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Fármacos Vasoativos - Emergência Veterinária

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02.04.20 – Aula 06: Fármacos vasoativos 
 
INTRODUÇÃO 
Ao falar de fármaco vasoativo deve lembrar que toda vez que pegar um animal hipotenso, 
precisa fazer obrigatoriamente primeiro a prova de carga e se não responder, fazer o inotrópico 
e se não responder faz vasoconstrição – que são fármacos vasoativos. Assim como quando o 
animal está hipertenso irá vasodilatar e também é fármaco vasoativo. 
 
São substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos. Os 
efeitos podem ser diretos ou indiretos, atuando em pequenas doses e com resposta dose-
dependentes com efeito rápido e curto, através de receptores situados no endotélio vascular. 
Se tiver qualquer efeito vascular, será denominado fármaco vasoativo. 
 
 Diretos: Medicação que atua direto no receptor, como a dobutamina vai no receptor B-
1 do coração e aumenta a força de contração. Vai no receptor, situado no endotélio 
vascular e exerce o seu efeito, ou seja, vai no receptor alfa e faz vasoconstrição. 
 Indiretos: Medicação que aumenta neurotransmissor e o neurotransmissor que atua no 
receptor, como por exemplo um medicamento que aumenta a noradrenalina e é a 
noradrenalina que vai no receptor, o efeito é indireto. Outro exemplo é quando aplica 
efedrina e ela aumenta a noradrenalina e a noradrenalina vai no receptor do coração, 
não sendo direto o fármaco que atua no receptor, ele aumenta a noradrenalina para 
assim ela ir fazer efeito. 
 
Deve dar uma dose pequena e ir aumentando de acordo com a dose que quer, o efeito é rápido 
– é para emergência, mas se parar de fazer acaba rapidinho pois, o efeito é curto. 
 
 
SIMPATOMIMÉTICOS 
Efeitos dos principais agentes simpatomiméticos sobre os parâmetros que regulam o débito 
cardíaco. 
Se tem um paciente hipotenso primeiro obrigatoriamente faz fluidoterapia para tentar melhorar 
a pré-carga – tratando problemas de volume circulante, caso não resolva, deve mexer na 
contratilidade – com o uso de inotrópico, se não resolver faz vasoconstrição para melhorar a 
pressão, ou se a pressão estiver alta pode trabalhar direto na pós-carga fazendo vasodilatação. 
Tirando a situação de quando trabalha na pré-carga que é volemia que é fluidoterapia, todos os 
outros mecanismos são fármacos vasoativos, seja o que mexe na contratilidade ou faz 
vasoconstrição ou vasodilatação. 
 
DIFERENTES TIPOS DE RECEPTORES, SUA LOCALIZAÇÃO E EFEITOS 
Não usa o receptor dopaminérgico tipo I e II, nem beta 2 e nem alfa 2. Devendo ser necessário 
saber as informações importantes, que há dois receptores uteis. 
 
 Beta 1: Está no coração e aumenta a contratilidade cardíaca. Atua também na 
frequência e velocidade de condução 
 Alfa 1: Está nos vasos sanguíneos, faz vasoconstrição e aumenta a pressão. 
 
Ao tratar um paciente deve saber então, se quer ter o efeito cardíaco ou de outros vasos 
sanguíneos, por exemplo, o coração que bate fraco é necessário estimular o receptor beta 1, e 
o paciente que está vasodilatado deve estimular o receptor alfa 1. 
 
DOENÇAS E CONDIÇÕES QUE ALTERAM A DENSIDADE DOS RECEPTORES NAS CÉLULAS 
Nem sempre irá dar certo quando fizer o tratamento certo pois: 
 
 
 
ICC: Um animal com ICCE, teve degeneração de mitral, começou a ter sopro e de repente entrou 
em edema pulmonar, no tratamento do edema é necessário vasodilatar e aumentar o efeito de 
bombeamento cardíaco – fazer o coração bater mais forte. Para fazer o coração bater mais forte 
deve administrar medicamento que atua no beta 1, na ICC ele irá funcionar bem pois, nessa 
doença os receptores betas estão aumentados, a hora que der a medicação o paciente irá 
responder super bem. 
 
