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Interpretação Eletrocardiográfica 2 - Emergência Veterinária

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INTERPRETAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA (ECG)
TRIAGEM DE EMERGÊNCIA E ELETROCARDIOGRAMA II
AVALIAÇÃO DAS ONDAS
 ONDA P
A primeira coisa a ser feito é medir a sua largura.
· TEMPO – VELOCIDADE
Contar os quadrados e multiplicar por 0,02s quando rodado em 50mm/s ou 0,04 quando rodado em 25mm/s. Toda vez que a onda estiver mais larga do que pode, ou seja, maior que 0,04, indica que se tem sobrecarga de átrio esquerdo, se escrevendo na conclusão – o átrio com a célula mais distante do nó sinusal é o átrio esquerdo, se o átrio esquerdo aumenta fica ainda mais longe percorrer ele inteiro, demorando mais.
Onda P evidenciando sobrecarga de átrio esquerdo, pois, considerando que o eletro foi rodado em 50mm/s e como se tem 3 quadrados, essa onda P ocorreu em 0,06s, estando acima do valor de referência.
· FORÇA – SENSIBILIDADE
Contar os quadrados e multiplicar por 0,1mV quando em N, 0,05 mV quando em 2N e 0,2mV quando em N/2. Toda vez que a onda P estiver mais alta se indica sobrecarga de átrio direito.
Onda P evidenciando sobrecarga de átrio direito – escrever na conclusão.
· MARCAPASSO MIGRATÓRIO
Presença de duas ondas P diferentes, sendo chamado de marcapasso migratório, tendo que ser escrito na observação do laudo. Não é doença e sim só um achado do eletro, não precisando de tratamento. Marcapasso migratório acontece quando a origem da condução elétrica tem uma oscilação, onde em um momento uma célula do nó sinusal comanda a condução e em outro momento outra, gerando ondas P’s de formatos diferentes.
Onda P quando se tem marcapasso migratório, com presença de ondas P1s em formatos diferentes, escrevendo na observação.
 SEGMENTO PRI
Representa a função do nó atrioventricular, que é o tempo necessário do batimento entre o átrio e o ventrículo, pois eles não batem ao mesmo tempo, primeiro bate o átrio e depois o ventrículo. Esse intervalo PR é medido do começo da onda P até o começo do segmento QRS. Se o animal tiver a onda Q é para medir da onda P até a onda Q, se não tiver a onda Q mede até o começo da onda R. O limite do tempo desse intervalo é de 0,13s.
Da onda Q até a onda R se tem 10 quadrados, se o eletro for rodado em 50mm/s, cada quadrado equivale a 0,02m/v, logo, o PRI equivale a 0,2s, sendo um resultado maior do que o limite de 0,13s. E toda vez que o intervalo PR for maior do que pode, se tem um Bloqueio Átrio Ventricular (BAV) de 1º grau, que indica uma lesão no nó atrioventricular, onde o estimulo elétrico passa mais lento ali do que pode.
 COMPLEXO QRS
Vai medir a largura do complexo, se não tiver as ondas Q e S mede apenas a onda R. O valor de referência do QRS está abaixo dentre 0,05 a 0,06; não sendo para o valor final ficar entre esses números. Mas a interpretação é 0,05 para raças pequenas e 0,06 raças grandes, porém, se o animal não é muito pequeno tolera-se o 0,06 (animais acima de 15kg por exemplo quando dá cerca de 0,055 a 0,6 acaba-se tolerando). 
Boxer idoso com QRS largo o cardiopata afirma ser uma Cardiomiopatia Dilatada na conclusão do laudo por uma questão de incidência, pois raramente farão cardiomiopatia hipertrófica – em gatos é mais comum se ter hipertrófica.
Se tem apenas a onda R, que tem 4 quadradinhos, se o eletro rodou em 50 mm/s se tem a equação: 4 x 0,02 = 0,08, como o limite fica entre 0,5 a 0,6 o resultado ficou acima, toda vez que esse complexo for mais largo (maior do que o limite) se escreve na conclusão sobrecarga de ventrículo esquerdo ou bloqueio de ramo esquerdo (BRE). Para saber se é sobrecarga de ventrículo esquerdo ou bloqueio do ramo esquerdo é necessário pedir ecocardiograma, se no eco o ventrículo esquerdo der maior é sobrecarga, mas se der normal é bloqueio de ramo esquerdo.
