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ARRITMIAS Arritmia é quando a origem do batimento muda no meio da história, ou seja, saiu do ritmo. Quando o nó sinusal está batendo em um mesmo ritmo e depois muda por conta de uma outra célula do átrio que não é o nó sinusal. Existem 5 mais frequentes, sendo elas: 1. ARRITMIA APC O nó sinusal só dispara quando o átrio enche, contrações prematuras ocorrem quando se tem uma célula do átrio que dispara prematuramente, fazendo o coração bater antes da hora, APC significa contração atrial prematura, ou chamado também de extra-sístole. Todo batimento prematuro é precoce, sempre vai ser o mais grudado no batimento anterior com uma pausa depois. A primeira onda notada é uma onda P diferente – sendo sempre positiva, porque em algum outro lugar do átrio está disparando. Ocorre quando alguma degeneração do átrio que, por exemplo, inflama e fica sensível, disparando as vezes. 2. ARRITMIA JPC Quando a primeira célula a disparar é uma célula ventricular e tratar-se de uma célula do nó atrioventricular, portanto, é uma contração juncional prematura, a única diferença é que não tem onda P – nem positiva nem negativa, sendo um batimento perto do anterior com um espaçamento do próximo. 3. ARRITMIA VPC Quando a primeira célula a disparar tem origem ventricular trata-se de uma contração prematura ventricular – VPC, não possui onda P e ainda possui um complexo bizarro, sendo junto do anterior e com um espaçamento do próximo. No laudo deve escrever: · Ritmo: Arritmia sinusal · FC: 100 – 150 bpm · Eixo: · D2: · ETC: · OBS: VPC · Conclusão: Arritmia sinusal com VPC 4. ARRITMIA INTERVALO PR (PQ) – BAV 2º A onda P não tem complexo QRS depois, e quando isso acontecer, deve olhar os próximos, se os próximos estiverem normais significa que é um BAV de 2º, pois ele ocorre quando se tem uma transição intermitente sem o batimento do ventrículo, às vezes o impulso não passa pelo ventrículo, tendo onda P mas não possuindo o complexo QRS – tendo que colocar na observação presença de onda P sem complexo QRS. O problema é que, o coração deveria ter batido a quantidade de vezes que aparece a onda P, porém só bate inteiro com o complexo, então o debito cardíaco irá ficar muito baixo, já que, a onda P aparece mais vezes – significando que ele deveria ter batido mais vezes. 5. ARRITMIA INTERVALO PR (PQ) – BAV 3º BAV de 3º ocorre quando não existe mais comunicação entre o átrio e o ventrículo, o átrio gera onda P e o ventrículo o complexo QRS, nesse caso vai haver perda de relação de QRS, o átrio vai ficar batendo – as vezes com um batimento em cima do outro, as vezes com um batimento longe do outro, as vezes encavalam os batimentos no eletro, ou seja, os batimentos ficam desordenados, normalmente o animal fica bem bradicárdico e sem ritmo – arritmia, o melhor tratamento nesse caso é o marcapasso, normalmente o animal chega na clínica com síncope atrás de sincope. TRATAMENTO DAS ARRITMIAS BRADIARRITMIAS TAQUIARRITMIAS Bradicardia sinusal com hipotensão Atriais (os 3) Juncional Ritmo ventricular Idioventricular Taquicardia ventricular BVA’s Fibrilação ventricular - PC’s BRADIARRITMIAS Quando o coração não funciona direito precisando ser estimulado, trabalhando em uma função menor. 1. ATROPINA BOLUS – 3X/5MINUTOS Se aplica (0,044mg/Kg), podendo tentar até 3 vezes com um intervalo de 5 minutos entre uma aplicação e outra, pois a atropina pode demorar até 5 minutos para chegar no sítio de ação, e o fato de dar mais não faz funcionar mais rápido, podendo virar uma taquicardia ventricular caso não se espere esses 5 minutos. 