Hipotireoidismo: A maioria dos pacientes tem receptor beta diminuídos por isso são mais 
bradcardico, com menos tônus muscular e tendem a desenvolver cardiomiopatia dilatada pois, 
não estimulam direito o receptor beta 1 por falta de receptor. Se não tem receptor o animal 
está com cardiomiopatia dilatada, ou seja, o coração está batendo fraco, para resolver o 
tratamento deve estimular o beta 1, ou seja, irá precisar de dose alta, mas não irá funcionar 
bem, portanto, em algumas doenças a resposta não é boa, mas o tratamento é o mesmo. Isso 
significa que terá que estimular o efeito do beta 1, dependendo da doença irá funcionar bem ou 
não pois, tem doença que aumenta ou diminui receptor. Irá tratar com hormônio tireoidiano, 
mas ele não começa a funcionar na hora, demora alguns dias, além disso, a mesmo se tratar o 
hipotireoidismo o animal irá continuar com a cardiomiopatia dilatada – já teve a sequela. 
Alguns morrem tão rápido que não dá tempo de fazer efeito o hormônio, e o segundo risco que 
é importante é que as vezes o grau de dilatação cardíaca é tão grande que a musculatura não 
tem força para trabalhar, sendo pacientes com prognostico pior. 
 
Nem sempre que tratar certo irá dar certo pois, as vezes é doença que impossibilita o 
paciente de ficar bem com o tratamento certo, mas o tratamento continua sendo o mesmo. 
 
OBS: Não pode estimular o alfa 1 pois, faz vasoconstrição e um cão com o coração fraco, irá piorar. 
Sidenafil só mexe na circulação pulmonar, não resolve o problema. 
 
Sepse: É difícil controlar pressão pois, tem menos receptor alfa. O paciente vasodilata, a pressão 
caí muito. Primeiramente irá fazer fluido, mas ele não melhora bem, devendo tentar inotrópico 
– não melhora também já que não é o problema, por último faz vasoconstrição com estimulo 
do alfa, mas o paciente fica refratário, ele não melhora pois, não é falta de estimulo e sim de 
receptor, esses pacientes são muito difíceis de estabilizar. 
A hora que diminui a ação do alfa, irá fazer uma grande vasodilatação, fazendo com que a pressão cai 
muito, ao fazer um monte de fluido e inotrópico ele não irá melhorar, e na hora que faz vasoconstrição 
ele não faz direito, sendo muito difícil estabilizar na sepse. 
 
Isquemia miocárdica: Irá aumentar o alfa e diminuir o beta, o que é péssimo. Quando tem 
infarto, a recuperação é complicada pois, quando tem uma área de infarto que gera isquemia 
no miocárdio o receptor beta irá diminuir – o paciente tem o coração batendo fraco, e o receptor 
alfa aumenta – o paciente faz vasoconstrição. O coração batendo fraco e o vaso pequeno, 
exigindo que o coração faça mais força, a tendência natural é que o paciente pare, que tenha 
uma parada cardíaca. Para esse paciente tem que usar um vasodilatador associado com 
inotrópico, para arrumar o que está acontecendo com os receptores. 
 
O tratamento é o mesmo, mas tem pacientes que respondem de forma diferente, se tem um 
paciente com doença que aumenta receptor, a tendência é que responda muito bem ao 
vasoativo, se tem uma doença que diminui receptor, há uma grande tendência de o paciente 
não responder ao fármaco vasoativo – nem sempre que tratar certo irá dar certo. 
 
PRINCIPAIS CATECOLAMINAS E SEUS EFEITOS NOS DIVERSOS RECEPTORES ADRENÉRGICOS 
Bloqueia o alfa 1, quando bloqueia irá vasodilatar. Quando quer que o coração bata mais fraco 
usa os betabloqueadores, que irão bloquear o receptor beta 1. 
 
 
Edema pulmonar: Precisa fazer inotropismo positivo – fazer o coração bater mais forte, mas não 
pode fazer vasoconstrição, o melhor medicamento é a a Isoprenalina pois, tem uma ação forte 
beta 1 e tem zero de efeito no alfa 1 – que é vasoconstrição. Caso não tenha, a segunda opção 
é Dobutamina. A Dopexamanina é fraca no beta, não adianta estimular apenas um pouco. 
 