 ONDA R
Vai medir a altura da onda R, se tiver a onda Q não se conta, se o complexo QRS é largo e a onda R for alta, se tem a mesma interpretação. Toda vez que o valor for mais alto do que o valor de referência se escreve na conclusão sobrecarga de ventrículo esquerdo ou bloqueio de ramo esquerdo, a referência é: R > 2,5 a 3,0mV.
No exemplo dado se tem 32 quadradinhos e foi rodado em N que vale 0,1, a equação fica: 32 x 0,1 = 3,2. Se tem um valor acima do valor esperado de 3,0mV, logo, se suspeita de sobrecarga de VE ou BR.
 SEGMENTO ST
O segmento considerado normal é uma reta na horizontal na mesma altura do PRI, quando houver esses parâmetros no eletro se escreve NORMAL – no traço de ST, não na conclusão. Qualquer alteração do segmento ST ou da onda T se tem a mesma interpretação, que é distúrbio de repolarização ventricular – colocando no laudo. Existem 4 alterações possíveis de segmento ST e duas de onda T, qualquer uma das 6 alterações que se encontrar a conclusão é a mesma, que é a de distúrbio de repolarização ventricular.
O que gera esse distúrbio de repolarização ventricular é a hipóxia do miocárdio, quando falta oxigênio para o coração, ou quando se tem algum eletrólito em quantidade errada, como muito ou pouco sódio, potássio, cálcio, magnésio ou cloro alterando assim o segmento ST ou a onda T. 
Geralmente o motivo do distúrbio de despolarização é óbvio, como um cachorro com edema pulmonar com alteração do segmento ST, ele fica roxo indicando que é hipóxia; ou quando se tem um gato obstruído, que como consequência se tem aumento de potássio, sabe-se que então é excesso de potássio. Para poder identificar o motivo do distúrbio de repolarização ventricular se mede o eletrólito, se ele estiver alterado corrige, mas se não for isso é hipóxia, significando que o coração está sofrendo.
Porém se tem casos em que se tem um paciente que não está em hipóxia clinicamente e que possui o segmento ST alterado, e que no resultado do exame em que se mediu os eletrólitos não se tem alterações, indicando ser uma lesão que aconteceu por hipóxia em algum momento mas que o animal se estabilizou, ou seja, o animal vai carregar essa alteração no eletrocardiograma, essa lesão só é importante tratar se está acontecendo no momento, se for confirmado hipóxia ou dificuldade respiratória se reoxigena o animal para evitar uma parada, se depois de dar oxigênio e se ficou com alguma sequela não é importante, não se tem alguma consequência depois.
· INFRADESNÍVEL - SEGMENTO ST ABAIXO DO PRI
Vai medir quanto o segmento ST está abaixo do PRI, sendo o limite de tolerância até 0,2mV, ou seja, o parâmetro de infradesnível é > 0,2mV.
Está 3 linhas/quadradinhos abaixo se for em N a equação fica: 3 x 0,1 = 0,3. Então vai escrever na linha do ST que é um infradesnível de 0,3mV e na conclusão vai escrever distúrbio de repolarização ventricular. Se esse mesmo gráfico estivesse 1 quadradinho abaixo do PRI a conta daria 0,1mV, então escreve na linha do segmento ST infradesnível de 0,1mV, mas não escreve distúrbio de repolarização na conclusão porque o limite desse infradesnível é 0,2mV.
· SUPRADESNÍVEL - SEGMENTO ST ACIMA DO PRI
Vai medir o quanto o segmento ST está acima do PRI. Se o resultado der mais que 0,15mV se escreve na linha supradesnível de *m/V e na conclusão se escreve “distúrbio de repolarização ventricular”. Ou seja, o parâmetro de supradesnível é > 0,15 mV.
· ARQUEAMENTO
O segmento ST deixa de ser uma reta ficando um arco, podendo ser para baixo ou para cima, se escreve na linha “arqueamento ou ST arqueado” e se escreve distúrbio de repolarização ventricular na conclusão. 
· INCLINADO/INCLINAÇÃO
A linha fica inclinada descendo ou subindo, desde que atinja 1 quadradinho de desnivelamento pode-se colocar na conclusão distúrbio de repolarização ventricular.
A terceira imagem não se distingue o final da onda R o começo do segmento ST e a onda T, tendo o nome de *, sendo uma inclinação tão grave que indica que o animal terá uma parada cardíaca em menos de 5 minutos, precisando levar o carrinho de parada imediatamente.
