibindo a síntese de testosterona e alteram o metabolismo de estrógeno • Em doses pequenas, reduzem efeitos da testosterona (anti-androgênico) • Espironolactona - Amilorida - Triantereno B E TA B L O Q U E A D O R E S São simpaticolíticos, podendo ser seletivos (bloqueiam os receptores beta 1) ou não seletivos (bloqueiam os receptores beta 1 e 2) • Ação: redução da FC e do débito cardíaco, inibição da liberação de renina (reduz formação de angiotensinaII e secreção de aldosterona) • Uso: HAS, IAM, arritmias e doenças coronarianas • Efeitos adversos: broncoespasmo, bradicardia, depressão, alterações do TGI, disfunção sexual (efeitos similares aos do parassimpático), arritmias • Contraindicação: asma, DPOC e diabetes mellitus (mascara hiperglicemia) Seletivos • Bloqueiam os receptores beta 1 • Contraindicação definitiva para asma e DPOC - a dose aumentada pode fazer com que haja perda de seletividade e consequente bloqueio dos receptores beta 2, causando broncoespasmo ATENOLOL - METOPROLOL - NEBIVOLOL - BISOPROLOL Não seletivos • Bloqueiam os receptores beta 1 e beta 2 PROPANOLOL - CARVEDILOL - TIMOLOL - SOTALOL - PINDOLOL TIAZÍDICOS DE ALÇA POUPADORES DE POTÁSSIO TCD Alça ascendente Túbulo coletor CLORTALIDONA FUROSEMIDA ESPIRONOLACTONA HIDROCLOROTIAZIDA BUMETANIDA AMILORIDA INDAPAMIDA TORSEMIDA TRIANTERENO �27 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 B L O Q U E A D O R E S A L FA - 1 Também são das classes dos simpaticolíticos, porém não são fármacos de primeira escolha no tratamento da hipertensão, sendo mais utilizados em tratamento de hiperplasia prostática benigna • Ação: bloqueio dos receptores alfa 1 • Uso: tratamento de hipertensão e de HPB • Efeitos adversos: hipotensão postural DOXAZOSINA - PRAZOSINA - TERAZOSINA Existe um bloqueador misto alfa e beta que pode ser utilizado no tratamento de hipertensão em gestantes - LABETALOL - e indicado para uso em urgências hipertensivas em via IV; contraindicado o uso em pacientes com bradicardia, DPOC, bloqueio de ramo de 2º ou 3º grau, síndromes hiperadrenérgicas (pode piorar quadro de insuficiência cardíaca) A G O N I S TA S A L FA - 2 São da classe dos simpaticomiméticos, atuando como adrenérgico de ação central • Ação: fazem bloqueio da norepinefrina, com efeito discreto se utilizado em monoterapia (por isso é mais utilizado em associação) • Contraindicação: insuficiência hepática • Metildopa: indicado para tratamento de hipertensão em gestantes CLONIDINA - METILDOPA VA S O D I L ATA D O R E S • Ação: atuam sobre a musculatura da parede vascular, promovendo relaxamento (vasodilatação) e diminuição da resistência vascular periférica HIDRALAZINA • Uso: hipertensão em gestantes (pré-eclâmpsia) e em emergências hipertensivas • Efeitos adversos: hipotensão postural, palpitações, cefaleia, exacerbação de angina NITROPRUSSIATO DE SÓDIO • Uso: emergências hipertensivas • Efeitos adversos: risco de intoxicação por tiocianeto, delírios, desorientação, psicose • Contraindicação: pacientes com insuficiência renal NITROGLICERINA • Uso: doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, angina • Efeitos adversos: cefaléia, taquicardia reflexa, taquifilaxia, flushing, meta- hemoglobinemia �28 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 I N I B I D O R E S DA E N Z I M A D E C O N V E R S Ã O D E A N G I O T E N S I N A Atuam bloqueando a conversão de angiotensina I em angiotensina II pela enzima conversora São considerados vasodilatadores pela ação nas artérias (diminuição da resistência vascular periférica e do retorno venoso). • Uso: hipertensão arterial (em diabéticos tem efeito comprovado como