Na veterinária se tem mais dobutamina, então quando quer agir só no coração uma 
excelente escolha é a dobutamina. 
 
Sepse: A sepse piorou muito a contratilidade cardíaca, ou seja, o coração está batendo fraco e 
vasodilatou demais, precisa então melhorar o cardíaco e fazer vasoconstrição. Os fármacos 
indicados são Norepinefrina, Epinefrina (adrenalina) e Dopamina – pode ser qualquer um dos 
3, pois atuam tanto no beta 1 quanto alfa 1. 
 
Não é necessário se preocuparcom o que acontece no receptor dopa, nem beta 2 e alfa 2, o 
foco é totalmente receptor beta 1 e alfa 1. 
 
 
MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADOS – SÃO 4 
 
DOPAMINA – desuso 
É hoje o fármaco vasoativo mais utilizado no mundo, mas é o pior. Usam bastante pois, atua 
muito rápido e em dose baixa é beta adrenérgico – irá fazer inotropismo positivo, se dobrar a 
dose passa a ter efeito alfa adrenérgico também de forma potente – faz vasoconstrição. 
 
Age rápido, dose pequena trata inotropismo, se aumentar a dose faz vasoconstrição. 
 
Teoricamente, ao chegar um animal hipotenso, há veterinários que primeiro faz fluido, não 
resolveu com teste de carga, faz a dopamina em dose baixa, se não resolver dopamina em dose 
alta, fazendo os 3 tratamentos corretos – fluido, inotrópico e vasoconstrição. É o pior pois tem 
3 problemas, se o cateter sair da veia e for extravascular irá necrosar onde for a medicação, 
porém, os maiores problemas são que, a dopamina é fraca, ele estimula, mas não é um estimulo 
muito potente, e está associado ao aumento de arritma – aumenta taxa de mortalidade. 
Vários pacientes hipotensos melhoram a pressão, mas faz arritmia, sendo obrigado a retirar. Se 
tratar hipotensão com dopamina, tem a mortalidade um pouco maior do que com outros 
fármacos vasoativos, tanto no beta quanto no alfa ela é mais fraca. 
 
Aumenta a taxa de mortalidade pelo risco de arritmia. 
 
É mais utilizado pois, é o mais barato. No Brasil os fármacos vasoativos são baratos – com 
exceção da vasopressina, fora do Brasil, os fármacos vasoativos são muito caros, principalmente 
nos EUA, portanto, irá tentar dobutamina primeiro e se não responder muda para um mais caro. 
No Brasil não tem o porquê usar a Dopamina primeiro, já que, tem maior mortalidade para 
depois tentar um que tem maior taxa de sucesso, pensando que não tem tanta diferença 
financeira, mas ainda é o mais utilizado pois, as pessoas gostam de falar que a clínica faz o 
mesmo protocolo do exterior, “copiando” as coisas ruins. 
 
Só usa em caso de hipotensão discreta, se for algo mais grave não usa pois, aumenta a taxa 
de mortalidade dos pacientes. 
DOBUTAMINA 
É o mais forte beta que se tem, sendo ótimo para os cardiopatas, mas quase não tem efeito alfa. 
Pode usar se tiver uma paciente que caiu a pressão, e não respondeu a fluido e quer um primeiro 
medicamento para testar se vai responder pois, ela faz bem forte a primeira coisa que tem que 
fazer com o fármaco vasoativo, que é estimular o coração – fazer inotrópico, sendo o mais forte 
inotrópico que tem. 
Faz o coração bater mais forte e assim aumentar a pressão arterial. 
 
Se o problema vasodilatação, a dobutamina não irá resolver – hipovolemia, mas se for cardíaco 
a chance de ela resolver é a melhor. 
 
É bom em caso de cardiopata, hipotenso que já fez teste de carga. Só é ruim em duas situações, 
sendo no caso de quando tiver um paciente que está vasodilatado demais, não irá responder e 
também não irá funcionar para tratamentos alongo prazo, ou seja, deve ser tratado em horas, 
se passado para o segundo dia de infusão de dobutamina, ela irá diminuir o seu efeito, não 
funcionando para tratamento a longo prazo. 
 