 ONDA T
A onda T não pode deixar de fazer a curvinha, tendo que ter o desenho característico, se a onda T for apiculada deve-se descrever se ela é negativa ou positiva e depois colocar o nome apiculada, além do termo apiculada podem aparecer duasoutras nomenclaturas como onda T em tenda ou onda T em chapéu chinês. 
Além de analisar o formato da onda se mede a altura, na segunda imagem a seguir, se medir a altura da onda se conta 9 quadradinhos, multiplicado por 0,1 se for medido em N se tem 0,9 m/V, sendo o limite o tamanho da onda R dividido por 4 – 25%. Toda vez que a onda T for maior que a onda R dividido por 4 vai escrever na conclusão distúrbio de despolarização ventricular, sempre vai contar os quadradinhos do fim da onda T caso se tenha um infradesnível, desconsiderando o infradesnível do segmento ST.
Onda T positiva apiculada e onda T > 25% de R.
· CÃO
Pode ser negativa – para baixo, positiva – para cima, e pode ser bifásica – para cima e para baixo, escreve qual for na linha, pois se a onda é de um jeito ela deve ser desse jeito a vida inteira, não podendo ser negativa um dia e positiva no outro, pois indica lesão miocárdica, logo, o animal que por exemplo, possuir onda T negativa em DII, teoricamente morre com essa onda T negativa em DII.
· GATO
Pode ser positiva ou bifásica, não tendo a onda T negativa em gatos.
Onda T negativa < 25% de R; onda T positiva < 25% de R; e onda T bifásica.
EXECUÇÃO DO EXAME
Faz a FC apenas da D2, quando for contar os quadradinhos e o primeiro ou o último estiver no meio deve contar como ½. Quando a variação de tempo for pequena pode-se tirar a média por minuto, mas mesmo assim o mais indicado é realizar a avaliação de onda por onda, se estiver bem diferente não deve-se tirar a média como a literatura costuma indicar, deve-se sempre colocar qual foi a variação da maior e da menor FC.
A melhor maneira de calcular a FC cardíaca é contando quantos quadradinhos tem de uma onda R até a outra onda R, se olha a velocidade que rodou e divide pela quantidade de quadradinhos, quando a FC não variar não precisa contar todos os intervalos, mas se houver intervalos diferentes precisa contar o maior e o menor, colocando no laudo o achado de FC mais alto e mais baixo, se variar menos de 10% é normal, entre 10 a 50% é alteração sinusal, mais que 50% é outra coisa, precisando saber o tamanho para ver se é algo significativo ou não. 
EIXO CARDÍACO
 DETERMINAÇÃO DO EIXO CARDÍACO
Depois de fazer a FC o próximo passo é estabelecer o eixo cardíaco, o eixo cardíaco é a média dos potenciais de ação que atravessam os ventrículos, sendo vetores, esses potenciais de ação possuem direção e sentido diferentes devido às diferentes disposições dos músculos cardíacos – cardiomiócitos. Para entender as linhas dos ângulos é necessário entender as energias, que formam as 6 derivações (D1, D2, D3, aVR, aVL e aVF), que são como se fossem pontos de vista diferentes do coração para conseguir perceber melhor uma determinada atividade elétrica.
· PRIMEIRA ENERGIA – D1
Se utiliza um eletrodo negativo na mão direita e um eletrodo positivo na mão esquerda – medindo do eletrodo vermelho para o amarelo, medindo uma eletricidade que oscila, sendo correspondente à FC, sendo uma energia boa para medir da direita para esquerda, mas não de cima para baixo, por isso D1 não é usado como padrão. Essa energia forma uma linha horizontal que tem um lado positivo na mão esquerda e um outro lado negativo na mão direita.
· SEGUNDA ENERGIA – D2
Com a necessidade de se medir a energia que desce pelo corpo, se tirou o eletrodo da mão esquerda e colocou no pé esquerdo, medindo então a energia da mão direita para o pé esquerdo, sendo do vermelho para o verde que é a D2.
· TERCEIRA ENERGIA – D3
D2 mede a energia que desce e vai para a esquerda, com a necessidade de se media a energia que desce e vai para a direita surgiu a D3. Passou o eletrodo que estava na mão direta para a mão esquerda, ficando um eletrodo na mão esquerda e outro no pé esquerdo, fazendo uma reta para baixo, como a pessoa estava com a mão aberta se traça uma linha da mão para o pé, surgindo D3 na diagonal. 
