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Prescrição e decadência

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Prescrição e Decadência(art.189 a 211) 
Prescrição X Decadência
Prescrição: trata-se da perda da pretensão de um direito subjetivo, ou seja, perda do direito de ação. Assim, o que se extingue é a pretensão e não o direito em si.
Decadência: trata-se da perda de um direito material (direito potestativo), ou seja, perde-se o próprio direito.
Início:
· Prescrição: Quando o direito é violado
· Decadência: Quando nasce o direito
Definição do prazo:
· Prescrição: Apenas Legal  
· Decadência: Legal ou Convencional (contrato)
Reconhecimento de ofício:
· Prescrição: Pode ser alegada
· Decadência: Pode ser alegada, exceto se convencional.
Renúncia:
· Prescrição: Possível, desde que depois da consumação.
· Decadência: Vedado, exceto se convencional.
Não corre contra:
· Prescrição: Cônjuges, no poder de família, contra os absolutamente incapazes e etc.
· Decadência: Em regra corre contra todos, exceto contra o absolutamente incapaz.
Da Prescrição:
Quando o direito é violado, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição (Art. 189), no mesmo prazo ocorre com a exceção (defesa contra a “ação de pretensão”), conforme o artigo 190.
Em relação a renúncia da prescrição, ela pode ser (Art. 191):
· Expressa: clausula de um contrato, por exemplo.
· Tácita: quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. Ex. Parcelamento da dívida prescrita
Entretanto a renúncia só valerá depois que a prescrição se consumar (enquanto o prazo estiver correndo a renúncia é vedada) e caso ocorra sem prejuízo de terceiro.
Prazos de prescrição (Art. 192): não podem ser alterados por acordo das partes.
Alegação (Art. 193): pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição*, pela parte a quem aproveita, ainda pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, devido a revogação do artigo 194.
*A doutrina assevera que não seria possível alegar pela primeira vez no STJ ou STF, pois haveria necessidade de ter sido apontada anteriormente no processo, devido à natureza extraordinária dos tribunais superiores.
Prescrição iniciada (art. 196): contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor, entretanto os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente (Art. 195).
Das Causas que Impedem ou Suspendem
A diferença está no prazo de início da causa, se antes de iniciar, ocorrerá o impedimento; se o prazo já estiver correndo, será causa de suspensão.
· Impedimento: Impede que o prazo se inicie
· Suspensão: paralisa o prazo que já se iniciou
Não ocorre a prescrição:
· entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal (Art. 197, I) -> Não ocorre mesmo que em união estável
· entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar (Art. 197, II) -> Nesse caso só começará a correr a prescrição quando o filho completar 18 anos.
· entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela (Art. 197, III).
· contra os absolutamente incapazes (Art. 198, I)* -> absolutamente incapazes são os menores de 16 anos.
–Prescrição contra relativamente incapazes corre normalmente.
–Prescrição a favor de incapazes (absoluta ou relativamente) também corre normalmente.
· contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios (Art. 198, II)
· contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra (Art. 198, III)
· pendendo condição suspensiva (Art. 199, I)
· não estando vencido o prazo (Art. 199, II) -> Enquanto o Art. 199, I trata da condição suspensiva, o inciso II trata do termo
· pendendo ação de evicção (Art. 199, III)
· antes da sentença definitiva, quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal (Art. 200)
Das Causas que Interrompem
A interrupção faz com que o prazo recomece do zero novamente, recomeçando da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper (Art. 202, §u).
Entretanto é importante lembrar que só ocorrerá prescrição uma única vez (Art. 202, caput), evitando assim que ocorra várias interrupções de forma a prejudicar o direito do credor.
Causam a Interrupção da prescrição (Art. 202):
· por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
· por protesto, nas condições do inciso antecedente;
· protesto cambial;
· pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
· por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
· por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Atente-se que a pode ser interrompida por qualquer interessado (Art. 203) e terão os seguintes efeitos:
Regra: Interrupção só aproveita quem alegou (Art. 204, caput)
Exceções (interrupção)
· Obrigação solidária (passiva ou ativa): Atinge os demais devedores e/ou credores (Art. 204, §1º)
· Contra herdeiro do devedor solidário: Não prejudica os demais, salvo se a obrigação for indivisível (Art. 204, §2º)
· Obrigação principal x acessória: Interrupção contra o devedor principal (ex: locador) prejudica o fiador (Art. 204, §3º)
Dos Prazos
Vimos que o prazo da prescrição deve ser estipulado em lei(artigos 205 e 206).
Prescreve
· Em 10 anos (Art. 205) -> quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. -> prazo na omissão
· Em 1 ano (Art. 206, § 1º):
I – a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo (…)
III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
· Em 2 ano (Art. 206, § 2º)
Pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. –> as obrigações vencidas já fixadas judicialmente e não pagas, pois direito aos alimentos é imprescritível.
· Em 3 ano (Art. 206, § 3º)
I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
IV – a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V – a pretensão de reparação civil; -> um dos campeões em prova, memorize-o.
IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.*
*Não confundir:
– Seguro voluntário (Art. 206, § 1º, II) ex. seguro de carro, casa. -> 1 ano
– Seguro obrigatório (Art. 206, § 3º, I) ex. DPVAT -> 3 anos
· Em 5 ano (Art. 206, § 5º)
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular
II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
Da Decadência
Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição, conforme o artigo 207.
Entretanto há duas ressalvas:
· Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à decadência, ou não a alegarem oportunamente (Art. 195)
· Também não corre a cadência contra os absolutamente incapazes (Art. 198, I)
Diferentemente da prescrição, a decadência pode ser de dois tipos.
Decadência legal: O prazo é previsto em lei; não pode ser renunciada; deve o juiz reconhece-la de ofício.
Decadência convencional: O prazo é previsto em contrato; pode ser renunciada; o juiz só pode reconhece-la se provocado.
Prazos na decadência:
Os prazos decadenciais estão dispersos no Código Civil e leis, vejamos alguns.
· 30 dias – Ação estimatória (CC, Art. 445)
· 120 dias – Mandado de Segurança (Lei n° 12.016/09)
· 03 anos – Direito de anular a constituição de uma pessoa jurídica de direito privado por defeito (CC, Art. 45)
· 04 anos – Anulação de negócio jurídico com erro, dolo, fraudecontra credores, estado de perigo ou lesão (CC, Art. 178)
Uma dica importante é perceber que os prazos prescricionais não contem dias/meses, assim se um prazo for em dias, meses ou ano e dia, com certeza estaremos tratando de prazo decadencial.
Para finalizar, vejamos um quadro esquemático das distinções entre prescrição e decadência feita pelo professor Paulo Sousa.
Prescrição e Decadência no Direito Civil – Prescrição X Decadência

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