Hipotensão: Primeira escolha é a fluidoterapia, se não respondeu a fluido deve fazer um bom 
inotrópico e uma excelente alternativa é a dobutamina. 
 
o Meia vida: 2 minutos 
o Efeito máximo: 10 minutos 
o Infusões prolongadas perdem efetividade 
o 2-15 mcg/kg/min – Beta-adrenérgico 
 Inotropismo positivo 
 Vasodilatação discreta 
 
Quando a dobutamina não resolveu, a próxima alternativa é administrar noradrenalina. 
 
NORADRENALINA 
É a mais potente que tem, sendo muito boa, porém, até uma determinada dose, se tiver que 
subir muito a dose ela não fica boa. Em doses muito altas, ela começa a ser muito potente em 
receptor alfa adrenérgico, faz muita vasoconstrição, cortando a perfusão de vários órgãos 
importantes, podendo gerar isquemia de alguns órgãos, principalmente a pele, intestino ou rins. 
Se gerar isquemia renal, irá ter falência renal, do intestino irá ter necrose intestinal, sendo 
extremamente ruim, devendo tomar muito cuidado. 
 
Em algumas situações precisa de potência e em outras situações irá causar muita 
vasoconstrição, piorando o quadro do paciente. Portanto, a noradrenalina é muito boa até 
determinadas doses, quando precisa usar deve fazer uma dose muito pequena 0,1 mcg/kg/min 
e vai subindo a cada 2 minutos 0,1, para tentar achar a melhor dose que precisa. 
 
PROGNÓSTICO 
 Bom: < 0,5 micrograma/kg/min. 
 Reservado: 0,5 – 1 mcg/kg/min. 
 Ruim: > 1 mcg/kg/min 
 
Muitas vezes, ao optar primeiramente pela noradrenalina, associa a dobutamina junto, para 
forçar bastante o coração, não gerando tanta isquemia. 
 
Faz a dobutamina para forçar bastante o coração, e faz noradrenalina – precisará de dose menor, 
não causando tanto isquemia. Outra alternativa é entrar com efedrina pois, ela não funciona 
como se fosse uma “pancada” de noradrenalina, ela só irá aumentar a liberação de 
noradrenalina que já tem no corpo, portanto, tem uma resposta menos agressiva, continua 
sendo forte, mas não é tão forte como a noradrenalina, funcionando muito bem. A medicação 
que mais substitui a dopamina é a efedrina. 
 
NORADRENALINA QUANDO OS CASOS FOREM MAIS GRAVES. 
 
Pode usar a noradrenalina em dose baixa, mas se precisar subir muito a dose é melhor associar 
com dobutamina junto para trabalhar com doses menores. 
 
Paciente hipotenso: A ordem que se faz é fluidoterapia, dobutamina, efedrina e noradrenalina. 
E ao fazer noradrenalina muita gente associa com dobutamina. 
 
Paciente cardíaco: Faz dobutamina, se não tenta efedrina e se não der certo faz noradrenalina, 
ou faz fluidoterapia, dobutamina, efedrina e só depois noradrenalina. Pode fazer a 
noradrenalina direto, desde que não precise de uma dose tão alta, apenas se respondeu à uma 
dose baixa, então se tiver que aumentar muito a dose, deve associar com a dobutamina. 
 
Paciente diabético: A liberação de noradrenalina, tem relação direta com a liberação de insulina, 
então alguns endocrinologistas são contra a utilização de nora para diabético, preferem que usa 
outra coisa, mas toda vez que outro fármaco não funcionar irá ter que usar noradrenalina, só irá 
dizer que um paciente não responde ao vasoativo após tentar a nora. Além do que, à longo prazo 
pode gerar esgotamento ainda maior do pâncreas, portanto, tem gente que não gosta de usar 
noradrenalina em paciente diabético, mas ainda não tem um consenso sobre isso. 
 
Só não usa a noradrenalina antes da efedrina pois pode dar o pico de vasoconstrição. 
 