· aVR
Toda energia medida do coração até agora foi medida na horizontal e descendo, como se tem energias no coração que sobem, e energia que além de estar 100% na horizontal está 100% na vertical, se criaram outras 3 derivações, para isso se utilizou um princípio da matemática para encontrar o centro do círculo, pegando 3 pontos aleatórios e encontra o ponto equidistante entre os 3 pontos, sendo este ponto equidistante o centro da circunferência. Ou seja, se precisa de 3 pontos para achar o centro, se tem 4 cabos conectados (vermelho, amarelo, verde e preto), utiliza-se então 3 cabos para achar o centro e mede a energia que sobrar para o outro. Na primeira derivação se acha o centro com o amarelo, com o verde e com o preto, achando o centro no nó atrioventricular, o eletrodo que sobrou foi o vermelho, que fica do lado direito (right em inglês), com isso se tem a derivação aVR – do nó atrioventricular (AV) para a mão direita (R).
· aVL
Quando se utiliza os eletrodos vermelho, verde e preto para encontrar o centro, sobrando o eletrodo amarelo, essa derivação chama-se aVL.
· aVF
Agora pegou energias que estão na diagonal subindo, faltando a mensuração da energia na vertical, usou o amarelo, o vermelho e o preto para achar o centro, o verde ficou livre, encontrando a derivação que se chama AVF (frontal, pois se faz um corte frontal no coração). 
Essas linhas vêm junto com ângulo desde 0 até 180º, tendo ângulos de 0º, 30º, 60º, 90º, 120º, 150º e 190º, onde na parte de cima é negativo e na parte de baixo positivo. Essa imagem representa todas as derivações em uma única imagem, sendo ela que usaremos para determinar o eixo do paciente. O eixo é a soma dos vetores de todas as energias do coração, se pegar todas as derivações e somar todas as energias irá resultar um ângulo em algum lugar, se pegar a origem e o destino de um batimento cardíaco ele vai para algum lugar, se somar tudo iremos ver onde que vai. O eixo cardíaco compara a força do ventrículo direito e esquerdo, não mensurando a força de cada um, apenas indica qual é mais forte e se é muito ou pouco mais forte, onde toda vez que der alterado indica que se tem algum problema bem grave, porém não diz qual é, precisando fazer um eco, podendo ser um tumor, hipertrofia, dilatação, inflamação, não sendo algo pequeno e sim grande, trazendo muitos problemas para o coração, eixo desviado indica uma cardiopatia grave.
 REALIZAÇÃO DO EIXO
Se avista as 6 derivações – D1, D2, D3, avR, aVL e aVF, para essa análise só vale QRS – não interessa nem a P nem a T, quando a onda estiver para cima é positivo e quando estiver para baixo é negativo. 
 
D1 é positivo, D2 positivo, D3 positivo, aVR negativo, aVL negativo e aVF positivo.
Deve-se marcar na imagem quando é positivo ou negativo, onde cada lada da derivação tem um lado positivo e negativo, não é para usar o ângulo para falar se é positivo e sim usar o símbolo, que no caso é um triângulo, então triângulo para cima é positivo e para baixo é negativo. 
Sempre vai dar uma seta do lado da outra, se der é erro de laudo. Depois de marcar as 6 derivações se vai ignorar as duas setas de cada ponta sobrando apenas duas no meio, onde nesse caso vai sobrar apenas os ângulos de 60 à 90º, não conseguindo dar o ângulo exato, apenas um valor aproximado, escrever na linha do eixo 60 à 90º.
A referência por este método é de 30 a 120º - computador dá o valor exato, sendo uma referência de 40 a 100º, como esse método usa intervalos ele aceita de 30 a 120º. Nesse caso mencionado significa que o ventrículo direito e o ventrículo esquerdo estão em uma proporção de força normal, se desse alterado, por exemplo uma variação de +150 até +180º não está dentro da referência, como o coração está de frente para nós está desviado para a direita, escrevendo na linha do eixo ângulo de 150 a 180º e na conclusão escreve eixo desviado para direita, que significa que o ventrículo direito faz mais força que o ventrículo esquerdo, ou o ventrículo direito está forte demais ou o ventrículo esquerdo está fraco, quem determina isso é o ECO. Se der um ângulo de 0 a -30º também não estaria dentro da referência,indicando que o eixo está desviado para a esquerda, significando que o lado esquerdo está muito forte ou o lado direito está fraco. 
