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afecções bacterianas em pequenos animais @drabichinho

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1 Clínica de Pequenos | Prof° Débora Almeida | Medicina Veterinária UFPA 2019 | Alicia de Souza Silva | @drabichinho 
Tipos de bactérias 
Invasivas 
Possuem capacidade de aderir e 
penetrar no epitélio da mucosa 
intestinal, podendo alcançar a 
corrente sanguínea 
• Salmonella e Campylobacter 
Enterotoxigênicas 
Bactérias que não penetram, mas 
sim produzem toxinas que causam a 
patogenia 
• Clostridium perfrigens e C. 
difficile 
 
salmonelose 
 Etiologia: 
• ZOONOSE! 
• Família Enterobacteriacea 
• Bacilos móveis, gram negativos, aeróbio não 
esporulado 
• Não são micro-organismos exigentes 
• Salmonella bongori (18 sorovares) 
• Salmonella entérica (4.460 + sorovares) 
 
 
 
 Transmissão: 
• Fecal-oral por ingestão de água e alimentos 
contaminados ou alimentos crus 
• Cães e gatos são portadores assintomáticos 
• Animais jovens estão mais propensos 
• Animais em condições inadequadas de higiene 
 Patogênese: 
• No meio intracelular, ela encontra o macrófago e 
o inibe e se replica dentro dele 
• Pode alcançar corrente sanguínea e se instalar no 
baço ou fígado 
 Sinais clínicos: 
• Portador subclínico → sem sintomas 
• Enterocolite aguda → intestino delgado ou grosso 
o Diarreia liquida ou mucoide com ou sem 
sangue 
o Vomito, tenesmo, febre, anorexia 
o Letargia, desidratação e dor abdominal 
o Autolimitante → tudo que tem início, meio e 
fim. O paciente pode reagir a essa infecção e 
se curar. 
• Diarreia crônica → perdurando até 3-4 semanas 
• Enterocolite com bacteremia/sepse → mais grave 
e pode ser fatal para o paciente 
 Diagnóstico: 
• Quais os fatores de risco? É jovem? 
Imunodeficiente? Possui outra enfermidade? Em 
quais condições mora? 
• Qual o histórico? Qual a queixa principal? 
• Exames complementares: 
o Isolamento da bactéria (cultura de fezes) 
o Hemocultura de animais em 
sepse/bacteremia → animal mais grave! 
 Tratamento: 
• Suporte: 
o Fluidoterapia parenteral ou oral 
o Protetores gástricos injetáveis ou orais → 
Omeprazol é o mais utilizado 
o Inibidores de vômito → Cerenia (Citrato de 
Maropitant) é o melhor no mercado, pois age 
direto no SNC e tem duração de 24hr 
• Antibioticoterapia: 
o Indicado em casos sistêmicos → choque, 
desidratação, febre alta e hiportemia 
o Cultura e antibiograma 
o Trimetropimasulfa 15mg/kg BID 7-10 dias 
o Cloranfenicol 
o Realizar cultura após 3 semanas 
• Cuidar do manejo!! 
• Prognóstico: favorável! 
 
campylobacter 
 Etiologia: 
• Gram negativas, delgadas 
• Microaerófila: se desenvolve em ambientes com 
baixacondições de oxigênio 
• Cães e gatos são portadores assintomáticos 
 
 
 
2 Clínica de Pequenos | Prof° Débora Almeida | Medicina Veterinária UFPA 2019 | Alicia de Souza Silva | @drabichinho 
 Sinais clínicos: 
• Enterocolite erosiva superficial 
• Diarreia secretória, liquida, mucoide, pois atinge ID 
e IG → MUCO É PRINCIPAL! 
• Presença de leucócitos nas fezes 
• Vômito, febre 
 Diagnóstico: 
• Isolamento do agente 
• Meio de cultura apropriado 
 Tratamento: 
• Antibioticoterapia: 
o Eritromicina 8mg/kg TID → Pode estimular o 
vômito. Associar com protetor gástrico 
o Azitromicina 7-15mg/kg SID 
o Repetir cultura após 2 semanas de 
tratamento 
• Manejo adequado! 
 Prognóstico: bom! 
clostridium 
 Etiologia: 
• Bacilo, anaeróbio estrito (para crescer, precisa 
estar em ambiente sem oxigênio) e gram positivo 
• Classificação em 5 tipos, de acordo com a 
produção de genes para toxinas 
 
 
 
 Patogenia: 
• Esporulação: para garantir viabilidade no 
ambiente 
• Gene CPE → endotoxinas que causam 
o Lesão a nível gastrointestinal 
o Permeabilidade capilar 
• Já é um microrganismo presente no TGI, mas se há 
alteração súbita na dieta, antibióticos, 
imunossupressão, infecções e alcalinização → 
Clostridium inicia a esporulação, relacionado à 
produção de endotoxinas que causam a patogenia 
• Em resumo: se adere a mucosa intestinal, causa 
liberação de toxinas, causa lesão no epitélio 
intestinal e gera um extravasamento de liquido 
capilar para a luz intestinal e causando desarranjo 
de água e eletrólitos → diarreia! 
 Sinais clínicos: 
• Enterite (intestino delgado), colite (intestino 
grosso) ou Enterocolite (intestino delgado e 
grosso) 
• Diarreia com muco e sangue 
• Tenesmo = dificuldade de defecar, principalmente 
em colite 
• Se caso mais grave: 
o Episódios simples de diarreia 
o Diarreia hemorrágica aguda associada à 
toxina NET 
o Diarreia crônica 
• Nosocomial=infecções em ambientes hospitalares, 
em animais internados 
 Diagnóstico: 
• Esfregaços das fezes → bactérias formadoras de 
esporos no esfregaço 
• Isolar e tipificar o MO 
• Detectar as toxinas e genes por ELISA ou PCR 
o Enterotoxina CPE 
o Necrotic enteritis toxin NET 
 Tratamento: 
• Fluidoterapia 
• Nutrição parenteral → se o animal tá vomitando 
muito 
• Carvão ativado → preparação oral em que 
promove a adsorção de bactérias e toxinas para 
serem eliminadas nas fezes, impedindo que as 
toxinas entrem na corrente sanguínea 
• Dieta rica em fibras 
• Antibioticoterapia: 
o Tilosina 20-40mg/kg BID 
o Amoxicilina associada com clavulanato 12-
25mg/kg BID 
• Verificar o que o animal está apresentando.

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