nefroprotetor), insuficiência cardíaca • Efeitos adversos: tosse seca (pelo aumento dos níveis de bradicinina) • Contraindicações: gestantes (efeito teratogênico) e negros (não produzem tanta renina) ENALAPRIL - CAPTOPRIL - LISINOPRIL B L O Q U E A D O R E S D O S R E C E P T O R E S D E A N G I O T E N S I N A I I Alternativa aos IECA por não apresentar o efeito adverso de tosse (não interfere na degradação da bradicinina) • Ação: impede atuação hipertensora da angiotensina • Contraindicação: gestantes e negros LOSARTANA - VALSARTANA - CANDESARTANA I N I B I D O R E S DA R E N I N A Agem precocemente no SRAA, inibindo a conversão de angiotensinogênio em angiotensina I Pouco usado no tratamento anti-hipertensivo ALISQUIRENO B L O Q U E A D O R E S D O S C A N A I S D E C Á L C I O Bloqueiam a entrada de cálcio por se ligarem aos seus canais de tipo L no coração e nos músculos dos vasos arteriolares coronarianos periféricos. Causam relaxamento dos vasos sanguíneos �29 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Não diidropiridínicos • Utilizados em angina e em taquiarritmia supraventricular • Efeitos adversos: taquicardia reflexa VERAPAMIL - DILTIAZEM Diidropiridínicos • Mais afinidade pelos canais de cálcio vasculares do que pelos canais de cálcio do coração • Efeitos adversos: edema de membros inferiores • São os BCC utilizados no tratamento anti-hipertensivo • Em pacientes negros, associar ANLODIPINO (BCC) + TIAZÍDICO (para evitar edema de membros inferiores) ANLODIPINO - NIFEDIPINO - FELODIPINO E S Q U E M A D E T R ATA M E N T O E M C A S O S E S P E C Í F I C O S Doença renal crônica = preferência para fármacos nefroprotetores como o caso dos IECA ou BRA Negros, diabéticos, idosos = BCC + tiazídico Em diabéticos com proteinúria, IECA é bem recomendado para reduzir a perda de proteínas na urina Gestantes = agonistas alfa 2 (metildopa), hidralazina, labetalol Pré-eclâmpsia = vasodilatadores (hidralazina) �30 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Q U E S T Õ E S D E P R OVA 1. Levando em conta o maior risco de quedas e de hipotensão postural em idosos, qual anti-hipertensivo NÃO costuma ser usado em idosos (ATM 2021/2): a) Enalapril b) Anlodipina c) Hidroclorotiazida d) Prazosina 2. Bloqueadores dos canais de cálcio são indicados nas situações abaixo, exceto: (ATM 2021/2) a) Angina b) Arritmias c) Insuficiência cardíaca d) Hipertensão arterial sistêmica 3. No tratamento da hipertensão arterial, prefere-se a prescrição de qual fármaco abaixo, considerando a maior prevenção de eventos cardiovasculares e insuficiência cardíaca (ESTUDO ALL-HAT)? (ATM 2021/2) a) Anlodipino b) Clortalidona c) Lisinopril d) Losartana 4. O uso de qual diurético pode resultar em ginecomastia (crescimento mamário em homens)a longo prazo? a) Amilorida b) Espironolactona c) Furosemida d) Acetazolamida 5. Correlacione o fármaco anti-hipertensivo da coluna da esquerda ao seu efeito adverso característico na coluna da direita e escolha a alternativa com a ordem correta abaixo (ATM 2021/2): I. Anlodipino ( ) Edema de tornozelos II. Atenolol ( ) Tosse seca III. Captopril ( ) Broncoespasmo IV. Clortalidona ( ) Gota a) I, II, III, IV b) I, III, II, IV c) IV, III, II, I d) IV, II, III, I �31 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A C A R D I OVA S C U L A R : I N S U F I C I Ê N C I A C A R D Í A C A Síndrome heterogênea na qual uma anormalidade na função cardíaca é responsável pela inabilidade do coração em bombear sangue a um débito cardíaco que atenda as necessidades metabólicas dos tecidos, ou desempenha esta função às custas de pressões ou volumes diastólicos