 
ADRENALINA 
É a última opção, sendo uma péssima escolha pois, lesa demais os tecidos, é o mais potente de 
todos, mas tem muito efeito colateral, só é utilizado em 3 situações: 
 Parada cardíaca: É feito em bollus. 
 Choque anafilático: É boa pois, precisa de uma resposta imediata por conta do edema 
generalizado, ao fazer adrenalina irá fazer vasoconstrição na hora, sendo o máximo de 
estimulo que pode dar, evitando talvez um edema generalizado. 
 Caso não tenha nenhum outro fármaco vasoativo 
 
É extremamente potente, ao mesmo tempo que causa um estimulo muito grande, tem bastante 
efeito colateral tecidual, tem muita área de hipóxia tecidual, sendo os lugares que mais sofrem 
o rim, pele, intestino e coração, e depois em menor escala o fígado e pulmão. 
 
Em caso de hipotensão é infusão continua e em de reanimação a dose é de 1 ml para cada 10 
kg, nunca é dada sozinha, seringa de 10 ml – colocar 9 ml de soro e 1 ml de adrenalina. 
AMRINORE – não cai 
O Amrinore ou o milroninone raramente tem, mas funcionam bem quando a dobutamina para 
de funcionar, se tem um cardiopata que a dobutamina parou de funcionar pode usar qualquer 
um dos dois. Outra situação clinica que é muito importante é quando o paciente tem 
esgotamento cardíaco, como em caso de pessoassedentárias que são incentivadas a correr e 
levam o cachorro, a pata do cão é muito mais curta, ao acelerar a corrida, irá fazer o animal se 
exercitar mais, além de deixar o cão amarrado no sol, o cão estar com a pata no solo quente, 
pedalando no parque com o cão na coleira. Por conta disso, chega muito animal com 
hipertermia, com os coxins soltando e sangrando e animais com muita exaustão, a grande 
maioria vem à óbito. 
 
Problema de exaustão: O cão vai correr e vai ficando muito taquicárdico – está se esforçando 
muito, chega uma hora que fica tão taquicárdico e para de encher pois, não tem tempo de 
encher, o coração começa a bater vazio, caindo o DC, e a para tentar manter a pressão faz 
vasoconstrição, sendo um problema pois, o cão está no sol e muitas vezes não está bebendo 
agua direito – hipovolêmico com pré-carga ruim, o coração bateu muito e não aguenta mais 
ficando exausto – contratilidade ruim, e a pós-carga esta aumentada pois está com dificuldade 
de sair o sangue já que está com vasoconstrição, por consequência o cão desmaia, mas os que 
tem doença de base já vem à óbito. 
Tratamento: Fazer fluidoterapia e proteger o coração ao máximo, o Amrinore ou o 
milroninone são os melhores protetores cardíacos que tem pois, eles melhoram a contratilidade 
do coração e vasodilata, e ao fazer a vasodilatação o coração consegue bombear o sangue com 
menos dificuldade, conseguindo estabilizar esse paciente. Em humano usa para pós infarto. 
 
Resumindo: A dopamina se puder evitar é bom – usa do em casos discretos de hipotensão, 
dobutamina para cardiopata ou em uma tentativa inicial, efedrina pode substituir a dopamina 
no primeiro momento – é mais fisiológico, mas se quiser potência pode ir direto noradrenalina, 
só que se começar a subir muito a dose de noradrenalina irá pior muito o prognostico, sendo o 
ideal associar a dobutamina para diminuir a dose da noradrenalina. A adrenalina deve evitar, só 
devendo usar em 3 casos, sendo em caso de parada cardíaca, choque anafilático e caso não 
tenha outro fármaco vasoativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASODILATORES VASOATIVOS 
Os vasodilatadores irão inibir o receptor alfa, então ele irá vasodilatar, ou seja, agem inibindo 
os receptores, bloqueiam o receptor alfa e não agem estimulando receptor. 
 