A derivação padrão é a D2, então quando passa de D2 até depois do limite da normalidade que é +120 é desviado para direita (de +120º a -120º) e quando passa de D2 até depois do limite da normalidade de 30º é desviado para a esquerda (+30º a -120º). De 30º até 120º está normal, o ângulo de -120º que determina a anormalidade.
RITMO
Para determinar o ritmo se junta a origem do batimento com a frequência cardíaca, por exemplo bradicardia sinusal significa que a frequência é baixa e que saiu do nó sinusal. Por isso que quando começa o laudo obrigatoriamente começa pela FC e não pelo ritmo. 
 SINUSAL – FISIOLÓGICO
Todo batimento cardíaco sai de algum lugar do coração a primeira célula que despolariza sai do nó sinusal, quando for falar o ritmo tem que ter o nome sinusal como: bradicardia sinusal, ritmo sinusal normal, ritmo sinusal e taquicardia sinusal, quando tem o nome sinusal quer dizer que é um batimento fisiológico e mostra a origem.
· SINUS ARREST – EXCEÇÃO
Ritmo sinusal – se tem uma pausa entre um intervalo e outro, porém é bem pequeno X ritmo sinus arrest – ocorre quando há uma onda P para cada complexo QRS, mas o intervalo entre uma onda P e a outra possui uma pausa igual ou superior ao dobro do intervalo anterior.
 ATRIAL – PATOLÓGICO
Se o batimento sai do átrio esquerdo não é do nó sinusal e sim do átrio, então recebe o nome de atrial. Exemplos: taquicardia atrial e flutter atrial. FC alta indica taquicardia sinusal ou taquicardia atrial, quando for sinusal terá um motivo, por exemplo: dor, correr, medo. Agora se ficou taquicárdico dormindo é taquicardia atrial. Se for dor dá analgésico e depois mede de novo, se for mesmo a FC vai voltar ao normal, taquicardia atrial não oscila e normalmente dá muito alta. Flutter significa flutuar, o flutter atrial é uma condição em que os átrios batem muito rapidamente e de forma regular, quando descobriram viram que a ONDA P parecia uma marola que é uma onda P grudada na outra, o átrio não para fica contraindo sem parar.
· FIBRILAÇÃO ATRIAL – EXCEÇÃO
O átrio bate mais rápido ainda que no flutter atrial, batendo de forma irregular tão rápido que não registra mais no eletro essa onda – sendo uma célula disparando atrás da outra, sendo uma degeneração muito, a onda P é um borrão no eletro. Se tem um DC baixíssimo porque atrapalha o enchimento do coração, a maioria dos animais chegam com uma sintomatologia importante, como incoordenação.
 JUNCIONAL
 
O ritmo juncional ocorre quando o batimento sai do nó atrioventricular, esse nome se dá porque a função do nó atrioventricular é a junção entre átrio e ventrículo.
 VENTRICULAR
Se o batimento sair de alguma célula do ventrículo recebe o nome de arritmia ventricular.
PASSOS PARA DETERMINAR A ORIGEM DO BATIMENTO
1. Procurar se na linha de D2 os batimentos começam pela onda P, se começar pela onda P já é um bom sinal.
2. Analisar se a onda P é para cima (positiva) ou para baixo (negativa), se a onda P for positiva já não pode ser um ritmo ventricular nem juncional, sendo então sinusal ou atrial. 
A onda P é o batimento do átrio, logo, não faz sentido o batimento começar no ventrículo e o átrio bater primeiro, então se é um ritmo ventricular não começa pela onda P. A onda P quando o batimento sai do nó atrioventricular é para baixo, se a onda P for para cima não é do nó atrioventricular – logo não é juncional, e nem do ventrículo. 
3. Se a onda P for positiva, para ver se o ritmo é sinusal ou atrial é utilizada a FC. Se a FC for baixa, é uma bradicardia sinusal – o ritmo, não existindo ritmo atrial bradicárdico, toda vez que for atrial precisa ser taquicardia, sendo obrigatório o ritmo atrial ser proveniente de uma taquicardia. 
4. A FC do cão é de 70 a 160bpm. Se a FC for normal precisa ver a variação, se a variação da FC for menor ou igual a 10% chama-se ritmo sinusal normal. Se a variação for entre 11% a 99% chama-se arritmia sinusal; se a variação for maior ou igual a 100% é ritmo sinusal com “sinus arrest”.
