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Restauração em dentes tratados endodonticamente

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RESTAURAÇÃO EM DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE 
Aluna: Ana Beatriz Alves 
 
 Pergunta-chave: Um dente tratado endodonticamente é mais frágil? Por que? 
 Resposta: Sim, é mais frágil. Devido a perda de estrutura dentária e não pelo tratamento 
endodôntico em si. 
Para entender melhor, vamos começar dizendo quais são as estruturas que dão resistência aos dentes: 
 Vigas de resistência estrutural do dente: 
 Cristas marginais; 
 Aresta transversal; 
 Teto da câmara pulpar. 
À medida que essas estruturas vão sendo perdidas o dente vai perdendo sua resistência. 
OBS: A saúde periodontal está muito associada com a qualidade da restauração coronária e da 
obturação, esses dois fatores associados configuram a maior taxa de sucesso do tratamento 
endodôntico. 
RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA 
Exemplos de materiais que podem ser utilizados para a realização desta etapa clínica: 
1. Á BASE DE OXIDO DE ZINCO E EUGENOL: 
 Boa resistência à compreensão/mastigação; 
 Indicada para cavidades extensas ou como selamento duplo após uma camada de material 
à base de óxido de zinco e sulfato de cálcio (ex: Cotosol, Cimpat, Cavit...); 
 Não previne infiltração coronária; 
 Elevada solubilidade em meio bucal. 
 Exemplo de material: IRM. 
 
2. À BASE DE ZINDO E SULFATO DE CÁLCIO: 
 Melhor selamento da cavidade; 
 Menor resistência à mastigação se comparando com os cimentos a base de OZE; 
 Estabilidade dimensional não influenciada pela variação de temperatura; 
 Eficácia afetada por cargas oclusais; 
 Indicado para selamento por um período não superior a 2 semanas e em cavidade restritas 
ao acesso (usar com a certeza que o paciente irá retornar); 
 Além disso, o material sofre expansão higroscópica ao tomar presa (essa expansão pode 
fraturar o dente, caso esteja muito fragilizado); 
 Exemplo de material: Coltosol; 
 CUIDADO COM O COLTOSOL EM DENTES FRAGILIZADOS. 
 
3. IONÔMERO DE VIDRO: 
 Elevada rigidez, alta resistência à compressão; 
 Adesão química à estrutura; 
 Atividade antibacteriana devido a liberação de flúor e baixo Ph; 
 Indicados em casos que irão passar mais tempo na cavidade bucal; 
 Podemos usar o convencional, mas em áreas estéticas devemos optar por usar o modificado 
por resina; 
 ATENÇÃO: Não usar materiais a base de OZE em dentes que serão restaurados 
definitivamente por resina ou ocorrerá a cimentação do pino de fibra de vidro, pois o 
Eugenol interfere na polimerização da resina. 
OBS: O coltosol é melhor selante que o ionômero de vidro, por isso, geralmente, optamos pela 
utilização dos dois associados. Inserimos o coltosol primeiramente e por cima, o CIV, esta técnica 
também é chamada de selamento duplo. 
 
 Quando realizar a restauração definitiva? 
 Tratamento endodôntico satisfatório e sem sintomatologia (mesmo que haja lesão 
periapical), deve-se realizar a restauração imediatamente e proservação; 
 Sensibilidade pós-operatória à percussão: Deve-se aguardar alguns dias para a remissão dos 
sintomas; 
 Tempo máximo com curativo provisório é de 3 meses; 
 Dentes expostos a saliva serão recontaminados em menos de 50 dias, por isso deve-se 
RETRATAR, principalmente se for necessário cimentar pino ou precisar de núcleo 
fundido. 
 
 Opções restauradoras: 
 Restauração direta de resina composta; 
 Inlay, Onlay ou Overlay; 
 Restauração com retentores intra-radiculares; 
 Coroas totais. 
RESTAURAÇÃO DIRETA X RESTAURAÇÃO INDIRETA 
 Restauração Direta: Importante avaliar 
 Preparo extensos; 
 Estrutura dentária remanescente adequada a exigência mecânica (ou seja, se o dente vai ser 
pilar/retentor de uma prótese); 
 Exigência estética (ou seja, se for um dente anterior com perda dentária muito grande ou com 
difícil seleção de cor não devemos realizar a restauração direta); 
 Propriedades físicas, mecânicas e cromáticas (p/ estética); 
 Custo; 
 Indicação: Dente com todas as cúspides e paredes, cavidade restrita ao acesso; 
 
 Restauração Indireta: Indicações 
 Termino proximal SUBGENGIVAL; 
 Grandes áreas desdentadas que necessitam ser restauradas; 
 Necessidade de recobrimento de cúspide; 
 Necessidade de múltiplas restaurações; 
 
 
OBS: As coroas totais metálicas estão entrando em desuso pela pouca estética e dificuldade de 
adesão ao dente. 
 
