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Taynah Pinheiro | TVC Medicina Sinaps� ● DEFINIÇÃO - A sinapse é uma junção especializada onde uma parte do neurônio faz contato e se comunica com outro neurônio ou tipo celular. - A informação flui geralmente em uma única direção, partindo do neurônio (pré-sináptico) até sua célula-alvo (pós-sináptica). ● TIPOS DE SINAPSES 1. Sinapses Elétricas - Permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. - As sinapses elétricas ocorrem nas junções comunicantes: sítios especializados. Na junção comunicante, as membranas celulares são separadas por uma distância de apenas 3 nm, e essa estreita fenda é atravessada por conjuntos de proteínas específicas, denominadas conexinas. - Dois conéxons, um em cada membrana, combinam-se para formar o canal da junção comunicante. Esse canal permite que íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o citoplasma de outra. → As sinapses elétricas são bidirecionais, pois, a maioria das junções comunicantes permitem que a Taynah Pinheiro | TVC Medicina corrente iônica passe corretamente em ambos os sentidos da junção comunicante. 2. SINAPSES QUÍMICAS - A maioria da transmissão sináptica no sistema nervoso humano maduro é química. Componentes da sinapse química: 1. Fenda sináptica 2. Elemento pré-sináptico 3. Vesículas e acoplamento com a membrana para liberação do neurotransmissor 4. Receptores pós-sinápticos 5. Neurotransmissores 6. Mecanismos de recaptação do neurotransmissor - As membranas pré e pós-sinápticas nas sinapses químicas são separadas por uma fenda – a fenda sináptica – com largura mais larga do que a fenda de separação nas junções comunicantes. A fenda é preenchida por matriz extracelular de proteínas fibrosas, que mantém a adesão entre as membranas pré e pós sinápticas. - O lado pré sináptico geralmente é um terminal axonal que contém dúzias de vesículas (esferas envoltas por membrana, contendo os neurotransmissores, que são as substâncias químicas utilizadas na comunicação com neurônios pós sinápticos). → Zonas Ativas: sítios de liberação dos neurotransmissores. → Densidade pós- sináptica: contém os receptores pós-sinápticos, que convertem os sinais químicos inter- celulares (i.e., neurotransmissores) em sinais intracelulares (i.e., uma mudança no potencial de membrana ou uma mudança química) na célula pós-sináptica. 2. 1. SINAPSES QUÍMICAS NO SNC No SNC, os vários tipos de sinapse podem ser diferenciados pela parte do neurônio que serve de contato pós-sináptico ao terminal axonal. → Sinapse axodendrítica: a membrana pós sináptica está em um dendrito. Taynah Pinheiro | TVC Medicina → Sinapse axossomática: a membrana pós sináptica está no corpo celular. → Sinapse axoaxônica: a membrana pós sináptica está em outro axônio. 2. 2. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR As sinapses químicas que ocorrem entre axônios de neurônios motores da medula espinhal e o músculo esquelético são chamadas de junções neuromusculares. Nessas sinapses, a membrana pós sináptica é chamada de placa motora terminal e contém várias dobras na superfície. Taynah Pinheiro | TVC Medicina ● PRINCÍPIOS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA QUÍMICA 1. A liberação de neurotransmissores é desencadeada pela chegada de um potencial de ação ao terminal axonal. A despolarização da membrana do terminal causa a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem nas zonas ativas. 2. Ca2+ inundará o citoplasma dos terminais axonais assim que os canais sejam abertos. 3. A elevação resultante na [Ca2+] é o sinal que causa a liberação dos neurotransmissores da vesícula sináptica. As vesículas liberam seus conteúdos por um processo denominado exocitose. A membrana da vesícula sináptica funde-se com a membrana pré-sináp- tica nas zonas ativas, permitindo que o conteúdo da vesícula seja derramado na fenda sináptica. Taynah Pinheiro | TVC Medicina ● RECEPTORES PARA NEUROTRANSMISSORES E SEUS SISTEMAS EFETORES Os neurotransmissores liberados dentro da fenda sináptica afetam os neurônios pós-sinápticos por se ligarem a proteínas receptoras específicas que estão embutidas nas densidades pós-sinápticas. → TIPOS DE RECEPTORES A. Canais iônicos ativados por neurotransmissores → Potencial excitatório pós-sináptico (PEPS): é a despolarização transitória do potencial da membrana pós-sináptica causada pela liberação de neurotransmissor. → Potencial inibitório pós-sináptico (PIPS): é a hiperpolarização transitória do potencial de membrana pós-sináptico causada pela liberação de neurotransmissor pela pré-sinapse B. Receptores acoplados à proteína G → Antagonistas de receptores: ligam-se aos receptores e bloqueiam (antagonizam) a ação normal do transmissor. Exemplo: o curare, um veneno utilizado na ponta das flechas de indígenas sul-americanos para paralisar suas presas. O curare liga-se firmemente aos receptores de acetilcolina nas células do músculo esquelético e bloqueia a ação da acetilcolina, impedindo, portanto, a contração muscular. Taynah Pinheiro | TVC Medicina → Agonista de receptores: mimetiza a ação dos neurotransmissores que existem naturalmente. Exemplo: Nicotina, que liga-se receptores de acetilcolina no músculo esquelético. ● RECICLAGEM E DEGRADAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES - Uma vez que os neurotransmissores liberados tenham interagido com receptores pós-sinápticos, eles devem ser removidos da fenda sináptica para permitir um novo ciclo de transmissão sináptica. Eles podem ser removidos por: A. Simples difusão do neurotransmissor através do líquido extracelular para longe das sinapses. B. A recaptação também pode ocorrer por ação de transportadores protéicos específicos presentes na membrana pré-sináptica. C. Transportadores de neurotransmissores também existem nas membranas da glia, que envolvem a sinapse e auxiliam na remoção de neurotransmissores da fenda sináptica D. A ação do neurotransmissor também pode ser terminada por degradação enzimática na própria fenda sináptica. É assim que a acetilcolina é removida da junção neuromuscular, por exemplo. Taynah Pinheiro | TVC Medicina ● INTEGRAÇÃO SINÁPTICA - É o processo pelo qual múltiplos potenciais sinápticos se combinam em um neurônio pós-sináptico. A. Somação dos PEPS A.1. Somação espacial: consiste em adicionar PEPS gerados simultaneamente em muitas sinapses em um dendrito. A.2. Somação Temporal: consiste em adicionar PEPS gerados simultaneamente em muitas sinapses em um dendrito.
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