Exemplo: Na frequência cardíaca vai medir o quanto que varia, por exemplo de 81 a 107, vai pegar a menor frequência e somar 10% que vai dar 89, então não pode ser ritmo sinusal normal porque foi até 107, variando mais que 10%. Vamos dizer que a FC fosse de 81 a 85, se somar 10% na menor FC daria 89, significando que a variação foi menor que 10%, então é um ritmo sinusal normal. Depois disso precisa avaliar se chegou a 100%, como 100% é o dobro pega a menor frequência – 81, e multiplica por 2, dando 162, como 107 é menor do que 162 então a variação foi menor do que 100%, sendo então uma arritmia sinusal.
CONTINUAÇÃO AULA 19.03.2020
RESUMO
FC Baixa: Bradicardia sinusal.
FC Normal: 
Variação da FC ≤ 10% - Ritmo sinusal normal 
Variação da FC 11% a 99% - Arritmia sinusal 
Variação da FC ≥ 100% - Ritmo sinusal com “Sinus arrest”
FC Alta: Taquicardia sinusal; taquicardia atrial; flutter atrial – flutuar atrial (parede uma marola), como a onda P representa o átrio, significa que é flutter atrial; e fibrilação atrial – virou “borrão” no lugar da onda P, portanto é fibrilação atrial.
 RITMO JUNCIONAL 
Todo ritmo juncional é bradicárdico, sem exceção, se tiver esse traço, mas não estiver bradicárdico, não se tem ritmo juncional, pois é fisiológico que se tenha frequência cardíaca normal sem a onda P em cães e gatos. Há duas possibilidades, sendo elas:
· ONDA P NEGATIVA
Onda P para baixo, se aparecer negativo não precisa olhar mais nada, significa que é ritmo juncional, ou seja, onda P negativa é ritmo juncional independente do que vem depois.
Quando se tem onda P negativa o animal chega um pouco melhor do quando não se tem onda P – chegando razoavelmente bem. Isso acontece pois o ritmo juncional sai do nó atrioventricular ao invés de sair do nó sinusal, se uma célula do nó atrioventricular que está mandando o estimulo elétrico ela pode mandar apenas para o ventrículo, se isso acontecer aparece sem onda P, o átrio nesse momento fica parado – com isso o ventrículo não enche inteiro, tendo uma frequência lenta e um batimento sem estar repleto, tendo um débito cardíaco muito baixo. Quando se vem com a onda P negativa, além do estímulo descer, ele sobe também indo para o átrio, o nó sinusal irá comandar o ventrículo e o átrio, o animal será bradicárdico, mas o átrio bate e enche o ventrículo, ou seja, embora seja bradicárdico, quando o ventrículo bater ele estará cheio, portanto, o débito cardíaco é um pouco melhor.
· SEM ONDA P
Quando vem em onda P, precisa se ter mais duas coisas para ser juncional, precisando ser bradicárdico e ter complexo QRS e T depois. Quando não tem onda P é mais grave, o paciente tem mais sintomas, chega desmaiando, cianótico.
 RITMO VENTRICULAR
Não tem onda P e o complexo QRS é bizarro, pode-se chamar de bizarro ou de anômalo.
O ritmo ventricular é quando se tem uma célula do ventrículo começando a bater, se for uma célula próxima ao átrio é bem parecido com o normal (imagem 1), agora se for uma célula perto da parede se tem uma onda muito mais bizarra (imagem 2), podendo ainda se ter várias células do ventrículo disparando, misturando essas duas imagens.
Quando tiver ritmo ventricular, tem que contar a frequência cardíaca, se a FC for baixa, é uma frequência idioventricular; se a FC for normal, é ventricular; se for uma FC alta, é uma taquicardia ventricular. Na fibrilação ventricular se tem um borrão em tudo, e não apenas na onda P, se for apenas na onda P seria fibrilação atrial. Fibrilação atrial é uma exceção, pois os ritmos sinusais e atriais possuem onda P positiva, porém na fibrilação sinusal ou atrial se vê apenas o borrão da onda P, sendo o único ritmo sinusal ou atrial que não se tem a onda P.
*ASSISTOLIA: É a ausência de atividade elétrica no coração, trata-se também de uma parada cardíaca, quando se olha os ritmos tem um padrão.

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