 Restaurações Indiretas: Vantagens 
 Melhoria das propriedades físicas e mecânicas; 
 Melhor acabamento e polimento, diminuindo assim o acumulo de placa; 
 Redução da contração de polimerização; 
 Menor sensibilidade pós-operatória, dor e desconforto; 
 Menor risco de microinfiltração marginal; 
 Pontos de contato mais precisos, contorno proximal e anatomia oclusal mais detalhada (porque 
é confeccionada fora da boca do paciente/extraoral). 
 
 Restaurações Indiretas: Desvantagens 
 Requer uma fase laboratorial (ou seja, mais uma sessão clínica também); 
 Necessidade de restauração provisória; 
 Preparação cavitária menos conservadora e o preparo deve ser expulsivo; 
 Custo mais elevado. 
 
 
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Total
Total metálica
Total cerâmica
Parcial
Inlay
Onlay
Overlay
Facetas 
Laminadas
 Tipos de Restauração Indireta Parcial: 
O que diferencia a parcial da total é a extensão do preparo e não as características de confecção. 
 INLAY Restaurações que não recobrem cúspides; 
 ONLAY Restaurações que envolvem 1 ou mais cúspides; 
 OVERLAY Restaurações parciais que envolvem todas as cúspides; Mais usadas quando é preciso 
aumentar a DIMENSÃO VERTICAL do paciente. 
 
 Parcial x Total: Quesitos para avaliar 
 Distância intercuspídea maior que ½ deve-se confeccionar uma coroa total; 
 Perda de estrutura de reforço é indicação de coroa total, principalmente se o dente for pilar de 
uma prótese parcial removível; 
 Suporte de PPR; 
 Remanescente coronário, avaliar a quantidade e qualidade; 
 Mais de 50% do dente destruído, fratura subgengival ou preparo subgengival são indicações 
de coral total; 
 Hábitos parafuncionais possuídos pelo paciente. 
 
● ONLAY ● 
 Características do preparo: 
 Ângulos internos arredondados; 
 Paredes lisas; 
 Ângulo cavo-superficial em 90° e sem bisel; 
 Parede axiais convergentes para oclusal/paredes expulsivas; 
 Espessura mínima de 2mm na cúspide para o sucesso da restauração devido a espessura do 
material; 
 Paredes circundantes de 5° à 15° de expulsividade (esta medida é dada pela broca, mas tem 
que posicionar de forma corretamente, ou seja, ao longo eixo do dente); 
 Profundidade da caixa oclusal é de no mínimo 1,5mm; 
 Largura dos istmos é de no mínimo 0,5mm; 
 Margens supra gengivais em esmalte; 
 Chanfro com 1mm de espessura no mínimo, mas o ideal é de 1,2mm à 1,5mm; 
 Obs: Não existe onlay metalocerâmica. 
 
 Pontas diamantadas que podem ser usadas para a confecção do preparo: 
 Tronco-cônicas, exemplos: 4138; 4137; 3137; 3137F. 
 
● PROTOCOLO CLÍNICO ● 
1. Avaliar clinicamente e radiograficamente para a remoção da restauração prévia ou do 
tecido cariado; 
2. Radiografia prévia; 
3. Na avaliação clínica deve-se analisar: 
 Distância intercuspídea; 
 Ausência de estrutura de reforço; 
 Exigência mecânica; 
 Qualidade e quantidade do remanescente. 
4. Preparo dental; 
5. Checar oclusão com o antagonista e o espaço interoclusal; 
6. Moldagem total da arcada e obtenção do modelo; 
 A moldagem da arcada onde está localizado o preparo deve ser realizada com silicona 
de adição; 
 A moldagem da arcada antagonista pode ser realizada com alginato. 
7. Restauração provisória do dente com resina provisória fotoativada; 
 Etapa importante para não deixar o preparo desprotegido; 
 Também pode ser realizada com resina acrílica; 
 Importante: Não usar IRM ou OZE devido a incompatibilidade com os matérias 
resinosos. 
8. Confecção da restauração indireta (feita no laboratório); 
9. Cimentação do dentee da peça; 
10. Polimerização do cimento; 
 Importante que seja realizada com bons equipamentos para não haver falhas futuras. 
11. Checagem oclusal e ajustes, se precisar. 
 
 
 ENDOCROWM: Restauração cerâmica, que compreende totalmente a coroa dental e busca a 
retenção na câmara pulpar, sem a colocação de um pino/núcleo. 
Indicações: 
 Dentes posteriores tratados endodonticamente com a porção coronária amplamente 
destruída coroas clinicas curtas; 
 Ausência de altura oclusal suficiente pra colocar pino e depois a coroa total. 
 
 RETENTORES INTRA-RADICULARES: São adicionais de retenção 
Tipos: 
1. Núcleo metálico fundido: Utilizado em dentes sem remanescente, que não permitam um 
abraçamento cervical de, pelo menos, 2mm. 
2. Pino de fibra de vidro: Pode ser utilizado em remanescentes com mais de 2mm.

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