anormalmente elevados Sintomas dispneia, fadiga, edema, dispneia paroxística noturna, hipertensão, aumento da FC, aumento na demanda de oxigênio, predisposição a arritmias, diminuição da perfusão renal �32 Mecanismos de compensação Aumento no débito cardíaco Aumento da atividade simpática Ativação do SRAA Hipertrofia do miocárdio Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Objetivos da terapia Redução dos sintomas e das hospitalizações, melhora a qualidade de vida e aumento da sobrevida I N I B I D O R E S DA E N Z I M A D E C O N V E R S Ã O DA A N G I O T E N S I N A Atuam no sistema renina-angiotensina-aldosteronaao bloquear a conversão de angiotensina I em angiotensina II • Ação: aumento do débito cardíaco, redução da PA, da pré e da pós-carga • Uso em associação com diuréticos • Redução da mortalidade em IC • Efeitos adversos: tosse seca CAPTOPRIL - ENALAPRIL - LISINOPRIL B L O Q U E A D O R E S D O S R E C E P T O R E S D E A N G I O T E N S I N A I I Utilizado no lugar de IECA caso haja contraindicação ou efeito adverso de tosse que seja incômodo ao paciente • Ação: redução da PA, redução da morbimortalidade associados à hipertensão • Contraindicação: gestantes e negros LOSARTANA - VALSARTANA - CANDESARTANA B E TA B L O Q U E A D O R E S Simpaticolíticos que melhoram funcionamento sistólico e fazem a reversão do remodelamento cardíaco • Ação: bloqueia estimulação simpática, diminuição de FC e liberação de renina • Efeitos adversos: bradicardia, broncoespasmo, alterações do trato gastrointestinal e arritmias • Contraindicação: asma, DPOC, diabetes mellitus, pacientes em quadro de edema agudo de pulmão por descompensação da IC • Associado à redução da mortalidade CARVEDILOL - METOPROLOL - ATENOLOL D I U R É T I C O S Alívio da congestão pulmonar e do edema periférico • Ações: redução de sobrecarga de volume, alívio da ortopneia, da DPN e do edema �33 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 • Diuréticos de alça = mais comumente utilizados em IC no caso de pacientes congestos (descompensação com edema agudo de pulmão, insuficiência renal aguda, necessidade de diurese intensa) • Diuréticos poupadores de potássio = são geralmente os diuréticos utilizados em associação com IECA no início do tratamento da IC; impedem remodelamento cardíaco, bloqueiam SRAA, redução da mortalidade FUROSEMIDA - ESPIRONOLACTONA - HIDROCLOROTIAZIDA VA S O D I L ATA D O R E S Divididos em arteriais (HIDRALAZINA) e venosos (NITRATOS) Usados em pacientes que não toleram IECA ou BRA ou que o tratamento para hipertensão é insuficiente • Ações: redução da pré-carga (nitratos) e redução da pós-carga (hidralazina) • Em pacientes negros, esquema de associação de dinitrato de isossorbida + hidralazina • Pode ser utilizado em pacientes negros, obesos e com HAS mal controlada com terapia tradicional HIDRALAZINA - DINITRATO DE ISOSSORBIDA - NITROGLICERINA I N O T R Ó P I C O S São mais benéficos em pacientes com a fração de ejeção abaixo de 45% Podem ser utilizados digitálicos e simpaticomiméticos • Ação: aumento da força de contração do miocárdio • Digitálicos - aumentam contratilidade do miocárdio e possuem pequena janela terapêutica; EA = toxicidade • SMMT - vasodilatação periférica (redução da pré-carga) e efeito nos receptores beta 1 (inotropismo positivo), utilizados via IV DIGOXINA - DOBUTAMINA I N I B I D O R E S DA F O S F O D I E S T E R A S E Aumento da AMPc intracelular e aumento da concentração de cálcio no intracelular, com efeito no aumento da contratilidade cardíaca Auxílio na vasodilatação pulmonar MILRINONA - ANRINONA �34 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 