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Transmissão sináptica

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Transmissão Sináptica 
-Estudo dirigido 5- 
Defina sinapse: 
Sinapse é uma transmissão de informação 
de uma célula sináptica para outra célula 
alvo da informação que pode ou não ser 
excitável. 
Tipos de sinapse e diferenciação: 
Há dois tipos principais de sinapses: 
químicas e elétricas: 
Sinapse química  É a principal sinapse 
utilizada para transmissão de sinais no 
sistema nervoso central. Nesse tipo de 
sinapse a informação é transmitida por meio 
de sinais químicos (neurotransmissores), 
esse, por sua vez, vai atuar em proteínas 
receptoras da membrana do neurônio 
subsequente para promover excitação, 
inibição ou ainda modificar de outro modo 
à sensibilidade dessa célula para outra. 
- Uma característica que destaca a sinapse 
química é o fato de ela ser 
UNIDIRECIONAL, mas como assim? A 
presença de um neurônio pré-sináptico e 
outro pós-sináptico é determinante 
conhecido como o princípio da condução 
unidirecional. Esse mecanismo é 
importante, por exemplo, para que os sinais 
sejam direcionados para áreas específicas e 
focalizadas. 
OBS: membranas não entram em contato 
direto, pois há a presença da fenda 
sináptica. 
 
.Sinapse elétrica  Nesse tipo de sinapse 
as membranas das células estão conectadas 
diretamente por junções GAP que permitem 
o movimento livre dos íons de uma célula 
para outra. 
- É importante mencionar que a transmissão 
das sinapses elétricas é BIDIRECIONAL, 
ou seja, isso permite a colaboração da 
coordenação das atividades de grandes 
grupos de neurônios interconectados. 
 
OBS.: Embora a maioria das sinapses no 
cérebro seja química, no sistema nervoso 
central podem coexistir e interagir sinapses 
químicas e elétricas. 
A importância da transmissão sináptica: 
É válido ressaltar que a importância das 
sinapses está diretamente relacionada com a 
forma que elas determinam as direções em 
que os sinais nervosos vão se distribuir pelo 
sistema nervoso. Além disso, executam 
ação seletiva, algumas vezes bloqueando 
sinais fracos, e, com frequência, 
transmitindo tais sinais em muitas direções 
em vez de restringi-los à direção única. 
Reconhecer a anatomia funcional da 
sinapse: 
Terminais pré-sinápticos  Terminais 
com formas anatômicas variadas que se 
assemelham a pequenos botões redondos ou 
ovalados e que são muitas vezes chamados 
de botões terminais/sinápticos. 
Nesses terminais existem duas estruturas 
intracelulares importantes para a função 
excitatória: vesículas transmissoras e 
mitocôndrias. Essas vesículas guardam os 
neurotransmissores que quando liberados na 
fenda sináptica excita ou inibe o neurônio 
pós sináptico. Mas e as mitocôndrias? 
Essas, por sua vez, fornecem a energia 
necessária para sintetizar novos 
neurotransmissores (ATP). 
MECANISMO DE LIBERAÇÃO DOS 
NEUROTRANSMISSORES: 
 O potencial de ação chega ao 
terminal pré-sináptico e a 
despolarização (abertura dos canais 
de cálcio) faz com que um pequeno 
número de vesículas libere 
moléculas de neurotransmissores na 
fenda sináptica. 
O citoesqueleto é um importante facilitador 
para a liberação dessas vesículas na fenda 
sináptica. 
- A liberação de neurotransmissores é 
proporcional ao número de cálcio que entra 
durante a despolarização e ao mesmo tempo 
suficiente para manter a neurotransmissão. 
- O colabamento da membrana com a 
vesícula precisa de uma proteína de 
ancoramento, nesse caso seriam as 
SNARES que induzem a fusão e 
consequente exocitose. Existem toxinas que 
podem afetar o funcionamento das 
SNARES e comprometer diretamente a 
exocitose. 
 
AÇÃO DA SUBSTÂNCIA 
TRANSMISSORA SOBRE O NEURÔNIO 
PÓS-SINÁPTICO: 
A membrana do neurônio pós-sináptico 
contém grande número de proteínas 
receptoras, a ativação dessas controla a 
abertura de canais iônios seja pelo controle 
direto desses canais ou pela ação de 
segundos mensageiros, esse último pode 
aumentar ou diminuir determinadas funções 
celulares específicas. 
TIPOS DE RECEPTORES: 
Ionotrópicos  ativam diretamente os 
canais iônicos; 
Metabotróficos  atuam através de 
sistemas de segundos mensageiros. 
 
Receptor ionotrófico representado na 
imagem acima. 
 
Receptor metabotrófico representado na 
imagem acima. 
OBS: os transmissores não podem ficar o 
tempo todo na fenda atuando, é 
necessário que eles sejam retirados e 
saiam de atuação, seja por receptação ou 
metabolização na fenda. Esses 
transmissores, depois de retirados da 
fenda podem passar por um processo de 
reciclagem. 
RECICLAGEM DE VESÍCULAS DE 
NEUROTRANSMISSORES 
Após sua fusão com a membrana e 
posterior liberação do neurotransmissor a 
membrana da vesícula passa a fazer parte 
da MP pré-sináptica. No entanto, segundos 
depois ela é restaurada em vesícula e ainda 
contém as proteínas e estruturas 
responsáveis pela síntese e armazenamento 
de uma nova substância transmissora. 
Vamos agora usar a acetilcolina para 
exemplificar a reciclagem das vesículas: 
Após a liberação na fenda sináptica a 
acetilcolina é rapidamente hidrolisada em 
acetato e colina pela ação da 
acetilcolinesterase. Ainda no terminal pré-
sináptico, a vesícula é reciclada e a colina é 
transportada ativamente de volta ao 
terminal para ser usada na síntese de nova 
molécula de acetilcolina. 
Essa colina entra na célula novamente por 
um co-transportador de colina e sódio, essa 
é juntada com o acetil do acetilco-a  
acetilcolina  entra na vesícula e fica 
armazenada aguardando potencial de ação 
para sua liberação. 
 