MELEATO DE ENALAPRIL 
Os vasodilatadores mais utilizados na veterinária são os inibidores da ECA, sendo um exemplo o 
maleato de enalapril – o mais prescrito. É o vasodilatador mais empregado na medicina 
veterinária em clínica, não serve para emergência pois, ele demora para funcionar e é fraco. O 
inibidor de ECA demora 3 dias para começar a funcionar, seu pico de ação demora 15 dias e não 
abaixa a pressão em nem 50% dos casos, sendo uma péssima escolha para emergência – a 
chance de dar certo é quase zero. 
 
o Alta latência e potência reduzida. 
o Melhor para tratar casos não emergenciais. 
 
 
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA EMERGÊNCIA 
 
ISOSSORBIDA 
É um vasodilatador que é encontrado em qualquer farmácia, então se não tiver na clínica é fácil 
encontrar. A administração deve ser feita com comprimido meio comprimido ou ¼ e absorve de 
forma sublingual – já começando a tratar, não precisando fazer o paciente engolir. 
 Vasodilatador misto, pois dilata artéria e veia. 
 Inibidor de receptor alfa – adrenérgico. 
 Dose empírica: ¼ a ½ - 5 mg – sublingual 
 
Não é que é a primeira escolha por ser o melhor, mas já é uma escolha pois, todo mundo tem a 
possibilidade de comprar em qualquer horário, começando a medicar o animal rapidamente. Só 
irá fazer Isossorbida caso não tenha um melhor, sendo eles a Hidralazina e Amlodipina. 
 
HIDRALAZINA 
As melhores escolhas são Hidralazina e a Amlodipina, mas a Amlodipina tem menos risco de 
hipotensão. A Hidralazina é mais potente na vasodilatação, por esse motivo ela pode causar 
hipotensão no paciente. 
O melhor é começar com Amlodipina ou Hidralazina, e caso não tenha, dar o Isossorbida. 
 Antagonista adrenérgico 
 Bastante seguro 
 Ação rápida 
 Pode ser prescrito também no tratamento contínuo 
 
 
MEDICAMENTO DOSE 
Amlodipina 
Cão: 0,1 – 0,25 mg/kg 
Gato: 0,625 mg/gato 
 
Hidralazina 
Cão: 0,5 – 2 mg/kg 
Gato: 2,5 mg/gato 
 
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO 
Caso não dê certo a Amlodipina ou a Hidralazina, deve fazer o nitroprussiato. É o vasodilatador 
mais potente, irá funcionar em todos os casos, é utilizado em último caso, ou seja, casos que 
administra Hidralazina/Amlodipina e a pressão não baixa – hipertensão, e nem com Isossorbida. 
 Vasodilatador misto: arterial e venoso 
 Período de latência de 2 minutos 
 Dose: 1 – 5 mcg/kg/min em infusão continua, em bolus mata na hora. 
 
É tão potente que se errar a dose mata o paciente. É um fármaco fotossensível, precisa de 
equipo especial – equipo laranja, além do que, precisa monitorar a ação dele o tempo todo. É 
um medicamento que dá muito trabalho, ao mesmo tempo que ele é potente, exige uma 
monitoração muito grande. 
Embora seja um medicamento bom, dá para usar na UTI – que tem um médico monitorando um 
único paciente o tempo todo, mas no caso de uma internação com vários pacientes para um só 
médico, não é bom usar. 
 
Por ele ser muito potente, a pressão pode ir para zero – hipotensão severa, por esse motivo 
não é o de primeira escolha. 
 
 
Resumindo: Vasodilatador nunca deve usar inibidor de ECA em emergência, caso não tenha 
nenhum vasodilatador na clínica pode comprar Isossorbida na farmácia, como melhor escolha 
caso tenha é Amlodipina ou Hidralazina, e se elas não funcionarem deve administrar 
nitroprussiato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OXIGENIOTERAPIA 
COMO SUPLEMENTAR OXIGÊNIO 
Como pode fazer oxigênio em animais em ambulatórios – ambiente hospitalar, e não paciente 
entubado. 
 
MÁSCARA 
Para mascara ser efetiva não adianta ser a máscara humana, é necessária uma máscara 
específica, que tem o formato de um cone com uma borracha em volta. A máscara humana 
dilata muito o estômago, causando muita aerofagia, além do que, a máscara tem um elástico 
que é possível amarrar na cabeça do ser humano, fazendo com que vede o ar – começando a 
funcionar e muitas vezes as pessoas não seguram as máscaras adaptada na boca do cachorro, e 
não adianta colocar pertinho, isso não irá servir para nada pois, só ter um pouco de ar não é o 
suficiente. 
 