S I N T O M A S X S O B R E V I DA SINTOMAS SOBREVIDA Digitálicos (digoxina) Espironolactona Diuréticos (de alça - furosemida) IECA (captopril) Vasodilatadores (nitratos) Betabloqueadores �35 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Q U E S T Õ E S D E P R OVA 1. Qual é o diurético indicado para diminuir mortalidade de insuficiência cardíaca grave mesmo em pacientes sem sinais clínicos de retenção hídrica? (ATM 2022/2) a) Diurético de alça - Furosemida b) Diurético antagonista da aldosterona - Espironolactona c) Diurético tiazídico - Clortalidona d) Diurético osmótico - Manitol 2. Qual dos diurético abaixo é o mais apropriado para um paciente com edema devido a insuficiência renal? (ATM 2022/2) a) Amilorida b) Clortalidona c) Furosemida d) Espironolactona 3. Diminuem a mortalidade na insuficiência cardíaca sistólica os fármacos abaixo, EXCETO: (ATM 2019/2) a) Diurético de alça, como a furosemida b) Diurético antagonista de aldosterona, como a espironolactona c) Betabloqueador como o metoprolol d) Inibidor da enzima conversora de angiotensina, como o captopril 4. Sobre o tratamento da insuficiência cardíaca sistólica, assinale a incorreta: (ATM 2018/2) a) Utilizam-se betabloqueadores e inibidores da enzima conversora de angiotensina mesmo em pacientes assintomáticos com o objetivo de reduzir a mortalidade b) Diuréticos de alça, diuréticos tiazídicos e digitálicos são utilizados para controlar sintomas c) Em caso de tosse com IECA, bloqueadores do receptor de angiotensina podem ser indicados d) Metoprolol, bisoprolol e carvedilol são os betabloqueadores de preferência e) Todas as alternativas estão corretas �36 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A C A R D I OVA S C U L A R : A N T I - A R R Í T M I C O S Arritmia = alteração na automaticidade do coração por anormalidades na formação e na condução do impulso elétrico A presença de arritmias podem acarretar quadros como o de AVE ou IAM por deslocamento de trombo, insuficiência cardíaca (pelo inotropismo positivo) I - B L O Q U E A D O R E S D O C A N A I S D E S Ó D I O Fazem a redução dos batimentos ectópicos sem afetas os normais Mantém batimento mais lento e mais regular A) QUINIDINA - PROCAINAMIDA - DISOPIRAMIDA • Prolongam a condução e a repolarização B) LIDOCAÍNA - FENITAÍNA - MEXETILETINA • Diminuem a repolarização C) PROPAFENONA - FLECAINAMIDA - ENCAINIDA • Prolongam o tempo de condução ✦ Uso: fibrilação atrial / flutter atrial / taquiarritmia ventricular (tratamento crônico com procainamida) e taquicardias ventriculares / taquiarritmia com QRS alargado (tratamento agudo com procainamida) �37 Arritmias ventriculares Arritmias supraventriculares Taquicardia ventricular Fibrilação ventricular Taquicardia supraventricular paroxística Fibrilação atrial Flutter atrial Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 I I - B E TA B L O Q U E A D O R E S Fazem a redução da freqüência cardíaca e redução de extrassístoles Antagonismo do sistema nervoso simpático, com redução da automaticidade ✦ PROPANOLOL - METOPROLOL - ESMOLOL ✦ Uso: extrassístoles (tratamento agudo e crônico), fibrilação atrial, flutter atrial, taquicardia ventricular, taquicardia supraventricular paroxística I I I - I N I B I D O R E S DA R E P O L A R I Z A Ç Ã O Bloqueiam os canais de potássio, prolongando o potencial de ação e o período refratário Usados no protocolo de parada cardiorrespiratória (PCR) nos casos de ritmos chocáveis (fibrilação ventricular e taquicardia ventricular - sem pulso) ✦ AMIODARONA - DRONEDARONA ✦ Efeitos adversos: tóxico à tireoide, possuem graves EA em caso de uso prolongado ✦ Uso: taquicardia supraventricular I V - B L O Q U E A D O R E S D O S C A N A I S D E C Á L C I O Para tratamento de arritmias, é utilizada a classe dos não diidropiridínicos ✦ Efeito adverso: taquicardia reflexa ✦ VERAPAMIL - DILTIAZEM ✦ Uso: taquicardia supraventricular paroxística, fibrilação ventricular, flutter atrial A D E N O S I N A Utilizado no tratamento de emergência em taquicardia supraventricular paroxística, de forma IV Tem meia-vida curta Torsades de pointes = forma específica de taquicardia ventricular polimórfica em pacientes com intervalo QT longo (síndrome do QT longo); caracterizada por complexos QRS irregulares rápidos; esta arritmia pode cessar espontaneamente ou degenerar e fibrilação ventricular, provocando comprometimento hemodinâmico significativo. Pode ser induzida por drogas (antiarrítmicos das classes IA, IC ou III, além de antidepressivos tricíclicos, fenotiazinas e certos antivirais e antifúngicos). �38 Farmacologia Médica I - 2018/2 MarianaM. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A C A R D I OVA S C U L A R : C A R D I O PAT I A I S Q U Ê M I C A São divididos em síndromes coronarianas agudas (angina instável e IAM com supra de ST e sem supra de ST)e síndromes isquêmicas (angina estável) O tipo de prevenção serra dividido em primária e secundária: PRIMÁRIA - antes do evento cardiovascular ocorrer de forma severa; feita através de dieta, cessação do tabagismo, exercícios físicos, tratamento de HAS, dislipidemia, diabetes mellitus e outras comorbidades SECUNDÁRIA - realizada após ocorrer algum evento cardiovascular a fim de evitar que ocorra novamente A N G I N A E S TÁ V E L • Redução da perfusão coronariana causada por obstrução produzida por aterosclerose e pela perda dos mecanismos endoteliais de vasodilatação, causando dor retroesternal com irradiação • Induzida por esforços, alívio com repouso ou uso de fármacos Alívio VASODILATADORES - nitratos de ação rápida (SL), como nitroglicerina Prevenção da angina BETABLOQUEADORES (inotropismo e cronotropismo negativo) BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO (Verapamil e Diltiazem) NITRATOS (de longa duração - dinitrato de isossorbida) ESTATINAS AAS A N G I N A I N S TÁ V E L • Angina que pode ocorrer em repouso e durar mais do que 20 minutos, sem alívio imediato • Estado intermediário entre AE e IAM • Causada por aumento no tamanho da placa aterosclerótica, causando uma obstrução parcial ou total, com rompimento desta e instabilização do quadro do paciente �39 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 I N FA R T O A G U D O D O M I O C Á R D I O Oclusão parcial ou total de vasos que irrigam o miocárdio, causando isquemia e necrose tecidual, diferenciada a partir do padrão do eletrocardiograma em com supra de ST e sem supra de ST O manejo em emergências depende do padrão do ECG COM SUPRA DE ST • Necessita de reperfusão, seja ela através de angioplastia com colocação de Stent ou por Cirurgia de Revascularização do Miocárdio 1. Oxigenoterapia para evitar hipoxemia (SaO2 < 92 mmHg) 2. Antiplaquetários (AAS + clopidogrel) 3. Quando certeza do diagnóstico, heparina IV 4. Nitrato sublingual para alivio da dor; se não reduzida por nitrato, utilizar a morfina como último recurso 5. Recanalização (ACTP ou CRM); caso não consiga realizar cateterismo rapidamente, utilizar fibrinolítico (estreptoquinase) 6. Avaliação da possibilidade de CRM 7. Terapia de associação para tratamento contínuo: betabloqueador + IECA + estatina + AAS (e Clopidrogrel se implantação de stent) SEM SUPRA DE ST • Objetivo do tratamento é prevenir a recorrência de isquemia, corrigindo