As catecolaminas (adrenalina, 
noradrenalina e dopamina) também podem 
e devem ser citadas como exemplos dessa 
reciclagem de vesículas. 
Receptores colinérgicos (acetilcolina): 
nicotínico (ionotrópico) e muscarínico 
(metabotrófico). 
Essa neurotransmissão adrenérgica  50% 
da NE é recaptada pelo seu cotransportador 
e outra parte se difunde para além da fenda 
sináptica (cocaína e antidepressivo 
tricíclicos, sua inibição aumenta os níveis 
de noradrenalina na fenda). 
A degradação que remove o mediador 
adrenérgico da fenda utiliza de duas 
enzimas importantes: COMT e MAO. Essa 
degradação, diferentemente da acetilcolina, 
não ocorrem na fenda, mas sim no meio 
intracelular. 
MAO age sobre as monoaminas 
(relacionados também com degradação de 
serotonina, classe de antidepressivos 
relacionada com a inibição da MAO). 
 COMT – Degrada catecolaminas 
Em células excitáveis duas possíveis 
respostas podem ser geradas sendo ela uma 
célula pós-sináptica: 
Sinapse neuromuscular 
Exemplo clássico de sinapse química que 
segue a mesma sequência de eventos de 
uma sinapse química, apenas há a 
personalização de alguns termos para o 
evento específico neuromuscular. 
- Via somática do SNP (controla músculos 
esqueléticos): 
Célula pré-sináptica  neurônio motor 
Célula pós-sináptica  célula muscular 
esquelética 
Neurotransmissor  Acetilcolina 
Receptor  Nicotínico – precisa de duas 
acetilcolinas (encontra-se na placa motora e 
é ionotrófico). 
Resposta na célula pós-sináptica  
contração 
A enzima acetilcollinesterase pode ser 
inibida de maneira rápida ou irreversível. 
Toxina botulínica (botox): inibe a 
exocitose das vesículas de acetilcolina 
podendo no caso dos ME interferir na 
contração e diminuir sinais de expressão. 
As SNARES dos neurônios colinérgicos 
são degradadas por essa toxina. 
Essa toxina pode atuar também em regiões 
de hiperhidrose na qual um neurônio que 
libera como mediador quimico a 
acetilcolina para a glândula sudorípara 
recebe a aplicação tópica na região de 
hiperhidrose visando a diminuição da 
produção de suor. 
Por que a toxina botulínica é temporária? 
Sua aplicação é de liberação controlada 
para que o corpo consiga metabolizar ao 
passo que ocorre sua liberação. O tempo de 
duração depende da concentração da 
substâncias e também de características 
fisiológicas individuais. 
Bloqueador neuromuscular fármaco se 
liga e bloqueia o receptor impedindo a ação 
da acetilcolina. Essa situação impede a 
contração muscular. Cirurgias, reduções de 
fraturas ósseas e processos de intubação são 
exemplos de utilização desses fármacos 
para o bloqueio específico de alguns 
músculos. Ex: atracúrio, pancurônio e 
vecurônio. 
Anticolinesterásicos reversíveis  em 
quadros como a miastenia grave onde há a 
diminuição considerável de receptores 
nicotínicos na célula pós-sináptica a 
inibição da acetilcolinesterase atrasa a 
hidrólise da acetilcolina aumentando sua 
disponibilidade e tempo de meia vida na 
fenda. Isso tudo buscando amenizar os 
sintomas da doença. 
- existem ainda esses fármacos de ação 
central que podem auxiliar em pacientes 
com Alzheimer aumentando a 
disponibilidade da acetilcolina. 
Antiacetilcolinesterásico irreversível  
toxina como o gás sarim e 
organofosforados. É realizada uma reação 
covalente com essa enzima, a acetilcolina 
fica por um tempo tão longo na fenda que 
se torna incompatível com a vida resultando 
em excesso de contrações musculares, 
convulsões e até mesmo a inibição do 
potencial elétrico nas células cardíacas – 
parada cardíaca (acetilcolina é inibitória na 
célula MEC). 
Potencial pós-sináptico excitatório: 
Célula pós-sináptica respondeu ao estímulo 
que chegou se excitando, variando a DDP 
da membrana e realizando potencial de 
ação. Para isso é, portanto, necessário que o 
limiar de excitabilidade seja atingido. 
Abertura de canal de cálcio ou de sódio 
(influxo)  despolarização. 
Potencial pós-sináptico inibitório 
Responde ao estímulo inibindo sua 
membrana através da abertura de canais de 
cloreto (influxo) ou abertura de canais 
potássio (efluxo)  hipepolarização. 
Somação espacial e temporal 
Estímulos chegam em sequência no mesmo 
ponto do neurônio – somação temporal. 
Estímulos chegam ao mesmo tempo em 
pontos distintos da membrana do neurônio 
– somação espacial. 
Tanto a somação temporal quanto a espacial 
são resultantes dos vários estímulos que 
podem ser excitatórios ou inibitórios.

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