No cachorro braquiocefálico é pior ainda pois, ele não respirar bem de boca fechada e para 
mascara adaptar certo na face, é necessário ser que ela seja apertada, então o animal precisa 
fechar a boca – e eles odeiam. 
Outro erro muito comum na utilização de máscara, é não calcular a dose do oxigênio – fazendo 
tudo empírico pelo barulho do fluxômetro, ou seja, ao abrir um pouco e fazer pouco barulho é 
pouco, se fizer muito barulho significa que é muito, procurando o meio termo do barulho. Mas 
o oxigênio é como um remédio – igual soro, precisa ser calculado a dose, e o fluxo de oxigênio 
no fluxômetro é de 100 – 200 ml/kg/min, portanto, em um cão de 10 kg irá tomar de 1 – 2 litros 
na máscara. 
 
A maior dificuldade é o cachorro aceitar a máscara, não adianta colocar só perto da narina 
pois, não é o suficiente. 
 
 Muito limitado o seu uso 
 Fluxo: 100 A 200 mL/kg/min: Um cão de 10 kg irá utilizar de 1 a 2 L. 
 
A máscara é boa para paciente que tem déficit de consciência, quando chega um animal que 
teve uma síncope ele irá aceitar a máscara, como um animal que chegou com trauma craniano 
ou que está muito mal – largado, irá aceitar bem a máscara, sendo então viável. Mas para um 
paciente muito agitado ela não é tão boa assim. 
 
CATETER NASAL 
É muito eficiente, sendo uma técnica que depois de colocado o cateter, o paciente irá ficar muito 
confortável, o que dá trabalho é colocar. O nariz do cão é angulado – machuca e incomoda o 
cateter de humano, por regra faz cateter nasal comsonda uretra, pode fazer unilateral ou 
bilateral – mais eficiente. Podendo fazer primeiro unilateral e caso o animal não responda, fazer 
bilateral. 
A primeira coisa a se fazer é medir a distância do focinho até o olho para saber o quanto de 
sonda irá colocar, não podendo entrar nem menos e nem mais, colocar só a pontinha não 
resolve pois, se coloca menos volta o ar pelo nariz, se colocar mais faz muita aerofagia e seca a 
garganta do animal, ele fica desesperado tentando umidificar. Caso colocar a sonda inteira vai 
para o esôfago – o estômago fica inchado. Para saber qual o número da sonda, deve fazer 
metade do diâmetro da narina. 
Tem animal que não aceita colocar, então deve anestesiar colocando um pouco de lidocaína ou 
colírio anestésico e pingar no nariz, deixando a cabeça do animal posicionada um pouco para 
cima, ao sentir o gosto na garganta – fazer cara feia (gosto de remédio na boca), significa que 
anestesiou, colocando então a sonda. Deve colar com super bonder no pelo da testa e logo 
acima da cabeça, ambos no pelo – ao puxar o pelo irá sair sem problema nenhum, devendo 
tomar cuidado para não pegar na pele pois, as vezes pode não crescer pelo ficando uma falha 
feia – tutor reclama. 
 
Se o animal chegar com caso de trauma craniano não pode colocar cateter nasal pois, se o 
animal espirrar ele pode ter uma parada cardíaca, já que, chacoalha a cabeça e dá um pico de 
pressão intracraniana podendo luxar o cerebelo, normalmente usa a máscara. 
 
No braquiocefálico não dá as vezes nem 1 cm a distância do focinho até o olho, não existindo 
tamanho de sonda para colocar no nariz, utilizando o colar. 
 
 Muito eficiente 
 Fluxo: 0,5 a 3 L/min 
 Cuidado com estresse durante colocação 
 
O quanto coloca de oxigênio no cateter nasal, deve colocar na sonda mais fina que tem – é a 
número 4, coloca 0,5 L e para cada tamanho de sonda que aumenta, aumenta mais meio litro, 
ou seja, a sonda 4 é 0,5 L, a 6 é 1 litro e assim vai. Para cada tamanho de sonda que aumenta, 
aumenta em 0,5 litro o fluxo. 
 