desbalanço entre oferta e consumo de oxigênio no miocárdio, prevenir a propagação de trombo e estabilizar a placa vulnerável 1. Oxigenoterapia se hipoxemia (SaO2 < 92 mmHg) 2. Antiplaquetário (AAS + Clopidogrel) 3. Quando certeza do diagnóstico, heparina IV 4. Para redução da dor, nitrato sublingual 5. Estratificação de risco: • Ainda sente dor? • Tem insuficiência cardíaca? • Tem arritmias? • Mede troponina por 24h para ver se há possibilidade de realizar teste não invasivo (cintilografia, ergometria) ou se vai para cateterismo 6. Terapia de associação para tratamento contínuo: betabloqueador + IECA + estatina + AAS (e clopidogrel se implantação de stent) �40 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 Q U E S T Õ E S D E P R OVA 1. Paciente internado por infarto agudo do miocárdio com supra de ST tratado com angioplastia e colocação de STENT deve receber obrigatoriamente na receita médica de alta hospitalar: (ATM 2021/2) I. AAS II. Clopidogrel III. Propanolol IV. Amiodarona V. Ciprofibrato VI. Sinvastatina a) Somente I, V e VI b) Somente I, II, VI c) Somente I, II, III e VI d) Somente I, II, IV e VI 2. Pacientes que apresentam infarto agudo do miocárdio tem risco aumentado de um novo infarto, por isso seguem prescrição médica de prevenção secundária. Qual dos fármacos abaixo deve fazer parte desta prescrição? (ATM 2022/2) a) Atropina b) Fenofibrato c) Propanolol d) Amiodarona �41 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A C A R D I OVA S C U L A R : D I S L I P I D E M I A O tratamento da dislipidemia é fundamental quando se objetiva o alívio em longo prazo da angina, a necessidade reduzida da revascularização, a diminuição das incidências de infarto do miocárdio e de morte O controle dos níveis lipídios pode ser alcançado pela combinação de dieta pobre em ácidos graxos saturados e gorduras trans, exercício e perda de peso LDL - lipoproteína de baixa densidade, atua como transportador de colesterol e de triglicerídeos do sangue para os tecidos; é o “colesterol ruim”, pois facilita a deposição de gordura nos vasos HDL - lipoproteína de alta densidade, atua como proteína que retira colesterol de vasos e de tecidos e leva ao fígado para ser metabolizado (e posteriormente excretado pelo intestino); é o “colesterol bom”, pois promove a retirada do excesso de colesterol, inclusiva das placas arteriais E S TAT I N A S São inibidores da HMG Co redutase, que fazem o papel de inibir a síntese do novo colesterol, além de aumentar o número de receptores de LDL intracelulares, retirando-o do plasma e tornando-o intracelular, onde é catabolizado Efeitos ocorrem no fígado Podem potencializar o efeito da varfarina (anticoagulante utilizado no tratamento de fibrilação e flutter atrial) • Ações: REDUÇÃO DO LDL • Efeitos adversos: cãibras, doenças hepáticas • Contraindicação: gestantes SINVASTATINA - ATORVASTATINA - ROSUVASTATINA �42 Objetivos LDL normal < 130mg/dL LDL em HAS ou DM < 100mg/dL LDL em HAS + DM < 70mg/dL Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 N I A C I N A Inibe processo de lipólise para evitar liberação de ácidos graxos na circulação e pode ser utilizado em associação com estatinas Ao contrário das estatinas, o acido nicotínico pode ser utilizado em gestantes • Ação: AUMENTO DO HDL • Efeitos adversos: flush facial (associado ao AAS), prurido, hiperuricemia • Contraindicação: pacientes com gota ÁCIDO NICOTÍNICO F I B R AT O S • Ação: REDUÇÃO DOS TRIGLICERÍDEOS • Impede acúmulo de 3G no tecido adiposo e, consequentemente, a doença coronariana • Efeitos adversos: distúrbios no TGI, cálculos biliares, miopatia, miosite • A associação