2. DOPAMINA IC Dopamina na dose 5 a 20mg/kg/min em infusão continua caso a atropina não faço efeito, se começa com a menor dose, aumentando de 5 em 5 mg a cada 5 minutos até chegar na dose máxima. Aplicar 10mg/kg. 3. MARCAPASSO O ideal é o marcapassa transcutâneo, porém não é a realidade, tendo apenas no provet para emergência, se não tem marcapasso pula para a quarta etapa. 4. DOPAMINA BOLUS – 1X Quarto passo é a dopamina (0,5mg/kg) em bolus – aplicação, apenas uma vez. 5. ADRENALINA IC Se não funcionar a dopamina em bolus se utiliza a adrenalina na dose 1mg/kg/min ou 0,1mg/kg, como quinto e último passo. TAQUIARRITMIAS O coração ou alguma célula cárdica está hiperestimulada, precisando de inibição. 1. LIDOCAÍNA BOLUS O primeiro passo é a lidocaína em bolus, em cães se aplica 3 vezes a cada 2 minutos; e em gatos se aplica 2 vezes a cada 2 minutos e já puxa diazepam. 2. LIDOCAÍNA IC Segundo passo é aplicar lidocaína em infusão contínua, no cão (25 – 75mcg/kg/min) e no gato ( 10 – 40mg/kg/min), não se tendo um tempo definido para ver resultados, sendo um tempo empírico, esperando a frequência cardíaca cair um pouco, se em 10 a 15 minutos não se uma melhora passa para o terceiro passo. 3. AMIODARONA BOLUS Terceiro passo consiste na aplicação de Amiodarona (5-15mg/kg) bolus. 4. AMIODARONA IC Se não responder passa para o quarto passo, se realiza Amiodarona em infusão contínua. 5. LIDOCAÍNA + AMIODARONA IC Se não funcionar o quinto passo consiste na infusão contínua de lidocaína e amiodarona. 6° SEM ICC – ESMOLOL EM BOLUS IC Se o animal tiver ICC, não se tem mais o que fazer, avisando o tutor que ou se espera para ver se melhora ou ele terá parada cardíaca, ou faz uma cirurgia cauterizando a célula alterada causadora da arritmia, tendo um altíssimo risco e preço, na veterinária não se tem ninguém fazendo no momento. Se o animal não possuir ICC se usa esmolol em bolus e em infusão contínua, que é um beta bloqueador da família do etanol, sendo a última opção sempre a cirurgia. O esmol é raríssimo ter por ser muito caro para a veterinária, por ser raramente utilizado devido ao protocolo todo que tende a ser seguido. CONTAS EXEMPLOS DE BOLUS Peso x Dose Q = ---------------- Concentração *Resultado em mL · ATROPINA 0,044mg/kg 0,25mg/mL Q = P x D / [] Q = 8 x 0,044 / 0,25 Q = 1,4mL · LIDOCAÍNA 4mg/kg 2% Q = P x D / [] Q = 8 x 4 / 20 Q = 1,6mL · DOPAMINA 0,5mg/kg 50mg/10mL Q = P x D / [] Q = 8 x 0,5 / 5 Q = 0,8mL EXEMPLOS DE INFUSÃO CONTÍNUA Peso x Dose Corrigida x Tempo Q = ------------------------------------------ Concentração *Resultado em mL Dose corrigida e tempo - corrigir a dose é corrigir a unidade, ou seja, transformar minuto em hora (x60) e micrograma em miligrama (divide por mil). · LIDOCAÍNA 2% Dose 50mcg/kg/min Peso 10kg Tempo 5 horas Frasco de 100mL 1. A dose é 50 mg/kg/min, primeiro corrige minuto para hora, portanto, multiplica por 60. 50 x 60 = 3.000 2. E depois de micrograma para miligrama deve dividir por mil. 3.000 / 1000 = 3 mg/kg/h 3. Coloca tudo na fórmula – Q = Peso x Dose Corrigida x Tempo / Concentração 10 x 3 x 5 / 20 = 7,5 mL Pegou um soro de 100 ml e deve acrescentar 7,5 ml, portanto, retira 7,5 ml do soro para colocar 7,5 ml de lidocaína no soro.
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