COLAR PROTETOR FILMADO 
É um colar com filme plástico, sendo uma excelente alternativa para os braquiocefálicos. Deve 
passar o filme plástico e deixar uma “janela” em cima. Deve colocar a mangueira do oxigênio 
pela coleira – pela parte de baixo, ao colocar irá criar um capacete de oxigênio, o animal irá 
conseguir respirar dentro de um local que está lotado de oxigênio, mas o ar que está entrando 
novo é mais frio, então o ar novo frio fica bem embaixo perto do focinho, e quando ele expira, 
o ar que expira é quente, então ele sobe e vai embora, portanto, o CO2 vai embora e o oxigênio 
fica embaixo. 
 
 Bastante eficiente 
 Cuidado com animais que estressam 
 Não usar em pacientes hipertérmicos 
 
Não tem uma dose explicita, irá fazer o oxigênio e colocar um algodão na ponta bem fininho, se 
o algo mexer significa que tem fluxo de oxigênio continuo e está bom. 
 
Animais hipertérmicos não podem usar essa técnica pois, ela aumenta a temperatura do 
cachorro, portanto, se usar em um cão com crise de hipertermia ele não irá ficar bom, a 
temperatura irá aumentar ainda mais. 
 
 
 
 
 
GAIOLAS 
A última opção são as gaiolas, o ideal são gaiolas apropriadas para oxigenioterapia ou as 
incubadoras pois, tem como controlar a temperatura dentro, sendo bem eficientes. 
 
Não pode ser usada no momento que vai manipular muito o animal, ou seja, paciente que 
chegou com edema pulmonar irá ter vários procedimentos para fazer como, pegar acesso, medir 
pressão, fazer furosemida, não adianta colocar na gaiola e deixar aberta, e não dá para 
manipular o animal com ela fechada. Usa muito em casos que já aplicou furosemida, fez 
medicação e mediu pressão e deve esperar 2 horas para o animal produzir urina, deixa então o 
animal na gaiola de oxigênio – estressa menos. 
Em casos de que por exemplo, o gato chegou um pouco cianótico e irá dar uma pré oxigenada 
nele antes de tirar da caixa, nesse caso é eficiente. 
 
As gaiolas especificas e a incubadora funcionam por longo período, mas são caras pois, irá 
precisar de muito oxigênio. Existem as “gambiarras”, caixa de transporte, baia que coloca 
esparadrapo nos furos da porta, tapoer, entre outros, esses métodos irão funcionar por curto 
período de tempo – 1 hora, a longo prazo é péssimo pois, começa a esquentar de uma forma 
absurda, e a hora que esquenta o animal começa a ter dificuldade respiratória ainda maior, e 
gasta mais oxigênio, piorando o quadro do paciente – caso da sauna humana que a maioria fica 
desconfortável, sendo o caso dos cães e gatos, começam também a ficar pois, o calor úmido 
causa muito desconforto respiratório. Isso nas improvisadas pois, nas especificas elas possuem 
controle térmico, irão refrigerar para isso não acontecer. 
 
Ao esquentar algo de plástico, o plástico começa a liberar substancias toxicas como fumarato, 
que obviamente irá aumentar o processo inflamatório. O ideal é usar plástico tapoer pois, ele já 
foi feito para esquentar e não liberar substâncias toxicas, mas a caixa de transporte e plástico 
de lixo para colocar em volta de alguma coisa para vedar, esses plásticos são muito ruins e libera 
muita substância toxica que aumenta a inflamação das lesões corporais, então o animal inala as 
toxinas do plástico e o processo inflamatório da doença aumenta, relacionados à piora de 
prognostico. 
 
Resumindo: Pode oxigenar na “gambiarra”, de preferência com plásticos de melhor qualidade 
e de grandes, por um curto período de tempo, exceto se estiver usando equipamento especifico, 
porque pode usar por longos períodos. 
 
Serve para pacientes que não irá mexer no momento. 
 
 Não usar em pacientes hipertérmicos 
 Caro 
 Ao abrir a porta efetividade se torna nula 
 Benéfico em pacientes que não permitem manipulação

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