de FIBRATO com ESTATINA pode gerar risco de rabdomiólise e insuficiência hepática, necessitando de monitorização de enzimas hepáticas se tratamento é indicado CIPROFIBRATO - GENIFIBROZIL - FENOFIBRATO R E S I N A S • Quelantes = sequestradores de sais biliares, atuando na excreção destes nas fezes, permitindo maior conversão de colesterol em ácidos biliares • Podem ser utilizados como antidiarreicos • Ações: REDUÇÃO DO LDL • Efeitos adversos: redução na absorção de vitaminas lipossolúveis e de outros fármacos, como AAS, tiazídicos, digoxina, varfarina, efeitos no TGI (constipação, flatulência, náusea) COLESTIRAMINA - COLESTIPOL - COLESEVALAM I N I B I D O R E S DA A B S O R Ç Ã O D E C O L E S T E R O L Inibe absorção de colesterol no intestino delgado pelo fígado, sem alteração dos níveis de vitaminas lipossolúveis Reduz as reservas de colesterol hepático e aumenta a remoção destas do sangue • Ações: REDUÇÃO DO LDL E DO TRIGLICERÍDEOS • Contraindicação: doença hepática EZETIMIBE �43 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 A S S O C I A Ç Õ E S D E FÁ R M A C O S N O T T O DA D I S L I P I D E M I A 1. NIACINA + COLESTIRAMINA = Uso em hiperlipidemias de grau II, quando há defeito na degradação de LDL 2. ESTATINA + RESINA = 3. SINVASTATINA + NIACINA= 4. SINVASTATINA + EZETIMIBE = Para pacientes com LDL muito elevado �44 ↑ HDL ↑ HDL ↓ LDL ↓ LDL ↓ LDL ↓ LDL ↓ 3G ↓↓↓LDL + + + + Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 FA R M A C O L O G I A C A R D I OVA S C U L A R : A N T I - T R O M B Ó T I C O S Agregação plaquetária = lesão de vaso; mecanismos que promovem a hemostasia são ativados (vasoconstrição, formação de tampão de plaquetas, produção de malha fina de fibrina e formação do trombo) A N T I P L A Q U E TÁ R I O S Interferem na ativação plaquetária através da inibição da enzima cox-2 • Uso: pós-IAM, prevenção primária de cardiopatia isquêmica, prevenção secundária de IAM e isquemia cerebrovascular (AVE) • Efeitos adversos: intolerância digestiva, sangramento do TGI, úlcera péptica • Contraindicação: cirurgias e úlceras gástricas AAS - CLOPIDOGREL - TICAGRELOR - DIPIRIDAMOL �45 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 A N T I C O A G U L A N T E S Fazem a inibição da fibrina HEPARINAS • Fracionada - utilizada em cirurgias ortopédicas • Pode ser utilizada em gestantes • Baixo peso molecular • ENOXIEPARINA, HBPM • Não fracionada - utilizada em TEP, IAM, TVP • Meia-vida curta • HEPARINA • Efeitos adversos: sangramento, trombocitopenia, plaquetopenia ORAIS • Antagonista da regeneração da vitamina K • Demora para fazer efeito (+- 3 dias) • Uso: fibrilação atrial e flutter atrial (dissolucão de trombo criado pelo ritmo irregular), prevenção secundária de AVC em pacientes com FA diagnosticada • Contraindicação: gravidez (teratogênico) • VARFARINA T R O M B O L Í T I C O S / F I B R I N O L Í T I C O S Fazem a ativação do plasminogênio em plasmina, que é a enzima que faz a digestão da fibrina (fibrinólise) Dissolução de trombos • Uso: AVC, TEP, IAM com supra de ST no caso de demorar para chegar ao cateterismo • Contraindicações: gestantes, pacientes com ferimentos em cicatrização, história de AVE, tumor cerebral, traumatismo craniano, sangramentos intracranianos • ALTEPLASE = usada em AVC isquêmico, IAM, embolia pulmonar • Efeitos adversos: sangramentos, hemorragias no TGI, hemorragias cerebrais • ESTREPTOQUINASE = causa mais efeitos adversos, incluindo alergia A N TA G O N I S TA S DA T R O M B I N A Fazem a inativação da trombina HIRUDINA - DABIGATRANA - BIVALIRUDINA �46 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 I N I B I D O R E S D O R E C E P T O R I I I A - I I B Impedem a formação de pontes de fibrinogênio entre plaquetas ativadas São usadas via IV ABCIXIMABE - TIROFIBANA - EPTIFIBATIDA I N I B I D O R E S D I R E T O S D O FAT O R X A Liga-se à antitrombina, catalisando a inibição do fator Xa ativado, inibindo a formação de trombina FONDAPARINUX C A S O S E S P E C I A I S 1. Profilaxia para trombose venosa profunda (TVP): • Heparina não fracionada • Heparina de baixo peso molecular 2. Tratamento para trombose venosa profunda (TVP): • Heparina de baixo peso molecular - enoxieparina 3. Tratamento para tromboembolismo pulmonar (TEP): • Fondaparinux • Heparina • HBPM • Trombolítico (alteplase, estreptoquinase) 4. AVC: • Até 5 horas, utilizar alteplase • Manutenção com AAS 5. Fibrilação atrial: • Varfarina (anticoagulante oral) 6. IAM: • Dupla antiagregação planetária - AAS + clopidogrel • Fibrinolítico no caso da espera para cateterismo (tempo superior a duas horas para chegar à hemodinâmica do hospital) • Anticoagulante ( HBPM, enoxieparina, bivalirudina, fondaparinux ) na confirmação diagnóstica �47 Farmacologia Médica I - 2018/2 Mariana M. Barcellos Ramos - ATM 2021/2 QUESTÃO 1. Paciente, 78 anos, hipertenso em tratamento , vem à consulta por palpitações, recebe o diagnóstico de fibrilação atrial (controlada com propanolol). Qual o tratamento mais adequado para prevenir AVC? (ATM 2021/2) a) AAS b) Clopidogrel c) Ezetimiba d) Varfarina 2. Antitrombóticos indicados para tromboembolismo pulmonar agudo, AVC (prevenção secundária) e fibrilação atrial, respectivamente: a) AAS, AAS, AAS b) Heparina, estreptoquinase, AAS c) Estreptoquinase, varfarina, varfarina d) Heparina, AAS, varfarina �48 Farmacocinética Processos farmacocinéticos Questões de prova Farmacodinâmica Mecanismo de ação Conceitos Receptores Potência x Eficácia Agonistas x Antagonistas Questões de prova Farmacologia do Sistema Nervoso I - Parassimpático Receptores colinérgicos Parassimpáticomiméticos diretos Parassimpáticomiméticos indiretos Parassimpáticolíticos Placa motora - Bloqueadores Neuromusculares Questões de prova Farmacologia do Sistema Nervoso II - Simpático Simpáticomiméticos diretos Simpáticomiméticos indiretos Simpáticomiméticos mistos Simpáticolíticos Questões de prova Farmacologia Cardiovascular: Anti-Hipertensivos Diuréticos Betabloqueadores Bloqueadores alfa-1 Agonistas alfa-2 Vasodilatadores Inibidores da Enzima de Conversão de Angiotensina Bloqueadores dos receptores de Angiotensina II Inibidores da renina Bloqueadores dos canais de cálcio Esquema de tratamento em casos específicos Questões de prova Farmacologia Cardiovascular: Insuficiência Cardíaca Inibidores da enzima de conversão da angiotensina Bloqueadores dos receptores de angiotensina II Betabloqueadores Diuréticos Vasodilatadores Inotrópicos Inibidores da fosfodiesterase Sintomas x Sobrevida Questões de prova Farmacologia Cardiovascular: Anti-arrítmicos I - Bloqueadores do canais de sódio II - Betabloqueadores III - Inibidores da repolarização IV - Bloqueadores dos canais de cálcio Adenosina Farmacologia Cardiovascular: Cardiopatia Isquêmica Angina Estável Angina Instável Infarto agudo do Miocárdio Questões de prova Farmacologia Cardiovascular: Dislipidemia Estatinas Niacina Fibratos Resinas Inibidores da absorção de colesterol Associações de fármacos no tto da dislipidemia Farmacologia Cardiovascular: Anti-trombóticos Antiplaquetários Anticoagulantes Trombolíticos / Fibrinolíticos Antagonistas da trombina Inibidores do receptor IIIa-IIb Inibidores diretos do fator Xa Casos especiais
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